Leia no JBP o artigo original “Tendências de mortalidade relacionada à fibrose cística no Brasil no período de 1999 a 2017: um estudo de causas múltiplas de morte”.
Os pesquisadores Augusto Hasiak Santo e Luiz Vicente Ribeiro Ferreira da Silva-Filho avaliaram os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade em que a fibrose cística (FC) aparecia mencionada no atestado médico da DO (causa básica ou associada).
Uma análise estatística foi empregada para avaliar mudanças na taxa de mortalidade ao longo dos anos.
Assim, os especialistas observaram que houve uma tendência contínua de aumento da taxa de mortalidade. A variação percentual anual observada no período foi significativa, ao redor de 7%. Entretanto, esse aumento foi acompanhado de incremento na mediana da idade ao óbito, um achado contra intuitivo.
“Embora acreditemos que esses achados sejam decorrentes do aumento do diagnóstico de FC no país, esperamos que essa tendência de aumento das taxas de mortalidade diminua nos próximos anos, indicando que os pacientes estão recebendo uma atenção melhor”, observa o Dr. Luiz Vicente Ribeiro.
Os dados de mortalidade no Brasil são oriundos de compilação das informações das declarações de óbito (DO).
As informações demográficas e médicas são codificadas e processadas para posterior consolidação no Sistema de Informações sobre Mortalidade do DATASUS (banco de dados do Ministério da Saúde).
Tradicionalmente, apenas a causa básica de morte do óbito era reportada. Mas, nos últimos anos, tem aumentado a atenção a todas as causas atestadas e potencialmente envolvidas no óbito – representando as análises de múltiplas causas de morte.
