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13 de outubro: Dia Nacional do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional

Os profissionais da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional são responsáveis por prevenir, desenvolver ou restaurar a saúde física, o bem-estar e a independência dos indivíduos.

No contexto da Pneumologia, a Fisioterapia Respiratória é crucial para a reabilitação pulmonar, principalmente em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Fibrose Cística, Bronquiectasias, infecções como Pneumonia e COVID-19, atelectasia, complicações decorrentes do câncer de pulmão e fibrose pulmonar e no cuidado tanto intra quanto pós-hospitalar, por exemplo.

Com o auxílio da Fisioterapia, os pacientes em reabilitação pulmonar têm melhora dos sintomas como fadiga, dispneia (falta de ar) e fraqueza muscular. Além disso, esse acompanhamento reduz a necessidade de internação e melhora a capacidade funcional e de exercício, em muitos casos.

“A Fisioterapia Respiratória tem como uma das práticas mais comuns os exercícios para reexpansão pulmonar, indicados para pacientes com diminuição ou piora da função pulmonar; os cuidados com a ventilação mecânica, como ajustes, manutenção de vias aéreas pérveas, garantindo uma boa ventilação e boa troca gasosa, sem secreção; exercícios de mobilização precoce, indicados principalmente para pacientes nas UTIs; além de exercícios respiratórios em geral para o mobilização da musculatura periférica”, explica a Dra. Luciana Chiavegato, Doutora em Fisioterapia pela UNIFESP, coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional em Distúrbios Respiratórios Clínicos e Cirúrgicos da UNIFESP, docente da pós-graduação da UNICID e coordenadora do Departamento de Fisioterapia da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).

De acordo com a especialista, durante a pandemia, a carga de trabalho e a visibilidade dos fisioterapeutas têm aumentado, já que os pacientes com COVID-19 necessitam muito de reabilitação para melhorar a força muscular, a capacidade funcional e o condicionamento físico. “Os cuidados começam desde a admissão no hospital até o manejo pós-alta. Geralmente, a reabilitação se inicia nos 30 primeiros dias após o início dos sintomas e muitos serviços têm optado pela telereabilitação”, explica a fisioterapeuta.

No cenário do atendimento remoto, a reabilitação deve ser focada na educação do paciente e complementada com terapia comportamental para obter melhores resultados. Além disso, um bom planejamento entre o profissional da saúde e o paciente e o apoio da família são fundamentais.

Do ponto de vista prático, a pandemia conferiu credibilidade ao cuidado integrado do paciente, aumentando a aceitação da reabilitação entre todos os especialistas da saúde. Segundo a dra. Luciana, alguns projetos de fácil implementação são: investir em programas de atualização da equipe; inserir um lembrete nos prontuários dos pacientes, perguntando sobre a necessidade de reabilitação; pendurar quadros nas enfermarias sobre a importância dos exercícios e distribuir panfletos sobre o assunto, por exemplo.

Apesar de o reconhecimento do fisioterapeuta ter aumentado nesse período, alguns desafios ainda são notórios, como a necessidade de aumento salarial e de mais autonomia nos serviços, o que consequentemente motivaria os especialistas e melhoraria o nível técnico-científico dos profissionais.

Na próxima quarta-feira (13/10), às 18h02, promoveremos um bate-papo ao vivo com o tema “Equipe multiprofissional no manejo das doenças respiratórias: a importância do fisioterapeuta”. Esta PneumoLive foi idealizada em homenagem à data dos nossos colegas fisioterapeutas. Participe ao vivo no Instagram da SBPT: @pneumosbpt.

Referência

Encontros Virtuais SBPT – Reabilitação e Fisioterapia: distúrbios físicos e funcionais após internação em UTI. Discussão de casos clínicos. 16 jul. 2020. Acesso em: https://youtu.be/fJZ272K2Spw

Imagem: Freepik