O II Congresso SBPT Virtual de Asma, DPOC e Tabagismo aconteceu ao vivo entre 20 e 22 de agosto de 2021. As inscrições permanecem abertas.
A inscrição é gratuita para o sócio SBPT (quite 2020-2021). Os estudantes também podem se associar à SBPT gratuitamente e se inscrever no Congresso sem custos.
Para ter direito a certificado, o congressista deve assistir as aulas até 20/09/2021. O evento ficará disponível por um ano para se inscrever e acessar quantas vezes quiser.
Programa científico
O evento teve 59 sessões com programação ao vivo, divididas em quatro salas on-line.
As atividades incluíram 43 mesas redondas, discussões de casos clínicos e sessões interativas sobre asma, DPOC, tabagismo e inovações.
Além disso, o evento ofereceu 3 sessões de networking; 16 conferências gravadas; simpósios da indústria; área de exposição; exibição de 118 trabalhos científicos e apresentação de temas livres.
A abertura contou com a aula da Presidente da American Thoracic Society (ATS), dra. Lynn Schnapp, sobre mentoria, financiamento e conexões para a carreira acadêmica.
Nos dias 21 e 22/08, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) apresentou uma programação focada em oferecer atualização e diálogo aberto sobre as doenças respiratórias de maior prevalência.
Todo o conteúdo está disponível na plataforma para os novos inscritos. Depois, os materiais passarão para o ambiente EAD SBPT.
O conteúdo é relevante para estudantes, residentes, pneumologistas, cirurgiões, generalistas, alergistas, patologistas, radiologistas, generalistas, enfermeiros, fisioterapeutas e demais profissionais da saúde.
Além disso, a SBPT fomentou o debate sobre a carreira e a trajetória do especialista da saúde nos tempos atuais.
Asma
“A programação está voltada para uma discussão ampla de diferentes aspectos da asma e focada na prática clínica. Há mesas redondas; prós e contras; ano em revisão, tanto para a área pediátrica como adulta, e sessões de casos clínicos, apresentados por residentes”, explica a coordenadora da Comissão Científica de Asma da SBPT, dra. Regina Carvalho.
Entre as atividades, a pneumologista destaca:
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- A sessão de prós e contras sobre o Uso de Beta 2 Agonista de Curta Ação de Resgate nas Etapas I e II, tema em evidência na prática clínica.
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- A conferência internacional sobre a Interação da COVID-19 com a Asma e DPOC, disponível no acervo de aulas gravadas.
- A mesa redonda sobre Recomendações do Manejo da Asma Grave, que abordará os principais pontos referentes ao documento submetido ao Jornal Brasileiro de Pneumologia, com a participação de pneumologistas que tratam crianças, adolescentes e adultos.
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DPOC
“Como identificar e tratar a DPOC com refluxo? Qual é a importância da avaliação de distúrbios do sono na DPOC? Quais são as diferenças da apresentação da DPOC no homem e na mulher? E no tabagista e não tabagista? Essas são algumas das discussões que promovemos”, explica a dra. Marli Knorst, coordenadora da Comissão Científica de DPOC da SBPT.
A especialista também destaca a importância da mesa de controvérsias, sobre o uso de anticorpos monoclonais na DPOC, e dos temas livres, que abordam a questão de fenótipos, as fragilidades e o desafio de tratar a Tromboembolia Pulmonar (TEP) na DPOC.
A pneumologista destaca como highlights do Congresso: a mesa sobre as Diretrizes para o Tratamento de DPOC, e a mesa redonda da ATS – Combinação de Fibrose Pulmonar e Enfisema.
“Estamos vivendo mudanças importantes em como se fazer Medicina e como se relacionar com o paciente. Portanto, o Congresso nos proporciona atualização com uma perspectiva diferente. É como dar um pequeno passo que representa um salto para seguir adiante”, opina a dra. Marli.
Tabagismo
Segundo o Dr. Paulo Corrêa, coordenador da Comissão Científica de Tabagismo da SBPT, o congressista tem a oportunidade de se atualizar sobre o manejo de situações difíceis, desafiadoras e frequentes do tratamento do tabagismo e visualizar os caminhos para resolvê-las.
“Cerca de 40% dos pacientes com DPOC continuam fumando. Discutimos, então, como podemos otimizar as taxas de cessação do ponto de vista prático: quando aumentar a dosagem da medicação, como lidar com a questão do uso de múltiplas substâncias, qual é o papel da atividade física no tratamento, uso de inteligência artificial entre outras questões”, pontua o pneumologista.
“Exploramos, ainda, a íntima relação entre Tuberculose e Tabagismo, tema pouco ventilado em eventos prévios”, recomenda o dr. Paulo.
Inovações
Na tentativa de suprir um pouco da falta dos eventos presenciais, a organização das atividades foi direcionada para o contato e a troca de ideias.
A área de networking do evento permitiu utilizar o microfone e o vídeo para interagir.
As mesas dedicadas ao jovem pneumologista também ajudaram a amparar o estudante e o profissional no início da carreira para trabalhar com mais segurança.
Área de exposições
O espaço simula o ambiente real e permite conhecer os principais projetos da área da saúde respiratória para 2022 nos estandes da SBPT, das sociedades internacionais e da indústria.
No estande da SBPT, os sócios puderam interagir em uma sala virtual.
Os participantes que mais visitaram estandes e navegaram pelas salas ganharam prêmios.
Estandes institucionais: SBPT; Asociación Latinoamericana de Tórax (ALAT); American Thoracic Society (ATS); American College of Chest Physicians (CHEST) e European Respiratory Society (ERS).
Estandes comerciais: Aché; Astrazeneca; Boehringer Ingelheim; GSK; Glenmark; Sanofi e Vertex.
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Com a palavra, o congressista:
“Na mesa Asma e Tabagismo, me chamou a atenção a associação entre os processos de inflamação entre as duas doenças, do tabagismo com a asma e a asma enquanto doença de base que pode se agravar com o tabagismo”, conta a dra. Raisa Ulaf Subtil, imunologista e alergista de Lages (SC), docente da Universidade do Planalto Catarinense e médica da UTI geral do Hospital Tereza Ramos.
Segundo ela, os pontos positivos do Congresso são a abordagem atualizada dos assuntos propostos, os profissionais com muita experiência acadêmica envolvidos no debate e o conforto de um evento on-line, que também proporciona economia de recursos. “As conferências estão muito bem organizadas, não tive dificuldades de acesso”, elogia a congressista.
Para a dra. Renata Viana, pneumologista e professora da Universidade do Vale do Itajaí (SC), os assuntos que despertaram mais curiosidade no sábado (21/08) foram: a questão dos problemas a longo prazo com corticóide inalatório de dose moderada e a alta na asma, principalmente entre as crianças.
“Como professora universitária, um assunto que vai me ajudar na abordagem com os alunos é o uso associado de tabaco e cannabis“, destaca a dra. Cássia Feitosa, professora da Faculdade de Ciências Médicas da PUC Campinas. “Também fiquei muito feliz pela interação com os palestrantes sobre asma grave e uso de imunobiológicos, me ajudou muito em algumas decisões práticas!”, exclama a médica, que também atua como pneumologista em Campinas (SP).
“O uso racional de imunobiológicos na asma grave é um tema de extrema relevância. Em quais casos o paciente tem benefícios com essas medicações, quando prescrever e quais prescrever foram assuntos muito bem elucidados”, opina o dr. Fábio Souza, pneumologista em Criciúma (SC).
Para a dra. Carolina Severo, pneumologista em Curitiba (PR), incluir as doenças intersticiais na programação foi interessante. A especialista também elogiou o excelente nível das mesas.
Já o dr. Jorge Ardila, pneumologista do Hospital São Rafael e Santa Izabel, em Salvador (BA), aproveitou mais as discussões sobre cessação do tabagismo na prática. “As maneiras diferentes de abordar esse tema são muito importantes e os palestrantes são de alto nível”, recomenda o médico.
“É difícil selecionar um tema, achei todos muito relevantes para a nossa prática diária no consultório”, opina a dra. Cristina Bueno, pneumologista em Itatiba (SP).
“Eu indico o Congresso para quem quer ver coisas novas, se atualizar e trocar informações com pessoas de outros estados, sair um pouco da teoria e focar na prática. Para mim, que sou residente e tenho pouco tempo para estudar o que quero, o Congresso é uma oportunidade de pegar dicas e informações sobre assuntos que, muitas vezes, a gente não consegue se aprofundar durante a nossa vida clínica na residência”, disse a dra. Bianca dos Santos, residente do Hospital Osvaldo Cruz, em Recife (PE).
De acordo com ela, a integração entre médicos, estudantes e profissionais de outros nichos da saúde foi um ponto forte do evento. Além disso, ela elogiou as aulas relacionadas à Covid-19. “Os professores abordaram assuntos que não estamos acostumados a tratar, como aumento do tabagismo durante a pandemia, saindo do ‘lugar comum’ e agregando outros temas à Covid-19″, destaca a médica.
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