Participar da Comissão de Valorização de Novas Lideranças
Para residentes a participação nesta Comissão está condicionada ao envio do Certificado de conclusão da residência médica ou declaração que esteja cursando com data de início e término.
ERS 2018: aulas sobre limitações do exercício em doenças pulmonares e hipertensão arterial pulmonar
Postado por Comunicação SBPT há 13/12/2018
Discussões sobre hiperpneia e tolerância ao exercício em pacientes com bronquiectasias e fibrose cística e estudos sobre a redução da mortalidade em Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) são os assuntos trazidos esta semana pelos pneumologistas Dr. Ricardo Corrêa e Dr. Fernando José Pinho Queiroga Júnior.
Os 24 associados à SBPT com maior pontuação no Programa Atualizar viajaram para o Congresso da ERS pela SBPT, com o apoio da GSK.
Sobre o Programa
Os benefícios do Programa Atualizar são concedidos para os sócios adimplentes da SBPT para estimulá-los a participar da vida associativa.
Como pontuar
Os pontos são cumulativos por 2 anos e computados pela SBPT conforme os títulos, participações em cursos e congressos, atividades em eventos da SBPT, entre outros critérios, listados aqui.
O Programa teve início em abril de 2017. Os pontos acumulados desde então são válidos até abril de 2019, quando é renovada a pontuação. Cada sócio só pode ser contemplado uma vez neste período.
Em caso de dúvidas ou para a checagem de pontos, entre em contato com a SBPT.
SBPT abre inscrições para a 3ª edição do Curso de Medicina do Sono
Postado por Comunicação SBPT há
A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) abriu 60 vagas para o Curso de Medicina do Sono 2019, com módulos práticos e presenciais, além de leituras de polissonografias, poligrafias e teste múltiplo das latências do sono, totalizando 250 horas de estudo.
A capacitação é destinada a médicos sócios da SBPT cujas especialidades sejam reconhecidas pela AMB como área relacionada à Medicina do Sono, tais como pneumologistas, clínicos gerais, otorrinolaringologistas, neurologista, geriatras e psiquiatras.
O curso contém aulas teóricas em formato gravado na plataforma EAD SBPT, apresentadas pelos especialistas em Medicina do Sono de reconhecidas universidades do país. Estão previstos também encontros presenciais no Centro de Treinamento SBPT, em Brasília, em finais de semana pontuais. O curso prático acontece nos dias 13 e 14 de abril de 2019, conforme a agenda disponível no site.
O conteúdo programático inclui fisiologia do sono, classificação e epidemiologia dos distúrbios do sono, laboratório do sono e exames diagnósticos para os distúrbios do sono (polissonografia, poligrafia e teste múltiplo das latências do sono), distúrbios respiratórios do sono, insônia e distúrbios do ritmo circadiano, hipersonias, distúrbios dos movimentos durante o sono, parassonias, distúrbios do sono em Pediatria, distúrbios do sono nas Doenças Clínicas e discussão de casos clínicos e artigos científicos.
A TEP é uma doença potencialmente fatal, cuja incidência tem aumentado em consequência da melhora dos testes diagnósticos, do aumento de procedimentos que elevam o risco dessa doença (cirurgia, quimioterapia, cateteres, etc.) e da maior sobrevida dos pacientes.
Embora haja risco real de óbito pela TEP, estudos têm demonstrado que há um subgrupo de pacientes que apresenta baixa letalidade. Adicionalmente, a disponibilização dos novos anticoagulantes orais diretos facilitou o atendimento destes pacientes fora do ambiente hospitalar.
Na abordagem do paciente com TEP no Serviço de Emergência, deve-se realizar a estratificação de risco, isto é, estimar o prognóstico. Existem vários escores de risco, sendo o PESI (na versão integral ou simplificada) o mais utilizado.
Pacientes considerados de baixo risco (mortalidade de até 1% em 30 dias) devem ser considerados para tratamento domiciliar. Há critérios que excluem pacientes do tratamento ambulatorial, entre eles, instabilidade hemodinâmica, hipoxemia (SpO2 < 90%), sangramento ativo ou alto risco de sangramento, necessidade de tratamento de uma comorbidade descompensada, insuficiência renal crônica avançada, TEP em vigência de anticoagulação plena e ausência de suporte social.
Os anticoagulantes orais diretos facilitaram o tratamento de pacientes com TEP, tanto em relação aos benefícios clínicos quanto logísticos. Em pacientes elegíveis para tratamento ambulatorial, pode-se prescrever um dos seguintes esquemas:
Heparina de baixo peso SC em dose terapêutica (p.ex, enoxaparina 1 mg/kg 2 x dia ou 1,5 mg/kg 1 x dia) por 5 dias seguido por dabigatran (150 mg VO 2 x dia).
Heparina de baixo peso SC em dose terapêutica (p.ex, enoxaparina 1 mg/kg 2 x dia ou 1,5 mg/kg 1 x dia) por 5 dias seguido por endoxaban (60 mg VO 1 x dia).
Apixaban em monoterapia (10 mg VO 2 x dia por 7 dias seguido por 5 mg VO 2 x dia por pelo menos 3 meses).
Rivaroxaban em monoterapia (15 mg VO 2 x dia por 21 dias seguido por 20 mg VO 1 x dia por pelo menos 3 meses).
Considerando a praticidade, a BTS sugere o esquema em monoterapia como preferencial.
Alguns subgrupos de pacientes merecem destaque. Aqueles que inicialmente tem risco prognóstico intermediário podem ser elegíveis para tratamento domiciliar quando atingirem critérios de baixo risco (PESI I e II, ou PESI simplificado 0).
Em pacientes gestantes, não se recomenda utilizar os escores prognósticos, pois não foram validados neste contexto. Neste caso, a decisão sobre tratamento domiciliar deve ser feita individualmente entre a equipe clínica e a equipe obstétrica.
Pacientes com câncer tem elevada mortalidade em 30 dias, sendo recomendado que um especialista avalie o paciente obrigatoriamente antes da alta da emergência.
Pacientes usuário de drogas ilícitas devem ser hospitalizados, mesmo que no estrato de baixo risco.
Enfim, há evidência para realização do tratamento domiciliar da TEP e, atualmente, temos disponíveis métodos diagnósticos, prognósticos e terapêuticos para realizá-lo.
Convém ressaltar, no entanto, que é necessário ter um fluxo de atendimento institucional bem estabelecido, o que inclui recomendações verbais/escritas sobre intercorrências (recorrência, sangramento) e formas de contato com a equipe (se urgências ou dúvidas).
É recomendado, ainda, fazer uma reavaliação precoce desses pacientes tratados ambulatorialmente (idealmente na primeira semana).
Menores de idade têm amplo acesso à compra de cigarros no Brasil
Postado por Comunicação SBPT há
Mais de 86% dos adolescente de 13 a 17 anos conseguem comprar cigarro no comércio do país. É o que demonstrou a pesquisa conduzida pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) e publicada no Jornal Brasileiro de Pneumologia¹.
Entre os estudantes de 13 a 17 anos que compraram cigarros regularmente nos 30 dias anteriores à pesquisa, 81,1% adquiriram os produtos em lojas ou botequins, e não no comércio ambulante (camelôs).
O estudo “Descumprimento da legislação que proíbe a venda de cigarros para menores de idade no Brasil: uma verdade inconveniente” constata que há um descumprimento da lei 10.702/2003 e do Estatuto da Criança e do Adolescente, que proíbem a venda de cigarro para menores de idade.
Segundo a co-autora do estudo, Tânia Cavalcante, o fato pode contribuir para que os jovens comecem a fumar cada vez mais cedo. A idade média de iniciação ao consumo regular de cigarros no Brasil é de 16 anos, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2012, cerca de 5,1% dos adolescentes que têm entre 13 e 17 anos fumavam. O índice subiu para 5,6% em 2015.
O trabalho do Inca e do Ministério da Saúde toma por base dados de 2015 da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada a cada três anos com estudantes de escolas públicas e privadas em todos os estados brasileiros.
O autor principal do estudo, André Szklo, considera os seguintes fatores como uma “combinação explosiva e perfeita” para que a iniciação ao fumo volte a crescer entre adolescentes: o amplo acesso à compra, inclusive de cigarros a varejo (unitários); o baixo preço dos cigarros legais, decorrente do congelamento dos preços mínimos (apenas R$ 5 por maço com 20 cigarros), além das alíquotas de impostos.
“Os menores preços dos cigarros ilegais contrabandeados do Paraguai, a exposição dos maços perto a doces e balas nos pontos de venda e o uso de aditivos mentolados e adocicados, que mascaram o gosto ruim do tabaco nas primeiras tragadas da iniciação, contribuem ainda mais com a essa realidade”, comenta o pesquisador.
Recomendações
O artigo sugere aos poderes federais, estaduais e municipais que “adotem ações educativas e de fiscalização, inclusive por meio de ações conjuntas com organizações representativas do comércio varejista e com os sindicatos que representam o setor jornaleiro e outros estabelecimentos comerciais”.
Os autores consideram, ainda, que o Ministério Público poderia promover “um termo de ajuste de conduta junto às companhias de tabaco que abastecem a ampla rede de varejistas em todo o território nacional para que essas assumam parte da responsabilidade de fazer cumprir a lei que proíbe a venda de cigarros a menores”.
SBPT abre inscrições para o Curso Avançado de Função Pulmonar
Postado por Comunicação SBPT há 12/12/2018
A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) abriu 45 vagas para a segunda turma do Curso Avançado de Função Pulmonar.
A capacitação é destinada a sócios da SBPT, incluindo os residentes associados. São 4h de aulas teóricas em vídeo na plataforma EAD SBPT, disponíveis até 11/03/2019, além de 8h de capacitação prática no Centro de Treinamento SBPT, em Brasília, nos dias 16 e 17/03.
1ª Turma do Curso Avançado de Função Pulmonar, assistindo às aulas no Centro de Treinamento SBPT.
O pneumologista Dr. André Luis Brandão, de Petrolina (PE), recomendou o Curso de Função Pulmonar da SBPT e destacou a interação entre aluno e professor como o ponto alto da capacitação:
Pneumologistas da SBPT participam da 22ª Conferência Nelson Porto
Postado por Comunicação SBPT há
Há 22 anos consecutivos, o serviço de Pneumologia da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS) realiza um evento científico de atualização e integração entre os especialistas – a Conferência Nelson Porto.
Evento aconteceu no teatro do Centro Histórico-Cultural Santa Casa. Na foto, a equipe de médicos do serviço de Pneumologia do hospital.
Este ano, o coordenador do encontro foi o Dr. Luiz Carlos Corrêa da Silva (Presidente SBPT 2000-2002). O evento contou, ainda, com a aula do Dr. Adalberto Sperb Rubin, Presidente da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Rio Grande do Sul e Chefe do Serviço de Pneumologia do Hospital.
“A 22ª Conferência Nelson Porto foi importante para se discutir diretrizes internacionais de DPOC, asma, tabagismo e fibrose pulmonar: diagnósticos, terapias, casos clínicos e a melhor maneira de manejá-los”, comentou o Dr. Rubin.
Ele lembrou, ainda, que a Santa Casa tem tratamento adequado para todas essas doenças. Além disso, o hospital se consagrou como o maior centro de transplante de pulmão da América Latina.
Quem perdeu a edição de 2018 ainda pode participar da Conferência no ano que vem. O evento acontece sempre no mês de novembro. Fique ligado.
Sucesso de público, o II Workshop ProPulmão 360 apresenta plataforma para profissionais da Bahia
Postado por Comunicação SBPT há
Com a presença de mais de 100 médicos de todas as especialidades envolvidas no tratamento e diagnóstico do câncer de pulmão, o II Workshop ProPulmão 360 propôs o debate sobre o uso da tecnologia na prevenção de doenças pulmonares.
Professores e debatedores do evento PróPulmão
Um dos destaques foi a presença do convidado internacional Dr. Samuel Aguayo, Diretor Médico e de Pesquisa responsável pelo programa de Rastreamento do Câncer de Pulmão no Phoenix Veterans Affairs Health Care System, dos Estados Unidos. Suas aulas abordaram o processo de expansão do programa de screening e formas de identificar e ajudar fumantes de alto risco para doenças respiratórias e cardíacas.
Na foto, o Dr Samuel Aguayo, responsável pela expansão do rastreamento do câncer de pulmão no Veterans Affairs Health System, com os Drs. Arthur Accioly, Ricardo Sales, Igor Lemos e Petrucio Sarmento.
Apresentação
O workshop levou aos médicos a plataforma digital criada para integrar informações dos pacientes, laboratórios, médicos e centros de referência em um único lugar. Dessa forma é possível aplicar inteligência artificial e telemedicina para emitir suspeitas diagnósticas e gerar encaminhamentos aos especialistas baseados nas informações coletadas.
Todos esses esforços são para mudar a realidade trágica do câncer de pulmão no Brasil, onde 90% dos casos são diagnosticados tardiamente, levando 65% dos pacientes a óbito ainda no primeiro ano de tratamento.
“O cruzamento das informações científicas com os dados do paciente permitirá que o sistema indique possíveis diagnósticos do caso. Obviamente a avaliação final é do médico. A tecnologia não deve substituir o parecer do especialista, mas é uma ferramenta digital para auxiliar na avaliação”, explica Ricardo Sales dos Santos, doutor em cirurgia torácica do hospital Albert Einstein e idealizador do projeto.
Foram mais de 40 aulas em dois dias de evento, com a presença de mais de 50 referências brasileiras no combate ao câncer, além de convidados internacionais.
Atualização científica
O primeiro dia do Workshop contou com a participação do Coronel Marcelo Moreno, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). Referência mundial na investigação de acidentes com aeronaves, o Coronel trouxe a palestra “Como evitar erros em sistemas complexos”, aproximando a rotina da aviação à médica.
Além dele, os médicos Ricardo Sales dos Santos e Carlos Henrique Pedrotti apresentaram as palestras “Linha de cuidado digital para o pulmão” e “Uso de telemedicina em linhas de cuidado”, respectivamente.
O segundo dia do II Workshop ProPulmão360 foi iniciado com o painel “Experiência – Rastreamento do Câncer de Pulmão, Tabagismo e Risco Cardíaco”, trazendo uma série de debates e uma visão ampla dos programas de rastreamento, seguido pelos painéis “Experiência – Diagnóstico e intervenção em câncer de pulmão”, “Câncer de Pulmão na era da imunoterapia e terapias-alvo” e dos Simpósios dos parceiros.
A empresa Boehringer apresentou o simpósio “Nintedanibe após a 1ª linha de tratamento de adenocarcinoma de pulmão avançado”, proferido pelo Dr. Fernando Nunes Galvão de Oliveira, enquanto o Grupo DASA, representado pelo Dr. Cristovam Scapulatempo, trouxe o simpósio “Papel da biópsia liquida no diagnóstico e classificação molecular dos carcinomas pulmonares”.
A tarde foi iniciada pelo Simpósio SDS (Screening, Disease Tracking & Survivorship) Healthline, com as aulas do convidado internacional Dr. Samuel Aguayo, seguido pelos painéis “Follow up em câncer de pulmão”, “Tratamento do tumor localmente acançado” e “Meet the professor – discussão de casos”.
Finalizando o evento, ocorreram os painéis “Oncologia torácica expert to expert”, abordando primeiramente CPNPC sem alvo molecular e após CPNPC com alvo molecular.
O workshop ainda contou com a realização de duas salas simultâneas, com conferências que abordaram o papel da mídia e das redes sociais na oncologia, casos clínicos, cirurgia torácica robótica e imunoterapia.
Quem somos
A Plataforma Propulmão é uma iniciativa de médicos e profissionais da saúde que tem como missão prevenir e diagnosticar precocemente o câncer de pulmão por meio de ações de educação, conscientização e discussão sobre os cuidados necessários para o pulmão, com a tecnologia digital aliada aos médicos. Nesta etapa, os especialistas buscam ampliar o protocolo de rastreamento, testado com sucesso no Brasil desde 2016.
A equipe é coordenada pelo médico Ricardo Sales dos Santos, cirurgião torácico do hospital Albert Einstein, e composta por mais de 50 especialistas que atuam nos principais centros médicos do país, na área da medicina respiratória clínica e cirúrgica.
Grupo multidisciplinar conta com pneumologistas, cirurgiões torácicos, radio-oncologistas e oncologistas clínicos.
Conheça a plataforma
Profissionais da rede iTórax, em parceria com empresas de tecnologia digital e da telemedicina do hospital Israelita Albert Einstein, construíram projeto piloto que busca integrar informações dos pacientes, laboratórios, médicos e centros de referência em uma única plataforma. O software ePro360, por meio de inteligência artificial e telemedicina, também emite suspeitas diagnósticas e gera encaminhamentos aos especialistas baseados nas informações coletadas de forma estruturada.
A plataforma já está aberta para o cadastro de médicos com registro profissional válido no território nacional e pacientes. Ambos podem se inscrever e testar a plataforma de maneiras distintas e gratuitamente no endereço: www.propulmao.com.br.
Polícia Militar do Espírito Santo abre concurso com vaga para pneumologista
Postado por Comunicação SBPT há
A Diretoria de Saúde da PM do Espírito Santo tem processo seletivo aberto para formação de cadastro reserva de médicos, incluindo pneumologistas. A remuneração proposta é de R$ 5.819,81 para a jornada de 24h semanais. As inscrições vão até domingo (16/12) pelo site.
O processo seletivo tem validade de 12 meses e permite até duas inscrições por CPF.
As etapas de seleção incluem inscrição e classificação; apresentação de documentos, experiência (vale até 10 pontos) e qualificação profissional (vale até 6 pontos) e formalização do contrato para prestação de serviço em caráter temporário.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)¹, 90% da população mundial está exposta a concentrações de poluentes acima dos limites recomendados.
A poluição do ar, tanto em ambientes externos como internos, causa aproximadamente 7 milhões de mortes por ano. Em torno de 80% dos óbitos são por doenças não transmissíveis e 20% por infecções respiratórias, principalmente pneumonias.
Desse total, cerca de 3,8 milhões de óbitos são atribuíveis à inalação de fumaça produzida pela queima de biomassa (madeira e outros resíduos orgânicos) no interior dos domicílios. As populações mais afetadas são mulheres e crianças das áreas rurais ou da periferia urbana, sendo que 90% dessas mortes acontecem principalmente nos países mais pobres da Ásia, África e América¹, ².
Em torno de 40% da população mundial depende da queima de biomassa para cozinhar ou se aquecer. Estima-se que a queima de biomassa intradomiciliar e as queimadas de matas e canaviais causem mais de 12% de todos os óbitos no mundo. Imagem: Freestockcenter / Freepik.
Nas grandes cidades, as principais fontes de poluição atmosférica são a queima de combustíveis fósseis pelos veículos automotores e as emissões de indústrias e usinas termoelétricas.
Indicadores de morbidade e mortalidade mostram que a poluição do ar é responsável por:
• Mais de um terço das mortes por doenças cardiovasculares.
• Um a cada cinco óbitos por acidentes cerebrovasculares (AVC).
• Infecções respiratórias agudas, principalmente em crianças
• Crises de asma brônquica.
• Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
• Quase 10% dos óbitos por câncer de pulmão.
O mapa mundi na figura abaixo³ mostra a taxa de mortalidade atribuída à poluição do ar em 2016 por país, com percentuais que variam de até 5% (cor azul escuro) a 25% (cor vermelha). O diâmetro dos círculos de cor violeta sobre alguns países é proporcional ao número de estações de monitoramento da qualidade do ar ali existentes.
No Brasil, a taxa de óbitos relacionados à poluição atmosférica é igual ou inferior a 5%.
Conferência Global da Organização Mundial de Saúde
De 30 de outubro a 1º de novembro de 2018, ocorreu em Genebra (Suíça) a Primeira Conferência Global da OMS sobre Poluição Atmosférica e Saúde4. Na ocasião, gestores governamentais, membros de comitês científicos e representantes de organizações ambientais manifestaram a necessidade de medidas urgentes para prevenir as doenças e mortes relacionadas à poluição.
As principais estratégias globais recomendadas para atingir essas metas são:
• A intensificação da cooperação internacional e intersetorial para a redução das emissões de gases e material particulado.
• O desenvolvimento de cidades e assentamentos sustentáveis, de acordo com os objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU5.
O controle da poluição do ar é especialmente importante para reduzir a mortalidade por pneumonia em crianças menores de cinco anos. Mais da metade dos óbitos por pneumonia nessa faixa etária estão associados a esse fator de risco. Além disso, a exposição precoce ser um fator preditivo para o desenvolvimento posterior de doenças respiratórias crônicas.
Por sua vez, os idosos, os portadores de doenças respiratórias e cardiovasculares, os diabéticos, os fumantes e os trabalhadores expostos ocupacionalmente são os grupos da população adulta que sofrem o maior risco de adoecerem ou morrerem pelos efeitos da exposição à poluição do ar4.
Algumas das principais recomendações práticas da Primeira Conferência para os países membros foram:
• Planejar e executar alternativas de mobilidade com menor impacto ambiental, como a bicicleta ou o transporte público.
• Reduzir a queima de combustíveis fósseis (gasolina, Diesel e carvão),
• Desenvolver projetos para a melhoria da qualidade do ar no interior de domicílios onde se pratica a queima de biomassa.
• Prover o acesso a fontes de energia mais limpas, como a eólica e a solar.
• Implementar a vigilância e a regulação ambiental pelas agências governamentais.
Incentivar o uso da bicicleta como meio de locomoção previne dois dos principais fatores de risco para o adoecimento e o óbito precoce: a exposição à poluição e o sedentarismo.
Porém, transitar de bicicleta ou praticar atividade física no ambiente urbano também exige cuidados. O exercício físico intenso eleva a frequência respiratória e aumenta relativamente o contato das vias aéreas e alvéolos com os poluentes que contaminam o ar inalado.
“Nós conciliamos a questão dos não fumantes. Agora, vamos conciliar a situação dos não motoristas! Divida a cidade em duas seções: dirigível e não dirigível”. Cartum do cicloativista norte-americano Andy Singer.
A Comissão de Doenças Ocupacionais e Ambientais da SBPT recomenda que a prática da caminhada, corrida ou ciclismo seja realizada, preferencialmente:
• Em vias secundárias de tráfego ou parques, evitando avenidas ou rodovias com grande circulação de veículos.
• Em horários com menos trânsito de veículos e menos ensolarados, já que a radiação ultravioleta facilita a formação secundária de ozônio na troposfera.
As cidades e regiões que dispuserem de uma rede de monitoramento da qualidade do ar devem divulgar diariamente esses resultados para que a população reconheça os períodos sazonais com picos de concentração de poluentes.
Veja mais recomendações para evitar as consequências da poluição atmosférica em entrevista com o coordenador da Comissão Científica de Doenças Ocupacionais e Ambientais da SBPT, Carlos Nunes Tietboehl Filho, ao Programa Saúde, da Ulbra TV, de Porto Alegre (RS):
O Dr. Carlos lembrou do impacto causado pela queima da cana na área rural do Brasil no desenvolvimento de doenças respiratórias e cardiovasculares.
Ipea abre consultas públicas sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)
Postado por Comunicação SBPT há 07/12/2018
As consultas públicas sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), incluindo saúde e bem-estar, estão disponíveis no site e-democracia para opiniões e adequações à realidade brasileira até dia 16 de dezembro. O controle do tabagismo é uma das metas centrais.
Os ODS são divididos 17 temas propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), desdobrados em 169 metas, considerando estratégias, planos, programas nacionais e desafios econômicos, sociais e ambientais para garantir o desenvolvimento sustentável do país na próxima década. Saiba mais sobre cada um dos temas aqui.
O ODS 3 se refere à saúde e bem-estar. Os especialistas podem contribuir com ideias para redução da mortalidade e fim das epidemias de AIDS, tuberculose, malária, doenças tropicais negligenciadas e outros doenças transmissíveis até 2030.
O controle do tabagismo é um dos protagonistas das metas internacionais e nacionais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o tabagismo como uma doença crônica, epidêmica, transmitida por meio da propaganda e publicidade tendo como vetor a poderosa indústria do tabaco. Além de estar associado às doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo também é um fator importante de risco para o desenvolvimento de hipertensão arterial, tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual em homens, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, etc.
Saúde mental e sexual, diminuição dos abusos de álcool e drogas, redução de acidentes em estradas e aumento da verba destinada à saúde também estão em pauta.