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Dia Nacional de Controle da Asma: podcast da SBPT aborda o estudo BRAEOS sobre asma grave eosinofílica

No podcast Direto ao Ponto SBPT de 10/06/2022, o pneumologista Dr. Rodrigo Athanazio comenta sobre o estudo multicêntrico nacional BRAEOS, que avaliou a prevalência do fenótipo eosinofílico em pacientes com asma grave no Brasil.

Leia o artigo no Jornal Brasileiro de Pneumologia.

Ouça o podcast, disponível nas plataformas Anchor, Spotify, Deezer, Google e Apple.

Sobre o estudo

Os pesquisadores recrutaram 385 pacientes com asma grave para caracterização clínica e inflamatória, em dez centros de referência.

Cerca de 40% deles tinham eosinófilos no sangue periférico acima de 300 células/mm3 e seriam candidatos a terapias com imunobiológicos. Destes, mais de 80% tinha perfil alérgico.

Os médicos analisaram os hemogramas dos pacientes, o histórico clínico, qualidade de vida e controle da asma.

Entre os achados adicionais, o estudo detectou baixa frequência de uso de corticoide oral crônico entre os pacientes com asma grave no Brasil (3,6%).

“Trata-se de resultado interessante que ressalta um hábito prescritivo distinto ao encontrado em coortes internacionais que chegam a ter 50% de pacientes com asma grave em corticoterapia oral crônica”, observa o Dr. Rodrigo Athanazio.

“Independente do perfil eosinofílico, pacientes com asma grave, em geral, têm baixa qualidade de vida. Além disso, mais de 60% não estão controlados”, alertou o especialista.

Global TB Network realiza pesquisa sobre a triagem da tuberculose no tratamento com imunobiológicos

A Global TB Network solicita a participação dos profissionais da saúde no questionário sobre a experiência de triagem da TB em pacientes em uso de medicamentos biológicos.

Além dos inibidores de TNF-alfa (inibidores de interleucina, de células T e de células B), há outros tratamentos médicos que surgiram nos últimos anos.

No entanto, pouco se sabe sobre o risco de TB associado a alguns desses medicamentos.

A Global TB Network pretende registrar as práticas atuais de triagem de TB em pacientes em uso de diferentes biológicos globalmente para detectar em quais áreas são necessárias melhores evidências e/ou sínteses de evidências.

A pesquisa leva de 10 a 15 minutos. Contribua aqui.

A Global TB Network agradece pelo seu tempo e participação!

SBPT divulga aprovados no Exame de Técnico em Espirometria – Turma 01/2022

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia parabeniza os aprovados na etapa prática do Curso de Técnico em Espirometria – Turma 01/2022.

A prova final do curso foi realizada em 28/05/2022, na sede da SBPT, em Brasília (DF).

Entre os candidatos, 12 obtiveram nota mínima de 7,0 e estão qualificados para atuarem na área:

  • Jéssica Sousa Lima
  • Ramayane Mizzetti Ribeiro
  • Mirielly Santos Maracaípe
  • Leda de Cássia Cunha Teixeira
  • Mônica Tanaka Paganotti
  • Letícia da Costa Oliveira
  • Beatrice Carvalho da Silveira
  • Gleison França Medeiros
  • Tamara Miranda Perdigão
  • Cinthia Cristina Custódio
  • Fernanda Veruska Narciso
  • Ana Júlia Guiz Fernandes Corrêa

Para emitir o certificado, os aprovados devem enviar a documentação para a SBPT até o dia 28/11/2022.

Dia Mundial Sem Tabaco: SBPT realiza evento ao vivo no YouTube

Todos os anos, em 31 de maio, as instituições de saúde chamam a atenção para os danos à saúde, riscos sociais e econômicos do tabagismo. Em 2022, a campanha da Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta também para o impacto ambiental causado pelos cigarros e cigarros eletrônicos.

Por isso, neste Dia Mundial Sem Tabaco 2022 (31/05), a SBPT realizou o evento Cigarros eletrônicos e produtos do tabaco: poluindo o ambiente interno e externo, ao vivo no YouTube, às 19h, com os pneumologistas da Comissão Científica de Tabagismo da Sociedade.

Assista aqui:

 

Cigarros eletrônicos: o que se sabe até agora sobre os “vapes”

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) lembra que os dispositivos eletrônicos de fumar (DEFs) são produtos da mesma indústria que já causa mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, muitas delas, evitáveis.

No podcast Direto ao Ponto SBPT sobre o Dia Mundial Sem Tabaco, o coordenador da Comissão Científica de Tabagismo da SBPT, Dr. Paulo Corrêa, explicou que os novos produtos da velha indústria contêm pelo menos 80 substâncias químicas, entre elas, a nicotina, que causa dependência, além propilenoglicol e glicerina vegetal, que produzem acetaldeído, substância associada ao reforço do poder de dependência da nicotina.

Além disso, o especialista esclarece que o filamento aquecido dentro desses dispositivos é feito com metais, como níquel, latão, cobre e cromo, que são inalados conforme o líquido aquece e gera vapor. Portanto, fumantes de cigarro eletrônico têm níveis maiores de concentração de níquel no organismo, por exemplo, um carcinogênico grau 1, segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC).

Em uma revisão sistemática publicada recentemente pelo Centro Nacional de Epidemiologia e Saúde da Austrália, a análise toxicológica do cigarro eletrônico identificou 243 substâncias químicas, sendo 38 venenosas, uma proibida nos líquidos desses dispositivos e três em quantidade acima do permitido.

No Brasil, os especialistas de saúde solicitaram à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que mantenha a proibição de comercialização, importação e propaganda de dispositivos eletrônicos de fumar (RDC nº 46/2009), que fortaleça a fiscalização para que a resolução seja cumprida, que realize campanhas para desmentir o mito de que cigarro eletrônico “é só vapor” e que mantenha um registro compulsório de casos de síndrome respiratória causada pelo produto no Brasil – doença conhecida como EVALI (E-cigarette or vaping use-associated lung injury).

Além da EVALI, o cigarro eletrônico pode causar as mesmas doenças do cigarro convencional, tais como, angina, infarto, DPOC, alterações vasculares, crises de asma, etc.

Até 10/06/2022, a Anvisa está recebendo contribuições sobre a regularização de produtos fumígenos no Brasil. A SBPT encoraja o público a responder a favor da saúde e contra a liberação desses produtos no país. Acesse aqui a Tomada Pública de Subsídios – TPS nº 6/2022.

Cigarros eletrônicos e produtos de tabaco: poluindo o meio ambiente interno e externo

Além de comprometer a vida humana, a indústria do tabaco compromete os recursos naturais do planeta. De acordo com a OMS, a produção de cigarros causa:

– O desmatamento de 600 milhões de árvores para liberação de mais de 200 mil hectares para produção de tabaco.

– A poluição do ar, com 84 milhões de toneladas de CO2 liberadas na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global

– O uso indiscriminado de recursos minerais, já que são necessários 3,7 l de água para produzir um cigarro.

– A geração de lixo. São 4,5 trilhões de “bitucas” de cigarro poluindo o meio ambiente, sem falar no lixo eletrônico dos “pods” descartáveis.

Referências

Banks E, Yazidjoglou A, Brown S, Nguyen M, Martin M, Beckwith K, Daluwatta A, Campbell S, Joshy G. Electronic cigarettes and health outcomes: systematic review of global evidence. Report for the Australian Department of Health. National Centre for Epidemiology and Population Health, Canberra: April 2022.

Organização Mundial da Saúde. World No Tobacco Day. Disponível em: https://www.who.int/campaigns/world-no-tobacco-day/2022. Acesso em 29 abr 2022.

Sociedade Brasileira de Pneumologia. SBPT, AMB, CFM e Sociedades Médicas alertam sobre as consequências do uso de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs). 9 mai 2022. Disponível em: https://sbpt.org.br/portal/sociedades-medicas-alertam-sobre-cigarro-eletronico/

Sociedade Brasileira de Pneumologia. Comissão de Tabagismo da SBPT vai à mídia orientar sobre os riscos do cigarro eletrônico para a saúde. 14 abr 2022. Disponível em: https://sbpt.org.br/portal/cigarro-eletronico-midia-abril-2022/

Sociedade Brasileira de Pneumologia. Posicionamento da SBPT sobre os Dispositivos Eletrônicos Para Fumar (DEFs). 7 abr 2022. Disponível em: https://sbpt.org.br/portal/dispositivos-eletronicos-para-fumar/

Falta pouco para o VI Curso Nacional de Circulação Pulmonar da SBPT

Nos dias 3 e 4 de junho, a SBPT apresentará o VI Curso Nacional de Circulação Pulmonar no Novotel Jaraguá, em São Paulo (SP).

O curso é dividido em oito módulos, incluindo aulas, debates e discussões de casos clínicos.

Todas as aulas ficarão disponíveis on-line para os inscritos após o evento.

Na programação, constam os critérios diagnósticos, as novidades de tratamentos, os riscos, a reabilitação, entre outras questões do dia a dia de especialistas que cuidam de pacientes com hipertensão arterial pulmonar; tromboembolia pulmonar; hipertensão pulmonar tromboembólica crônica e outras doenças circulatória dos pulmões.

O público-alvo é o pneumologista, cardiologista, radiologista, cirurgião torácico, paliativista, fisioterapeuta e todos os profissionais da saúde que desejem aperfeiçoar conhecimentos na área.

Saiba mais e inscreva-se.

Pesquisadoras brasileiras são premiadas no ATS International Scholars Poster Colloquium

Em 14/05/2022, a American Thoracic Society premiou os melhores trabalhos científicos de pesquisadores jovens, provenientes de 15 países.

O International Scholars Poster Colloquium aconteceu no International Participants Center (IPC), durante o Congresso ATS 2022.

Dois estudos brasileiros ganharam destaque pela relevância e contribuição com a saúde respiratória:

– “Hospital Rehabilitation Using Elastic Bands Provides Early Improvements and Maintenance of Endothelial Function in Patients with Acute Exacerbation of Chronic Obstructive Pulmonary Disease (AECOPD): a Randomized Controlled Trial” e

– “Comparative effects of Ketamine and Dexmedetomidine on brain and lung damage in experimental acute ischemic stroke”.

O primeiro buscou analisar a função endotelial de pacientes internados com exacerbação aguda de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) após a reabilitação baseada em exercícios com bandas elásticas.

O estudo randomizado controlado foi desenvolvido pelo Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e incluiu 20 pacientes.

Os autores concluíram que a reabilitação com exercícios contribuiu para melhorar e manter a função endotelial desses pacientes durante os 30 dias de acompanhamento.

“As exacerbações agudas graves da DPOC estão associadas a piores desfechos de saúde, que incluem o risco elevado para eventos cardiovasculares e intolerância ao exercício físico. Foi comprovado que o exercício físico melhora a função endotelial em outras doenças. Portanto, nossa hipótese foi a de que também traria benefícios neste contexto de agudização e piora clínica”, explica a Dra. Renata Mendes, professora do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da UFSCar e uma das autoras do estudo.

A Profa. Dra. Naiara Leonardi, primeira autora da pesquisa, recebeu o reconhecimento das sociedades médicas no ATS International Scholars Poster Colloquium, além de premiação em dinheiro e isenção da inscrição no Congresso ATS 2022.

“Este prêmio nos faz acreditar que estamos no caminho certo e nos motiva a continuar a pensar nos benefícios dos pacientes que sofrem com as doenças respiratórias crônicas, mesmo diante das barreiras que encontramos para nossas pesquisas”, afirmou a Profa. Renata.

As pesquisadoras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Renata Mendes e Naiara Leonardi, com a Presidente da SBPT, Irma de Godoy.

No segundo trabalho premiado – “Comparative effects of Ketamine and Dexmedetomidine on brain and lung damage in experimental acute ischemic stroke” – os cientistas avaliaram grupos de ratos induzidos com acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) por 24h. Os animais receberam quetamina ou dexmedetomidina de forma randomizada, seguidas de ventilação mecânica por 1h.

Por meio de exames hemodinâmica, pressão arterial, função pulmonar e pela histologia, foram analisados possíveis danos às células endoteliais pulmonares, aos pulmões e ao tecido cerebral.

“Nosso grupo do Laboratório de Investigação Pulmonar tem uma linha de pesquisas que avalia as interações cérebro-pulmão para o estudo de diferentes estratégias terapêuticas em pacientes que sofrem Acidente Vascular Cerebral Isquêmico, dentre elas, a avaliação do comportamento no pulmão com anestésicos comumente utilizados nessa população de pacientes em diferentes momentos de sua internação”, explica a primeira autora do estudo, Dra. Luciana Heil.

Os pesquisadores sugerem que a dexmedetomidina está associada à maior proteção do cérebro e do pulmão em caso de acidente vascular cerebral isquêmico focal agudo, o que pode estar relacionado a um menor dano às células endoteliais.

O estudo foi realizado por professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade de Gênova, Itália.

“Este reconhecimento nos motiva a seguirmos no caminho da pesquisa e do que podemos contribuir ao que já é conhecido sobre o tema, como os pacientes acometidos pela condição do AVC isquêmico e suas repercussões pulmonares podem ser beneficiados em relação à escolha de fármacos, visando também o dano pulmonar”, completa a pesquisadora.


Referências

N. Leonardi, E.Z. Kabbach, N.S. Schafauser, A.D. Heubel, A.C. Sentanin, V. Castello-Simões, V.A.P. Di Lorenzo, A.B. Silva, and R.G. Mendes. Hospital Rehabilitation Using Elastic Bands Provides Early Improvements and Maintenance of Endothelial Function in Patients with Acute Exacerbation of Chronic Obstructive Pulmonary Disease (AECOPD): a Randomized Controlled Trial. C108. THE IMPACT OF REHABILITATION ON MIND AND BODY. May 1, 2022, A4959-A4959

L.B. Heil, C.L. Braga, R.M. Sacramento, M.A. Antunes, C.D.S. Samary, P. Pelosi, F.F. Cruz, P.L. Silva, and P.R.M. Rocco. Comparative Effects of Ketamine and Dexmedetomidine on Brain and Lung Damage in Experimental Acute Ischemic Stroke. C33. INFLAMMATORY MODULATION IN SARCOIDOSIS, LUNG TRANSPLANT, AND OTHER DISEASES. May 1, 2022, A3941-A3941.

Conselho Federal de Medicina publica as normas de regulamentação da telemedicina

Em 05/05/2022, o Conselho Federal de Medicina publicou a resolução CFM 2.314/2022, que define e regulamenta os serviços médicos mediados por tecnologias digitais no Brasil.

A resolução orienta sobre proteção e registros de dados pessoais e clínicos dos pacientes, considerando a ética médica, as leis de segurança digital vigentes, o consentimento explícito do paciente e outras formas de garantia de sigilo e confidencialidade.

Além disso, o texto define as modalidades da telemedicina e resolve algumas questões que ainda geravam dúvidas, como a prática de telemedicina na primeira consulta e a forma de de registro nos Conselhos Regionais de Medicina para pessoas físicas e jurídicas que prestem serviços digitais na área.

De acordo com o Dr. Augusto Manoel de Carvalho Farias, Diretor de Defesa e Exercício Profissional da SBPT, é importante que os médicos se capacitem para utilizar as ferramentas digitais com proficiência, além de cumprir as normas legais.

“A rotina de avaliação em Medicina precisa ser adaptada ao mundo digital. Temos sido autodidatas, mas se quisermos exercê-la com segurança, devemos obter qualificação específica sobre o tema. Já existem cursos na área, como o da Associação Paulista de Medicina”, recomenda o Dr. Augusto Farias. Ele conta que a SBPT também está preparando uma Diretriz de Telemedicina, que poderá evoluir para um Manual de Boas Práticas futuramente.

Segundo ele, a forma de remuneração ainda precisa ser pacificada. “Embora o CFM recomende a manutenção dos padrões de remuneração da consulta presencial, pois o ato médico e a responsabilidade são os mesmos, os valores deverão ser pactuados com os pacientes e operadoras”.

O Dr. Farias ressalta que o benefício de alcance da telemedicina é ainda mais evidente no Brasil, onde a distribuição de profissionais sempre foi heterogênea, principalmente de especialistas. Outro diferencial da telemedicina é a possibilidade de interagir com especialistas de referência, incrementando a qualidade da assistência e da gestão em saúde.

Ele lembra que os laudos de imagens e anatomopatológicos podem ser realizados ou reavaliados a distância e até cirurgias podem ser feitas de forma remota.

“A Medicina é a mesma, seja tele ou não. Serve ao nobre propósito de levar cuidados em saúde a quem deles necessita. A beneficência e não maleficência nos norteiam. Sejam elas a nossa bússola moral neste caminho que se descortina à nossa frente”, aconselha o Diretor de Defesa e Exercício Profissional da SBPT.

Leia a Resolução CFM nº 2.314/2022.

SBPT oferecerá Curso Nacional de Cuidados Paliativos em Pneumologia. Faça a sua pré-inscrição

A SBPT, por meio de sua Comissão de Doenças Pulmonares Avançadas e Doenças Raras, anuncia a pré-inscrição para o Curso Nacional de Cuidados Paliativos em Pneumologia.

Datas: 19 e 20 de agosto de 2022.
Formato: presencial.
Local: Centro de Treinamento da SBPT, em Brasília.
Número de vagas: 60.
Valor de inscrição: R$400,00 (sócio SBPT), R$ 600,00 (não sócio) e R$480,00 (sócios de sociedades parceiras).

Temas a serem abordados:

– Cuidados Paliativos: aspectos fundamentais.

– Cuidados Paliativos e Pneumologia: atuação na doença avançada – quando iniciar na prática clínica.

– Manejo de sintomas em pacientes com doenças pulmonares.

– Elaboração de plano de cuidados para pacientes com doenças pulmonares.

– Habilidades de comunicação em situações difíceis.

– Luto e Finitude em DPA.

– Decisão compartilhada e aspectos bioéticos em CP – Diretivas Antecipadas de Vontade e procuradores de saúde.

– CP em situações clínicas: neoplasia, DPOC, DIP, HAP, transplante de pulmão.

– Discussões de casos clínicos.

Devido à alta procura pelo curso e à quantidade limitada de vagas, a preferência da inscrição será destinada aos que preencherem a pré-inscrição por meio deste formulário.

Dra. Margareth Dalcolmo fala sobre a experiência brasileira com a Covid-19 no ATS 2022

Em 18/05/2022, a Dra. Margareth Dalcolmo participou da mesa: “Covid-19: lessons learned and the path forward”, no Congresso da American Thoracic Society (ATS 2022).

Na aula, a Presidente Eleita da SBPT (2023-2024) e porta-voz da Pneumologia brasileira na mídia propôs um debate sobre as lições que estamos aprendendo desde o início da pandemia e as adaptações do sistema de saúde brasileiro para tratar a Covid-19, que ainda causa cerca de 105 mortes por dia no país¹.

Entre as experiências brasileiras relatadas pela Dra. Margareth Dalcolmo estão a importância do SUS, a divergência entre a política e a comunidade científica e o avanço da ciência, com as vacinas.

A sessão sobre Covid-19 do ATS 2022 teve o objetivo de discutir sobre qualidade de vida dos pacientes pós-Covid-19, o que sabemos até agora sobre esses desafios da pandemia. Além disso, foram abordadas as mudanças nas práticas de Enfermagem adotadas para a Covid-19, que poderão perdurar no futuro.

Os conteúdos de maior destaque das aulas do ATS 2022 estão disponíveis na plataforma on-line até 24/06/2022.

¹Dados de 25/05/2022, Consórcio dos Veículos de Imprensa.

SBPT e European Respiratory Society apresentam os resultados da parceria entre sociedades

Em 15/05/2022, a SBPT e a European Respiratory Society (ERS) se reuniram no Congresso da ATS 2022 para rever os dados sobre a participação brasileira na sociedade europeia e firmar parcerias.

O objetivo é ampliar a quantidade de especialistas brasileiros atuantes na ERS e apresentar projetos para incluir mais membros jovens na associação conjunta SBPT/ERS.

Além disso, a experiência faz parte da Coalizão Internacional de Saúde Respiratória, promovida pela ERS com o intuito de oferecer recursos para que todos os países tenham boas práticas de Pneumologia acessíveis para a população.

Atualmente, 466 sócios da SBPT são também membros da ERS. Destes, 51 fazem parte de comissões científicas e têm a oportunidade de trabalhar com os especialistas da ERS.

Participaram da reunião, Joanna Chorostowska-Wynimko, Secretária Geral da ERS; Carlos Robalo Cordeiro, Presidente Eleito da ERS; Werner Bill, Diretor Executivo da ERS; Alexandra Harabosky, colaboradora da ERS; Irma de Godoy, Presidente da SBPT; Ricardo Corrêa, Diretor de Educação da SBPT; Paulo Dalcin, Diretor Financeiro da SBPT e Jadir Oliveira, Gerente Executivo da SBPT.

Dra. Juliana Ferreira é homenageada com o prêmio Philip Hopewell no ATS 2022

A pneumologista brasileira Dra. Juliana C. Ferreira foi reconhecida internacionalmente por suas contribuições com a ciência e em benefício dos pacientes na 1ª edição do prêmio Philip Hopewell, da American Thoracic Society (ATS).

A especialista foi homenageada em 14/05/2022, no International Scholars Poster Colloquium, do Congresso ATS 2022. Foto: Dra. Irma de Godoy, Presidente da SBPT, e Dra. Juliana Ferreira, destaque internacional na Pneumologia.
A Dra. Juliana é Professora Associada da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e atua na Pneumologia e Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas. Suas pesquisas têm foco em ventilação mecânica e educação médica.

Diante da COVID-19, a cientista desenvolveu protocolos de ventilação mecânica que foram acessados por mais de 300 mil pessoas na América Latina.

A pneumologista já publicou 90 artigos originais, 17 capítulos e um livro próprio e atua como co-diretora do MECOR na América Latina.

O Philip Hopewell Prize for Global Respiratory Health Research é uma iniciativa da ATS para reconhecer as contribuições de pesquisadores da Medicina Respiratória provenientes de países em desenvolvimento, reconhecidos pelo compromisso com a ciência e educação médica.

Fonte: ATS Conference News.

ATS 2022: como é apresentar um trabalho no congresso internacional?

O jovem pesquisador Dr. Paulo Miranda Cavalcante Neto conta como foi a interação com especialistas internacionais no Congresso da American Thoracic Society 2022.
SBPT – Qual foi o tema do trabalho que o senhor apresentou e o que motivou o desenvolvimento desta pesquisa?
PMCN – Apresentei um relato de caso e um trabalho original. O relato de caso se tratava de um paciente com artrite reumatoide que utilizou uma medicação e desenvolveu reação sarcoide. Após a troca do medicamento,  houve redução quase total das alterações pulmonares na tomografia de tórax.
Fizemos uma revisão da literatura e os avaliadores se interessaram bastante pelo caso. Inclusive, fomos convidados para assistir ao lançamento do estudo fase 3 de uma nova medicação para tratamento da sarcoidose.
O trabalho original trata-se dos resultados parciais da minha tese de doutorado em Pneumologia pela UNIFESP/EPM, orientada pelo Dr. Carlos Alberto Pereira e Dra. Maria Raquel.
Avaliamos retrospectivamente os pacientes com pneumonia de hipersensibilidade fibrótica com achados autoimunes. Recebemos avaliação de diversos especialistas internacionais em Doença Pulmonar Intersticial (DPI), como Dr. Michael Kreuter, da Alemanha, e Dr. Chad Newton, do grupo do Texas.
SBPT – O senhor teve a oportunidade de discutir os achados com outros estudiosos da área? Como foi?
PMCN – Sim. A troca de experiências é um marco dos congressos da ATS. Tanto no trabalho original, quanto no relato de caso, diversos especialistas nos abordaram para tirar dúvidas a respeito dos nossos trabalhos.
SBPT – O senhor poderia mencionar outros trabalhos que lhe chamaram a atenção, caso se lembre?
PMCN – Sim. Participei do Curso pré-congresso de pós-graduação em Doença Pulmonar Intersticial no dia 14/05, onde pudemos assistir aulas interessantes e discutir com Dr. Vicent Cottin, Dra. Marlies Wijsenbeek, Dra. Elisabetta Renzoni, Dr. Chad Newton, Dra. Erica DaVonne.
Esperávamos por algumas apresentações de publicações:
– O RECITAL Trial foi um estudo duplo cego, randomizado, controlado que comparou uso de Ciclofosfamida x Rituximab em DPI secundário a Doença do Tecido Conectivo, apresentado pelo Dr. Toby Maher, do Brompton de Londres.
– O MANDALA Study, estudo que comparou eficácia e segurança de SABA+CI x SABA em pacientes com asma moderada a grave.
– A apresentação da Diretriz de Fibrose Pulmonar Idiopática 2022 e a Diretriz de Fibrose Pulmonar Progressiva pelo Dr. Raghu.
– Foi possível conhecer o inalador do Treprostinil, medicação inalatória liberada pelo FDA para tratamento da Hipertensão Pulmonar do Grupo 3, que atua na via do óxido nítrico.
– Houve sessões totalmente dedicadas a ILA (Interstitial Lung Abnormalities) que estão sendo bastante discutidas em todo o mundo.
SBPT – Na sua percepção, como está a representatividade da ciência brasileira no cenário internacional e como foi a participação dos pesquisadores do país especificamente neste congresso?
PMCN – Acredito que em 2019, a presença brasileira foi maior que em 2022. Com a pandemia, muitos colegas não puderam vir para o evento presencial.
A despeito disso, tivemos o privilégio de assistir à Dra. Juliana Ferreira da UTI-Respiratória do Incor/HCFMUSP ser homenageada e isso nos enche de orgulho.
SBPT – Na sua opinião, o que falta para que mais brasileiros despontem na ciência em saúde respiratória?
PMCN – Incentivo financeiro, com bolsas para que possamos realizar pesquisas e apresentar nossos dados, pois nossos ambulatórios são de alto nível.