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Dia Mundial da Asma: incorporação dos imunobiológicos para asma grave é um momento notável para a saúde

Na primeira terça-feira de maio (03/05/2022) é o Dia Mundial da Asma. Neste ano, os pneumologistas da Comissão Científica de Asma da SBPT destacam os avanços dos últimos anos na incorporação dos imunobiológicos para melhorar o controle da asma grave T2 alta.

“Vivemos um momento extraordinário para os pacientes, profissionais da saúde e comunidade científica. Há cerca de 20 anos, estávamos na luta pela incorporação de melhores tratamentos para asma no Brasil e, agora, temos até acesso aos imunobiológicos para asma grave”, celebram os especialistas. “Embora seja uma doença rara, a asma grave tem grande impacto social e econômico no país”, completam.

Existem quatro imunobiológicos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no Brasil: Omalizumabe, Mepolizumabe, Benralizumabe e o Dupilumabe. Todas essas drogas já foram incorporadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e estão disponíveis para os pacientes beneficiários de planos de saúde.

Recentemente, a CONITEC atualizou o PCDT de asma e incorporou o Omalizumabe e o Mepolizumabe para pacientes com asma grave do SUS.

A indicação, forma de prescrição e avaliação da resposta ao tratamento com esses medicamentos podem ser encontradas nas Recomendações de Manejo da Asma Grave, publicadas no Jornal Brasileiro de Pneumologia em 2021. Clique aqui para acessar.

Em 14/04/2022, no Encontro Virtual da SBPT, os pneumologistas abordaram a definição diagnóstica de asma grave, os critérios de elegibilidade para o tratamento com os imunobiológicos, fenótipos e endotipos da doença e como solicitar os medicamentos para o paciente. Assista aqui.

Neste evento, a pneumologista da Comissão Científica de Asma da SBPT, Dra. Daniela Blanco, ressaltou a importância da definição diagnóstica de asma grave. “Todo asmático grave é de difícil controle, mas nem todo asmático de difícil controle é grave”. Então, quando se deve pensar em asma grave?

Os critérios diagnósticos para asma grave incluem:

– Diagnóstico firmado para asma; confirmação da adesão e técnica inalatória adequadas; afastamento de exposições e tratamento de comorbidades que pioram o controle; necessidade de dose alta de corticoide inalado (acima de 1.600mcg de budesonida ou equivalente, há pelo menos 6 meses de uso regular) com uma segunda medicação controladora ou com histórico de uso de corticoide oral (constante ou em cursos frequentes).

Uma vez confirmado o diagnóstico, o médico deve avaliar o perfil do paciente para uso de imunobiológico, considerando os aspectos da fisiopatologia da asma grave, identificando os fenótipos inflamatórios (T2 alto ou não T2, neutrofílica ou paucigranulocítica) e os biomarcadores necessários para definir o alvo terapêutico.

Referências

Para compreender esses avanços recentes no tratamento, os pneumologistas recomendam aos profissionais da saúde que acessem os seguintes artigos: