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Academia Nacional de Medicina apoia iniciativa da SBPT sobre o acesso a medicamentos para asma e DPOC

Na sexta-feira (25/08), a Academia Nacional de Medicina compartilhou nota de apoio à iniciativa da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) de apresentar ao Ministério da Saúde, com a anuência de estados e municípios, através de suas representações no CONASS e CONASEMS, a proposta mais lógica de propiciar o acesso a diagnósticos, na rede básica, para doenças de alta prevalência no país, como asma e  doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), e prover os medicamentos de uso contínuo, através das farmácias populares.

A instituição reconhece que há na população brasileira cerca de 20 milhões de asmáticos, entre crianças e adolescentes (12%) e adultos (5%), com mortalidade de 2.500 pessoas a cada ano, ou 5 a 7 por dia e que, a esses, se somam 7 milhões de portadores de DPOC de padrão enfisematoso na maioria das vezes causado pelo vício de fumar. 

Além dos inúmeros estudos que embasam a necessidade de se diagnosticar precocemente essas doenças e, assim, propiciar o tratamento adequado, há todo um processo para que as medicações sejam incorporadas ao SUS, pela aprovação da CONITEC.

Estudo recente sobre um período de cinco anos no Brasil, desenvolvido pelo sistema FIRJAN/SESI, revela dados que exigem medidas de saúde pública pragmáticas. Apenas 12% dos casos desse conjunto de doenças são diagnosticados e menos de 20% seguem com o tratamento prescrito, por diferentes razões, e as principais são o retardo diagnóstico e a dificuldade de acesso a medicamentos eficazes. Estes, se usados corretamente, teriam imenso impacto sobre a morbidade, absenteísmo ao trabalho e hospitalizações. 

De 2017 a 2022, mais de 510 mil pessoas foram hospitalizadas por DPOC, gerando um gasto superior a 500 milhões de reais no período, e uma morte a cada 11 internados. O custo na seguridade social agrava a situação visto que se calcula em mais de 4 bilhões de reais o gasto com afastamentos motivados por DPOC, com 20 mil brasileiros recebendo benefícios previdenciários por essas doenças, representando 9% de taxa de absenteísmo estimada. 

 

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