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Associação Médica Brasileira (AMB) divulga material sobre os riscos do cigarro eletrônico

Não se deixe enganar: o cigarro eletrônico vicia e mata! E para alertar a população sobre o assunto, nesta semana em que é comemorado o Dia Mundial Sem Tabaco (31 de maio), a Associação Médica Brasileira (AMB) lançou um site que reúne informações sobre os malefícios provocados pelos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs).

O conteúdo foi elaborado pela Comissão de Tabagismo da entidade, com o apoio da Aliança de Controle do Tabagismo e Promoção da Saúde (ACT), com o apoio da Fundação do Câncer. São 42 perguntas e respostas com as principais dúvidas sobre o dispositivo.  O material pode ser acessado em https://amb.org.br/cigarro-eletronico/ .

A AMB tem atuado para esclarecer os médicos e a população em geral sobre os malefícios à saúde causados por todos os tipos de tabaco, em especial as novas modalidades oferecidas pela indústria que, de forma equivocada e sem base científica, divulgam como sendo de “risco reduzido”.   

“Não existe risco reduzido quando o assunto é tabagismo. Cigarro eletrônico nada mais é que uma nova versão do cigarro antigo com a tecnologia incorporada, mas com a intenção de vender a mesma droga. A maioria destes produtos aquecidos contêm nicotina, que é altamente viciante. Ao inovar para atrair o público jovem, a indústria tabagista aumenta as chances deles se tornarem fumantes de cigarros tradicionais quando adulto”, destaca Alberto Araújo, presidente da Comissão de Combate ao Tabagismo da AMB    

MITOS E VERDADES  

Enquanto a indústria tabagista aposta em cigarros eletrônicos e vaporizadores para recuperar mercado, a classe médica alerta: esses dispositivos podem ser mais nocivos do que parecem. A página da AMB foi criada para esclarecer os mitos e verdades sobre estes dispositivos.  “O conteúdo é destinado a médicos, profissionais da saúde, à imprensa e toda a população. Nele, são desvendadas as artimanhas que a indústria tabagista utiliza para vender benefícios inexistentes e falsos para atrair usuários”, observa Diogo Sampaio, vice-presidente da AMB. 

O diretor Científico da AMB, Antonio Carlos Palandri Chagas, enfatiza a importância dos esclarecimentos sobre os DEFs. “Recomendo a leitura do material por pais e educadores, pois com formatos inusitados e sabores a indústria pretende atingir um público mais jovem com os cigarros eletrônicos. Se se aqueles que devem orientar as crianças e adolescentes não estiverem preparados, até mesmo para reconhecer que o que o filho ou aluno carrega é um e-cigarro, corremos o risco de ter um crescimento grande de fumantes nestas modalidades”.  

 DEPENDÊNCIA SEM PRECEDENTES  

Dependência mais rápida e muito mais intensa: essa é a consequência dos cigarros eletrônicos na vida dos usuários. Os cigarros eletrônicos (em especial os com formato de pen drive) causam uma síndrome de abstinência sem precedentes. “São pacientes que ficam extremamente agressivos, irritados e que, muitas vezes, precisam ser internados. Com o surgimento da EVALI em 2019, doença pulmonar provocada pelo uso de DEFs, vimos o quanto estes produtos são prejudiciais à saúde. É preciso conscientizar a população sobre estes riscos e, assim, combater o tabagismo”, avalia Lincoln Ferreira, presidente da AMB.   

COVID-19: resumos de artigos selecionados – parte 14

Veja o artigo sobre tromboembolismo e COVID-19 publicado no Annals of Internal Medicine e o artigo que analisa a possibilidade de predição de casos leves e graves de COVID-19 em um hospital da China, publicado no Journal of Clinical Virology.

Autopsy Findings and Venous Thromboembolism in Patients with  COVID-19

Autores:

Wichmann D1, Sperhake J-P1, Lütgehetmann M1, Steurer S1, Edler C1, Heinemann A1, Heinrich F1, Mushumba H1, Kniep I1, Schröder AS1, Burdelski C1, de Heer G1, Nierhaus A1, Frings D1, Pfefferle S1, Becker H2, Bredereke-Wiedling H3, de Weerth A4, Paschen H-R5, Sheikhzadeh-Eggers S6, Stang A2, Schmiedel S1, Bokemeyer C1, Addo MM1, Aepfelbacher M1, Püschel K1, Kluge S1

Procedência:

  1. Universidade Medical Center Hamburg-Eppendorf, Hamburg, Alemanha;
  2. Hospital Asklepios Barmbek, Hamburgo, Alemanha;
  3. Hospital Bethesda Bergedorf, Hamburgo, Alemanha;
  4. Hospital Agaplesion Diakonie, Hamburgo, Alemanha;
  5. Hospital Amalie Sieveking, Hamburgo, Alemanha;
  6. Hospital Asklepios Saint Georg, Hamburgo, Alemanha

 

Resumo

Os autores descrevem os achados de autópsia completa (inclusive tomografia post-mortem, histopatologia e análise virológica) de 12 pacientes com COVID-19 (coronavirus disease 2019) em Hamburgo, Alemanha. Todas as autópsias foram realizadas no Departamento de Medicina Legal da University Medical Center Hamburg-Eppendorf.

  • Características da população estudada:
  • Idade média de 73 anos.
  • 75%
  • 10 indivíduos morreram no hospital. Metade destes indivíduos encontravam-se sob diretrizes avançadas de cuidados de suporte quando vieram a óbito.
  • 50% dos indivíduos possuíam diagnóstico clínico de doença arterial coronariana, e 25% diagnóstico de DPOC ou asma.
  • Achados:
  • Ocorrência de tromboembolia venosa (TEV) em 7 de 12 pacientes, 2 indivíduos não apresentavam diagnóstico clínico de TEV.
  • Tromboembolismo pulmonar foi a causa direta da morte de 4 pacientes (25%).
  • Houve bilateralidade em todos os indivíduos com trombose venosa profunda.
  • Onze pacientes possuíram algum grau de cardiopatia detectável, incluindo a ocorrência de esclerose da artéria coronária em 7 de 12 pacientes.
  • Os indivíduos apresentaram uma clara tendência à obesidade.
  • Três indivíduos apresentaram esplenomegalia.
  • Observou-se Dano Alveolar Difuso em 8 de 12 pacientes, com importante aumento do peso do pulmão.
  • Todos os indivíduos apresentaram altas concentrações de RNA viral no pulmão.
  • Foi identificada viremia moderada em 6 pacientes, sendo constatada alta carga viral no fígado, rins ou coração de 5 destes indivíduos.

A alta incidência de eventos tromboembólicos nos pacientes estudados aponta para importante papel da coagulopatia induzida por COVID-19.

Referência:

  1. WICHMANN, D. et al. Autopsy Findings and Venous Thromboembolism in Patients with COVID-19. Ann Intern Med. 2020 May 6. doi: 10.7326/M20-2003

Clique aqui para ler o artigo na íntegra.

Prognostic Value of Interleukin-6, C-Reactive Protein, And Procalcitonin in Patients With COVID-19

Autores:

Liu F1, Li L1, Xu M1, Wu J1, Luo D1, Zhu Y1, Li B1, Song X1, Zhou X1

Procedência:

  1. Departamento de Anestesiologia, Hospital Geral do Comando do Teatro Central do PLA, Wuhan, China

Resumo

Os autores investigaram a possibilidade de predição da ocorrência de casos leves e graves de COVID-19 (coronavirus disease 2019) a partir da análise dos níveis séricos de interleucina 6 (IL-6), Proteína C Reativa (PCR) e Procalcitonina (PCT) em pacientes com COVID-19 admitidos no General Hospital of Central Theater Command of People’s Liberation Army, China.

  • Características do estudo e população analisada:
    • Estudo retrospectivo e observacional envolvendo 140 pacientes com COVID-19.
    • Amostras de sangue dos pacientes foram colhidas na manhã seguinte às suas internações.
    • Gravidade dos casos de COVID-19: 107 pacientes leves, e 33 graves.
    • Maiores médias de idade foram observadas nos pacientes graves.
  • Resultados:
    • Na admissão, os pacientes apresentavam dosagens séricas elevadas de:
    • IL-6, 95 pacientes (67,9%)
    • PCR, 91 pacientes (65,0%)
    • PCT, 8 pacientes (5,7%)
    • Pacientes com níveis de IL-6 > 32,1 pg/mL, PCR > 41,8 mg/L e PCT > 0,07 ng/mL possuíram maior propensão para complicações graves.

Os achados reforçam a importância da tempestade citocínica nos pacientes portadores de COVID-19. Validação do nível sérico de PCT como fator independente de gravidade apresenta-se pouco consistente na literatura, porém IL-6 e PCR apresentam correlação significativa e podem ser utilizados como fatores independentes preditivos da gravidade da doença.

Referência:

  1. Liu, F. Et al. Prognostic Value of Interleukin-6, C-Reactive Protein, And Procalcitonin in Patients With COVID-19J Clin Virol. 2020 Apr 14. doi: 10.1016/j.jcv.2020.104370

Clique aqui para ler o artigo na íntegra.


Apoio:

Dia Mundial Sem Tabaco: controle do tabagismo é ainda mais importante durante a pandemia

Em 31 de maio é dia da luta mundial antitabaco. Neste contexto, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) alerta: fumar é fator de risco para contrair infecções respiratórias e agravar o quadro dessas doenças, incluindo a COVID-19.

Sobre o Dia Mundial Sem Tabaco 2020

Em declaração recente sobre o uso de tabaco e o novo coronavírus, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declara que “os fumantes podem ter mais chances de desenvolver as formas mais graves de COVID-19, se comparados aos não-fumantes”.

“Percebemos que os casos fatais de COVID-19 são maiores entre as pessoas com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como as doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, câncer e diabetes. E sabemos que fumar aumenta os riscos de desenvolver essas condições”, alertou a Dra. Adriana Blanco Marquizo, Chefe de Secretariado da Convenção-Quadro da Organização Mundial da Saúde Para Controle do Tabaco (CQCT).

“O artigo 5.3 da Convenção-Quadro Para Controle do Tabaco visa defender a saúde pública dos interesses da indústria do tabaco e daqueles que trabalham para promover esses interesses. Sobretudo, porque a indústria tem histórico de capitalização durante crises humanitárias, desastres naturais e eventos catastróficos similares”, diz o texto da CQCT.

Por esse motivo, a luta travada pelas instituições de saúde neste 31 de maio – Dia Mundial Sem Tabaco – é proteger a saúde pública e se posicionar contra as tentativas de aproximação da indústria do tabaco durante a pandemia.

O tabagismo mata mais de 8 milhões de pessoas no mundo todos os anos, sendo 7 milhões de fumantes diretos e cerca de 1,2 milhão por exposição ao fumo passivo.

Os benefícios de parar de fumar são muitos. Além da economia financeira e prevenção de mais de 60 tipos de doenças, depois de 20 minutos sem fumar, a frequência cardíaca e a pressão arterial já diminuem. Após 12 horas, o nível de monóxido de carbono no sangue se normaliza. Em 2 a 12 semanas, a circulação sanguínea melhora e a função pulmonar aumenta. Depois de 1 a 9 meses, a tosse diminui e o fôlego melhora.


Fontes:


Veja ainda:

SBPT assina carta aos líderes mundiais sobre recuperação da saúde após a pandemia

Mais de 350 organizações de saúde, representando cerca de 40 milhões de especialistas, incluindo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), assinaram uma carta aos líderes do G20 com recomendações sobre poluição, meio ambiente e a condução para uma recuperação saudável após a pandemia.

A carta, direcionada aos Presidentes da República, Primeiros Ministros e representantes da saúde, propõe a hashtag #HealthyRecovery, e menciona a necessidade de investimentos em saúde pública e prevenção de pandemias.

“Antes da COVID-19, a poluição atmosférica já contribuía para enfraquecer o sistema respiratório e as defesas do organismo. Esse ar poluído provêm da queima do combustível dos veículos, pelo uso doméstico inadequado de energia da combustão de lenha, além de incêndios florestais, queima de resíduos sólidos e práticas da agricultura que utilizam a combustão”, diz o texto.

Os especialistas lembram que sete milhões de pessoas morrem de forma prematura todos os anos por respirarem ar poluído. A poluição pode causar pneumonia, DPOC, câncer de pulmão, doenças cardiovasculares e infarto. Nas gestantes, pode levar à prematuridade, além de baixo peso do recém-nascido e asma na criança, fatores que contribuem para sobrecarregar os sistemas de saúde.

A carta também menciona o desmatamento e as mudanças climáticas como responsáveis por novas ameaças e ressalta que, quando cuidamos da natureza, nossos corpos se tornam mais resilientes às infecções e as pessoas não são induzidas à pobreza por gastarem demais com serviços de saúde.

Os especialistas sugerem, ainda, mudar a relação da humanidade com os combustíveis fósseis e produzir mais energia limpa e renovável para reduzir as emissões de poluentes e melhorar a qualidade do ar até 2050.

Eles convocam os líderes de saúde e ciência a direcionarem recursos de longo e curto prazo em cuidados de saúde, transporte, energia e agricultura ao final do combate à pandemia.

Clique aqui para ler a carta completa.

Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia propõe atualização de Estatuto

Brasília, 26 de maio de 2020 (atualizada em 10/06/20)

No início da gestão da Diretoria da Sociedade Brasileira de Pneumologia (SBPT), biênio 2019-2020, foi criada a força-tarefa para revisão e atualização do Estatuto da SBPT.

O documento normatiza e regulamenta os processos de trabalho da Sociedade está disponível para votação na Área do Associado.

O grupo de trabalho de revisão e atualização do texto do novo Estatuto é formado pelo Presidente da SBPT em 2019-2020, Dr. José Miguel Chatkin, pela Presidente Eleita do biênio 2021-2022, Dra. Irma de Godoy, pelos Ex-Presidentes, Dr. Fernando Lundgren e Dra. Jussara Fiterman, e pelo Secretário Geral em 2019-2020, Dr. Benedito Francisco Cabral Jr., além do Gerente Administrativo da SBPT, Felipe Vidal e do Assessor Jurídico, Ricardo de Abeci.

A SBPT informa que o prazo para envio de sugestões dos associados foi encerrado.

A proposta de alteração do Estatuto foi aprovada pelo Conselho Deliberativo da SBPT e será colocada para votação a partir de 11 de agosto de 2020. O resultado será divulgado em Assembleia Geral da SBPT.

Atenciosamente,

Diretoria da SBPT.


Acesse e baixe a versão preliminar:

Clique aqui para ler a proposta do novo Estatuto da SBPT.

Clique aqui para ler a versão comparativa entre o antigo estatuto e a nova proposta.

Evolução espaçotemporal da letalidade por COVID-19 no Brasil

Em carta ao editor publicada no Jornal Brasileiro de Pneumologia (JBP), vol. 46 n. 4 (julho/agosto), pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas analisaram os óbitos por COVID-19 nas unidades federativas do Brasil entre as semanas epidemiológicas 12 e 17 de 2020 (de 17 de março a 24 de abril).

Os autores mostram que os estados do Piauí e da Paraíba, que possuem apenas 227 e 454 dos leitos no Sistema Único de Saúde, respectivamente, registraram a maior taxa de letalidade por COVID-19.

Os pesquisadores indicam que as diferenças entre os índices de cada estado podem refletir desigualdades sociais, econômicas, culturais e estruturais de cada região.

Eles pontuam, ainda, que a análise deve levar em conta características intrínsecas dos indivíduos infectados (idade, doenças prévias, hábitos de vida), bem como a oferta/disponibilidade de recursos terapêuticos, além da subnotificação de casos e das mortes.

Clique aqui para ler o texto completo.

Debate Interativo SBPT – COVID-19: Pneumopediatria e Fibrose Cística

Nesta quinta-feira (28/05), não perca o Debate Interativo da SBPT sobre os cuidados com o sistema respiratório das crianças e dos pacientes com fibrose cística diante da pandemia de COVID-19.

A discussão é ao vivo, às 20h, em webmeeting.com.br. Entre com o código WCGCU e a senha BDB8A. Clique no convite para enviar a sua pergunta:

Aproveite para tirar dúvidas, compartilhar sua realidade na prática clínica, coletar opiniões e aprender em conjunto. Envie a sua pergunta: http://abre.ai/debateinterativo28demaio.

Debate virtual tratará sobre o impacto da Covid-19 em tabagistas

Em alusão ao Dia Mundial sem Tabaco, entidades do setor alertam para o agravamento da Covid-19 em pessoas com dependência de tabaco. O assunto será tema do debate virtual Tabagismo e Risco Potencial para a Covid-19, que ocorre no dia 27 de maio, às 16 horas, quando também serão discutidas as estratégias utilizadas pela indústria de tabaco para atrair adolescentes e jovens.

Participam do debate a professora  da Universidade da Califórnia  São Francisco, Stella Bialous, e o presidente da Sociedade Paulista de Penumologia e Tisiologia, Fred Fernandes. A moderação será da jornalista Lígia Formenti, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

A iniciativa é da Organização Pan-Americana da Saúde  (OPAS/OMS) no Brasil, com o apoio do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Com transmissão online pela TV Inca, no Youtube (www.youtube/tvinca), o público poderá enviar perguntas para os participantes ao vivo, por meio do email diamundialsemtabaco@gmail.com.

Campanha Global – A campanha do Dia Mundial Sem Tabaco, da Organização Mundial da Saúde (OMS), alerta para o grave problema de saúde pública que a epidemia do tabaco representa e a necessidade urgente de implementar e fortalecer as medidas de controle do tabagismo. O tema deste ano quer conscientizar os jovens sobre táticas de manipulação da indústria, além dos agravantes do tabagismo frente ao novo coronavírus.

No Brasil, a campanha reforça as mensagens da OMS e agrega a vivência de pessoas que conseguiram vencer a dependência do tabagismo com o apoio dos serviços de saúde do Sistema Único da Saúde (SUS). Os relatos em vídeo, as peças para redes sociais e o site da campanha estão disponíveis para compartilhamento em www.apsredes.org/sem-tabaco-2020.

Epidemia do tabaco – Uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo já enfrentou, a epidemia de tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 6 milhões dessas mortes são o resultado do uso direto do tabaco, enquanto cerca de 1 milhão é o resultado de não fumantes expostos ao fumo passivo. O prejuízo econômico do tabaco gira em torno de US$ 1,4 trilhão.

O uso de produtos de  tabaco que contêm nicotina aumenta o risco de câncer, doenças cardiovasculares e pulmonares. Além disso, fumantes podem já ter alguma doença pulmonar ou capacidade pulmonar reduzida, tornando-os mais vulneráveis à Covid-19.

Os dispositivos eletrônicos para fumar (cigarros eletrônicos ou aquecidos) aumentam a exposição das pessoas à nicotina e a várias substâncias tóxicas. Diferente do que propaga a indústria do tabaco, esses produtos geram malefícios à saúde e podem gerar dependência.

Debate Virtual Tabagismo e Risco Potencial para a Covid-19

Dia – quarta-feira (27/05)

Horário – 16h (BSB)

Transmissão – TV Inca no Youtube (www.youtube.com/tvinca)

Email para perguntas – diamundialsemtabaco@gmail.com

Fonte: Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).

Debate Interativo SBPT 21/05 – COVID-19: o que acontece após a alta?

No Debate Interativo SBPT de 21/05/2020, os pneumologistas falam sobre os critérios de alta hospitalar e isolamento dos pacientes com COVID-19.

Participaram 647 profissionais da saúde de todos os estados brasileiros.

A Dra. Ana Thereza Rocha (BA), especialista em tromboembolia pulmonar, e o Dr. João Marcos Salge (SP), do Instituto do Coração (InCor), HC FM-USP, contribuíram para a visão da prática clínica na discussão.

A professora, pesquisadora e coordenadora da Comissão Científica de Infecções Respiratórias e Micoses da SBPT, Dra. Rosemeri Maurici, nos atualizou sobre as evidências científicas.

O debate foi mediado pela Diretora de Comunicação da SBPT, Dra. Tatiana Galvão.

Assista ao vídeo completo:

Direto ao Ponto SBPT: Critérios de Alta do Isolamento na COVID-19

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) apresenta o episódio #1 do podcast “Direto ao Ponto”, com o apoio da Aché.

Nesta edição, a Dra. Rosemeri Maurici da Silva, coordenadora da Comissão Científica de Infecções Respiratórias e Micoses da SBPT, explica quais são os critérios da alta do isolamento para pacientes com COVID-19.

Clique na imagem para ouvir:

Você encontra o podcast da SBPT nas principais plataformas de streaming: Deezer, Spotify, Google Podcasts e Apple Podcasts.

COVID-19: resumos de artigos selecionados – parte 13

Leia a resenha de um estudo de coorte publicado no ATS Journal, que analisou as células do escarro de 330 pacientes com asma grave, e o artigo de revisão da Nature, que traça um paralelo com a fisiopatologia e imunologia de outros coronavírus direcionados ao trato respiratório inferior.

COVID-19 Related Genes in Sputum Cells in Asthma: Relationship to Demographic Features and Corticosteroids

Resumo

Os autores do artigo publicado na ATS journal em abril analisaram a expressão genética de ECA2 (enzima conversora de angiotensina 2), PRSTMS2 (protease serina transmembrana 2), proteínas da superfície das células que se acredita serem alvo do SARS-CoV-2 para infecção celular.

Os pesquisadores analisaram células de escarro de 330 pacientes participantes de uma coorte de portadores de asma grave para entender se o aumento da expressão dessas proteínas pelas células pulmonares aumentaria a susceptibilidade à infecção pelo vírus, bem como ao desenvolvimento de formas mais graves da doença. Os principais achados foram:

  • A expressão genética de ECA2 foi menor que PRSTMS2, e os níveis de ambos os genes foram semelhantes em asmáticos e controles sadios.
  • Dentre pacientes asmáticos, as características que se correlacionaram com uma maior expressão genética para ECA2 e PRSTMS2 foram: sexo masculino, raça afroamericana e história de diabetes mellitus.
  • O uso de corticóide inalado (CI) se associou com uma menor expressão genética para ECA2 e PRSTMS2.

Esses achados são importantes na identificação de subgrupos de pacientes asmáticos com uma maior susceptibilidade à infecção pelo SARS-CoV-2 e fatores de risco possivelmente associados ao desenvolvimento de formas mais graves de COVID-19. São necessários mais estudos para  associar um possível efeito protetor do uso de CI em relação à susceptibilidade e morbidade relaciondas ao novo coronavírus.

Referência:

  1. Peters MC. Et al. COVID-19 Related Genes in Sputum Cells in Asthma: Relationship to Demographic Features and Corticosteroids. Am J Respir Crit Care Med. 2020 Apr 29. doi: 10.1164/rccm.202003-0821OC2

Clique aqui para ler o artigo na íntegra.


The Trinity of COVID-19: Immunity, Inflammation and Intervention

Resumo

Neste artigo de revisão os autores discutem os diversos mecanismos da infecção e imunopatogênese relacionados com a SARS-CoV-2, traçando um paralelo com a fisiopatologia e imunologia de outros coronavírus direcionados ao trato respiratório inferior humano e destacando a contribuição das respostas imunes disfuncionais para a progressão da doença, onde os principais pontos foram:

  • A infecção pelo SARS-CoV-2 pode estar associada a reações inflamatórias agressivas, que resultam em dano às vias aéreas e cuja gravidade se relaciona diretamente à resposta imune.
  • Pode ser detectada atividade de linfócitos B e T em resposta ao SARS-CoV-2 por volta de uma semana após o início dos sintomas.
  • Em alguns pacientes, uma resposta imune disfuncional (de causa mal definida) é desencadeada por ação viral sobre monócitos e macrófagos, provocando uma produção aberrante de citocinas, com importantes danos sistêmicos.

Ainda existe necessidade de uma investigação detalhada dos fatores determinantes de respostas imunes adequadas ou disfuncionais, auxiliando na identificação de biomarcadores correlatos de imunidade. O controle da resposta inflamatória, com terapias que regulem aspectos disfuncionais do sistema imune, pode ser tão importante quanto o próprio combate direto à COVID-19. Terapias com ação inibitória da replicação viral poderiam atuar em sinergia com a regulação do sistema imune disfuncional.

Referência:

  1. ZIRUI TAY, M. Et al. The Trinity of Covid-19: Immunity, Inflammation And Intervention. Nature Reviews Immunology, 2020.

Clique aqui para ler o artigo na íntegra.

 


Apoio:

American Thoracic Society e Pan African Thoracic Society realizam webinar sobre a COVID-19

No dia 04/06, quinta-feira, às 14h, a American Thoracic Society (ATS) e a Pan African Thoracic Society (PATS) convidam para o webinar “Perspectivas Globais da COVID-19: Kênia, Nigéria, África do Sul e Estados Unidos”.

A American Thoracic Society (ATS) tem organizado debates conjuntos sobre a COVID-19 com sociedades respiratórias de todo o mundo.

Nesta edição, os moderadores são:

    • David Lewinsohn, MD, PhD, Oregon Health & Science University, International Health Committee Chair (US).
    • Samya Nasr, MB BCh, University of Michigan, International Health Committee Co-Chair (US).
    • Richard van Zyl-Smit, PhD, Head of the Lung Clinical Research Unit (LCRU), University of Cape Town Lung Institute (South Africa).

Conheça os professores palestrantes:

    • Loice Achieng, MD, Infectious Disease Specialist, Head IDU, University of Nairobi (Kenya).
    • Gabriel C. Lockhart, MD, Instructor of Medicine, Division of Pulmonary, Critical Care and Sleep Medicine, National Jewish Health (US).
    • Refiloe Masekela, MD, PhD, Pediatric Pulmonologist and Head of Department of Pediatrics and Child Health, University of KwaZulu Natal (South Africa).
    • Obianuju Ozoh, MD, Pulmonologist, College of Medicine of the University of Lagos, PATS MECOR director (Nigeria).

As vagas são limitadas, mas todos os inscritos recebem o link do debate para assisti-lo posteriormente.

Clique aqui para se inscrever.