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SBPT defende a aprovação do imposto seletivo para o tabaco

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, por meio da Comissão Científica de Tabagismo, enviou uma carta aos senadores em defesa da aprovação da PEC nº 110/2019.

A proposta de emenda está pronta para a pauta na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal e inclui a previsão do Imposto Seletivo a ser remetido à regulamentação por lei complementar para produtos de tabaco e álcool.

Na carta, a SBPT solicita aos senadores agilidade na discussão deste tema, visto que o tabagismo é o principal fator de risco para as Doenças Crônicas Não Transmissíveis, é causa do agravamento da pandemia de Covid-19 e onera os cofres públicos em mais de R$ 125 bilhões ao ano.

A ideia é destinar o valor arrecadado em impostos seletivos para ações de prevenção e tratamento do tabagismo, que é responsável pelo desenvolvimento de mais de 60 tipos de doenças e que causa a morte de aproximadamente 428 pessoas todos os dias no Brasil.

Leia a carta na íntegra

Imagem: Freepik

13 de outubro: Dia Nacional do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional

Os profissionais da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional são responsáveis por prevenir, desenvolver ou restaurar a saúde física, o bem-estar e a independência dos indivíduos.

No contexto da Pneumologia, a Fisioterapia Respiratória é crucial para a reabilitação pulmonar, principalmente em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Fibrose Cística, Bronquiectasias, infecções como Pneumonia e COVID-19, atelectasia, complicações decorrentes do câncer de pulmão e fibrose pulmonar e no cuidado tanto intra quanto pós-hospitalar, por exemplo.

Com o auxílio da Fisioterapia, os pacientes em reabilitação pulmonar têm melhora dos sintomas como fadiga, dispneia (falta de ar) e fraqueza muscular. Além disso, esse acompanhamento reduz a necessidade de internação e melhora a capacidade funcional e de exercício, em muitos casos.

“A Fisioterapia Respiratória tem como uma das práticas mais comuns os exercícios para reexpansão pulmonar, indicados para pacientes com diminuição ou piora da função pulmonar; os cuidados com a ventilação mecânica, como ajustes, manutenção de vias aéreas pérveas, garantindo uma boa ventilação e boa troca gasosa, sem secreção; exercícios de mobilização precoce, indicados principalmente para pacientes nas UTIs; além de exercícios respiratórios em geral para o mobilização da musculatura periférica”, explica a Dra. Luciana Chiavegato, Doutora em Fisioterapia pela UNIFESP, coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional em Distúrbios Respiratórios Clínicos e Cirúrgicos da UNIFESP, docente da pós-graduação da UNICID e coordenadora do Departamento de Fisioterapia da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).

De acordo com a especialista, durante a pandemia, a carga de trabalho e a visibilidade dos fisioterapeutas têm aumentado, já que os pacientes com COVID-19 necessitam muito de reabilitação para melhorar a força muscular, a capacidade funcional e o condicionamento físico. “Os cuidados começam desde a admissão no hospital até o manejo pós-alta. Geralmente, a reabilitação se inicia nos 30 primeiros dias após o início dos sintomas e muitos serviços têm optado pela telereabilitação”, explica a fisioterapeuta.

No cenário do atendimento remoto, a reabilitação deve ser focada na educação do paciente e complementada com terapia comportamental para obter melhores resultados. Além disso, um bom planejamento entre o profissional da saúde e o paciente e o apoio da família são fundamentais.

Do ponto de vista prático, a pandemia conferiu credibilidade ao cuidado integrado do paciente, aumentando a aceitação da reabilitação entre todos os especialistas da saúde. Segundo a dra. Luciana, alguns projetos de fácil implementação são: investir em programas de atualização da equipe; inserir um lembrete nos prontuários dos pacientes, perguntando sobre a necessidade de reabilitação; pendurar quadros nas enfermarias sobre a importância dos exercícios e distribuir panfletos sobre o assunto, por exemplo.

Apesar de o reconhecimento do fisioterapeuta ter aumentado nesse período, alguns desafios ainda são notórios, como a necessidade de aumento salarial e de mais autonomia nos serviços, o que consequentemente motivaria os especialistas e melhoraria o nível técnico-científico dos profissionais.

Na próxima quarta-feira (13/10), às 18h02, promoveremos um bate-papo ao vivo com o tema “Equipe multiprofissional no manejo das doenças respiratórias: a importância do fisioterapeuta”. Esta PneumoLive foi idealizada em homenagem à data dos nossos colegas fisioterapeutas. Participe ao vivo no Instagram da SBPT: @pneumosbpt.

Referência

Encontros Virtuais SBPT – Reabilitação e Fisioterapia: distúrbios físicos e funcionais após internação em UTI. Discussão de casos clínicos. 16 jul. 2020. Acesso em: https://youtu.be/fJZ272K2Spw

Imagem: Freepik

Dia Mundial da Trombose: qual é o papel do pneumologista na prevenção e tratamento da doença?

Em 13 de outubro é o Dia Mundial da Conscientização sobre a Trombose Venosa Profunda (TEV), doença caracterizada pela formação de coágulo sanguíneo em uma ou mais veias, geralmente nas pernas.

O pneumologista é parte fundamental da campanha de compreensão sobre a TEV, visto que esse coágulo pode se soltar e chegar até os pulmões de forma rápida, causando tromboembolia pulmonar (TEP).

“A TEP é a obstrução de um ou mais ramos arteriais pulmonares por um coágulo sanguíneo, impedindo a passagem de sangue de forma adequada”, explica a Dra. Veronica Moreira Amado, coordenadora da Comissão Científica de Circulação Pulmonar da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

De acordo com ela, os fatores de risco para desenvolver trombose venosa são: condições que levem à imobilidade; traumas maiores, com lesão tecidual; cirurgias com duração superior a 30 minutos, em especial as cirurgias ortopédicas; hospitalizações prolongadas, principalmente em pessoas com múltiplas comorbidades e mais idosas; insuficiência cardíaca; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC); doença inflamatória intestinal; contraceptivos orais, implantáveis ou injetáveis, e reposição hormonal com estrogênio; além de condições congênitas ou adquiridas que aumentam a tendência à formação de coágulos  pelo corpo.

Evidências recentes mostraram que o vírus SARS-CoV-2 gera um processo inflamatório importante, com agressão às células que revestem os vasos sanguíneos, predispondo os pacientes com COVID-19 a eventos trombóticos generalizados.

No contexto da trombose venosa, os sintomas são dor e inchaço no local, rigidez muscular, sensação de queimação e vermelhidão, em uma das pernas, habitualmente de forma assimétrica. Quando o coágulo atinge os pulmões, os sintomas mais comuns são falta de ar, dor torácica, que piora com a respiração mais profunda de início súbito e caráter agudo. São sintomas menos comuns a tosse seca, eliminar sangue ao tossir e síncope.

“Todo clínico deve ser capaz de diagnosticar e tratar um paciente com tromboembolismo pulmonar. No entanto, existem casos mais desafiadores na sua condução, que devem ser orientados por um especialista. É importante que o pneumologista acompanhe o paciente no cuidado hospitalar e ambulatorialmente, após a alta”, ressalta a Dra. Veronica.

O diagnóstico tardio, a não definição diagnóstica, o retardo ou a falta de tratamento adequado são fatores que elevam o risco de mortalidade por TEP. A extensão do trombo, a presença de comorbidades e a condição clínica do paciente também são aspectos determinantes para o desfecho do evento tromboembólico agudo.

Ainda, há situações em que o coágulo não se desfaz completamente, ficando uma espécie de cicatriz dentro dos vasos arteriais pulmonares acometidos, o que caracteriza um tromboembolismo crônico. “Nessa circunstância, o paciente precisa ser avaliado por um especialista para definir as repercussões dessa obstrução nos vasos pulmonares e, também, sobre o coração”, explica a pneumologista.

O tratamento do tromboembolismo pulmonar implica na prescrição de medicações anticoagulantes, o que permite a dissolução do trombo e dificulta a formação de novos coágulos.

 

Referências

Direto ao Ponto SBPT – Evidências da Anticoagulação em COVID-19. 28 mai. 2020. Acesso em: https://anchor.fm/sbpt/episodes/Direto-Ao-Ponto—A-Anticoagulao-em-COVID-19-eemc4l/a-a2apj8b

Encontros Virtuais SBPT – Quais são as evidências da anticoagulação em COVID-19? 11 mar. 2020. Acesso em: https://youtu.be/SGelStS1VmY

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Deficiência de Alfa-1 Antitripsina é doença genética rara que causa dano nos pulmões

A Deficiência de Alfa-1 Antitripsina (DAAT) é uma condição genética descrita pela primeira vez em 1963, na Suécia. Os portadores da DAAT têm pelo menos um alelo deficiente nos cromossomos. Muitos deles, não desenvolvem sintomas, mas alguns sofrem com alterações nos pulmões e no fígado, principalmente.

“A Alfa-1 é uma proteína anti-inflamatória que neutraliza a destruição do tecido elástico pelos neutrófilos. Portanto, quando ocorre a falta dessa proteína, há elastase em grande quantidade, causando danos ao tecido pulmonar”, explica a Dra. Maria Vera Castellano, pneumologista coordenadora da Comissão de Doenças Raras da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Nos pulmões, a DAAT pode causar Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), bronquiectasias e até asma grave. “Muitas vezes, o paciente tem DAAT e acaba evoluindo para uma forma de DPOC um pouco diferente daquela causada pela exposição a um agente inalatório externo, como o cigarro, fumaça e poluentes. Porque a DPOC por DAAT acontece em indivíduos mais jovens, na quarta ou quinta década de vida, e o enfisema acomete mais os lobos inferiores do pulmão, enquanto na DPOC convencional são os lobos superiores os mais afetados”, comenta a especialista.

De acordo com Dra. Maria Vera, a Deficiência de Alfa-1 Antitripsina é mais prevalente na Europa, Estados Unidos, Canadá e países do hemisfério Norte. No Brasil, a prevalência média é de 1,44% entre os pacientes com DPOC.

“Quando é feito o diagnóstico de DAAT, a orientação é de que o paciente faça o tratamento preconizado para a DPOC adequadamente e, dependendo do nível do VEF1 e da comprovação genética da DAAT, pode ser indicado o tratamento de reposição de Alfa-1, ou seja, a infusão semanal de Alfa-1 produzida a partir do plasma humano. Com essa infusão, os níveis da proteína se normalizam e cessa a destruição do parênquima pulmonar. Isso já foi comprovado em vários estudos científicos. No entanto, esse tratamento ainda é de alto custo”, explica.

Além disso, nem todo paciente que tem o fenótipo que leva a um nível muito baixo de Alfa-1 Antitripsina vai desenvolver doença pulmonar. Entretanto, o tabagismo e a exposição a ambientes poluídos, como no caso dos metalúrgicos, trabalhadores da indústria e de locais com grande concentração de poeira ou fumaça têm pior progressão da doença.

“O pneumologista é uma peça fundamental na DAAT. Porque é ele quem vai pensar nessa hipótese, fazer o diagnóstico, pedir a dosagem de Alfa-1 e, se necessário, o estudo genético, além de orientar sobre o tratamento. É importante que haja uma conversa com os familiares também, para que eles entendam como os descendentes poderão ou não apresentar a doença”, complementa a médica.

Saiba mais sobre o diagnóstico e tratamento da Deficiência de Alfa-1 Antitripsina na cartilha do Projeto CuidAR

A Casa Hunter, organização da sociedade civil dedicada ao apoio à pessoa com doença rara e seus familiares, participou do processo de preparação e edição do documento, que em breve também estará disponível on-line no site da Casa Hunter. “Trata-se de uma iniciativa fundamental para a divulgação dessa doença rara, ainda desconhecida por muitos”, acredita Antoine Daher, presidente da Casa Hunter e da Federação Brasileira das Associações de Doenças Raras (Febrabas), que apoia a iniciativa.


Referências para profissionais da saúde:

Jardim JR, Casas-Maldonado F, Fernandes FLA, Castellano MVCO, Torres-Durán M, Miravitlles M. Update on and future perspectives for the diagnosis of alpha-1 antitrypsin deficiency in Brazil. J Bras Pneumol. 2021;47(3): e20200380

SBPT. Direto ao Ponto: Perspectiva atual da deficiência de Alfa-1 Antitripsina. 28 mai 2021.

Dr. Bartô: aconselhamento breve sobre drogas e álcool

A SBPT divulga as últimas edições do projeto de aconselhamento breve sobre álcool e drogas do Dr. Bartô.

O vídeo nº 21 mostra uma entrevista com o artista Chico Anysio em que ele confessa que o único erro que ele não teria cometido em vida seria o de fumar.

Confira:

O vídeo nº 22 é mais um da série “Como Parar De Fumar”, produzida pela Associação Médica Brasileira (AMB), Instituto Nacional do Câncer (INCA) e Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

O assunto do vídeo é o fumo passivo, ressaltando que todos que estão perto da fumaça do tabaco correm risco de desenvolver câncer, DPOC (enfisema pulmonar e bronquite crônica), infarto, derrame e outras doenças.

Assista aqui:

O Dr. Bartô é João Paulo Lotufo, médico pediatra que incentiva a disseminação de informações sobre os riscos do tabagismo, uso de álcool e drogas ilícitas.

Compartilhe os materiais de aconselhamento com familiares, pacientes e amigos. Clique aqui.

AMB cria programa de educação médica para o médico generalista

A Associação Médica Brasileira (AMB) criou um programa de educação médica voltado especificamente para o médico generalista.

A meta é respaldar a abordagem inicial e situações clínicas que envolvam conhecimentos específicos nos distintos campos da Medicina. A linguagem é específica para o jovem médico generalista, sobretudo para os recém egressos na graduação.

O programa é formado por um curso online de 90 horas, gratuito para alunos do curso de Medicina, residentes e médicos associados da AMB, com disponibilização de certificado.

Além disso, haverá aulas mensais ao vivo, gratuitas e abertas ao público, transmitidas pelo canal da AMB no YouTube.

A primeira aula ao vivo será na próxima quinta-feira. Confira:

Tema: Câncer de Mama: o que o médico generalista precisa saber?
Professor: Dr. Max S. Mano
Data: 14/10/2021 (quinta-feira)
Horário: 20h
Transmissão ao vivo nos canais da AMB e Manole Educação no YouTube.

Assista às aulas gratuitas do programa Pneumologia Em Destaque

O Programa Pneumologia Em Destaque é uma iniciativa da SBPT e de empresas parceiras para oferecer atualização científica de forma contínua e gratuita.
O público-alvo é o médico, sócio ou não sócio da SBPT, que esteja interessado em manter-se atualizado sobre Pneumologia.
O projeto teve início em julho de 2021, com a aula “Resistência Bacteriana a Macrolídeos“.
Estão previstos, ainda, módulos sobre COVID-19, LAM, Deficiência de Alfa-1 Antitripsina, Câncer de Pulmão, Pneumonite, Asma, entre outros.
Alguns módulos já estão com inscrições abertas e haverá certificado ao final do programa.
As aulas são produzidas pelas empresas apoiadoras – Abbott, AstraZeneca, Gilead, Grifols e Pfizer – com professores de renome em cada área oferecida.
Os conteúdos são hospedados na nossa plataforma de Ensino A Distância (Moodle EAD SBPT).

Ministério da Saúde anuncia lançamento do Plano Nacional Pelo Fim da Tuberculose

Na próxima sexta-feira (15/10), às 14h, o Ministério da Saúde fará um evento de lançamento do “Plano Nacional Pelo Fim da Tuberculose Como Problema de Saúde Pública”.

O encontro tem o objetivo de informar as coordenações estaduais e municipais de TB sobre as metas de eliminação da tuberculose e a execução de estratégias entre 2021 e 2025.

Clique na imagem para mais informações:

Dr. Bartô: aconselhamento breve sobre drogas e álcool

A SBPT divulga as últimas edições do projeto de aconselhamento breve sobre drogas e álcool do Dr. Bartô.

No material n. 18, o médico enfatiza que não existe uma única estratégia para parar de fumar. Alguns, preferem parar de uma vez. Outros, adotam o método de reduzir os cigarros aos poucos, até conseguir zerar.

O importante é marcar uma data para começar e seguir tentando.

Confira o vídeo da Associação Médica Brasileira (AMB), Instituto Nacional do Câncer (INCA) e Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) sobre este assunto e compartilhe os materiais:

“Bons sonhos” – série “Como Parar de Fumar”

No vídeo n. 19, o Dr. Bartô reúne as razões pelas quais as pessoas param de fumar. De acordo com ele, existem muitas: como a preocupação em dar o exemplo, em economizar dinheiro, etc.

Em depoimento no Centro de Orientação e Dissuasão do Uso de Álcool e Drogas, a paciente relata que buscou ajuda porque precisava pagar as prestações do carro.

Veja o vídeo aqui

Confira todos os materiais de aconselhamento breve do Dr. Bartô.

Exame de TE Categoria Especial – Inscrições abertas

A AMB e a SBPT abriram inscrições para o Exame de Título de Especialista em Pneumologia e Tisiologia de Categoria Especial.

Faça a inscrição aqui.

O objetivo deste exame é oferecer uma oportunidade de especialização aos médicos que se formaram há mais de 10 anos, mas não concluíram a Residência Médica.

No dia 02/09/2021, a AMB comunicou que esta será a última oportunidade de realizar a prova. A partir de 2022, o exame desta categoria não será mais homologado.

Se você já atua na Pneumologia e almeja trabalhar de forma mais singular e consistente, com mais proventos e respaldo, aproveite esta chance.

Veja o edital e inscreva-se a partir de 27/09/2021 no site Gestão de Concursos. A prova será realizada no dia 11/12/2021 em quatro capitais.

SBPT apoia políticas urgentes de redução da poluição atmosférica

Mais 100 instituições de saúde, incluindo a SBPT e a European Respiratory Society (ERS), manifestaram apoio à declaração conjunta da OMS para implementar medidas ambiciosas de redução da emissão de poluentes atmosféricos.

De acordo com os pneumologistas, o documento serve como um guia para a melhoria efetiva da qualidade do ar por meio de políticas de redução das emissões em todo o mundo.

Leia o documento: World Health Organization (WHO) Global Air Quality Guidelines (AQGs) 202

Segundo Zorana J. Andersen, líder do Comitê de Meio Ambiente e Saúde da ERS e professora de Epidemiologia Ambiental do Departamento de Saúde Pública da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, “a poluição do ar representa um grande risco para a saúde humana por estar relacionada à maioria das doenças pulmonares, cardiovasculares, diabetes, câncer e mortalidade infantil. Há evidências recentes de que a poluição pode afetar a gravidez e o desenvolvimento cognitivo infantil, aumentando o risco de demência e piora da saúde mental, além de elevar os riscos de morte por COVID-19”.

“Mais de 95% da população mundial está exposta a níveis críticos de poluição do ar, todos os dias. A poluição do ar é a quarta causa de doenças e de mortalidade globalmente. Há estimativas de que o custo econômico das doenças relacionadas à poluição foram de US$ 5 trilhões em 2013. Portanto, reduzir a poluição atmosférica não só tem impactos imediatos na saúde e qualidade de vida de todos os cidadãos como também ajuda a reduzir os custos médicos”.

“Além disso, as políticas têm o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e ajudar a mitigar as crises de mudança climática sem precedentes”, complementa a especialista.

A declaração da OMS alerta que não há níveis seguros de poluição atmosférica. Até os níveis mais baixos são prejudiciais para a saúde humana. Com base nessa informação, as instituições de saúde recomendam aos líderes globais:

• Revisar a legislação para baixar os limites aceitáveis de material particulado PM2.5 e NO2 de acordo com o documento WHO AQGs 2021.
• Combinar os valores limites fixos com políticas vinculativas para uma redução contínua dos níveis médios de poluição em todos os lugares, não apenas em pontos críticos de poluição, para conseguir uma redução progressiva da exposição de toda a população.
• Investir, implementar, monitorar e encorajar efetivamente as políticas de ar limpo para proteger a saúde pública e unir esforços em prol da neutralização do clima.

Dominique Hamerlijnck é uma paciente com asma severa hiperresponsiva, moradora dos Países Baixos e membro da European Lung Foundation. Ela explicou como a poluição tem impacto devastador para a vida dela.

“Um dos principais gatilhos para a minha alergia é a poluição. Respirar fica tão difícil que não consigo fazer muita coisa no meu dia a dia a não ser respirar. Eu tomo a dose máxima das medicações, mas não é o suficiente para fazer o que é necessário na minha rotina, como trabalhar ou sair com as pessoas. O esforço para respirar me sobrecarrega e sinto dor torácica constantemente”.

“Não é possível evitar o ar – ele é necessário para a sobrevivência – e nós precisamos de ar limpo para manter as pessoas seguras, saudáveis e ativas na sociedade. Eu espero que a gente consiga respirar ar mais limpo em breve. Eu gostaria de poder sair de casa às vezes e aproveitar o mundo lá fora”.

Para proteger a saúde pública, as pessoas que convivem com doenças crônicas limitantes e o meio ambiente, é necessário que os líderes políticos de todos os níveis se engajem com o documento da OMS e implementem medidas ambiciosas e urgentes de ar limpo sem demora.

Leia o WHO AQG 2021 Join Statement.

Mais informações: ERS.

Dia do Pulmão: como cuidar da sua saúde respiratória

Dia Mundial do Pulmão

Em 25 de setembro é comemorado o Dia do Pulmão, data proposta pelo Fórum Internacional de Sociedades Respiratórias (FIRS) para promover a saúde pulmonar globalmente.

No contexto de pandemia, cuidar dos pulmões é mais importante do que nunca. Mas, como mantê-los saudáveis para evitar doenças respiratórias?

O Dia do Pulmão 2021 foca nas seguintes medidas de prevenção: não fumar; proteger seus pulmões por meio da vacinação; respirar ar limpo e praticar exercícios físicos regularmente.

Diga “não” ao tabaco

O tabagismo causa 8 milhões de mortes todos os anos e representa uma das principais causas de doenças pulmonares.

A fumaça do cigarro contém mais de 4 mil substâncias tóxicas e muitas delas causam câncer.

Portanto, parar de fumar é a melhor maneira de cuidar da saúde, não apenas dos pulmões, mas do corpo como um todo.

Largar o cigarro tem potencial de reverter o dano aos pulmões causado pelo tabagismo, mas não totalmente. Quanto mais cedo a pessoa parar de fumar, maior é a chance de prevenir doenças pulmonares crônicas, que são irreversíveis uma vez que se desenvolvem.

Os benefícios da cessação são imediatos. Depois de apenas 20 minutos sem fumar, os batimentos cardíacos voltam ao normal. Em 12h, os níveis de monóxido de carbono no sangue diminuem. Entre 2 a 12 semanas depois, a circulação sanguínea e a função pulmonar melhoram.

De 1 a 9 meses depois, a tosse e a falta de fôlego diminuem. Entre 5 a 15 anos depois, o risco de infarto é igual ao de alguém que nunca fumou. Em 10 anos, o risco de óbito por câncer de pulmão cai pela metade. Dentro de 15 anos, o risco de ter doenças cardíacas é igual ao de um não fumante.

Materiais que podem ajudar quem está tentando parar:

Diga não ao vape

O vaporizador utiliza um sistema eletrônico para a inalação de nicotina, canabinóides (natural ou formas sintéticas da maconha) e outros compostos e drogas.

As evidências científicas apontam que a nicotina inalada por meio de cigarros eletrônicos danifica o tecido pulmonar e pode reduzir a capacidade natural de resistência às infecções e ao câncer.

Leia conteúdos sobre o assunto (em inglês):

Proteja seus pulmões por meio da vacinação

As vacinas salvam milhares de vidas todos os anos. A imunização é eficaz para preparar e “treinar” o sistema imunitário para reconhecer e combater vírus e bactérias. Assim, se o corpo for exposto a microrganismos indesejados, estará pronto para destruí-los e evitar o adoecimento.

Vacinar-se é essencial para prevenir infecções

Pneumonia causada pelo pneumococo, Covid-19, influenza e coqueluche são exemplos de doenças infecciosas que podem ser prevenidas com a vacinação.

Vacinar-se também impede que essas infecções se alastrem e contaminem outras pessoas.

Pacientes com doenças pulmonares e doenças crônicas são mais vulneráveis às infecções respiratórias. Por isso, a imunização é tão importante na prevenção dessas infecções.

Leia mais sobre as vacinas (em inglês):

E mesmo vacinado, continue a usar máscara. Proteja você e os outros, seja consciente, a Pandemia ainda não acabou.
Respire ar puro

A poluição atmosférica mata cerca de 7 milhões de pessoas todos os anos. Os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que 9 entre 10 pessoas respiram altos níveis de poluentes globalmente.

A poluição do ar tem um impacto negativo para a saúde de todos sem distinção, desde a gestação até a velhice.

Cuide dos seus pulmões: defenda políticas que contribuam para a melhora da qualidade do ar.

Materiais que podem ajudar (em inglês):

Pratique exercício físico regularmente

Fazer atividade física melhora a qualidade de vida de pessoas saudáveis e de pacientes com doenças pulmonares. As pessoas costumam associar a p´ratica de atividade física ao emagrecimento, à saúde do coração e redução do risco de diabetes, por exemplo, mas exercitar-se também beneficia os pulmões.

Quando nos exercitamos, o coração bate mais forte e o pulmão é mais recrutado, porque os músculos precisam de energia para trabalhar. Os pulmões aumentam a atividade para entregar mais oxigênio, enquanto expelem maior quantidade de dióxido de carbono. Adicionalmente, a caixa torácica se expande, prevenindo a compressão das vias aéres inferiores.

É recomendado procurar um médico, educador físico ou fisioterapeuta antes de alterar a intensidade dos exercícios, com o objetivo de se assegurar de que seus planos estejam alinhados com a sua capacidade física. Os programas de atividade física levam em conta o tempo que cada organismo leva para se adaptar às mudanças.

Materiais que podem ajudar (em inglês):

Para contribuir com o Dia Mundial do Pulmão, compartilhe essas informações e utilize a tag #WorldLungDay nas mídias sociais!

Fonte: International Forum of Respiratory Societies (FIRS).