Participar da Comissão de Valorização de Novas Lideranças
Para residentes a participação nesta Comissão está condicionada ao envio do Certificado de conclusão da residência médica ou declaração que esteja cursando com data de início e término.
Pesquisadores relatam a experiência de um programa de rastreamento de câncer de pulmão em um hospital público brasileiro
Postado por Comunicação SBPT há 30/09/2022
É possível fazer rastreamento de câncer de pulmão com TC de baixa dose no SUS? Em artigo original publicado no JBP (vol. 48 n. 5/2022), os pesquisadores avaliaram 712 pacientes de alto risco para câncer de pulmão em acompanhamento ambulatorial por outras doenças respiratórias, em especial, a DPOC, em um hospital público de Porto Alegre (RS).
“Os resultados foram bastante encorajadores: a taxa de detecção de câncer em duas rodadas anuais de rastreamento foi de 1,5%, muito semelhante à dos principais estudos norte-americanos e europeus”, relata o Dr. Fábio Munhoz Svartman, primeiro autor do estudo. “Mais importante, dentre os casos de câncer de pulmão de células não-pequenas detectados no programa, 64% foram diagnosticados em estágios precoces (TNM I ou II). Para todos estes pacientes, foi oferecido tratamento com intenção curativa”, complementa o pneumologista.
Os critérios de inclusão foram: ter idade entre 55 e 80 anos, ser fumante atual ou ex-tabagista (cessação do tabagismo ≤ 15 anos) e carga tabágica ≥ 30 anos-maço. A média de idade dos pacientes incluídos no programa foi de 63 anos. A maioria era fumante atual (56%) com enfisema (78,5%) e outros achados pleuropulmonares na TC (64%).
De acordo com os pesquisadores, apesar das dificuldades encontradas, como perdas de seguimento e alta prevalência de doenças granulomatosas no país, a performance do programa foi muito satisfatória.
“Os resultados incentivam ações futuras em maior escala, que potencialmente podem replicar em nosso país o benefício de redução de 20% da mortalidade por câncer de pulmão, já demonstrada pelo rastreamento em estudos americanos e europeus”, finaliza Svartman.
SBPT viabiliza fundo financeiro para a elaboração de diretrizes de doenças pulmonares
Postado por Comunicação SBPT há
Na reunião de Diretoria da SBPT (biênio 2021-2022), realizada em 24/09/2022, foi aprovada a disponibilização de uma reserva financeira destinada à elaboração de documentos científicos, diretrizes e consensos de Pneumologia.
“A SBPT vai viabilizar documentos qualificados, isentos, técnicos e feitos com recursos próprios. Esta é uma forma de prestação de serviço aos sócios e à população brasileira”, enfatiza a Dra. Irma de Godoy, Presidente da SBPT.
A provisão financeira será de até um milhão de reais para os próximos dois anos e poderá ser renovada, a critério das Diretorias que assumirão as gestões seguintes. O objetivo é aproveitar a atual saúde financeira da Sociedade para contribuir de forma contínua com o lançamento de diretrizes de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças pulmonares, documentos essenciais para auxiliar na decisão médica e melhorar a qualidade do atendimento ao paciente.
A verba ajudará a estimular as comissões e departamentos a promover discussões, recomendações e normas em suas áreas e propiciará capacitações e estudos específicos para que os cientistas sejam capazes de elaborar as diretrizes com o rigor técnico necessário.
Esta é uma conquista importante da SBPT, visto que há uma demanda crescente de produção de diretrizes para a orientação e padronização da conduta médica.
SBPT questiona candidatos à Presidência sobre propostas de controle do tabagismo
Postado por Comunicação SBPT há 23/09/2022
Em 22/09/2022, a SBPT enviou uma carta às equipes de campanha dos onze candidatos à Presidência perguntando sobre as propostas de controle do tabagismo no país, especificamente sobre a recondução da Comissão Nacional para a Implementação da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq/CQCT/OMS), financiamento de projetos para fumicultores e ajustes nos preços dos maços de cigarros, que estão congelados desde 2017.
As respostas serão divulgadas nos canais da SBPT.
Leia a carta na íntegra abaixo:
Prezado candidato,
Nós, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), entidade médica que representa mais de 4 mil especialistas em saúde respiratória do Brasil, gostaríamos de conhecer suas propostas voltadas para o controle do tabagismo no país.
A intenção é divulgar amplamente essas informações no site, redes sociais e boletim de notícias da SBPT para auxiliar os associados e público de relacionamento na escolha de candidatos comprometidos com a saúde respiratória.
A demanda mais imediata é a reconstituição formal da CONICQ, Comissão Nacional para a Implementação da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT/OMS), no âmbito do Ministério da Saúde. É preciso reconduzir a Secretaria Executiva da CONICQ para o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A Comissão desempenha papel fundamental na mobilização da sociedade, instituições, entidades médicas e lideranças para cumprir com as responsabilidades assumidas pelo Brasil na CCQCT e tomar decisões sobre o controle do tabagismo. Embora a existência da CONICQ esteja prevista em lei, não houve atuações práticas do órgão nos últimos anos.
Outra medida importante é o financiamento contínuo e a ampliação de projetos para os fumicultores, nos moldes do Projeto Esperança.
Além disso, os preços dos maços de cigarros estão congelados desde 2017, qual será o tratamento desta questão?
O fato é que não há como fazer frente ao lobby da indústria do tabaco sem a união entre a sociedade, as organizações governamentais e não governamentais, as entidades médicas e as lideranças políticas.
Lembramos que o tabagismo é uma doença crônica caracterizada pela dependência física e psíquica de nicotina, que causa a morte de cerca de 161 mil brasileiros todos os anos, principalmente por doenças respiratórias, cardiovasculares, circulatórias e neoplásicas. O consumo de cigarro e de cigarro eletrônico está relacionado a diversos tipos de câncer e pode causar mais de 60 tipos de doenças. Trata-se de um grave problema de saúde pública que acarreta perdas de R$ 125 bilhões por ano para a saúde, direta e indiretamente.
Solicitamos a gentileza de nos esclarecer sobre as estratégias que o senhor sugere para o controle do tabagismo, conforme os tópicos mencionados acima: reconstituição da Secretaria Executiva da CONICQ; iniciativas sobre preços e impostos e o financiamento sistematizado e ampliado de projetos para a mobilização de alternativas para os fumicultores, servos da indústria do tabaco.
Pedimos, encarecidamente, que trate esta mensagem com máxima prioridade e responda a este e-mail o mais breve possível. Ele será amplamente circulado.
O dia 2/10 se aproxima e este assunto é fundamental para todos os profissionais da saúde e famílias que já sofreram as consequências do tabagismo. Nossos líderes representativos no Executivo precisam se comprometer com o avanço das políticas de controle do tabagismo no país. A inação e o retrocesso com relação ao assunto terão consequências catastróficas para a saúde.
Obrigado pela atenção.
Cordialmente,
Paulo Corrêa
Pneumologista coordenador da Comissão Científica de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
Conitec tem consultas públicas abertas na área da Pneumologia
Postado por Comunicação SBPT há
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) está recebendo contribuições para Consultas Públicas que envolvem a Pneumologia. Envie seu parecer até o início de outubro.
As propostas são:
Consulta Pública n. 58 – Onasemnogeno abeparvoveque para o tratamento de atrofia muscular espinhal (AME). Prazo para contribuição: 03/10/2022.
Consulta Pública n. 62 – Ampliação de uso da dosagem de cloreto no suor para pacientes com fibrose cística a partir de seis anos – Prazo para contribuição: 03/10/2022.
Consulta Pública n. 64 – Ampliação de uso do Teste de Liberação de Interferon-gama (IGRA) para detecção de infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis em pacientes com doenças inflamatórias imunomediadas ou receptores de transplantes de órgãos sólidos. Prazo para contribuição: 10/10/2022.
A SBPT incentiva os sócios a colaborarem. Em breve, divulgaremos os pareceres sugeridos pela Sociedade.
Determinantes de mortalidade em pacientes com COVID-19 em estado crítico durante a primeira onda da doença: estudo multicêntrico no Brasil
Postado por Comunicação SBPT há
Em artigo original publicado no Jornal Brasileiro de Pneumologia (JBP), vol. 48, nº 5/2022, os autores relatam o acompanhamento de 645 pacientes adultos diagnosticados com COVID-19 e internados em três UTIs do Brasil.
Os pesquisadores definiram as características clínicas e laboratoriais, suporte de UTI, complicações clínicas e causa imediata de óbito nesses pacientes durante a primeira onda de COVID-19, entre 10 de março e 31 de agosto de 2020.
“Durante a permanência na UTI, 55,7% necessitaram de ventilação mecânica invasiva, 34,9% necessitaram de terapia renal substitutiva, 52,2% receberam vasopressores e 33,5% tiveram infecções hospitalares (IRAS), causadas principalmente por bactérias gram-negativas multirresistentes”, informa o Dr. Fernando Ramos, primeiro autor do estudo.
“As IRAS foram independentemente associadas a um maior risco de morte. As principais causas de óbito foram choque refratário e síndrome de disfunção de múltiplos órgãos, mas não SDRA, conforme relatado anteriormente na literatura. Medidas para prevenção de IRAS devem ser enfatizadas para melhorar os resultados”, destaca o cientista.
Técnico em espirometria é função reconhecida pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) desde 2017
Postado por Comunicação SBPT há 20/09/2022
Os técnicos em espirometria acompanharam uma evolução da profissão e valorização da carreira desde 2015 até os dias atuais.
Devido aos esforços da SBPT, que solicitou o reconhecimento da função para o Ministério do Trabalho há sete anos, a ocupação entrou para a CBO, em 2017 (CBO nº 3241-30).
Hoje, já são mais de 700 técnicos em espirometria formados e certificados pela SBPT, além de outros profissionais atuantes, provenientes de cursos oferecidos por diversas instituições.
“No dia 01/09/2018, tive o prazer de ser registrado em carteira assinada como Técnico em Função Pulmonar pela empresa em que trabalho, Instituto Respire, de Barretos (SP). Pode ser que eu seja o 1º técnico do Brasil a ter carteira assinada como a ocupação da profissão”, relata Silas Barbosa Leite, que foi aluno da turma de 2016 do Curso de Técnico em Espirometria da SBPT.
“Gostaria que a iniciativa servisse de exemplo para que os médicos registrem os técnicos na ocupação. Isso ajudaria a nos organizarmos e criarmos um sindicato em um futuro próximo”, complementa Leite, agradecendo aos seus diretores, Mokayber S. Suleiman e o pneumologista Dr. José Luiz Iunes Filho, e à SBPT.
A organização dos profissionais auxiliares de função pulmonar é essencial para fazer reivindicações de direitos trabalhistas junto ao Ministério do Trabalho e Previdência, como o estabelecimento de um piso salarial para a função, por exemplo.
A SBPT incentiva a inclusão da ocupação de Técnico em Espirometria na carteira de trabalho, porém, esta é uma decisão que deve ser acertada entre o técnico e o serviço/chefe.
O Curso de Técnico em Espirometria SBPT, turma 4 de 2022, está com inscrições abertas. Saiba mais.
Anvisa aprova o uso de alfaolipudase para pacientes com deficiência de esfingomielinase ácida (ASMD)
Postado por Comunicação SBPT há
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do medicamento Xenpozyme® para reposição enzimática no tratamento de manifestações não relacionadas ao sistema nervoso central (SNC) de deficiência de esfingomielinase ácida (Acid Sphingomyelinase Deficiency, ASMD) em pacientes pediátricos e adultos com tipo A/B ou tipo B.
A fabricante se colocou à disposição para esclarecer possíveis dúvidas, assim como disponibilizar referências bibliográficas através do infocientificas@sanofi.com.
Sócios SBPT têm 50% de desconto no XXIII Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica
Postado por Comunicação SBPT há
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) realizará, de 3 a 5 de novembro, a 23ª edição do seu Congresso, no Windsor Convention e Expo Center, no Rio de Janeiro.
Sócios da SBPT têm direito a 50% de desconto no valor da inscrição.
Na programação, estão previstos tópicos sobre câncer de pulmão inicial e avançado. Os participantes também podem sugerir temas e palestrantes para o evento.
FIRS e OMS convidam para o webinar “Doenças respiratórias na era da Covid-19: uma perspectiva global”
Postado por Comunicação SBPT há 16/09/2022
Na quinta-feira (22/09), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fórum Internacional de Sociedades Respiratórias (FIRS) realizarão um evento on-line em comemoração ao Dia Mundial do Pulmão.
A proposta é reunir experiências sobre o que pode ser feito para combater doenças respiratórias e como melhorar a desigualdade de acesso ao diagnóstico e tratamento nos países menos desenvolvidos, diante do que vivemos na pandemia.
Haverá discussões de casos, relatos sobre as lições aprendidas e ideias de boas práticas com experts da Pneumologia e saúde: Mark Cohen (ALAT); Guy Marks (The Union TB); Heather Zar (FIRS) e Sarah Rylance (NCD Alliance, OMS).
Doenças respiratórias na era da Covid-19: uma perspectiva global
Dia: 22/09/2022.
Horário: das 9h às 10h30 (BRT) / 14h às 15h30 (CEST).
Setembro: mês da conscientização sobre a Fibrose Cística
Postado por Comunicação SBPT há 02/09/2022
A Fibrose Cística (FC) é uma doença genética, crônica, progressiva, caracterizada por uma mutação celular na proteína CFTR.
A CFTR (proteína transmembrana da Fibrose Cística, na sigla em inglês) controla o movimento dos íons de cloreto e sódio nas membranas celulares. O grau e tipo de mau funcionamento da CFTR depende da mutação genética do indivíduo.
O paciente com FC tem produção excessiva de secreções e muco mais espesso, aumentando a suscetibilidade às infecções pulmonares e a bronquiectasias. A doença é sistêmica e afeta principalmente os pulmões, pâncreas, rins, fígado, aparelho digestivo, intestino e seios da face.
Algumas das consequências típicas da Fibrose Cística são suor e saliva “salgados” (com maiores níveis de cloreto), pneumonia de repetição, sinusite frequente, tosse crônica, cansaço excessivo, dores abdominais e diarreia, além de dificuldade de ganhar peso e estatura.
Diagnóstico e tratamento
A incidência da FC é de aproximadamente 1 caso para 10.000 nascidos vivos. No Brasil, quase 100% das crianças são testadas para Fibrose Cística por meio do Programa de Triagem Neonatal (“Teste do Pezinho”). Quando positivo, o exame é repetido e o diagnóstico pode ser confirmado pelo Teste Genético ou pelo Teste do Suor, realizados por centros especializados.
O tratamento é intenso da infância até a idade adulta e exige empenho do paciente, dos familiares e de uma equipe multiprofissional, que muitas vezes envolve a Pediatria, a Pneumologia, a Fisioterapia Respiratória, a Psicoterapia, a Nutrição, entre outras especialidades. A rotina de reabilitação pulmonar, medicamentos, exames e internações é árdua e pode afetar muito a qualidade de vida dos pacientes com FC.
O médico deve ficar atento aos parâmetros que determinam a gravidade da doença. O exame de Função Pulmonar é um dos mais importantes, junto com o estado nutricional, cultura de escarro e o Índice de Massa Corpórea (IMC).
Avanços
Na última década, foram desenvolvidos medicamentos que atuam na correção do defeito celular que leva a doença. “Temos potencializadores e corretores da função deste canal de cloro. Porém, um medicamento só funciona para uma mutação específica ou, pelo menos, para uma classe específica de mutação no gene acometido”, explica o dr. Marcelo Bicalho de Fuccio, coordenador da Comissão Científica de Fibrose Cística da SBPT.
“Esses medicamentos estão se mostrando revolucionários na estabilidade clínica e ganho de qualidade de vida dos pacientes e, tudo leva a crer, têm um grande impacto na sobrevida”, complementa o especialista.
Outro avanço no tratamento foi a descoberta da eficácia da azitromicina como anti-inflamatório imunomodulador na Fibrose Cística, em 2004, além dos esquemas de nebulização com efeito mucolítico (alfa-dornase).
Perspectivas futuras da Fibrose Cística
A partir de 2011, surgiram os moduladores de CFTR, medicamentos que atuam no defeito celular da fibrose cística (canal de cloro), resolvendo o problema da secreção mais espessa e conservando os pulmões para grande parte dos pacientes.
Esses medicamentos são indicados de acordo com a mutação genética, por isso, ainda não beneficiam todos os pacientes.
Kalydeco (ivacaftor): já incorporado ao SUS. Tem indicação restrita a poucas mutações, mas, com excelente resposta nesses pacientes.
Trikafta (combinação de elexacaftor, tezacaftor e ivacaftor): aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso no Brasil em março de 2022. Cerca de 50% dos pacientes no Brasil são elegíveis a esse tratamento.
A tentativa de incorporação do Trikafta ao SUS é o nosso próximo desafio. Lembrando que o alto custo ainda é um entrave para o acesso.
Pesquisas preliminares sobre terapias gênicas, que corrigem o DNA em vez de atuar na proteína, também trazem otimismo com relação ao tratamento da Fibrose Cística no futuro.
Fibrose Cística no 40º Congresso Brasileiro de Pneumologia (SBPT 2022) – 12 a 16 de outubro – Campinas (SP)
• Conferência – Processo da construção da diretriz de fibrose cística.
• Mesa redonda – Tratamento da fibrose cística: indicações dos antibióticos inalatórios; peculiaridades do tratamento da exacerbação; situação das terapêuticas moduladoras do CFTR.
• Conferência – O crescimento da população adulta com fibrose cística no Brasil: demandas e oportunidades.
• Conferência – O horizonte promissor da fibrose cística e a realidade brasileira.
Referências
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Encontros Virtuais SBPT – Bronquiectasias. 22 out. 2020. Disponível em: https://youtu.be/vsEFO_mXTkE
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Setembro: mês de conscientização sobre a fibrose cística. 5 set. 2020. Disponível em: https://sbpt.org.br/portal/fibrose-cistica-2020/
Todos os anos, em agosto, instituições brasileiras de saúde e educação se dedicam a transmitir informações para ajudar o fumante a interromper a dependência de nicotina e buscar mais qualidade de vida.
Na campanha de 2022, a SBPT alerta para a nova estratégia da indústria do tabaco para aliciar mais fumantes: os Dispositivos Eletrônicos Para Fumar (DEF).
Evidências científicas recentes apontam que os aerossóis produzidos pelos cigarros eletrônicos contêm quase 2 mil substâncias ainda desconhecidas e não divulgadas pelas fabricantes, incluindo produtos químicos industriais e cafeína (Chem Res. Toxicol. 2021).
A maioria dos estudos sobre os DEF investiga as exposições de cigarros eletrônicos a partir de substâncias já detectadas nos cigarros combustíveis, como alcaloides do tabaco, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e formaldeído.
O diferencial deste estudo é que o grupo utilizou uma técnica avançada de impressão digital química (fingerprinting) aliada à cromatografia líquida – espectrometria de massa de alta resolução (LC-HRMS).
Especificamente, os produtos analisados foram: um dispositivo de terceira geração com energia modificável “mod” (Smok ProColor 225W), dois dispositivos de cartucho “pod” de quarta geração (Juul e Vuse Alto) e um “pod” descartável de quarta geração (Blu).
A cafeína foi detectada em amostras de dois dos quatro produtos comerciais de e-cig analisados: Vuse e Mi-Salt (Smok) e-líquidos e/ou aerossóis. O estimulante já havia sido detectado nos e-líquidos com sabor de café, chá, chocolate e bebidas energéticas, alguns em níveis de até 104 μg/g, mas a existência em produtos com sabor de tabaco, como demonstrado pelo estudo, foi inusitada.
Os pesquisadores também identificaram citrato trietílico, usado como emulsificante de e-líquido, em altas concentrações, acima do máximo quantificável (400 μg/g), em amostras de Juul e-liquid e aerossol, além de três produtos químicos industriais e um pesticida.
Nesta campanha de 2022, a SBPT alerta que o cigarro eletrônico não é indicado para tratamento do tabagismo. Além disso, recomendamos aos profissionais da saúde que encaminhem pacientes tabagistas para o tratamento com especialistas.
Nas imagens que seguem, veja informações sobre alguns dos riscos de consumo de todas as formas de cigarro. Baixe e compartilhe:
Referências sobre a composição dos cigarros eletrônicos
Cheng, T. Chemical Evaluation of Electronic Cigarettes. Tob. Control 2014, 23, ii11−ii17.
Lisko, J. G.; Lee, G. E.; Kimbrell, J. B.; Rybak, M. E.; Valentin-Blasini, L.; Watson, C. H. Caffeine Concentrations in Coffee, Tea, Chocolate, and Energy Drink Flavored E-Liquids. Nicotine Tob. Res. 2017, 19, 484– 492, DOI: 10.1093/ntr/ntw192.
National Academies of Sciences Engineering and Medicine. In Public Health. Consequences of E-Cigarettes; Stratton, K.; Kwan, L. Y.; Eaton, D. L., Eds.; The National Academies Press: Washington, DC, 2018.
Salamanca, J. C.; Meehan-Atrash, J.; Vreeke, S.; Escobedo, J. O.; Peyton, D. H.; Strongin, R. M. E-Cigarettes Can Emit Formaldehyde at High Levels under Conditions That Have Been Reported to Be Non-Averse to Users. Sci. Rep. 2018, 8, No. 7559.
Salin, A. V.; Il’in, A. V.; Faskhutdinov, R. I.; Galkin, V. I.; Islamov, D. R.; Kataeva, O. N. Tributylphosphine Catalyzed Addition of Diphenylphosphine Oxide to Unsubstituted and Substituted Electron-Deficient Alkenes. Tetrahedron Lett. 2018, 59, 1630– 1634, DOI: 10.1016/j.tetlet.2018.03.040.
Takeshita, A.; Igarashi-migitaka, J.; Nishiyama, K.; Takahashi, H.; Takeuchi, Y.; Koibuchi, N. Acetyl Tributyl Citrate, the Most Widely Used Phthalate Substitute Plasticizer, Induces Cytochrome P450 3A through Steroid and Xenobiotic Receptor. Toxicol. Sci. 2011, 123, 460– 470, DOI: 10.1093/toxsci/kfr178.
Candidatos apresentam suas propostas para a Comissão Científica de Câncer de Pulmão SBPT 2023-2024
Postado por Comunicação SBPT há 20/08/2022
A Comissão Científica de Câncer de Pulmão da SBPT foi a única entre as 21 áreas que apresentou duas candidaturas de grupos de trabalho para 2023-2024.
Os sócios efetivos e remidos, adimplentes com as anuidades na SBPT dos últimos dois anos e inscritos na Comissão de Câncer de Pulmão poderão escolher uma das chapas pela Área do Associado.
A votação será aberta no dia 12/09/2022. O resultado será divulgado em 12/10/2022, na Assembleia Geral SBPT, em Campinas (SP).
Chapa 1
Coordenador: Gustavo Faibischew Prado.
Membros
Thiago Lins Fagundes de Sousa (PB).
Bianca Coutinho Pina Ferreira (DF).
Lívia Bissoli Pradella (Jundiaí-SP).
Juliane Penalva Costa Serra (BA).
Chapa 2
Coordenador: Ricardo Mingarini Terra
Membros
Danielle Cristine Campos Bedin (SP).
Marcelo Fouad Rabahi (GO).
Luiz Paulo Pinheiro Loivos (RJ).
Fernando José Pinho Queiroga Júnior (PE).
Propostas da Chapa 1 – Coordenador: Dr. Gustavo Prado
“Com o principal objetivo de disseminar nacionalmente o conhecimento sobre o câncer de pulmão, nossa comissão conta com pneumologistas de diversas áreas do Brasil, permitindo a representabilidade no território nacional e a capilaridade das informações e projetos propostos. Todos os envolvidos estão imbuídos da missão de contribuir para a disseminação da educação médica, a colaboração interinstitucional e o diálogo transdisciplinar sobre o câncer de pulmão.
Acreditamos que o pneumologista é uma peça chave no cuidado do paciente com câncer de pulmão desde o reconhecimento dos sintomas, diagnóstico, até o cuidado durante o tratamento oncológico, permeando assim, em todas as etapas da cadeia da assistência.
Dessa forma, dentre as propostas da comissão, contamos com as Jornadas científicas que perpassam pela jornada do paciente com câncer. Iniciaremos as ações com a Jornada sobre “Câncer de Pulmão para o Clínico Geral” quando daremos subsídios para que o médico generalista tenha uma maior percepção da doença e auxilie no processo do diagnóstico precoce; bem como “O papel do pneumologista na jornada do paciente com câncer”, com a proposta de instrumentalizar o pneumologista para o protagonismo do cuidado desde seu diagnóstico, permeando todas as etapas da cadeia de assistência, incluindo avaliação pré operatória e toxicidade medicamentosa; até o “Câncer de pulmão precoce e localmente avançado”, evento destinado a reunir times multidisciplinares compostos por pneumologistas, cirurgiões torácicos oncologistas e radio-oncologistas para discutir conceitos como operabilidade, ressecabilidade, neoadjuvância e adjuvância no tratamento dos pacientes operados e multimodalidade no tratamento dos tumores irressecáveis.
Com tudo isso, acreditamos na divulgação da especialidade e fortalecimento da importância do pneumologista no cuidado do paciente oncológico.”
Propostas da Chapa 2 – Coordenador: Dr. Ricardo Terra
“1. SBPT contra o Câncer de Pulmão: Programa de educação médica continuada em Câncer de Pulmão com eventos de periodicidade trimestral que será desenvolvido em diferentes cidades num modelo híbrido (presencial/online).
2. Criar diretrizes para Manejo do Nódulo Pulmonar e Estadiamento do Câncer de Pulmão em parceria com outras comissões e departamentos da SBPT e outras Sociedades afins.
3. Estimular o debate referente ao rastreamento do câncer de pulmão no Brasil e a criação de centros especializados nos país
4. Desenvolver campanha voltada à população para conscientização sobre câncer de pulmão com apoio de governo, indústria e associações de pacientes para estimular o diagnóstico mais precoce da doença, aumentar a estrutura para tratamento destes pacientes e aumentar investimentos em pesquisa na área.
5. Atrair mais investimentos da indústria em nossas ações.
6. Estimular a participação de mais cirurgiões nas atividades da SBPT e atrair mais membros.
7. Aumentar a interação da Comissão de Câncer de Pulmão com os Departamentos de Endoscopia Respiratória, Cirurgia Torácica, Imagem e Patologia e as Comissões de Epidemiologia e Tabagismo.
8. Elaborar o programa de Câncer de Pulmão dos eventos da SBPT em conjunto com a Diretoria Científica.”
Se você for inscrito na Comissão e preenche os pré-requisitos para votar, escolha uma das chapas a partir do dia 12/09. Entre no a Área do Associado com seu login e senha.