Fechar

Busca no site:

Vacina high-dose para Influenza já está disponível para adultos com 60 anos ou mais

A partir de 2023, a vacina high-dose para Influenza foi disponibilizada no Brasil para indivíduos com 60 anos ou mais.

A vacina, fabricada pela Sanofi Pasteur com o nome comercial Efluelda®, foi registrada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em maio de 2022.

O Dr. Clystenes Soares Silva, Diretor de Ensino da SBPT, esclarece que o imunizante contém quatro vezes mais antígenos em comparação às vacinas influenza quadrivalentes de dose padrão.

Clique aqui para assistir ao vídeo e baixar.

A história da humanidade inclui surtos e pandemias causadas pelo vírus influenza podendo ser considerada uma questão de saúde pública. Os números que traduzem a ocorrência da gripe, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) são impressionantes. Todos os anos 5% a 10% da população mundial é infectada pelo vírus, com  notificação de cerca de 1 bilhão de casos da doença. Entre os acometidos, 3 a 5 milhões desenvolvem a forma grave e o número de óbitos oscila entre 250.000 a 650.000 por ano, o que é extremamente preocupante. (1)

A gripe é uma doença que pode causar consequências graves e imprevisíveis. Esse processo é ainda mais agravado na população com 60 anos ou mais, uma vez que no envelhecimento, o sistema imune passa por um processo natural de enfraquecimento, chamado imunossenescência. (2)

A vacina contra a gripe com alta concentração de antígenos (High-dose ou HD) contém quatro vezes mais antígenos em comparação às vacinas influenza quadrivalentes de dose padrão e está licenciada no Brasil para indivíduos com 60 anos ou mais. É fabricada pela Sanofi Pasteur, com o nome comercial Efluelda®.

A Efluelda® demonstrou 24,2% de eficácia incremental quando comparada a vacina de dose padrão. Uma meta-análise que avaliou dados colhidos ao longo de 10 temporadas de gripe, demonstrou que a vacina de alta dose oferece benefícios de proteção além da gripe, como redução de 27% na hospitalização por pneumonia e de 18% nas internações por eventos cardiorrespiratórios. (3,4,5)

Os efeitos colaterais mais comuns evidenciados durante os estudos clínicos foram leves e transitórios e incluíram dor, vermelhidão no local da injeção, cefaleia, mialgia e mal-estar. Em um estudo que comparou a versão de alta concentração da vacina quadrivalente com a de alta concentração da trivalente, alguns destes efeitos secundários foram ligeiramente mais comuns com quadrivalente, mas a maioria foi breve e cessaram em poucos dias. (6)

Portanto a população de pessoas idosas com 60 anos ou mais tem a partir desse ano de 2023 a possibilidade de minimizar o risco de contrair influenza e as repercussões para o paciente e para a sociedade de um modo geral, recebendo a vacina quadrivalente high-dose.

Consulte a bula do produto.

Referências Bibliográficas

  1. Influenza. World Health Organization, 2018. Disponível em: https://www.who.int/teams/health-product-policy-and-standards/standards-and-specifications/vaccine-standardization/influenza. Acesso em 17 abr 2023.
  2. Samson et al. J Diabetes Sci Technol. 2019 Nov 20:1932296819883340.
  3. Diazgranados, C. A., et al. (2014). Efficacy of High-Dose versus Standard-Dose influenza vaccine in older adults. N Engl J Med 2014; 371:635-645 DOI: 10.1056/NEJMoa1315727.
  4. Chang LJ, et al. (2019). Safety and Immunogenicity of High-Dose Quadrivalent Influenza Vaccine in Adults ≥65 Years of Age: A Phase 3 Randomized Clinical Trial. Vaccine. 2019 Sep 16;37(39):5825-5834. doi: 10.1016/j.vaccine.2019.08.016.
  5. U.S. Food and Drug Administration (FDA). (2020). Package Insert – Fluzone High-Dose Quadrivalent. Sanofi Pasteur. Available at: https://www.fda.gov/ media/132238/download. [Accessed May 2020].
  6. DiazGranados CA et al. Efficacy of High-Dose versus Standard-Dose Influenza Vaccine in Older Adults. N Engl J Med 2014;371(7):635-645.

Conitec tem consulta pública aberta sobre ampliação da vacina pneumocócica para crianças com menos de cinco anos de idade no SUS

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec/SUS) está recebendo contribuições para a Consulta Pública nº 98, que trata da ampliação de uso da vacina pneumocócica conjugada 13-valente (PCV13) para imunização de crianças de até cinco anos de idade contra doença pneumocócica invasiva e pneumonia.

O prazo para enviar o parecer é 09/01/2023. Para registrar sua opinião, é necessário fazer login no sistema gov.br.

Contribua aqui.

Os pneumologistas pediátricos do Departamento de Pneumopediatria da SBPT enviaram o parecer favorável à ampliação. “Nesse final de pandemia, diversos relatos de aumento da ocorrência de pneumonias graves e complicadas por derrames pleurais e necrose foram trazidos ao conhecimento dos especialistas no Brasil e, entre os agentes frequentemente envolvidos, destaca-se o sorotipo 19A do pneumococo, que não faz parte do pool de sorotipos incluídos na vacina atualmente disponível no SUS. Nesse sentido, a ampliação é uma ótima notícia para a saúde pública brasileira”, escreveu o coordenador do Departamento, Dr. Luiz Vicente Ribeiro.

A Conitec também recomendou a ampliação da PCV13, inicialmente, em completa substituição à PCV10 no SUS. A PCV13 inclui a proteção contra 3 sorotipos a mais em relação à PCV10 e demonstrou melhor custo-efetividade. Acesse o relatório técnico.

Dia Mundial da Pneumonia é lembrado em 12 de novembro

O SUS registra, anualmente, mais de 600 mil internações por Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) e Influenza.

De acordo com o DATASUS, no Brasil, houve 44.523 mortes por pneumonia de janeiro a agosto de 2022. No mesmo período do ano passado, foram 31.027 óbitos. Por que uma doença que pode ser prevenida e tratada ainda causa tantas mortes?

No dia 12 de novembro, a Organização Mundial da Saúde nos convida a refletir sobre isso e transmitir informações que ajudem a melhorar esses índices.

Nas imagens de campanha da SBPT, alertamos que cada minuto que o paciente com pneumonia passa sem o antibiótico pode ser decisivo para a mortalidade. Portanto, é necessário orientar as pessoas a procurarem a emergência se observar sintomas semelhantes aos de uma gripe forte que não sara, é necessário procurar o atendimento de emergência para fazer o diagnóstico. Esperar por uma consulta pode prejudicar o sucesso do tratamento.

A campanha alerta, ainda, que o cuidado com a pneumonia deve ser maior nos extremos de idade (idosos e crianças) e para quem tem o sistema imunológico mais comprometido. Pacientes que fazem uso de corticoide em altas doses ou há muito tempo, por exemplo, devem ser avaliados. A atenção deve ser redobrada também para quem tem comorbidades, como a diabetes.

Fonte: Guia de Imunizações 2018-2019 – SBIm e SBPT. Para mais informações sobre a vacina da pneumonia, consulte este guia.

Para ajudar a passar as informações adiante, compartilhe as imagens na sua rede e marque @pneumosbpt:

Consulte também os materiais do Dia Mundial da Pneumonia 2021.

Conitec abre Consulta Pública sobre a vacina pneumocócica 23-valente para idosos

A Conitec abriu a Consulta Pública nº 15 sobre a incorporação da vacina pneumocócica 23-valente (polissacarídica) para imunização da população de idosos (60 anos ou mais) contra a doença pneumocócica no SUS.

O prazo para contribuir é 25/04/2022.

A SBPT encoraja os profissionais da saúde a contribuírem com o posicionamento a favor da incorporação.

Desde agosto de 2014, o Conselho de Práticas de Imunizações – The Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP) -, do Centers For Disease Control and Prevention (CDC – EUA), recomenda o uso rotineiro de vacina pneumocócica conjugada 13-valente (PCV13) em série com a vacina pneumocócica 23-valente (PPSV23) para todos os pacientes com 65 anos ou mais.

Referência

Berical AC. et al. Pneumococcal Vaccination Strategies. An Update and Perspective. Ann Am Thorac Soc. 2016 Jun;13(6):933-44.

SBPT abre inscrições para os Cursos de Atualização em Pneumologia e Pneumologia Pediátrica – CNAP e CNPED

Em abril de 2022, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) apresentará o XXI Curso Nacional de Atualização em Pneumologia (CNAP) e III Curso de Atualização em Pneumopediatria (CNPED).

O CNAP acontecerá de 21 a 23/04/2022. Já o CNPED será nos dias 22 e 23/04/2022, ambos no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo (SP).

As inscrições estão abertas com valores promocionais até 21/03/2022. Inscreva-se aqui.

Os cursos de atualização da SBPT – CNAP e CNPED – são reconhecidos pela abrangência dos temas, qualidade e diversidade de professores e imersão no que há de mais novo em cada assunto da Pneumologia, abordados em sala única.

A programação completa será divulgada em breve. As aulas ficarão gravadas e serão disponibilizadas para os inscritos após os eventos.

“Seguindo a tradição, daremos destaque às atualizações sobre as doenças respiratórias de maior repercussão em nossa prática clínica, novos métodos de investigação e avaliação da saúde respiratória e sobre os efeitos de longo prazo da COVID-19”, informa a Dra. Irma de Godoy, Presidente da SBPT (2021-2022).

“As aulas serão ministradas por especialistas de diferentes estados, incluindo novos talentos, com equidade de gênero e reconhecimento da capacidade técnica e experiência em suas áreas de atuação”, completa a pneumologista.

Os valores de inscrição (até 21/03/2022) são:

Médico sócio SBPT / não sócio: R$ 620 / R$ 1.040.

Residente (aspirante) sócio SBPT / não sócio: R$ 400 / R$ 610.

Não médico sócio SBPT / não sócio: R$ 500 / R$ 710.

Veja os benefícios de se associar à SBPT.

Dia Mundial da Pneumonia: o que precisamos saber?

A pneumonia é uma infecção de vias aéreas inferiores. Quando adquirida na comunidade (PAC), é causada na maioria das vezes pela bactéria Streptococcus pneumoniae (pneumococo), que se instala nos pulmões quando há situações de baixa imunidade.

“O pneumococo faz parte da flora bacteriana usual das nossas vias aéreas superiores. Porém, esses microrganismos acabam invadindo os pulmões e levando à pneumonia quando há fatores que causam diminuição da imunidade, como uma gripe forte, por exemplo”, explica o dr. José Tadeu Colares Monteiro, pneumologista da Comissão Científica de Infecções Respiratórias e Micoses da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

A pneumonia também pode ser causada por vírus ou fungos. Neste último caso, mais raro e específico em pessoas com imunossupressão ou ligado às condições do ambiente.

A infecção por H1N1, H2N3 (Influenza) ou SARS-CoV-2 (COVID-19) também podem favorecer infecções respiratórias bacterianas secundárias. Portanto, vacinar-se contra a Influenza, a COVID-19 e o pneumococo, quando indicada pelo médico, é essencial para a prevenção da pneumonia¹.

A pneumonia leva à inflamação dos alvéolos pulmonares, os “sacos” que realizam a troca gasosa dos pulmões com o meio ambiente. Foto: Wikipedia

Os sintomas mais comuns da pneumonia são tosse, febre e dor torácica. Nos casos mais severos, pode haver falta de ar.

A tosse da pneumonia bacteriana costuma ter expectoração, catarro espesso. Enquanto a pneumonia viral (H1N1, H2N3, SARS-CoV-2) causa tosse mais seca.

A febre costuma ser mais baixa no caso das pneumonias virais. Nos idosos, pode haver pneumonia sem febre.

É importante ficar atento aos sintomas e procurar atendimento médico. De acordo com o Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), do Ministério da Saúde, foram registradas 25.917 internações e 3.596 óbitos por pneumonia no Brasil em agosto de 2021².

Em novembro é o Dia Mundial da Pneumonia (12/11), por isso, a SBPT reforça a importância de proteger os grupos de maior risco para a infecção:

  • Crianças, especialmente abaixo dos 2 anos.
  • Idosos acima de 65 anos.
  • Pessoas com doenças crônicas, respiratórias, cardíacas, hepáticas e que causam imunossupressão, como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), asma, bronquiectasias, fibrose pulmonar, fibrose cística, Covid-19, diabetes mellitus, insuficiência cardíaca, HIV/AIDS e câncer.
  • Pacientes em tratamento com imunossupressores.
  • Alcoolistas e tabagistas.

O diagnóstico da pneumonia é essencialmente clínico. O médico vai conversar com o paciente (anamnese), fazer um exame físico para verificar alterações na ausculta pulmonar e, para ratificar o diagnóstico, é feito um raio-x de tórax.

Os exames laboratoriais podem ser necessários em casos de germes atípicos, casos graves, para pacientes que não respondam ao tratamento inicial ou que estejam internados em UTI e em caso de mais de uma infecção associada, como COVID-19 ou Influenza.

Se confirmada a infecção, inicia-se o tratamento com antibióticos, conforme o patógeno mais provável no local de aquisição da doença, a presença de fatores de risco individuais e doenças associadas, relação custo-eficácia e fatores epidemiológicos, como viagens recentes e alergias, de acordo com as “Recomendações de Manejo da Pneumonia Adquirida na Comunidade”, editadas pela SBPT em 2018³.

“No cenário de uma pandemia, os sintomas da pneumonia e da COVID-19 podem se sobrepor. Então, é mandatório fazer a pesquisa do antígeno nos pacientes que dão entrada nos hospitais com quadro sintomático respiratório, sintomas gripais ou de pneumonia. Na maioria dos locais, o protocolo é fazer o exame RT-PCR. Se for COVID-19, o tratamento é de suporte clínico e os pacientes que evoluem com sinais de gravidade são internados4”, lembra o dr. José Tadeu.

“No caso da COVID-19, existem as particularidades. Então, a gente viu na primeira onda pacientes com muita dor torácica, muito sintoma de via aérea superior, como dor de garganta, febre, perda do paladar e olfato e sensação de fadiga, que é aquele cansaço físico, extenuante, diferente da falta de ar da pneumonia grave”, complementa o especialista.

Referências

¹Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e Sociedade Brasileira de Imunizações. Pneumologia – Guia de Imunização SBPT/SBIm 2018-2019.

²Ministério da Saúde. DATASUS. Acesso em nov 2021.

³Corrêa RA, a, Costa AN, b, Lundgren.c F, Michelim L, et al. 2018 recommendations for the management of community acquired pneumonia. J Bras Pneumol. 2018;44(5):405-423

Ministério da Saúde. Orientações sobre o tratamento farmacológico do paciente adulto hospitalizado com COVID-19. Acesso em nov 2021.

Portadores de doenças pulmonares terão prioridade para tomar a vacina Pneumocócica 13-valente

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) vai disponibilizar a vacina Pneumocócica Conjugada 13-valente temporariamente, até julho de 2021, para pacientes com doenças pulmonares e outros grupos prioritários.

Os grupos prioritários para tomar a vacina são os imunodeprimidos, com asplenia anatômica e funcional, portadores de implante coclear, pacientes com doenças cardíacas e pulmonares que ainda não tenham recebido uma vacina pneumocócica anteriormente.

O motivo é otimizar o uso das doses de vacina Pneumocócica Conjugada 13-valente disponíveis, cuja validade expira em fevereiro de 2022.

Entre as doenças pulmonares, o PNI inclui: DPOC; pneumonite alveolar; doença respiratória resultante de exposição ocupacional ou ambiental; bronquiectasias; bronquite crônica; sarcoidose; neurofibromatose de Wegener; doença pulmonar crônica do lactente (antiga displasia bronco-pulmonar); asma persistente moderada ou grave e fibrose cística.

As orientações para prescrição da vacina temporária são as seguintes:

Ainda que a utilização da Pneumocócica Polissacarídica 23-valente já tenha sido recomendada nas indicações citadas na figura, neste momento, o PNI sugere usar a Pneumocócica Conjugada 13-valente e dar continuidade com a Pneumocócica Polissacarídica 23-valente, conforme prevê o Manual dos CRIEs – 5ª edição.

A imunização previne infecções causadas pela bactéria Streptococcos pneumoniae, responsável por doenças graves como pneumonia, meningite, bacteremia/septicemia e otite média aguda.

Saiba mais: Programa Nacional de Imunizações (PNI) – Alerta para utilização da vacina Pneumocócica 13-valente.

Dia Mundial da Pneumonia: 12 de novembro

Todos os anos, no dia 12/11, as instituições de saúde e os especialistas da área chamam a atenção para a importância do acesso global à prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da pneumonia.

O que causa a pneumonia?

Os principais agentes etiológicos das Pneumonias Adquiridas na Comunidade (PAC) são bactérias e vírus. Em cerca de 60% das infecções, é a bactéria Streptococcus pneumoniae (pneumococo).

Pneumonia e COVID-19

Em 2020, a pandemia do coronavírus (SARS-CoV-2) evidenciou a importância da prevenção e cuidados com a pneumonia, especialmente em adultos.

Mais de 50 milhões de pessoas foram diagnosticadas com COVID-19 no mundo até agora. Alguns pacientes apresentam uma pneumonia viral específica, sem expectoração e com falta de ar.

A COVID-19 também pode predispor o paciente à infecção por bactérias, resultando nas duas condições associadas: pneumonia e COVID-19.

Sintomas, diagnóstico e tratamento

A coordenadora da Comissão Científica de Infecções Respiratórias e Micoses da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Dra. Rosemeri Maurici da Silva, explica que o quadro clássico de pneumonia se caracteriza por tosse, expectoração, dor torácica ventilatório-dependente e febre. Em situações específicas, a pneumonia pode causar confusão mental, hipotensão arterial, dispneia e taquipneia.

A radiografia de tórax, aliada à anamnese e ao exame físico, auxiliam na confirmação da suspeita e avaliação da extensão das lesões causadas pela pneumonia. A tomografia de tórax (TC) é a alternativa de escolha nos casos em que a radiografia de tórax tem menor acurácia, como em pacientes obesos, imunossuprimidos ou com alterações radiológicas prévias.

O tratamento da pneumonia adquirida na comunidade é realizado com antibióticos, medicação sintomática e tratamento de doença de base (se houver). Se não tratados, os quadros de pneumonia podem ter complicações, como insuficiência respiratória, septicemia, sequelas pulmonares, como bronquiectasias, e até a morte.

A pneumonia é a infecção que mais mata no mundo. Em 2019, cerca de 672 mil crianças com menos de cinco anos de idade morreram em decorrência da doença. Os idosos com mais de 70 anos e pessoas com comorbidades, como doenças crônicas (respiratórias ou não), cardiopatias, diabetes e doenças que causam imunossupressão também correm mais riscos.

Prevenção

Para prevenir a pneumonia, é necessário manter o sistema imunológico saudável, com boa alimentação, exercício físico regular e bons hábitos de higiene.

Além disso, é importante tratar as doenças concomitantes, vacinar-se anualmente contra a gripe e imunizar-se também contra o pneumococo, quando houver indicação médica.

A vacina anti pneumocócica 13 valente e, seis meses depois, a anti pneumocócica 23 valente, repetidas a cada cinco anos, são eficazes contra a Streptococcus pneumoniae.

Mais informações

Corrêa1 RA, A, Costa2 AN, B, Lundgren3c F, Michelim4 L, et al. Recomendações para o manejo da pneumonia adquirida na comunidade 2018. J Bras Pneumol. 2018;44(5):405-423

GBD 2019 Diseases and Injuries Collaborators. Global burden of 369 diseases and injuries, 1990–2019: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2019. The Lancet. 17 October 2020. doi:10.1016/S0140-6736(20)30925-9.

SMPCT realiza o simpósio virtual “Controvérsias em Pneumologia”

A Sociedade Mineira de Pneumologia e Cirurgia Torácica (SMPCT) convida para o Simpósio virtual “Controvérsias em Pneumologia”.

O evento será realizado no dia 07/11/2020 (sábado), das 9h a 12h30. O Simpósio é gratuito e as vagas são limitadas.

Inscreva-se aqui.

Na programação científica, estão previstas discussões sobre infecções pulmonares e fibrose pulmonar.

Acesse o programa completo.

16º Curso Internacional de Infecções Respiratórias

Nos dias 9 e 10 / 16 e 17 de outubro de 2020, a Asociación Argentina de Medicina Respiratoria e a Asociación Latinoamericana de Tórax (ALAT) realizarão o 16º Curso Internacional de Infecções Respiratórias. As inscrições são gratuitas.

O curso de Infecções Respiratórias é organizado há 23 anos. Este ano, metade das aulas vai tratar sobre a COVID-19, em uma edição totalmente virtual, com a participação de 27 palestrantes, sendo quatro médicos brasileiros: Dr. Fernando Lundgren, Dr. Ricardo Correa, Dr. Otávio Ranzani e Dra. Juliana Ferreira.

As vagas são limitadas.

Clique aqui para acessar o site oficial do evento.

JBP: papel da imagem no diagnóstico da pneumonia causada por COVID-19

O Jornal Brasileiro de Pneumologia vol. 46 n. 2 (março/abril) publicou uma Carta ao Editor sobre os desafios do diagnóstico da doença respiratória aguda causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).

No momento de intenso debate da comunidade científica sobre a COVID-19, os pesquisadores Jose de Arimateia Batista Araujo-Filho, Marcio Valente Yamada Sawamura, André Nathan Costa, Giovanni Guido Cerri, Cesar Higa Nomura redigiram uma carta ao JBP.

Os autores relatam que, até o presente momento, a reverse-transcriptase polymerase chain reaction (RT-PCR, reação em cadeia da polimerase com transcrição reversa) permanece como padrão de referência para o diagnóstico definitivo de infecção por COVID-19, apesar dos relatos de resultados falso-negativos.

Além disso, os especialistas concluem que a TC não deve ser usada na triagem de COVID-19 em pacientes assintomáticos, devendo ser considerada em pacientes hospitalizados, sintomáticos ou em situações clínicas específicas.

Leia a carta completa aqui.

Novo coronavírus causa ocorrências de infecção pulmonar aguda

Proveniente da China, o vírus nCoV causa febre e manifestações respiratórias de gravidade variável, incluindo dispneia, além de infiltrados nas radiografias de tórax.

A declaração abaixo foi divulgada pelo Prof. Dr. Carlos M. Luna, do Departamento de Infecções Respiratórias da Associação Latinoamericana de Tórax (ALAT), e aprovado através da Dra. Rosemeri Maurici, coordenadora da Comissão de Infecções Respiratórias da SBPT.

Segue o texto original (em espanhol):

De manera semejante a la aparición inesperada del coronavirus productor del SARS (del inglés severe acute respiratory syndrome), SARS-CoV en 2002-2003 y del MERS (middle east respiratory syndrome) MERS-CoV más recientemente, apareció en escena hace menos de un mes una nueva enfermedad respiratoria aguda que puede acompañarse de grave compromiso pulmonar y muerte, producida por otro virus de la misma familia denominado nCoV (simplemente new coronavirus).

A fines de diciembre de 2019, las autoridades de la ciudad de Wuhan en la provincia de Hubei, China, informaron acerca de la aparición de 27 casos de síndrome respiratorio agudo, 7 de ellos severos, de etiología desconocida entre personas vinculadas en este caso a un mercado de venta de pescado en Wuhan, capital de la provincia de Hubei del, sureste de China. Se trata de cuadros de fiebre, disnea y presencia de infiltrados pulmonares de gravedad variable, cambios neumónicos en las radiografías del tórax (lesiones infiltrativas del pulmón bilaterales). Las autoridades chinas informaron la identificación de esta cepa antes desconocida de coronavirus como posible etiología, habiéndose descartado SARS-CoV, MERS-CoV, influenza, influenza aviar, adenovirus y otras infecciones respiratorias virales o bacterianas comunes.

Fuera de Wuhan se han registrado casos aislados, siempre conectados con alguna persona proveniente de esta ciudad en otros países incluyendo un caso en Tokio y otro en New York, y es de prever que esto ocurra en otros lugares del mundo dado el intenso tránsito aéreo internacional que hoy existe. Un informe de la Organización Panamericana de la Salud menciona que no se han comunicado nuevos casos en China desde el 3 de enero de 2020.

Tanto la OPS como la OMS recomiendan a los Estados Miembros, a la luz de la posible ocurrencia de eventos relacionados con el nCoV, que garanticen que los trabajadores de la salud tengan acceso a información actualizada sobre esta enfermedad, que estén familiarizados con los principios y procedimientos para manejar las infecciones por nCoV y estar capacitados para consultar sobre el historial de viajes de un paciente para vincular esta información con datos clínicos.

Como corresponde, en los lugares del mundo con alto flujo de pasajeros provenientes de China, los aeropuertos internacionales están intensificando la detección de pasajeros que exhiban síntomas posiblemente relacionados con nCoV. Tres aeropuertos principales de EE UU, San Francisco, Los Ángeles y Nueva York, han anunciado que evaluarán a los viajeros que lleguen desde Wuhan y serán examinados para detectar síntomas del virus similar a la neumonía, con un adicional de 100 trabajadores de salud desplegados en los aeropuertos, indicó el CDC.

Si bien la información disponible sugiere que no hay evidencia clara de transmisión de persona a persona, es necesaria investigación adicional para determinar los modos de transmisión, la fuente común de exposición y la presencia de casos asintomáticos o levemente sintomáticos que no se detectan. Es crítico revisar toda la información disponible para comprender completamente la posible transmisibilidad entre humanos, cabe recordar que el SARS; proveniente de gatos infectados por un murciélago y el MERS, proveniente de camellos, resultaron en muchos casos confirmados altamente contagioso entre humanos.

El diagnóstico de estas infecciones por coronavirus se hace habitualmente por PCR transcriptasa reversa tanto en secreciones respiratorias altas o bajas o en suero.

Respecto al tratamiento, lo importante son las medidas de sostén, si bien hay un importante número de antivirales en estudio no existe ningún antiviral de uso corriente que haya mostrado ser efectivo contra estos coronavirus.

En relación con la prevención, la misma se limita al control del contacto con las posibles vías de contagio, hasta donde se sabe limitadas en este caso al contacto con peces en el mercado de Wuhan, pero es prudente hasta tanto se conozca la posibilidad de contagio interhumano, considerar evitar el contacto con personas presuntamente enfermas. Como es de esperar, tampoco existen vacunas. Las medidas de prevención estándar incluyen:

• higiene de manos,
• uso de equipos de protección personal según evaluación de riesgo,
• higiene respiratoria y cubrirse la boca y nariz con pañuelo al toser,
• descarte seguro de materiales cortopunzantes,
• manejo adecuado del ambiente y del desecho hospitalario,
• esterilización y desinfección de dispositivos médicos y hospitalarios,
• instituir precauciones de gotitas y contacto frente a casos sospechosos,
• instituir precauciones de contacto y de núcleo de gotitas/aerosoles acaso se realicen.

Prof. Carlos M. Luna
Departamento Infecciones Respiratorias
Asociación Latinoamericana de Tórax

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), por meio da Comissão Científica de Infecções Respiratórias e da Diretoria de Comunicação, está comprometida em informar aos seus associados, à população e aos meios de comunicação sobre eventuais mudanças do quadro clínico e epidemiológico.