Fechar

Busca no site:

OMS declara fim da emergência de saúde da Covid-19

Três anos e três meses depois da descoberta do SARS-CoV-2, vírus causador da doença mais devastadora do século, a Organização Mundial da Saúde declarou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (Espii) da pandemia de Covid-19, em coletiva de imprensa realizada em 05/05/2023.

“Trata-se apenas de uma formalidade, já que a Covid-19 ainda é uma ameaça à saúde. Esperamos que o acesso a insumos, medicamentos e, principalmente, vacinas, não seja prejudicado para os que mais necessitam”, alertou a Dra. Margareth Dalcolmo, Presidente da SBPT.

De acordo com a especialista, é necessário conscientizar toda a população que o fim da emergência não significa que as medidas sanitárias e as condutas de saúde pública serão finalizadas. Pelo contrário, ainda há risco de surgimento de novas variantes e novos surtos.

Ao N.Y Times, a pneumologista ressaltou que a pesquisa sobre as variantes da Covid-19 e o desenvolvimento de vacinas multivalentes ainda são tarefas urgentes para que o cenário epidemiológico deixe de ser preocupante.

Para a Globo News,  Dra. Margareth Dalcolmo enfatizou que todos precisam estar com o esquema vacinal completo para reduzir internações e mortes por Covid-19 no Brasil. O país ainda registra cerca de 60 mil casos da doença e 300 mortes a cada sete dias, em média.

A principal variante que circula hoje no país ainda é a ômicron, que tem alta transmissibilidade. Por isso, é muito importante que se estimule a imunização de todos com a vacina bivalente, especialmente porque estamos em uma época sazonal de aumento de doenças respiratórias. Os pacientes com fator de risco e as pessoas mais suscetíveis devem se proteger.

A Covid-19 já vitimou mais de 700.000 no Brasil e quase sete milhões de pessoas no mundo. Graças à vacinação, iniciada em março de 2021, muitas mortes e casos mais graves foram evitados.

Veja mais:

Centro de Apoio ao Tabagista (CAT) – “Margareth Dalcolmo: fim da emergência global da Covid-19, mas não da vacinação” – Eric Bang – GloboNews – Especial de Domingo – 07/05/2023. Acesse aqui.

Dia Mundial da Pneumonia é lembrado em 12 de novembro

O SUS registra, anualmente, mais de 600 mil internações por Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) e Influenza.

De acordo com o DATASUS, no Brasil, houve 44.523 mortes por pneumonia de janeiro a agosto de 2022. No mesmo período do ano passado, foram 31.027 óbitos. Por que uma doença que pode ser prevenida e tratada ainda causa tantas mortes?

No dia 12 de novembro, a Organização Mundial da Saúde nos convida a refletir sobre isso e transmitir informações que ajudem a melhorar esses índices.

Nas imagens de campanha da SBPT, alertamos que cada minuto que o paciente com pneumonia passa sem o antibiótico pode ser decisivo para a mortalidade. Portanto, é necessário orientar as pessoas a procurarem a emergência se observar sintomas semelhantes aos de uma gripe forte que não sara, é necessário procurar o atendimento de emergência para fazer o diagnóstico. Esperar por uma consulta pode prejudicar o sucesso do tratamento.

A campanha alerta, ainda, que o cuidado com a pneumonia deve ser maior nos extremos de idade (idosos e crianças) e para quem tem o sistema imunológico mais comprometido. Pacientes que fazem uso de corticoide em altas doses ou há muito tempo, por exemplo, devem ser avaliados. A atenção deve ser redobrada também para quem tem comorbidades, como a diabetes.

Fonte: Guia de Imunizações 2018-2019 – SBIm e SBPT. Para mais informações sobre a vacina da pneumonia, consulte este guia.

Para ajudar a passar as informações adiante, compartilhe as imagens na sua rede e marque @pneumosbpt:

Consulte também os materiais do Dia Mundial da Pneumonia 2021.

FIRS e OMS convidam para o webinar “Doenças respiratórias na era da Covid-19: uma perspectiva global”

Na quinta-feira (22/09), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fórum Internacional de Sociedades Respiratórias (FIRS) realizarão um evento on-line em comemoração ao Dia Mundial do Pulmão.

A proposta é reunir experiências sobre o que pode ser feito para combater doenças respiratórias e como melhorar a desigualdade de acesso ao diagnóstico e tratamento nos países menos desenvolvidos, diante do que vivemos na pandemia.

Haverá discussões de casos, relatos sobre as lições aprendidas e ideias de boas práticas com experts da Pneumologia e saúde: Mark Cohen (ALAT); Guy Marks (The Union TB); Heather Zar (FIRS) e Sarah Rylance (NCD Alliance, OMS).

Doenças respiratórias na era da Covid-19: uma perspectiva global

Dia: 22/09/2022.

Horário: das 9h às 10h30 (BRT) / 14h às 15h30 (CEST).

Inscreva-se aqui.

ATS realizará reunião on-line sobre as recomendações da OMS para a qualidade do ar

Em 25/08/2022, das 14h às 15h (BRT), a American Thoracic Society (ATS) realizará um webinar sobre as recomendações da OMS para a qualidade do ar em 2021: perspectivas da África Oriental, Índia e Peru.

A poluição do ar continua sendo um dos principais fatores de risco evitáveis ​​para morbidade e mortalidade em todo o mundo.

A má qualidade do ar afeta desproporcionalmente as pessoas que vivem em ambientes com recursos limitados.

Por isso, o encontro abordará a justificativa para as metas de qualidade do ar da OMS atualizadas para 2021 e os desafios e iniciativas para alcançar as metas de ar limpo para todos.

O webinar é gratuito, com vagas limitadas.

Clique aqui para se inscrever.

Carta pública pelo estabelecimento de prazos para o Brasil atingir os padrões de qualidade do ar da OMS

De acordo com relatório publicado esta semana pelo IQAir, a poluição do ar ultrapassou os limites de concentração recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em todos os países do mundo em 2021.

Apenas 3,4% das mais de 6 mil cidades pesquisadas atenderam aos critérios dos índices de qualidade do ar recomendados pela entidade que buscam salvaguardar a saúde humana.

O órgão já havia apontado, em 2018, que 95% da população mundial está exposta à má qualidade do ar.

Como resultado, o ar tóxico é o maior malefício ambiental da contemporaneidade com repercussões à saúde, perdendo apenas para a Covid-19 durante estes dois anos de pandemia. Ele é responsável por 11% da mortalidade global anual, sendo 51 mil no Brasil, afetando, em especial, os grupos populacionais mais vulneráveis, as crianças, os idosos, as gestantes e as populações de baixa renda. Por essas razões a OMS elencou a poluição do ar como frente de combate prioritária na agenda das emergências em saúde.

Devido à gravidade do quadro, reconhecemos a extrema relevância da Ação Direta de Inconstitucionalidade n° 6148/DF movida pela Procuradoria-Geral da República e que será julgada pelo Supremo Tribunal Federal no próximo dia 30 de março.

A Adin tem como objeto a Resolução CONAMA 491/2018, que dispõe sobre os padrões de qualidade do ar definidos no Brasil. A motivação da ação reside na ineficiência da norma para a proteção da saúde da população por diversas razões.

Embora o Brasil adote os limites sugeridos pela OMS, a norma prevê que eles sejam alcançados após a passagem por três níveis intermediários. No entanto não determina prazos para atingi-los, tornando-a ineficiente. Assim sendo, seguimos com níveis de concentração de poluentes na atmosfera extremamente elevados.

Se permitidos níveis altos de toxicidade no ar, haverá mais sofrimento, adoecimento e mortes da população. Mas não apenas isso, há o prejuízo da gestão e do controle de emissões de poluentes, já que não determina um cronograma para que o país disponha de regras mais restritivas para as emissões de poluentes.

Um impacto concreto da ausência de prazos e da permanência de padrões de qualidade do ar altamente permissíveis para poluir reside na ineficiência da atuação dos órgãos públicos para concessão de licenças ambientais. Ademais, a desatualização dos níveis de concentração está na contramão da informação clara sobre a qualidade do ar e eventuais malefícios à saúde da população. Prejudica o direito à informação adequada dos cidadãos e o alcance de medidas de proteção quanto aos direitos coletivos, além de ser permissivo a episódios críticos da poluição do ar.

Para agravar a condição de ausência de protetividade da norma brasileira, a OMS, em setembro de 2021, estabeleceu novas diretrizes globais de qualidade do ar a partir de valores de concentração de poluentes considerados seguros para a saúde humana. Portanto, a normativa vigente, que já está defasada, representa agora a expressão plena do atraso e da desconsideração ao direito humano à vida.

Finalmente, a sociedade médica, representada pelos profissionais, associações e sociedades de especialidade abaixo-assinadas, conta com a Suprema Corte para garantir a efetiva defesa da saúde e do meio ambiente ecologicamente equilibrado destas e das futuras gerações.

Subscrevem esta carta:

Academia Brasileira de Neurologia, ABN
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, ASBAI
Associação Médica Brasileira, AMB
Associação Médica Brasileira Homeopática, AMHB
Associação Paulista de Medicina, APM
Associação Paulista de Neurologia, APAN
Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, SINDHOSP
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP)
Sociedade Brasileira de Clínica Médica, SBCM
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, SBGG
Sociedade Brasileira de Pediatria, SBP
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, SBPT

Dia Mundial de Combate à Tuberculose 2022: queda nos investimentos em TB aumentaram as mortes pela doença

Durante a pandemia, houve menor demanda para o cuidado de outras doenças, entre elas, a tuberculose. De acordo com a OMS, o número de mortes pela doença se intensificou no mundo, após uma década de estabilidade¹.

A tuberculose costumava ser a doença infectocontagiosa responsável pelo maior número de mortes/dia em todo o mundo. Desde abril de 2020, a COVID-19 se tornou a doença com a maior mortalidade mundialmente.

Clique aqui para baixar e compartilhar as imagens de campanha da SBPT.

Por causa da pandemia, estima-se que os fundos destinados ao combate à TB tenham sofrido um decréscimo de cerca de US$ 9 bilhões, o que afetou o compromisso de líderes globais com o enfrentamento da doença e com o fim da tuberculose até 2030², como propõe a OMS.

No Brasil, a tuberculose é um dos principais problemas de saúde pública. O país ocupa a 20ª posição entre os locais com maior carga de TB³. Em 2021, foram registradas 85.219 mortes pela doença (DataSUS).

Por isso, é fundamental lutar por mais investimentos em pesquisas, prevenção, triagem e acesso ao diagnóstico e tratamento da TB.

Imagem: OPAS/OMS.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce é um dos pilares do combate à tuberculose. Os recursos para diagnosticá-la incluem história clínica e epidemiológica, baciloscopia, cultura de escarro (padrão ouro), teste molecular rápido, radiografia de tórax, TC de tórax ou outros métodos, se necessário4.

Na forma pulmonar, o diagnóstico diferencial deve ser feito principalmente com infecções fúngicas, neoplasias, infecções bacterianas, outras micobacterioses.5

“4 milhões de pessoas com TB não foram diagnosticadas e tratadas pelos sistemas de saúde. Invista para acabar com a TB. Salve vidas”. Imagem: Stop TB Partnership.

COVID-19 e tuberculose

Na investigação da COVID-19, é importante ficar atento à associação com tuberculose. Um estudo mostrou que o risco de óbito de pacientes com coinfecção foi 2,17 vezes maior do que o dos pacientes que tinham somente COVID-19.6

A COVID-19 também pode ter um impacto negativo na infecção latente pela tuberculose (ILTB). A desregulação imunológica causada pela COVID-19 pode afetar o diagnóstico e o manejo da ITBL.

No tratamento das sequelas da COVID-19, é necessário se atentar a uma possível reativação da tuberculose. Uma das consequências do pós-COVID-19, por exemplo, é a fibrose pulmonar, que pode reduzir a penetração dos fármacos utilizados no tratamento da tuberculose nos pulmões, contribuindo, assim, para piores desfechos, como a resistência medicamentosa.

A implementação de testes moleculares automatizados, como o ensaio Xpert Xpress SARS-CoV-2 (Cepheid, Sunnyvale, CA, EUA), pode ser uma alternativa para os laboratórios no Brasil. O ensaio Xpert MTB/RIF Ultra (Cepheid) já foi incorporado para o diagnóstico da tuberculose e ambos os testes, tanto para TB como para a COVID-19, utilizam o mesmo equipamento, facilitando o diagnóstico das duas doenças.

“TB & COVID-19 são as duas doenças infecciosas que mais causam mortes em todo o mundo. Você vê a diferença? (nos investimentos). Invista para acabar com a TB. Salve vidas”. Imagem: Stop TB Partnership.

Tratamento

O esquema básico para o tratamento da tuberculose pulmonar em adultos e adolescentes maiores de dez anos de idade inclui Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamina e Etambutol. Os medicamentos são ingeridos diariamente e de uma única vez e o tratamento tem a duração de, no mínimo, seis meses.

Há especificidades na terapia no caso de gestantes, portadores de hepatopatias, nefropatias ou de infecção por HIV. Todas as recomendações para o manejo da tuberculose são disponibilizadas no site do Ministério da Saúde.

O tratamento é realizado pelo SUS, em ambulatório, e a internação é indicada em casos específicos, como situações de maior gravidade ou risco social. É importante ressaltar que todos os medicamentos, inclusive para as formas resistentes, estão disponíveis em todo o Brasil pelo SUS.

  • Informações: Comissão Científica de Tuberculose da SBPT.

Referências

¹Organização Pan-Americana da Saúde. Dia Mundial da Tuberculose 2022. Disponível em: https://www.paho.org/pt/campanhas/dia-mundial-da-tuberculose-2022. Acesso em 21 mar 2022.

²STOP TB Partnership. World TB Day 2022: Invest To End TB, Save Lives. Disponível em: https://www.stoptb.org/world-tb-day/world-tb-day-2022. Acesso em 21 mar 2022.

³Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Encontros Virtuais SBPT: Imunobiológicos e Tuberculose. 12 mar 2021. Disponível em: https://youtu.be/D3ToIIAYan0. Acesso em 21 mar 2022.

4Silva DR, Rabahi MF, Sant’Anna CC, Silva-Junior JLR, Capone D, Bombarda S, et al. Diagnosis of tuberculosis: a consensus statement from the Brazilian Thoracic Association. J Bras Pneumol. 2021;47(2):e20210054

5 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. 364 p.

6Silva DR, Mello FCQ, D’Ambrosio L, Centis R, Dalcolmo MP, Migliori GB. Tuberculosis and COVID-19, the new cursed duet: what differs between Brazil and Europe? J Bras Pneumol. 2021;47(2):e20210044

Mês da mulher: SBPT defende a saúde respiratória feminina

O Dia Internacional da Mulher, em 08/03, é uma data importante para refletir sobre as particularidades do organismo feminino em relação à saúde dos pulmões.

No caso do tabagismo, estima-se que 250 milhões de mulheres fumam diariamente no mundo. No Brasil, cerca de 9,8 milhões de mulheres com mais de 15 anos de idade fumam.

No país, a prevalência de mulheres fumantes (13,1%) é maior entre moradoras de áreas rurais, com menor escolaridade e menor renda. Porém, o índice está aumentando entre meninas jovens, principalmente na região sul¹.

Sabe-se que a nicotina é metabolizada mais rapidamente nas mulheres. De acordo com a OMS, as alterações genéticas e hormonais causadas pelo tabagismo no organismo feminino também as torna mais suscetíveis a desenvolver câncer, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e doença isquêmica coronariana².

Confira e compartilhe o post da SBPT sobre mulheres e tabagismo no Instagram. Baixe os materiais.

Segundo informa a Dra. Maria Enedina Scuarcialupi, pneumologista da Comissão de Tabagismo da SBPT, as mulheres foram aliciadas ao tabagismo pela publicidade, a partir da década de 1920. A indústria buscava expandir o público consumidor associando o cigarro, antes proibido para mulheres, à liberdade feminina.

Além disso, os slogans exploravam a vaidade e a busca pelo “corpo perfeito”:

“Para manter a forma, ninguém pode negar, fume um cigarro em vez de comer um doce”, em tradução livre.

Artigo – “Cigarro: do glamour dos anos 20 à vaidade dos anos 2000”

Ainda hoje, uma das principais preocupações e motivo reconhecido de recaída de mulheres fumantes são o ganho de peso e a dificuldade em manejar as pressões estressoras do cotidiano³.

Além de enfisema, bronquite crônica, doenças cardiovasculares, infertilidade e câncer, o tabaco causa complicações gestacionais e pós-gestacionais que afetam a saúde da mulher, do feto e da criança, conforme narra a Dra. Suzianne Lima, pneumologista da Comissão de Tabagismo da SBPT.

Artigo – “O tabagismo na mulher: particularidades destas pacientes”

Asma e gestação

Durante o Mês das Mulheres também é importante lembrar que a gestação é um fator que pode piorar o controle da asma e desencadear crises, expondo a gestante e o bebê a uma situação desfavorável.

“É fundamental manter o tratamento, especialmente com os dispositivos inalatórios (‘bombinhas’) para manutenção do controle da asma. As medicações para a asma são eficazes e seguras durante a gravidez e garantem o controle dos sintomas”, informam os pneumologistas da Comissão Científica de Asma da SBPT.

Confira e compartilhe o post sobre mulheres e asma da SBPT no Instagram @pneumosbpt. Baixe os materiais.

As mulheres podem contar com um(a) pneumologista em todos os momentos da vida, especialmente na gestação, período tão importante para a vida.

Desejamos que os pulmões funcionem sempre em plena capacidade para gerar energia, saúde e qualidade de vida para todas as mulheres!

Cirurgia Torácica

O Departamento de Mulheres da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT) convida para o webinar “Mulheres na Cirurgia Torácica”, nesta terça-feira (8/3), às 19h:

Clique na imagem para se inscrever.

¹Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, v. 30. Rio de Janeiro: IBGE; 2009.

²World Health Organization. Gender, Health and Tobacco – Tobacco Free Initiative. Geneva: WHO, 2003.

³Lombardi EMS, Prado GF, Santos UP, Fernandes LA. Women and smoking: Risks, impacts, and challenges. J Bras Pneumol. 2011;37(1):118-128.

SBPT apoia políticas urgentes de redução da poluição atmosférica

Mais 100 instituições de saúde, incluindo a SBPT e a European Respiratory Society (ERS), manifestaram apoio à declaração conjunta da OMS para implementar medidas ambiciosas de redução da emissão de poluentes atmosféricos.

De acordo com os pneumologistas, o documento serve como um guia para a melhoria efetiva da qualidade do ar por meio de políticas de redução das emissões em todo o mundo.

Leia o documento: World Health Organization (WHO) Global Air Quality Guidelines (AQGs) 202

Segundo Zorana J. Andersen, líder do Comitê de Meio Ambiente e Saúde da ERS e professora de Epidemiologia Ambiental do Departamento de Saúde Pública da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, “a poluição do ar representa um grande risco para a saúde humana por estar relacionada à maioria das doenças pulmonares, cardiovasculares, diabetes, câncer e mortalidade infantil. Há evidências recentes de que a poluição pode afetar a gravidez e o desenvolvimento cognitivo infantil, aumentando o risco de demência e piora da saúde mental, além de elevar os riscos de morte por COVID-19”.

“Mais de 95% da população mundial está exposta a níveis críticos de poluição do ar, todos os dias. A poluição do ar é a quarta causa de doenças e de mortalidade globalmente. Há estimativas de que o custo econômico das doenças relacionadas à poluição foram de US$ 5 trilhões em 2013. Portanto, reduzir a poluição atmosférica não só tem impactos imediatos na saúde e qualidade de vida de todos os cidadãos como também ajuda a reduzir os custos médicos”.

“Além disso, as políticas têm o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e ajudar a mitigar as crises de mudança climática sem precedentes”, complementa a especialista.

A declaração da OMS alerta que não há níveis seguros de poluição atmosférica. Até os níveis mais baixos são prejudiciais para a saúde humana. Com base nessa informação, as instituições de saúde recomendam aos líderes globais:

• Revisar a legislação para baixar os limites aceitáveis de material particulado PM2.5 e NO2 de acordo com o documento WHO AQGs 2021.
• Combinar os valores limites fixos com políticas vinculativas para uma redução contínua dos níveis médios de poluição em todos os lugares, não apenas em pontos críticos de poluição, para conseguir uma redução progressiva da exposição de toda a população.
• Investir, implementar, monitorar e encorajar efetivamente as políticas de ar limpo para proteger a saúde pública e unir esforços em prol da neutralização do clima.

Dominique Hamerlijnck é uma paciente com asma severa hiperresponsiva, moradora dos Países Baixos e membro da European Lung Foundation. Ela explicou como a poluição tem impacto devastador para a vida dela.

“Um dos principais gatilhos para a minha alergia é a poluição. Respirar fica tão difícil que não consigo fazer muita coisa no meu dia a dia a não ser respirar. Eu tomo a dose máxima das medicações, mas não é o suficiente para fazer o que é necessário na minha rotina, como trabalhar ou sair com as pessoas. O esforço para respirar me sobrecarrega e sinto dor torácica constantemente”.

“Não é possível evitar o ar – ele é necessário para a sobrevivência – e nós precisamos de ar limpo para manter as pessoas seguras, saudáveis e ativas na sociedade. Eu espero que a gente consiga respirar ar mais limpo em breve. Eu gostaria de poder sair de casa às vezes e aproveitar o mundo lá fora”.

Para proteger a saúde pública, as pessoas que convivem com doenças crônicas limitantes e o meio ambiente, é necessário que os líderes políticos de todos os níveis se engajem com o documento da OMS e implementem medidas ambiciosas e urgentes de ar limpo sem demora.

Leia o WHO AQG 2021 Join Statement.

Mais informações: ERS.

SBPT assina carta aos líderes mundiais sobre recuperação da saúde após a pandemia

Mais de 350 organizações de saúde, representando cerca de 40 milhões de especialistas, incluindo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), assinaram uma carta aos líderes do G20 com recomendações sobre poluição, meio ambiente e a condução para uma recuperação saudável após a pandemia.

A carta, direcionada aos Presidentes da República, Primeiros Ministros e representantes da saúde, propõe a hashtag #HealthyRecovery, e menciona a necessidade de investimentos em saúde pública e prevenção de pandemias.

“Antes da COVID-19, a poluição atmosférica já contribuía para enfraquecer o sistema respiratório e as defesas do organismo. Esse ar poluído provêm da queima do combustível dos veículos, pelo uso doméstico inadequado de energia da combustão de lenha, além de incêndios florestais, queima de resíduos sólidos e práticas da agricultura que utilizam a combustão”, diz o texto.

Os especialistas lembram que sete milhões de pessoas morrem de forma prematura todos os anos por respirarem ar poluído. A poluição pode causar pneumonia, DPOC, câncer de pulmão, doenças cardiovasculares e infarto. Nas gestantes, pode levar à prematuridade, além de baixo peso do recém-nascido e asma na criança, fatores que contribuem para sobrecarregar os sistemas de saúde.

A carta também menciona o desmatamento e as mudanças climáticas como responsáveis por novas ameaças e ressalta que, quando cuidamos da natureza, nossos corpos se tornam mais resilientes às infecções e as pessoas não são induzidas à pobreza por gastarem demais com serviços de saúde.

Os especialistas sugerem, ainda, mudar a relação da humanidade com os combustíveis fósseis e produzir mais energia limpa e renovável para reduzir as emissões de poluentes e melhorar a qualidade do ar até 2050.

Eles convocam os líderes de saúde e ciência a direcionarem recursos de longo e curto prazo em cuidados de saúde, transporte, energia e agricultura ao final do combate à pandemia.

Clique aqui para ler a carta completa.

Pesquisa Vigitel 2019 mostra aumento de fumantes no Brasil

O Ministério da Saúde divulgou o estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção Para Doenças Crônicas Por Inquérito Telefônico (Vigitel 2019).

De acordo com as 52.443 entrevistas realizadas em 2019, a proporção de adultos fumantes aumentou 0,5% em um ano no país. A prevalência tendeu a ser maior entre homens (12,3%) do que mulheres (7,7%). 

Segundo informa o dr. Alberto Araújo, membro da Comissão Científica de Tabagismo da SBPT, uma das hipóteses do que pode ter contribuído para o aumento da prevalência de fumantes no último ano foi a interrupção das políticas de aumento de preços e de impostos sobre produtos do tabaco. 

“O aumento de preços e impostos sobre o cigarro é considerada a medida de maior impacto na queda da prevalência do tabagismo constantes no pacote denominado MPOWER, da OMS”, destaca o pneumologista.

Esta medida também é apontada pela Comissão Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro (CONICQ) como uma das leis que podem reduzir o impacto do tabagismo no contexto da COVID-19 (Projeto de Lei 2.898/2019 – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de manufaturados do tabaco).

Contudo, na comparação com os resultados de 2006, quando se iniciou o monitoramento, o tabagismo continua em queda no Brasil. A redução foi de 15,7% em 2006 para 9,8% no ano passado, diminuição de 37,6%.

A pesquisa constatou, ainda, que o hábito de fumar diminui com o aumento da escolaridade. Entre indivíduos que estudaram por 12 anos ou mais, a queda foi de 6,7%.

A Vigitel também registrou aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e outras condições que agravam o quadro de pacientes respiratórios. 

– diabetes mellitus (de 5,5% para 7,4% em 2019).
– hipertensão arterial (de 22,6% para 24,5%).
– excesso de peso (de 42,6% para 55,4%).
– obesidade (de 11,8% para 20,3%).
– consumo excessivo de álcool (de 15,7% para 18,8%).

O estudo também mostra que houve aumento da prática de atividade física em dez anos e traz dados sobre consumo de alimentos pouco ou não processados e de ultraprocessados.

Diante desse aumento, a SBPT alerta para a importância da prevenção, já que o tabagismo, o consumo abusivo de álcool, o sedentarismo e a alimentação inadequada são fatores preveníveis das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).

Por fim, a Comissão destaca que os fumantes, incluindo os consumidores de cigarro eletrônico e cigarros aquecidos, têm maior probabilidade de desenvolver doenças pulmonares e vasculares, sistemas que são muito afetados em pacientes com COVID-19.

Portanto, a cessação do tabagismo considerada uma medida de prevenção e tratamento da infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).


Fontes:

Vigitel 2019.

Boletim Epidemiológico SVS 16 – Ministério da Saúde.

OPAS/OMS Brasil.

Comissão Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro (CONICQ) – Leis que podem reduzir o impacto do tabagismo na COVID-19.

Nota Complementar às Recomendações da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia sobre o uso de máscaras no âmbito da COVID-19

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia informa que as notas técnicas emitidas por esta Sociedade estão embasadas nas melhores evidências disponíveis e quando na ausência das mesmas, em opiniões formadas por um painel de especialistas.

Tendo em vista o caráter desta pandemia, com escassez de dados e formação de evidências ao longo do seu curso, é necessária a compreensão de que as notas são dinâmicas e podem sofrer alteração de conteúdo à medida que novas evidências forem sendo publicadas.

Também esclarece que as recomendações devem ser entendidas com bom senso e de acordo com a disponibilidade dos insumos e tecnologias nelas citados.

Com relação às recomendações sobre o uso de máscaras, esclarecemos que elas partem de um ideal teórico, levando em consideração a especificidade dos atendimentos dos profissionais pneumologistas e direcionam-se ao fato de que este teórico ideal pode não estar disponível por questões diversas, notadamente o desabastecimento.

No caso de indisponibilidade das máscaras N95, por exemplo, é recomendado o uso de máscaras cirúrgicas (conforme descrito nas recomendações), salientando-se que sob hipótese alguma a falta da condição teórica ideal deverá servir como argumento à negativa ao atendimento.

Estamos trabalhando em sintonia com as determinações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde, com a preocupação de oferecer as melhores informações aos nossos associados e o melhor atendimento aos nossos pacientes.

Diretoria SBPT biênio 2019-2020.

Comissão Científica de Infecções da SBPT.

Orientações da OMS para prevenção da COVID-19

O que posso fazer para me proteger e evitar transmitir para outras pessoas?

A maioria das pessoas infectadas experimenta uma doença leve e se recupera, mas pode ser mais grave para outras pessoas. Mantenha-se informado sobre os últimos desenvolvimentos a respeito do COVID-19 e faça o seguinte para cuidar da sua saúde e proteger a dos outros:

  • Lave as mãos com água e sabão ou higienizador à base de álcool para matar vírus que podem estar nas suas mãos.
  • Mantenha pelo menos 1 metro de distância entre você e qualquer pessoa que esteja tossindo ou espirrando. Quando alguém tosse ou espirra, pulveriza pequenas gotas líquidas do nariz ou da boca, que podem conter vírus. Se você estiver muito próximo, poderá inspirar as gotículas – inclusive do vírus da COVID-19 se a pessoa que tossir tiver a doença.
  • Evite tocar nos olhos, nariz e boca. As mãos tocam muitas superfícies e podem ser infectadas por vírus. Uma vez contaminadas, as mãos podem transferir o vírus para os olhos, nariz ou boca. A partir daí, o vírus pode entrar no corpo da pessoa e deixá-la doente.
  • Certifique-se de que você e as pessoas ao seu redor seguem uma boa higiene respiratória. Isso significa cobrir a boca e o nariz com a parte interna do cotovelo ou lenço quando tossir ou espirrar (em seguida, descarte o lenço usado imediatamente). Gotículas espalham vírus. Ao seguir uma boa higiene respiratória, você protege as pessoas ao seu redor contra vírus responsáveis por resfriado, gripe e COVID-19.
  • Fique em casa se não se sentir bem. Se você tiver febre, tosse e dificuldade em respirar, procure atendimento médico. Siga as instruções da sua autoridade sanitária nacional ou local, porque elas sempre terão as informações mais atualizadas sobre a situação em sua área.
  • Pessoas doentes devem adiar ou evitar viajar para as áreas afetadas por coronavírus. Áreas afetadas são países, áreas, províncias ou cidades onde há transmissão contínua – não áreas com apenas casos importados.
  • Os viajantes que retornam das áreas afetadas devem monitorar seus sintomas por 14 dias e seguir os protocolos nacionais dos países receptores; e se ocorrerem sintomas, devem entrar em contato com um médico e informar sobre o histórico de viagem e os sintomas.

Qual é a orientação da OPAS e da OMS no que diz respeito ao uso de máscaras?

A OPAS e a OMS recomendam que as máscaras cirúrgicas sejam usadas por:

  • pessoas com sintomas respiratórios, como tosse ou dificuldade de respirar, inclusive ao procurar atendimento médico
  • profissionais de saúde e pessoas que prestam atendimento a indivíduos com sintomas respiratórios
  • profissionais de saúde, ao entrar em uma sala com pacientes ou tratar um indivíduo com sintomas respiratórios

O uso de máscaras não é necessário para pessoas que não apresentem sintomas respiratórios. No entanto, máscaras podem ser usadas em alguns países de acordo com os hábitos culturais locais.

As pessoas que usarem máscaras devem seguir as boas práticas de uso, remoção e descarte, assim como higienizar adequadamente as mãos antes e após a remoção. Devem também lembrar que o uso de máscaras deve ser sempre combinado com as outras medidas de proteção (veja a pergunta “O que posso fazer para me proteger e evitar transmitir para outras pessoas?”).

Como colocar, usar, tirar e descartar uma máscara:

1. Lembre-se de que uma máscara deve ser usada apenas por profissionais de saúde, cuidadores e indivíduos com sintomas respiratórios, como febre e tosse.
2. Antes de tocar na máscara, limpe as mãos com um higienizador à base de álcool ou água e sabão
3. Pegue a máscara e verifique se está rasgada ou com buracos.
4. Oriente qual lado é o lado superior (onde está a tira de metal).
5. Assegure-se que o lado correto da máscara está voltado para fora (o lado colorido).
6. Coloque a máscara no seu rosto. Aperte a tira de metal ou a borda rígida da máscara para que ela se adapte ao formato do seu nariz.
7. Puxe a parte inferior da máscara para que ela cubra sua boca e seu queixo.
8. Após o uso, retire a máscara; remova as presilhas elásticas por trás das orelhas, mantendo a máscara afastada do rosto e das roupas, para evitar tocar nas superfícies potencialmente contaminadas da máscara.
9. Descarte a máscara em uma lixeira fechada imediatamente após o uso.
10. Higienize as mãos depois de tocar ou descartar a máscara – use um higienizador de mãos à base de álcool ou, se estiverem visivelmente sujas, lave as mãos com água e sabão.