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SUS decide pela incorporação do omalizumabe para asma grave não controlada

O tratamento com omalizumabe para asma alérgica grave não controlada apesar do uso de corticoide inalatórios (CI) associado a um beta2-agonista de longa ação (LABA) será implementado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Em 18/09/19, a SBPT enviou parecer contrário à recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC) e, portanto, favorável à incorporação do omalizumabe.

O parecer da Sociedade tem base em artigos científicos que indicam redução das exacerbações, melhora do controle da asma e da qualidade de vida¹.

Além disso, o omalizumabe pode evitar que o paciente seja submetido à terapia com corticoesteroides sistêmicos e exposto aos seus efeitos adversos, que incluem osteoporose, catara e glaucoma, obesidade, hipertensão e diabetes.

No formulário de opinião enviado à CONITEC, a Comissão da Asma da SBPT enfatiza que a orientação sobre a técnica de uso dos dispositivos inalatórios, a necessidade de adesão ao tratamento e de controle de comorbidades são obrigatórios antes de mudar a etapa do tratamento e adicionar uma terceira medicação.

Devido ao alto custo do tratamento, a seleção do perfil de paciente beneficiado deve ser criteriosa. Estima-se que apenas 3,7% dos pacientes com asma grave são avaliados para o uso do omalizumabe como terapia adicional para o controle de sintomas.


¹Referências Bibliográficas

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