No Dia Mundial de Combate à Poluição (14 de agosto), a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) promoveu o I Simpósio Sobre a Poluição nos Congressos SBPT 2019.
Na ocasião, a Sociedade lançou a Carta de João Pessoa, um documento para alertar sobre as doenças respiratórias crônicas causadas pela inalação de gases poluentes e para reafirmar o papel da SBPT enquanto agente ativo no combate à poluição.

A manifestação da SBPT vem em momento oportuno: desde o início do mês, um incêndio de grandes proporções atinge a floresta amazônica brasileira no estado de Rondônia. Agravadas pelo tempo seco, as queimadas tiveram efeito na qualidade do ar em, pelo menos, sete estados brasileiros, que apresentaram níveis maiores de material particulado do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os efeitos podem ser observados no site https://www.airvisual.com/brazil, que mostra a qualidade do ar em tempo real. A fonte foi uma recomendação do presidente do CHEST, Dr. Clayton Cowl, durante o Simpósio de Poluição da SBPT.
Ainda no Simpósio, o Dr. Cowl falou sobre os efeitos da poluição em locais abertos e fechados. Entre os poluidores externos estão: veículos, geração de energia, atividade industrial e agrícola, aquecimento e forno residencial, queimadas nas florestas, manufatura e distribuição de materiais químicos.
Já no ambiente interno, as fontes de material particulado são a fumaça de cigarro, queima do processo de cozimento à lenha, queima de vela ou fogueira, uso de aquecedores de querosene, difusão de óleos essenciais, janelas e portas abertas para a poluição externa, uso de sprays e aerosóis cosméticos.
Em seguida, o pneumologista Dr. Álvaro Cruz teve a oportunidade de demonstrar a visão da Aliança Global contra Doenças Respiratórias Crônicas (GARD/WHO) sobre a poluição atmosférica.
De acordo com os estudos, a poluição do ar pode causar 5,5 milhões de mortes prematuras (2013); 10% de todas as mortes no mundo e 4º principal fator de risco para mortes.