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Sobre a “polemização” da vacina da Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos

O Comitê Extraordinário de Monitoramento da Covid-19 da Associação Médica Brasileira, CEM COVID_AMB, considera inaceitável e absolutamente inadequada a “polemização” incentivada por algumas pessoas sobre a vacina Covid em crianças de 5 a 11 anos.

Fartas evidências científicas comprovam a segurança e a eficácia da imunização nesse público específico. Imunização, aliás, já adotada com sucesso em diversos países do mundo.

É igualmente um desserviço do ponto de vista humano. O Brasil perde tempo na luta contra a Covid (mais uma vez), expõe as futuras gerações a riscos evitáveis e gera insegurança entre os cidadãos, entre outros problemas. Isso em virtude de uma polêmica infundada, negacionista à Ciência e irresponsável socialmente.

Faz cerca de um mês que se alonga um protelamento infrutífero, contraproducente e desnecessário, período durante o qual já poderíamos ter adiantado o processo vacinal das crianças, para um retorno mais tranquilo às atividades escolares inclusive.

É lamentável ver alguns agentes públicos alardeando que não vacinarão filhos seus, enquanto outros deixam de assumir suas responsabilidades por questões que, certamente, fogem do foco prioritário: o bem-estar e a saúde dos brasileiros.

São Paulo, 4 de janeiro de 2022.

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Sobre o CEM COVID_AMB

A Associação Médica Brasileira (AMB) e Sociedades de Especialidade Médica diretamente relacionadas a assistência de pacientes acometidos pelo vírus SARS-Cov2 criaram o Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19, CEM COVID_AMB aos 15 de março de 2021.

O CEM COVID_AMB monitora permanentemente a pandemia em todo o território nacional e as ações dos órgãos responsáveis pela saúde pública, com o intuito de consolidar informações e, a partir de retratos atualizados, transmitir orientações periódicas de conduta para cuidados e prevenção aos cidadãos e aos profissionais da Medicina.

Iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira com as Especialidades, o CEM também tem apoio de associações estaduais federadas e de Regionais das Sociedades Médicas. Em seu primeiro boletim, trouxe mensagem que leva à reflexão por se manter absolutamente atual.

“Nós, os médicos, estaremos sempre disponíveis para ajudar; e ajudaremos. Mas não trazemos a solução; hoje não a temos. A solução para a Covid não está nas mãos de mais de meio milhão de médicos do Brasil. Será resultado das atitudes responsáveis e solidárias de cada um dos cidadãos do País e das autoridades públicas responsáveis por implantar as medidas efetivas que se fazem necessárias para mitigar a enorme dor e sofrimento da população brasileira.”

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