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Fibrose Pulmonar Idiopática: o diagnóstico precoce salva vidas

Dia 7 de setembro é a data mundial de conscientização sobre Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI). Por isso, a SBPT reforça informações sobre a doença e a importância do diagnóstico precoce para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes.

A doença causa fibrose no parênquima pulmonar (detectada pela tomografia de tórax) e perda da função pulmonar e, apesar de a causa não ser bem definida, pode estar associada a vários fatores predisponentes. Os mais conhecidos são a exposição a poluentes e fatores ambientais como mofo e penas, refluxo gastroesofágico e determinadas condições genéticas.

Em geral, a doença compromete pessoas acima de 50 anos, com predomínio pelo sexo masculino, em especial tabagistas. Os sintomas mais comuns são a falta de ar, cansaço e tosse seca persistente.

“Com o tempo, há grande perda da função pulmonar e aumento das áreas de fibrose.  A progressão sem tratamento costuma ser rápida com elevada mortalidade em dois a cinco anos”, alerta a coordenadora da Comissão Científica de Doenças Intersticiais Pulmonares da SBPT, dra. Karin Storrer.

Hoje, calcula-se que a Fibrose Pulmonar Idiopática atinja de 14 a 43 em cada 100 mil pessoas. No Brasil, estima-se que haja de 13 a 18 mil casos. Apesar de ser incomum, a FPI assume grande importância clínica devido à sua gravidade, especialmente no contexto da COVID-19. Os profissionais da saúde devem ficar atentos para os diagnósticos diferenciais.

O tratamento farmacológico enfrenta um obstáculo: o alto custo dos medicamentos antifibróticos. Para indicar os fármacos, o médico deve levar em consideração “a gravidade do acometimento funcional, a presença de comorbidades, o uso de outros fármacos passíveis de interações, potenciais eventos adversos, custos e, principalmente, os anseios dos pacientes e de seus familiares”, segundo as Diretrizes Brasileiras Para o Tratamento Farmacológico da FPI, de autoria de Baddini-Martinez et al., publicado no Jornal Brasileiro de Pneumologia, no ano passado.

Outro desafio são as comorbidades. A hipertensão pulmonar é um achado comum em pacientes com FPI, associando-se a maior morbidade e mortalidade. “Doenças cardiovasculares, apneia do sono e depressão também tem grande impacto nestes pacientes”, complementa a dra. Karin.

De maneira geral, o trabalho dos especialistas visa melhorar a relação ventilação-perfusão e as trocas gasosas para que o paciente tenha mais qualidade de vida. A reabilitação pulmonar e a oxigenoterapia auxiliam no tratamento.

Se você é profissional da saúde, participe do Encontro Virtual SBPT sobre a Fibrose Pulmonar Idiopática, que será realizado ao vivo na quinta-feira (9/9), às 20h e aproveite para tirar as suas dúvidas sobre o assunto.