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Veja as mudanças mais relevantes do GOLD 2020

O documento GOLD – Global Initiative For Chronic Obstructive Lung Disease – para prevenção, diagnóstico e manejo da DPOC é revisado anualmente e utilizado pelos profissionais da saúde em todo o mundo.

Na edição de 2020, as principais modificações abordam os seguintes pontos:

  • Refinamento do uso de tratamentos não farmacológicos.
  • Informações sobre o papel dos eosinófilos como biomarcadores da eficácia dos corticosteróides inalados.
  • Descrição de diagnósticos alternativos relevantes, com esclarecimentos sobre as exacerbações.

“Além disso, os autores não mais se referem à sobreposição de asma e DPOC (ACO), mas enfatizam que asma e DPOC são diferentes enfermidades”, observa o pneumologista Dr. Paulo Zimermann Teixeira, coordenador da Comissão Científica de DPOC da SBPT.

É recomendado ler o documento na íntegra para atualizar o conhecimento no manejo da doença. Veja aqui.

Na introdução ao texto, os autores destacaram que a ferramenta de avaliação “ABCD” da atualização do GOLD 2011 incorporou a avaliação multimodalidade, a carga de sintomas e chamou a atenção para a importância da prevenção da exacerbação no tratamento da DPOC.

No entanto, a estratificação espirométrica ainda foi mais eficaz para previsão de mortalidade ou outros desfechos importantes.

Para abordar essas e outras preocupações (mantendo, ao mesmo tempo, a consistência e simplicidade para o médico clínico), um refinamento da ferramenta de avaliação ABCD foi proposto no GOLD 2017, que separa a avaliação espirométrica dos grupos “ABCD”.

Assim, os grupos ABCD e suas implicações associadas às recomendações de tratamento farmacológico ficaram derivados exclusivamente dos sintomas dos pacientes e do histórico de exacerbações.

Esta ferramenta de avaliação revisada reconheceu as limitações do VEF1 em influenciar algumas decisões terapêuticas para o atendimento individualizado do paciente e destacou a importância dos sintomas e dos riscos de exacerbação em pacientes com DPOC.

A espirometria permanece como exame fundamental para o diagnóstico, prognóstico e tratamento não farmacológico.

Na revisão GOLD 2019, o tratamento inicial (com base no ABCD) foi separado do tratamento de acompanhamento, com base nas principais características tratáveis ​​do paciente e no(s) medicamento(s) atualmente usado(s).

Outra mudança importante em 2019 foi a introdução da contagem de eosinófilos no sangue como um biomarcador para estimar a eficácia dos corticosteróides inalados na prevenção de exacerbações.

Fonte: Comissão Científica de DPOC da SBPT.