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Dia Nacional da Imunização: aumento de casos de SRAG reforça importância da vacinação no país

Nesta segunda-feira (9/6), o Brasil celebra o Dia Nacional da Imunização — uma data que ganha ainda mais relevância diante do preocupante cenário: segundo levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mais de 20 estados brasileiros registraram aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

A SRAG é um quadro clínico grave que pode ser provocado por vírus como a influenza (gripe), o SARS-CoV-2 (Covid-19) e o vírus sincicial respiratório (VSR), entre outros. O agravante é que boa parte desses casos poderia ser evitada ou, ao menos, amenizada por meio da vacinação — especialmente em grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas.

Segundo dados divulgados pela Fundação, os casos de SRAG causados por influenza A já atingem níveis de incidência moderada a muito alta entre jovens, adultos e idosos. A situação é ainda mais crítica entre as crianças pequenas e a população idosa, que lideram os índices de internação e mortalidade.

O aumento das ocorrências de SRAG nas crianças de até quatro anos tem sido impulsionado principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR). Contudo, o rinovírus e a influenza A também têm contribuído para o crescimento dos casos nessa faixa etária, bem como em crianças e adolescentes de 5 a 14 anos. Já entre jovens a partir dos 15 anos, adultos e idosos, a influenza A tem sido o principal vírus responsável pelo aumento dos casos de SRAG.

A fundação aponta ainda que 72,5% dos óbitos por SRAG estão relacionados à influenza A, evidenciando a gravidade da situação e a urgência da adoção de medidas preventivas eficazes, entre as quais a vacinação deveria ocupar um lugar central.

“Precisamos retomar com urgência a confiança da população na imunização, especialmente em tempos marcados pela desinformação e pela hesitação vacinal. Vacinar-se é um ato de proteção individual, mas também uma responsabilidade coletiva. Cada pessoa imunizada ajuda a reduzir a circulação dos vírus, protegendo aqueles que, por questões médicas, não podem ser vacinados — como recém-nascidos, alérgicos e pessoas com imunodeficiência”, destacou o presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Dr. Ricardo de Amorim Corrêa.

A data também serve como lembrete de que o cuidado com a imunização deve atravessar todas as fases da vida. Adultos e idosos, muitas vezes, deixam de atualizar seus esquemas vacinais, o que os expõe ao risco de doenças como coqueluche, sarampo, tétano, difteria e hepatite B.

É importante lembrar que, ao introduzir antígenos específicos no organismo — vírus ou bactérias mortos, atenuados ou fragmentados —, as vacinas estimulam o sistema imunológico a produzir defesas que atuarão no enfrentamento de futuras infecções. O resultado é a proteção individual e, ao mesmo tempo, a diminuição do risco de surtos e epidemias.

A vacina contra a influenza está liberada para todas as idades, a partir dos 6 meses, e leva cerca de 15 dias para fazer efeito. Por isso, é fundamental que as populações de risco recebam suas doses no tempo certo, em especial nos períodos de maior circulação viral.

Profissionais da saúde, gestores públicos e toda a sociedade devem se unir para ampliar o acesso à vacinação, combater notícias falsas e intensificar campanhas informativas.

Em um tempo em que doenças antes controladas voltam a ameaçar, a imunização continua sendo o caminho mais seguro para todos nós.

Portanto, consulte seu cartão de vacinação, procure a unidade de saúde mais próxima e atualize suas vacinas.