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Dia do Pneumologista é comemorado em 2 de junho

A especialidade da Pneumologia conta com mais de 3.400 profissionais¹ empenhados em cuidar da saúde do brasileiro. Veja quais são os sintomas respiratórios mais importantes e quando buscar ajuda médica.

Tosse

O sintoma mais frequente quando se tem problemas respiratórios é a tosse, reflexo de proteção do aparelho respiratório de um processo irritativo.

A tosse pode ser uma reação benéfica do organismo para impedir a entrada de germes, secreção, alimentos ou corpos estranho na via aérea. No entanto, também pode ser sinal de algum problema de saúde mais grave.

Geralmente, quando é excessiva, quando vem acompanhada de secreção ou quando dura mais de duas semanas, é aconselhável investigar a causa da tosse e tratar, após uma avaliação com o pneumologista.

escarro / escarro hemoptoico / hemoptise = escarro com sangue ou sanguinolento

Causas mais frequentes de tosse:

– Rinossinusite alérgica (inflamação do nariz e dos seios nasais).
– Faringites agudas irritativas, virais, bacterianas ou fúngicas.
– Laringites irritativas, virais ou bacterianas.
– Traqueítes ou laringotraqueítes virais ou bacterianas.
– Crise de asma/bronquite aguda.
– Doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema ou bronquite crônica).
– Tabagismo.
– Doença do refluxo gastroesofágico.
– Doenças pulmonares, como bronquiectasia, doença pulmonar intersticial ou tumores.
– Infecções do pulmão, como pneumonia ou bronquite aguda.
– Tuberculose.

Falta de ar (dispneia)

Outro sintoma importante nas doenças respiratórias é a falta de ar (dispneia), que costuma ser crônica na ocorrência de doenças pulmonares obstrutivas (asma e DPOC), nas dilatações brônquicas (bronquiectasia), nas fibroses pulmonares, nas doenças ocupacionais e doenças infecciosas mais extensas, no câncer de pulmão em fase mais avançada ou no derrame pleural (líquido na pleura) mais extenso.

Escarro hemático ou hemoptise é uma expectoração com presença de sangue, resultante de uma hemorragia na árvore respiratória. As causas mais comuns de hemoptises são a bronquite aguda e crônica, pneumonia, tuberculose e câncer de pulmão.

Outra causa é a hipertensão venocapilar pulmonar, que pode resultar em hemoptise de origem cardíaca, sendo a disfunção ventricular esquerda a forma mais comum. Também pode ser por estenose mitral grave e embolismo pulmonar. Em crianças, também é comum a ocorrência dessa condição por aspiração de um corpo estranho.

Ronco

O ronco pode ser uma pista para uma doença respiratória, principalmente em pessoas com excesso de peso. Neste caso, após uma avaliação, o pneumologista pode solicitar um exame de polissonografia por suspeita de SAOS (síndrome da apneia obstrutiva do sono).

Dor torácica

Dor torácica também pode ser um sintoma de doença respiratória. Quando se enche o peito para respirar profundamente e a dor aparece, ela é descrita como ventilatória dependente. Habitualmente, está relacionada com processos envolvendo a pleura, membrana que protege os pulmões.

As patologias que costumam desencadear dor torácica são: pneumonia, derrame pleural, tromboembolismo venoso (TEV), deslocamento de trombos para o pulmão, entre outras.

Sibilância

A sibilância é um dos sintomas respiratórios mais comuns na infância e pode se manifestar em várias doenças respiratórias, sendo a asma a mais comum.

Os principais exames para o diagnóstico as doenças respiratórias são:

– Raio-x do tórax utilizados em todos os sintomas respiratórios.

– Pesquisa viral e/ou cultura de secreção traqueal para vírus e bactérias em casos de infecções crônicas sou graves.

– Testes alérgicos para os pacientes atópicos.

– Citologia nasal e escarro avalia eosinofilia na alergia.

– Tomografia de tórax em suspeita de doenças obstrutivas, doenças sistêmicas e envolvimento pulmonar (colagenoses, etc.), fibrose pulmonar, pneumonite de hipersensibilidade (inflamação do pulmão em decorrência de exposição a mofo e pássaros), câncer de pulmão, doenças pleurais, entre outras.

– Exames de sangue.

– Espirometria com prova farmacodinâmica.

– Pletismografia – complementa a espirometria com medidas de trocas gasosas (difusão), resistência da via aérea e capacidade pulmonar total.

– Polissonografia – avalia a baixa oxigenação noturna e a apneia (parada da respiração).

– Broncoscopia – avalia o brônquio e permite biópsias e tratamentos.

– Teste rápido molecular baciloscopia e cultura para micobacterium tuberculosis, na suspeita de tuberculose.

O papel da prevenção

A prevenção das doenças respiratórias é o primeiro passo para evitar as situações que causem problemas mais graves. Os resfriados e as gripes, por exemplo, são os principais fatores de risco para as tosses de curto prazo (de até três semanas), por isso, é fundamental a vacinação contra a gripe.

A vacina anti-pneumocócica deverá ser realizada em pacientes com doenças crônicas, após avaliação de um pneumologista.

Além da vacina, é importante incluir hábitos de higiene na rotina, entre eles, cobrir o rosto ao tossir, lavar as mãos frequentemente, não tocar os olhos e o nariz quando se está em ambiente público, evitar o contato com pessoas doentes e manter os ambientes limpos e arejados.

Além disso, a boa hidratação do corpo e o hábito de limpeza nasal com soro fisiológico duas vezes ao dia, em média, favorecem a eliminação de secreções.

Se a tosse estiver relacionada a agentes ambientais irritantes, como poeira, pólen, pêlos de animais domésticos, produtos químicos industriais, poluição, fumaça e baixa umidade ambiental, é fundamental evitar essas substâncias e seguir o tratamento adequado da alergia respiratória, seja asma, rinite ou sinusite.

Por fim, deve-se evitar exposição ao cigarro no caso do tabagismo passivo, quando se convive com o fumante, e abandonar definitivamente o vício do cigarro, se for fumante ativo.


Referências

¹Conselho Federal de Medicina: Demografia Médica 2018.