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Cristo Redentor ganha iluminação especial em campanha que alerta para os males dos cigarros eletrônicos

Na noite deste domingo, 10 de março, o monumento ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, receberá, numa cerimônia a partir das 19h, uma iluminação especial em tons de verde não apenas para cativar os olhos dos espectadores, mas para lançar um alerta importante à sociedade.

Esta é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), em parceria com o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, que tem como objetivo conscientizar a população sobre os perigos associados ao uso de cigarros eletrônicos, destacando a importância de mantê-los proibidos no Brasil.

Além da presidente da SBPT, Margareth Dalcolmo, e do reitor do Santuário, Padre Omar, o evento reunirá representantes de diversas instituições públicas, privadas e da sociedade civil.

“Saúde e bem estar de nossa população são realidades inegociáveis e não podem ser relativizadas. Portanto, nosso sagrado monumento ao Redentor adere a esta campanha na certeza de que tal participação influenciará positivamente na conscientização”, destaca o reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar.

A ação faz parte da campanha da SBPT, lançada em outubro do ano passado, em oposição ao projeto de lei 5008/2023, apresentado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que propõe a liberação do comércio do cigarro eletrônico no país.

“A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, em conjunto com outras sociedades médicas como cardiologia, pediatria, adolescentes, a Fiocruz e a Academia Nacional de Medicina, fica profundamente honrada com o acolhimento da Arquidiocese do Rio de Janeiro, na figura emblemática do Padre Omar, que tem sido um aliado na proteção de nossas crianças e adolescentes. Sob as bênçãos do Cristo Redentor, expressamos nossa gratidão pela parceria estabelecida para a execução deste ato luminoso, que representa um marco em nossa luta contra os malefícios dos cigarros eletrônicos e demais dispositivos aquecidos de tabaco. Continuaremos firmes na defesa da regulamentação vigente, enquanto instamos os órgãos fiscalizatórios a intensificar seus esforços para coibir o trânsito, a propaganda e a oferta desses produtos, reconhecidamente tentadores, viciantes e prejudiciais à saúde da nossa juventude. Esta ação reforça nosso compromisso em proteger esta e as futuras gerações”, conclui Margareth Dalcolmo.

O tabagismo é uma das maiores ameaças à saúde pública global, causando a morte de mais de 8 milhões de pessoas anualmente. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), a indústria do tabaco é responsável por 12% dos óbitos no mundo e está relacionada a mais de 60 tipos de doenças. Além disso, impõe enormes custos econômicos à sociedade, com gastos de mais de R$ 125 bilhões para mitigar os problemas de saúde associados ao tabagismo, conforme o relatório do Instituto de Educação e Ciências em Saúde (IECS 2020).

Desde 2009, o comércio dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) são proibidos pela Anvisa, por meio da Resolução n°46. No entanto, a falta de fiscalização no país permite que qualquer pessoa tenha fácil acesso aos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), sendo crianças e adolescentes, as novas vítimas da dependência de nicotina e pacientes de graves quadros respiratórios, cada vez mais frequentes.

Apesar dos esforços para conter o consumo de tabaco, com dados compartilhados pelas instituições competentes, relatos impactantes de ex-fumantes e evidências científicas disponíveis por toda a internet, o hábito de fumar voltou a crescer, especialmente entre os jovens, por meio dos cigarros eletrônicos.

O uso desses dispositivos desencadeou até mesmo o surgimento de uma nova doença, denominada Evali (Doença Pulmonar Associada aos Produtos de Cigarro Eletrônico ou Vaping), que causa fibrose e outras alterações pulmonares, podendo levar o paciente à UTI, ou mesmo à morte, em decorrência de insuficiência respiratória.

Deste modo, a regulamentação para liberar o uso, o comércio e a publicidade desses produtos, coloca em risco a importante redução da proporção de fumantes no Brasil, que passou de 35% para 9% nos últimos 30 anos.

Por isso, iluminar o monumento ao Cristo Redentor neste domingo é mais do que um espetáculo visual: é um lembrete vívido dos desafios enfrentados na luta contra o tabagismo. É um chamado à ação para proteger a juventude brasileira dos perigos associados ao uso desses dispositivos.

SERVIÇO:

DIGA NÃO AO CIGARRO ELETRÔNICO

Data: 10 de março de 2024

Horário: 19h

Local: Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor