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VII Curso Nacional de Circulação Pulmonar da SBPT reúne 145 profissionais em São Paulo

Nos dias 14 e 15 de junho, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) realizou o VII Curso Nacional de Circulação Pulmonar no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. O evento foi um sucesso, reunindo 145 inscritos, entre pneumologistas e especialistas da área, para discutir de forma prática e atualizada temas importantes para o cotidiano da prática pneumológica.

 

O curso destacou-se pela abordagem prática e detalhada de temas como hipertensão pulmonar (HP) e tromboembolismo pulmonar (TEP), com apresentações de casos clínicos desafiadores que enriqueceram o aprendizado dos participantes.

“O curso consta de duas partes da circulação pulmonar. Na primeira parte, abordamos a hipertensão arterial pulmonar, discutindo novas estratégias de tratamento, com medicamentos mais direcionados para correção dos mecanismos das doenças. Na segunda parte, focamos na embolia pulmonar, apresentando novos procedimentos para o tratamento de casos graves com repercussão hemodinâmica, incluindo a combinação de tratamento medicamentoso e intervenções por catéter”, explicou o presidente eleito da SBPT (Biênio 2025-2026), Dr. Ricardo Corrêa.

O pneumologista também fez questão de destacar que o relato do paciente transplantado foi um dos pontos altos da capacitação, pois deu voz à jornada do paciente – do diagnóstico até o transplante – ilustrando a importância do acompanhamento e tratamento adequados. 

Eloara Campos, de São Paulo (SP), e Marília Cabral, de Recife (PE), compartilharam do mesmo sentimento que o presidente eleito da SBPT, quanto ao relato do paciente transplantado. “Foi um curso intensivo, com aulas excelentes e uma ampla discussão sobre diagnóstico, estratificação de risco e tratamento. Agora, o depoimento daquele paciente transplantado ao final foi realmente impactante”, pontuou Eloara.

“Além de nos atualizarmos, o curso permite rever colegas de outros estados. O relato de um paciente, que levou três anos para um diagnóstico, foi emocionante e reforça a importância de cursos como este”, complementou Marília.

O Dr. João Eusébio Ribeiro Filho, de São Paulo, também só teceu elogios ao evento. “Foi espetacular, as palestras foram muito bem agendadas, muito bem colocadas e eu cito uma em particular que foi a palestra da embolectomia de alto risco, que foi excepcional”, afirmou. 

O encontro proporcionou uma excelente oportunidade para atualização e troca de experiências entre os profissionais, fortalecendo a rede de especialistas dedicados ao avanço da pneumologia no Brasil. 

“Sem dúvidas, os casos ilustrados no dia em que se discutiu tromboembolismo venoso levaram a discussões muito interessantes, a gente vê diferenças de conduta, acesso a tratamentos e disponibilidade de intervenções nas diferentes regiões do país”, refletiu a Dra. Ana Thereza Cavalcanti Rocha.

“O caso que eu apresentei do paciente oncológico é algo que eu acho que é super pertinente porque há uma série de desafios tanto na parte do tratamento agudo como no segmento, então é pertinente para qualquer pneumologista se inteirar um pouco mais disso para oferecer o melhor cuidado a esses pacientes que têm essa doença frequente e recorrente”, concluiu a médica.

Para o pneumoalergologista Orlei Kantor Junior, a experiência foi tão boa que ele acredita que o curso deveria ser itinerante. “Muitos pneumologistas adultos acham a circulação pulmonar complicada e, por isso, acabam não se envolvendo, não participam dos cursos e não se atualizam com os estudos clínicos. No Paraná, por exemplo, conheço poucos especialistas em circulação pulmonar. Eu atendo crianças e já tive casos de TEP em crianças que foram inicialmente diagnosticados como pneumonia. Então, um curso itinerante, levando o conhecimento para estados e capitais, seria fundamental para incentivar os pneumologistas a se aprofundarem nesse tema”, sugeriu. 

Segundo o médico, o evento reuniu os melhores especialistas do Brasil, com excelente equipamento e estudos de ponta. “Não é um evento baseado em achismos, mas sim em pesquisa séria. Eu mesmo tive TEP várias vezes e preferi tratar em casa com medicação injetável e rivaroxabana, evitando longas internações hospitalares. A primeira aula, que discutiu o tratamento domiciliar de TEP, foi fantástica e mostrou que é possível tratar o paciente em casa de maneira eficaz”, relatou.

Para o presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), William Salibe, quem não pôde comparecer está perdendo uma oportunidade única de aprendizado. “O curso é muito prático e voltado para o dia a dia dos profissionais, abordando questões que eles enfrentam no consultório e nos hospitais. As aulas foram extremamente ricas em conteúdo e a programação foi muito bem estruturada, permitindo uma discussão sequencial dos temas e até gerando dúvidas que seriam sanadas nas sessões seguintes. Isso certamente ajuda na construção do conhecimento e no entendimento dos participantes”, elogiou.

Além do vasto conteúdo tratado no curso, o presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), William Salibe, destacou que a interação proporcionada pelo uso de aplicativos para enquetes foi sensacional. “Uma das grandes dificuldades hoje em dia é captar e manter a atenção das pessoas e essa ferramenta permitiu uma interação direta com a plateia, enriquecendo o evento e trazendo uma nova dinâmica para as aulas”, completou “Parabéns à Comissão de Circulação, à Verônica e a toda a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia pelo evento. Foi um curso muito bom e bem-sucedido”, agradeceu. 

Para José Leonidas, o aplicativo foi muito bem recebido e deve continuar sendo utilizado ara tornar as aulas mais interativas e dinâmicas, garantindo maior sucesso no aprendizado dos nossos sócios, outro ponto forte é reencontrar especialistas de todo o Brasil e trocar experiências, dividindo soluções para as mais diversas dificuldades na abordagem da hipertensão pulmonar “já estou ansioso para o Curso em 2026”, enfatizou

O presidente da Comissão de Circulação da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia de Minas Gerais, Dr. André Queiroz, também enalteceu o curso e destacou o ambiente colaborativo. “A equipe de hipertensão pulmonar no Brasil é muito unida, muito coesa, então todo mundo se conhece e o evento se apropriou desse ambiente familiar e transformou em um momento ímpar para sanar dúvidas e  promover o intercâmbio de conhecimento entre os diversos centros do país”, compartilhou.

O Dr. Mario Terra, que é especialista no assunto há mais de 35 anos, destacou a importância da renovação do quadro de pneumologistas: “Fiquei muito animado em ver gente nova participando. Estamos conseguindo sensibilizar as pessoas mais jovens para a nossa área.”, enfatizou.

Segundo a diretora de Assuntos Científicos da SBPT, Dra. Valéria Augusto, é sempre um desafio construir uma programação que atenda às expectativas tanto de iniciantes quanto de especialistas. “Mas, acredito que atingimos este objetivo. Tivemos boas discussões, com diferentes níveis de complexidade, e despertamos o interesse de mais pessoas neste tema”, afirmou. Além disso, destacou que a interação da diretoria com a equipe administrativa da SBPT foi fundamental para a rápida tomada de decisões durante o evento, garantindo fluidez e sucesso.

Para a coordenadora da Comissão Científica de Circulação Pulmonar da SBPT e organizadora do evento, Dra. Verônica Amado, o curso foi excelente, com palestras de alto nível. “Além disso, foi uma ótima oportunidade de testar o aplicativo, que não deu muito certo no primeiro caso, na primeira aula, mas depois na segunda funcionou muito bem! Todo mundo achou interessante, eu senti um certo frisson”, comemorou.

 

“No entanto, também ficou muito clara a necessidade de sensibilizarmos ainda mais pessoas quanto à circulação pulmonar”, pontuou a coordenadora.

O VII Curso Nacional de Circulação Pulmonar da SBPT foi um marco importante na educação continuada dos pneumologistas brasileiros, refletindo o compromisso da sociedade com a excelência e a inovação na prática clínica. O sucesso do evento reforça a importância de encontros como esse para o desenvolvimento e aprimoramento constante da pneumologia no país.

Os certificados do curso já estão disponíveis na central: https://sbpt.org.br/portal/central-de-certificados/ 

Para emitir o seu certificado, basta realizar a pesquisa de opinião sobre o evento que em seguida o acesso ao documento será liberado.

Clique aqui para baixar os registros fotográficos.

A SBPT agradece à equipe organizadora e à valiosa parceria dos patrocinadores, expositores e fornecedores, que contribuíram para a realização deste evento de alto nível. O apoio de todos foi fundamental para proporcionar uma experiência enriquecedora e de grande valor para todos os participantes.

XVII Curso Nacional de Doenças Intersticiais Pulmonares e VIII Jornada Paulista de Doenças Intersticiais Pulmonares reúnem mais de 450 profissionais de saúde em São Paulo

Nos dias 15 e 16 de março, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) realizou o XVII Curso Nacional de Doenças Intersticiais Pulmonares, juntamente à Jornada Paulista de Doenças Intersticiais, no Centro de Convenções Rebouças, na cidade de São Paulo/SP. 

 

O evento, promovido em parceria com a Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), reuniu mais de 450 profissionais de saúde inscritos – entre pneumologistas, patologistas, clínicos, radiologistas, reumatologistas, entre outros – e a participação de palestrantes nacionais e internacionais que trouxeram o melhor e mais atualizado conteúdo referente às Doenças Intersticiais Pulmonares (DIP).

Na programação, conferências de atualizações e mesas redondas multidisciplinares discutiram casos clínicos e fomentaram o debate sobre os diversos aspectos das DIPs, dos quais cabe destacar a associação com esclerose sistêmica e miosites; as relações com infecções e imunodeficiências; diagnóstico e prognóstico de fibrose pulmonar progressiva; pneumonite por hipersensibilidade; sarcoidose; doenças intersticiais familiares e telômero; fibrose pulmonar idiopática; entre outros temas.

Participaram da cerimônia de abertura, o diretor de ensino da SBPT, Dr. Clystenes Odyr Soares Silva, representando a presidente da SBPT, Dra. Margareth Dalcolmo; o diretor de comunicação SBPT, Waldo Mattos; a coordenadora daComissão de Doenças Intersticiais da SBPT, Karin Storrer; e os palestrantes William Salibe Filho (SP) e Regina Celia Carlos Tibana (SP).

Na ocasião,  Karin Storrer falou sobre a programação do evento e destacou o grande diferencial do curso de interstício. “Este formato de mesas de discussão proporciona aos participantes uma experiência única de imersão sobre o tema. De forma prática e bastante dinâmica. Ao alternar momentos de aula expositiva e troca de experiências com o público, palestrante e aluno têm a oportunidade de aprenderem uns com os outros”, explicou.

Para a pneumologista Roberta Salles, o curso conseguiu dosar bem o conteúdo abordado, navegando entre novos conhecimentos e práticas rotineiras. “Além de trabalhar inúmeras práticas, que servem para o cotidiano do pneumo geral, foi uma imersão em ciência, com muita informação nova, coisa de ponta mesmo, que nos prepara para o futuro”, elogiou.

É o caso das duas palestras proferidas pelo palestrante internacional Dr. Deji Adegunsoye, que abordaram o reconhecimento precoce da fibrose pulmonar e suas implicações no cuidado ao paciente e, também, biomarcadores e fatores prognósticos na DIP. “Em ambas as palestras, eu tive esse cuidado de trazer passos práticos, pertinentes ao cenário da saúde brasileira, que buscam os melhores resultados para o paciente”, destacou o especialista.

Para a residente, Carolina Wilbert, o curso foi muito proveitoso e enriqueceu a sua bagagem profissional. “O curso é muito bom, com especialistas atualizados, que trouxeram tudo que há de mais novo, tanto em tratamento quanto em diagnóstico. Para mim, que sou residente e estou tendo um primeiro contato mais aprofundado com o tema, todas as discussões foram muito interessantes e eu pude aprender bastante”, enfatizou.

A mesa de fibrose pulmonar idiopática (FPI), coordenada pelo Dr. Adalberto Rubin, foi um dos destaque do evento, ao oportunizar uma ampla discussão de questões práticas relacionadas à  imagem, marcadores diagnósticos e tratamento. “Foi muito interessante discutir o papel da inteligência artificial no diagnóstico e a necessidade de realizar diagnósticos diferenciais” explicou a participante do evento, Dra Cláudia Costa. “A abordagem sobre tratamento não farmacológico, ressaltando o papel da reabilitação pulmonar, o uso de antifibroticos e os cuidados de fim de vida também foram muito enriquecedores”, complementou.

Para o Dr. Ciro Kirchenchtejn, médico pneumologista da SBPT, esse tipo de formação é importante, porque na rotina da prática médica, dificilmente separa-se um dia para focar e estudar a doença intersticial. “É uma imersão mesmo. Cancela consultório, cancela ginástica, cancela tudo para mergulhar no tema. Esse é um assunto que um cardiologista, um clínico geral, não consegue acompanhar. Mesmo para a gente, é difícil. Então, são eventos como este que nos auxiliam na construção de um melhor entendimento de patologia, de genética, de conseguir decifrar o que tem numa tomografia, num anátomo patológico, na história clínica”, ressaltou Kirchenchtejn.

O médico palestrante e pneumologista da SBPT, Guilherme Bridi, destacou que em sua aula sobre os diferentes tratamentos da pneumonite de hipersensibilidade e a combinação entre imunossupressores e antifibróticos, as discussões foram dinâmicas e muito enriquecedoras. “O ponto alto foi justamente poder ouvir a plateia e trocar outras experiências”, compartilhou.

Segundo a médica Marta Khalil, o curso de doenças intersticiais é sempre muito bom, mas neste ano, em particular, a abordagem de situações bastante práticas e úteis para o dia a dia do pneumologista foi o que mais lhe chamou a atenção. “Os debates foram muito ricos com casos clínicos muito interessantes”, reiterou.

A médica amazonense, Dra. Maria Cardoso, é fã do curso e não faltou um ano sequer desde a primeira edição. “Esta imersão é excelente! É uma maneira de nos atualizarmos sobre um assunto tão complexo como as doenças intersticiais. Então é super válido e eu recomendo que, assim como eu, ninguém perca o do ano que vem”, incentivou.

Para o palestrante Alexandre Kawassaki, a última mesa fechou o evento com chave de ouro. “Especialistas como Ronaldo Kairalla, Carlos Pereira, Deji Adegunsoye e Karin Storrer reunidos para tirar dúvidas e fazer comentários foi incrível demais!”, concluiu.

A participação da indústria farmacêutica, com estandes e simpósios, enriqueceu ainda mais o evento, oferecendo aos profissionais de saúde acesso às informações mais atualizadas sobre medicamentos e tecnologias, além de participação em discussões interativas conduzidas por especialistas.

Sabemos que o XVII Curso Nacional de Doenças Intersticiais Pulmonares já deixou saudades! Então, como forma de aplacar um pouquinho este sentimento, já liberamos o acesso aos certificados e aos registros fotográficos do evento! 

 

Neste Dia Nacional de Combate ao Fumo, SBPT reivindica o fornecimento de novos medicamentos para o tratamento do tabagismo pelo SUS

Neste Dia Nacional de Combate ao Fumo (29/08), a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia divulgou carta aberta que alerta para o desabastecimento de medicamentos como a TRN (adesivos e gomas) e do Cloridrato de Bupropiona, e enfatiza a necessidade da adoção de novos fármacos, fluxos e ações para o tratamento adequado dos fumantes e adictos à nicotina no SUS. Foram  mais de 150 adesões à carta, advindas de sociedades médicas, organizações e entidades da sociedade civil.

Apesar da existência de várias portarias e do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Tabagismo, o acesso aos tratamentos medicamentosos não é garantido, face à irregularidade da disponibilidade das medicações.

Segundo a carta, é preciso que sejam empenhados maiores esforços em busca de autonomia na fabricação dos insumos de tratamento, o que permitiria perenizar o fornecimento das medicações aos usuários do SUS, eliminando de vez os preocupantes e repetidos desabastecimentos. 

Endereçada ao INCA, Ministério da Saúde, Anvisa e Conitec, a carta é um chamado à ação e à necessidade de maior articulação para garantir o fornecimento dos atuais e de novos medicamentos como a vareniclina genérica e a citisina. 

A incorporação da vareniclina de marca Champix® à farmacoterapia de tratamento do fumante no SUS chegou a ser avaliada pela Conitec. No entanto, como os custos eram elevados, a incorporação foi negada em 2019. No mundo privado, o medicamento foi utilizado amplamente no país, mas está indisponível desde 2020.

O documento destaca ainda que produtos genéricos de tartarato de vareniclina estão disponíveis no mercado global, podendo ser importados de pelo menos 4 países: Canadá, Estados Unidos, Índia e Austrália. Portugal, por exemplo, vem importando a apo-varenicline (varenicline genérica) da América do Norte. Com isso, é pedido à Conitec que avalie a incorporação da apo-varenicline no SUS, com urgência.

Já a Citisina ainda não foi registrada no país. No entanto, estudos nos EUA mostraram que a medicação, aliada à terapia cognitivo comportamental, possui ótima eficácia, excelente tolerabilidade, sendo um tratamento de primeira linha para a dependência do tabaco. 

Os signatários da carta destacam ainda que, diante do importante papel internacionalmente desempenhado pelo Brasil, como exemplo no combate rígido ao tabagismo, o país não pode carecer de terapias eficazes para auxiliar os fumantes a conquistarem uma vida mais longa e de melhor qualidade sem o cigarro/nicotina. E, por isso, novas estratégias, como  a liberação da importação de citisina, para possibilitar seu uso no SUS, devem ser pensadas. Tudo isso trazendo economia aos cofres públicos e, consequentemente, evitando os vultosos gastos diretos e indiretos associados ao tabagismo no Brasil. 

Além da SBPT, são signatárias da carta:

 Carta Aberta!