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Com programação inovadora e conteúdo científico de ponta, 41º Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia bate recorde de público 

De 8 a 12 de outubro, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) realizou o 41º Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia em conjunto com o 17º Congresso Brasileiro de Endoscopia Respiratória e o 13º Congresso Luso-Brasileiro de Pneumologia. O evento, que aconteceu em Florianópolis, reuniu 2.498 participantes em uma intensa troca de experiências e discussões sobre os avanços na pneumologia e na saúde respiratória do Brasil e do mundo.

Durante cinco dias, 300 palestrantes compartilharam conhecimentos sobre asma, doença pulmonar avançada, função pulmonar, inovações no tratamento da DPOC e outras doenças respiratórias, promovendo um diálogo enriquecedor entre estudantes, médicos, pesquisadores e outros profissionais da saúde.

Na terça-feira (08/10), os congressistas puderam participar de cursos pré-congresso sobre distúrbios respiratórios do sono; vias aéreas unidas; função pulmonar; ventilação mecânica; endoscopia respiratória; imagem; asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) para atenção primária; ultrassonografia de tórax; e construção de diretrizes e consensos nacionais. 

Lançamento do Curso de Asma e DPOC para Atenção Primária e lançamento de Manual

O curso de Asma e DPOC para Atenção Primária, realizado em parceria com o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS/MS), foi uma das grandes inovações do evento, ao capacitar e promover a atualização dos médicos da atenção básica no manejo e devido encaminhamento dos pacientes que vivem com essas respectivas enfermidades.

Para o Dr. Luiz Fernando Pereira, o congresso foi inspirador e fundamental para os avanços na abordagem da DPOC no Brasil. “Como coordenador da Comissão de DPOC, fico extremamente satisfeito em ver as salas cheias e o grande interesse em temas tão críticos, como diagnóstico precoce e manejo avançado da doença. A mesa-redonda que coordenei sobre as controvérsias no tratamento foi especialmente importante. Discutimos desde a identificação precoce até estratégias como a ventilação não invasiva e a otimização da terapia tripla, que são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, explicou.

O especialista lembrou ainda que, no Brasil, há uma subnotificação massiva de casos de DPOC. “Muitas pessoas nem sabem que têm a doença e acabam sem o tratamento adequado. Para mudar esse quadro, promovemos um pré-congresso voltado à capacitação da rede básica e lançamos o manual de DPOC para os profissionais dessa rede, com o objetivo de alcançar diagnósticos mais precisos e ampliar o acesso ao tratamento. Saio deste congresso com a sensação de missão cumprida e de que estamos caminhando para um futuro em que a DPOC seja diagnosticada e tratada com a atenção que merece”, frisou.

Idealizado e organizado pela Comissão de DPOC da SBPT, o Manual tem como principais objetivos auxiliar os profissionais da rede básica de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) a diagnosticar e tratar adequadamente os pacientes com DPOC. De forma objetiva, prática e com base nas melhores recomendações nacionais e internacionais são discutidos tópicos sobre: fatores de risco, diagnóstico, manifestações clínicas e funcionais, classificação da gravidade, fenótipos, comorbidades, tratamento farmacológico, tratamento não farmacológico e uso dos dispositivos inalatórios. 

“Esperamos que o Manual possa servir de base para atualização e reciclagem de todos os profissionais envolvidos na assistência dos pacientes com DPOC”, concluiu. O manual de DPOC está disponível no topo da página inicial do site da SBPT, mas os interessados também podem fazer o download do material aqui.

Além do curso pré-congresso, das mesas de discussão e do lançamento do Manual de DPOC, durante o congresso também foi veiculada nos painéis de led, uma campanha sobre o descarte consciente de dispositivos inalatórios. Caso você não tenha visto, clique aqui, veja e compartilhe!

Destaque para a campanha de dispositivos inalatórios com gigantografias no Congresso.

Ao final do dia, a Astrazeneca promoveu o simpósio “Elevando o cuidado, reduzindo a mortalidade: o impacto das exacerbações além dos pulmões” para marcar o fim do pré-congresso. Coordenado pelo Dr. José Eduardo Cançado, o evento contou com palestras dos Drs. Frederico Leon Fernandes e Antonio Anzueto, que discutiram a importância da aprovação de medicamentos como o Breztri®, pela Anvisa, oferecendo esperança no tratamento de pessoas com DPOC moderada a muito grave.

Cerimônia de abertura

Em seguida, a presidente da SBPT, Margareth Dalcolmo, deu início à cerimônia de abertura oficial do Congresso, destacando a importância do evento para consolidar parcerias internacionais e atualizar os profissionais em práticas e pesquisas de ponta. “Esse congresso é, portanto, mais do que uma oportunidade de aprendizagem: é um marco para reforçar as redes colaborativas e definir o futuro da pneumologia, tanto no Brasil quanto em outras regiões do mundo”, enfatizou.

A mesa de abertura contou com a participação do presidente desta edição do congresso, Dr. Alberto Chterpensque; da diretora de Assuntos Científicos da SBPT, Valéria Maria Augusto; do presidente da Associação Catarinense de Pneumologia e Tisiologia (ACAPTI), Dr. Fabiano Luis Schwingel; e do coordenador do departamento de endoscopia respiratória, Dr. Luis Renato Alves.

Em seu discurso, Margareth Dalcolmo enfatizou a importância do congresso como um espaço essencial para a atualização científica e o fortalecimento das colaborações internacionais. “Estamos entusiasmados com a participação de cerca de 2500 inscritos neste congresso. É um recorde de público presencial. Isso demonstra o interesse e o comprometimento da nossa comunidade em promover o avanço da ciência e da saúde”, destacou.

A pneumologista também celebrou o crescente protagonismo do Brasil em áreas como asma, DPOC e terapias inovadoras para doenças respiratórias. “É gratificante ver nosso país se destacando e contribuindo para o avanço global na saúde respiratória, tanto por meio de estudos científicos quanto pela construção de políticas públicas”, afirmou.

Para o presidente desta edição do congresso, Dr. Alberto Chterpensque, ocupar essa posição é uma honra e um marco em sua vida. “Jamais imaginei que um dia chegaria a ocupar esta posição, testemunhando a evolução que coloca nossa especialidade em um patamar inimaginável. Acreditamos no poder da união e do compartilhamento de conhecimento, que fortalecem nossa missão de oferecer um diagnóstico e tratamento de excelência”, contou.

E, com profunda gratidão, finalizou sua fala com agradecimentos especiais àqueles que possibilitaram o sucesso do evento. “Minha sincera gratidão à Dra. Margareth Dalcolmo pela confiança, ao professor Clystenes Silva pelo apoio e aos colegas da SBPT, em especial à Dra. Valéria Augusto que encarou esse desafio conosco. Também não poderia deixar de agradecer ao Erick Serra, à Iane Vieira, à Isabela Felizatto e demais colaboradores da SBPT, que se dedicaram com presteza, carinho e, sobretudo, muita competência na organização do Congresso em suas diversas facetas. Estou certo de que viveremos dias inesquecíveis de aprendizado e congraçamento”, concluiu.

A cerimônia contou ainda com a participação especial de Renan Dal Zotto, ex-jogador de vôlei e ex-técnico da seleção brasileira, que compartilhou sua experiência de adoecimento e superação da Covid-19 durante a pandemia.

“Enfrentar a Covid-19 foi uma das maiores batalhas da minha vida, tanto física quanto emocionalmente. Como atleta e técnico, sempre lidei com desafios, mas esse foi diferente. Foi uma luta pela minha saúde, pela minha vida. Foram 36 dias de UTI. Depois de todo um longo trabalho de fisioterapia. Tive que me reinventar e aprender a respirar novamente”, lembra.

Para ele, a importância da saúde respiratória vai muito além do esporte de alto rendimento, é fundamental para a qualidade de vida de qualquer pessoa. “Se estou aqui hoje, é graças à medicina e à dedicação de profissionais de saúde, como muitos de vocês presentes, que não apenas salvam vidas, mas também oferecem diariamente esperança a milhões de pessoas. Minha recuperação é a prova de que, com determinação e o apoio adequado, é possível superar até os maiores obstáculos”, concluiu.

A vivência de Dal Zotto não apenas ilustra os desafios enfrentados durante a doença, mas também oferece uma visão sobre como essas experiências podem moldar a forma como encaramos a vida e as relações. Ele sugere que essa luta incessante trouxe à tona uma nova apreciação pela vida e pelas conexões humanas.

Após o depoimento do atleta, grandes nomes da especialidade foram homenageados por contribuírem para a formação de centenas de pneumologistas em todo o Brasil. Os Drs. Giovanni Migliori, Ana Maria Menezes, Márcia Alcântara, José Roberto Lapa e Silva e José Roberto de Brito Jardim foram reconhecidos como membros eméritos da SBPT.

Para encerrar a cerimônia de maneira memorável, a noite foi abrilhantada por uma apresentação especial da banda The Lung Boys, composta por pneumologistas apaixonados por rock n’ roll. O repertório contagiante animou os participantes, criando um ambiente descontraído e acolhedor, ideal para a confraternização que se seguiu no coquetel.

Para o Dr. Roger Pirath, vocalista da banda, os Lung Boys nasceram de uma apresentação programada para um evento dos pneumologistas em Santa Catarina, há 2 anos, em comemoração ao retorno dos eventos presenciais pós-pandemia. “Participar do Congresso Brasileiro da SBPT foi o nosso auge e uma honra, de uma banda que nasceu e permanece como um divertimento. Sentimento de dever cumprido, tamanha a seriedade e desafio para nós. Obrigado mais uma vez à comissão do evento que confiou nos integrantes e cedeu este tão valioso espaço”, agradeceu.

Além de promover a integração entre pesquisadores por meio da apresentação de 900 trabalhos científicos, entre sessões de pôsteres eletrônicos e apresentações orais, a vasta programação do congresso contou com palestras nacionais e internacionais, lançamentos de livros, simpósios satélites e apresentações patrocinadas por diversas empresas farmacêuticas.

Dentre os temas discutidos, a programação destacou a crescente relevância da endoscopia respiratória e as inovações terapêuticas, como o uso de imunobiológicos para condições respiratórias graves.

Segundo a Dra. Flávia Fernandes, secretária-geral da SBPT do biênio 2025/2026, o Congresso foi uma excelente oportunidade para reencontros e para atualização de qualidade. “As mesas foram de uma riqueza única e nós conseguimos abordar diversos temas da pneumologia em quatro dias de curso muito intenso e um excelente dia de pré-congresso, onde tivemos a oportunidade de profissionalizar, de treinar diversos profissionais em áreas muito importantes dentro da atuação da pneumologia e pela primeira vez em parceria com o Ministério da Saúde treinar os nossos médicos de atenção básica, que são tão importantes no diagnóstico, em tempo hábil e no encaminhamento adequado dos pacientes com doenças respiratórias. Então acho que foi um tremendo sucesso”, ressaltou.

A Dra. Regina Tibana também aproveitou bastante o Congresso, contribuindo em atividades diversas. “Tive a oportunidade de participar da aplicação da prova prática para obtenção de título de especialista; de aula sobre tratamento das doenças pulmonares intersticiais associadas às doenças autoimunes; da avaliação de trabalhos científicos apresentados como pôster; e coordenação de uma mesa sobre doenças pulmonares intersticiais. Foi uma semana intensa, de muita aprendizagem e reencontros com amigos pneumologistas de vários lugares do país”, contou.

Para o Dr. Raphael Jaber de Oliveira, que palestrou sobre derrame pleural por micobactérias (TB/MNT),  o congresso promoveu uma valiosa troca entre profissionais dedicados aos cuidados da saúde respiratória. “Conhecer e interagir com colegas enfrentando diferentes desafios em várias regiões do país e do mundo foi extremamente enriquecedor. Tive a oportunidade de trocar contatos e estabelecer novas relações que, sem dúvida, serão muito frutíferas. Ficou evidente o empenho da equipe SBPT para atingir elevados padrões organizacionais e programáticos, com uma diversidade notável nos temas apresentados”, compartilhou.

Ventilando Ideias: Humanidades na Medicina

O Dr. José de Jesus Camargo, sumidade dos transplantes de pulmão, não poderia se sentir mais honrado com a participação em mais uma edição do congresso. “O Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia em Florianópolis foi fantástico. Parabéns ao Dr Alberto Chterpensque e à professora Margareth Dalcolmo. Muito honrado com o convite, e feliz com a oportunidade de reencontrar muitos ex-residentes. Uma verdadeira festa para o coração”, declarou.

Camargo participou de uma mesa redonda sobre mediastino, na qual falou sobre a abordagem cirúrgica, e também palestrou no painel inovador sobre humanidades em medicina, mediada pela Dra. Margareth Dalcolmo, que teve como objetivo ventilar ideias e promover uma reflexão profunda sobre a prática médica atual, marcada por avanços tecnológicos e pela crescente queixa de pacientes que sentem falta da conexão que os médicos de antigamente ofereciam. 

“Esta é uma chance para refletirmos juntos sobre o que estamos realmente fazendo, o que podemos aprimorar e como preparar as próximas gerações – uma geração que já começa a nos suceder. Em última análise, isso provoca uma questão essencial: quem vai cuidar de nós daqui a pouco? A distância entre a nobreza do que aprendemos e a prática, que muitas vezes desvirtua esse conhecimento, nos preocupa genuinamente. Temos em mãos uma poderosa ferramenta, a tecnologia, que nos oferece um acesso sem precedentes a todos os tipos de arte e conhecimento, mas isso exige uma análise crítica. O que a tecnologia está fazendo conosco, para o bem e para o mal? É uma ‘forca doce’ que devemos encarar com seriedade”, iniciou Margareth Dalcolmo.

Na sequência, o Dr. José Camargo trouxe uma análise sincera e provocadora sobre a relação médico-paciente nos dias de hoje. Com o avanço tecnológico, ele destacou uma desconexão crescente entre médicos e pacientes, refletida em queixas frequentes de pacientes e um aumento de ações judiciais por insatisfação no atendimento. 

“Perdemos a conexão ao esquecer que a tecnologia não modifica o sentimento dos pacientes. Em muitos casos, desconsideramos sua opinião, priorizando o que achamos que eles deveriam pensar. Esse afastamento entre o que aprendemos e a prática é preocupante. Só seremos melhores se os pacientes perceberem assim, do contrário, estamos em uma ilusão. A falta de tempo e a rotina tornam o atendimento mecânico, quando deveríamos lembrar que o atendimento médico de qualidade exige um olhar atento e sensível”, enfatizou.

O especialista também mencionou que a pressa em consultas e a desvalorização da história do paciente são algumas das práticas que mais afetam negativamente essa relação. “A pressa é uma forma grosseira de desconsideração, seja com um amigo, seja com um paciente. Ouvir de verdade requer presença e empatia, e o toque humano no exame físico é um elo essencial dessa conexão. Quando ignoramos esses aspectos, estamos desperdiçando uma oportunidade preciosa de ajudar e de sermos escolhidos pelo paciente – uma sensação única que todo médico deveria buscar”, sublinhou Camargo.

Além disso, salientou que a falta de cuidado com detalhes aparentemente simples, como lembrar o nome do paciente, também afeta a qualidade da relação médico-paciente. Segundo ele, esse pequeno gesto de atenção é um dos maiores indicadores de respeito e consideração, o que se torna ainda mais necessário em um cenário marcado pela tecnologia e pela rapidez no atendimento.

“Eu insisto com meus residentes: se vocês não lembram o nome do paciente, então nem entrem no quarto. Submeter alguém ao descaso da insignificância, ao ponto de nem seu nome ser lembrado, é um desrespeito inaceitável. O afeto está nos pequenos detalhes, e ignorar isso é ignorar o que realmente importa na nossa profissão”, explicou.

Por fim,  o médico defendeu que a arte é uma poderosa ferramenta de humanização, capaz de desenvolver a empatia e a sensibilidade que são fundamentais para a prática médica. Ele explicou que a conexão com expressões artísticas ajuda o médico a se manter atento às nuances emocionais e ao sofrimento do paciente, uma habilidade que nenhuma tecnologia pode substituir.

“Toda arte humaniza. Quem não se emociona com uma peça de teatro, com uma pintura, uma escultura, não tem a sensibilidade necessária para cuidar de outro ser humano. Em nossos consultórios, teremos sempre três elementos: um sofredor, um banco de dados imbatível e um especialista em sentimentos. Os médicos que perderem essa sensibilidade serão os primeiros a serem substituídos por robôs, porque serão apenas caros e inúteis em comparação”, concluiu.

Além da rica programação científica, com sessões instigantes e palestrantes renomados, expositores da indústria farmacêutica também marcaram presença, com lindos estantes, promoção de simpósios e lançamento de produtos. Nesta edição, incluímos um espaço instagramável para registros memoráveis, com lindos painéis de LED patrocinados pela indústria. Também demos início à campanha sobre os Dispositivos Inalatórios, que trouxe ainda mais destaque às inovações de uso e manuseio desses produtos.

O estande da SBPT também foi um sucesso! Além de premiações de trabalhos, reuniões e atendimento ao público, houve o lançamento dos livros “Diagnóstico diferencial das Doenças Pulmonares”, do Dr. Rogério Ruffino; “Hipertensão Pulmonar -Caminhos da investigação científica”, da Dra. Mônica Corso; e “Severe Pulmonary Emphysema: A Comprehensive Guide to Precision Interventional Procedures” editado pelos autores Luis C. Losso, Pallav L. Shah, Gerald J. Criner, Walter Weder e José R Jardim.

Os participantes também marcaram presença no local retirando os bottons — item que agora passará a ser colecionável, bem como as famosas fitinhas do  Senhor do Bonfim, como uma lembrança de que no ano que vem, o congresso será realizado na cidade de Salvador (BA). Como manda a tradição, quem passava no estande amarrava a fitinha em um espaço especial para garantir junto ao santo a participação no Congresso 2025.

Ligas Acadêmicas e os PneumoGames da SBPT

Outra novidade encabeçada por essa edição do Congresso foi o desenvolvimento de uma programação específica para estudantes de medicina vinculados a ligas acadêmicas e interações por meio de diversos jogos e atividades educativas carinhosamente nomeados como PneumoGames, uma dinâmica que definitivamente contribuiu para o engajamento do público.

Para Guilherme, acadêmico de Medicina da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UnoChapecó), o congresso foi uma oportunidade única de aprendizado e integração. Ele foi um dos vencedores dos jogos promovidos pelos PneumoGames.

“Foi uma experiência enriquecedora poder trocar ideias com colegas e apresentar trabalhos, além de participar dos PneumoGames, que nos permitiram compartilhar conhecimento e concorrer a premiações, como inscrição e hospedagem para o congresso do ano que vem, em Salvador. Essa interação com grandes palestrantes e a própria presidente da SBPT foi extremamente valiosa”, compartilhou.

A presidente da SBPT, Dra. Margareth Dalcolmo e o presidente eleito para o biênio 2025-2026, Dr. Ricardo Amorim Corrêa, estiveram reunidos com os estudantes no estande da SBPT em um momento de bate-papo descontraído sobre a especialidade, carreira médica e iniciação científica. 

Na ocasião, a estudante da Universidade do Vale do Taquari, Ana Scherer compartilhou sua experiência ao participar de eventos de iniciação científica, destacando a importância desse tipo de atividade para o desenvolvimento acadêmico e social. 

Incentivada por Margareth Dalcolmo, Ana Scherer teve um trabalho científico publicado internacionalmente, o que não apenas impulsionou sua carreira acadêmica, mas também a motivou a disseminar informações sobre questões relevantes, como os riscos do cigarro eletrônico. 

“Participar de eventos como este é uma oportunidade de perceber como a iniciação científica é importante, nos impulsionando desde muito cedo. Eu nunca imaginei que fosse capaz de fazê-lo até ser estimulada pela Dra. Margareth Dalcolmo e de fato ter conseguido este feito”, refletiu. 

Publicado internacionalmente, o trabalho sobre cigarros eletrônicos motivou que veículos locais entrevistassem a estudante, fazendo com que o seu trabalho ganhasse ainda mais visibilidade. Com isso, ela passou a levar informações importantes para escolas – como os males causados pelos cigarros eletrônicos – mostrando seu compromisso em transformar conhecimento em ação social. “Fui convidada para dar palestras nas escolas da minha cidade… para transformar essas informações do trabalho científico, que seriam apenas minhas, em algo proveitoso para a sociedade em geral”, arrematou.

Eduardo Pini, acadêmico de medicina da Universidade do Extremo Sul Catarinense, também expressou seu entusiasmo com o evento e a oportunidade de aprendizado. “O 41º Congresso de Pneumologia e Tisiologia em Florianópolis está impecável. É um evento espetacular, que nos permite fazer networking e aprender diretamente com profissionais de altíssimo nível. Para quem, como eu, pertence à Liga Acadêmica de Pneumologia, essa experiência é extremamente enriquecedora”, enalteceu.

Todos esses relatos refletem o entusiasmo dos participantes e o impacto positivo do evento na formação dos futuros médicos.

Encontro com os residentes da SBPT e o Dr. José Roberto Lapa

Na sexta-feira (11/10), todos os residentes presentes no evento foram convidados para um almoço com a palestra do Dr. José Roberto Lapa que falou sobre carreira e trajetória profissional. 

A abertura do evento, realizada pela Dra. Margareth Dalcolmo em conjunto com a Dra. Valéria Augusto, foi marcada por um tom nostálgico e acolhedor. Em sua fala, Margareth Dalcolmo relembrou os tempos de residência, destacando a importância da programação do Congresso em atender às necessidades e curiosidades dos participantes. 

“Nostalgicamente devo falar para vocês, lembrando de quando nós fomos residentes. Já faz tanto tempo que a gente nem pode dizer a verdade, né, Valéria? Essa é a doutora Valéria, nossa diretora de assuntos científicos, responsável pela organização da programação do Congresso. Desde a concepção desse 41º Congresso, tivemos a preocupação de atender aqueles interesses que vocês, como residentes, precisariam e teriam vontade e curiosidade de ouvir”, relatou Margareth Dalcolmo.

Em seguida, a presidente da SBPT agradeceu à AstraZeneca pela colaboração na organização do almoço e apresentou o professor José Roberto Lapa e Silva, palestrante e convidado especial.

O professor agradeceu o convite para palestrar no almoço, destacando a importância do reconhecimento na trajetória profissional. Ele expressou sua felicidade ao ser homenageado na abertura do congresso e refletiu sobre a relevância desta sociedade que ajudou a fundar. “Acho que a gratidão é, talvez, a maior das qualidades humanas. Estou extremamente feliz, acolhido tanto quanto vocês nesse evento. Não sei se mereci as homenagens que recebi, mas percebo-as com muita alegria”, partilhou.

1º Encontro de Mulheres da SBPT

Concomitantemente ao almoço dos residentes, ocorreu o 1º Encontro de Mulheres da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, com homenagens a três pneumologistas pela notável trajetória e inestimável trabalho realizado em prol da ciência e da saúde respiratória, impactando de maneira significativa a qualidade de vida da população, deixando um legado de excelência e inspiração para futuras gerações.

Como hostess do evento, a Dra. Juliana Ferreira destacou a importância da iniciativa e agradeceu à Dra. Margareth Dalcolmo, responsável por idealizar o evento. Com entusiasmo, comentou a rapidez com que a ideia de realizar um encontro similar ao Fórum de Mulheres promovido no Congresso da ATS tomou forma, demonstrando a força da determinação e do trabalho em equipe.

“Estávamos participando do Fórum das mulheres do ATS, no qual a Margareth foi homenageada e estávamos sentadas à mesa, assim, como vocês, e tinha um almoço, e, de repente, a Margareth me disse: ‘Juliana, vamos fazer um almoço como este no Congresso da SBPT, esse ano’. E rapidamente se virou para o Erick Serra e pediu que achasse uma data. Em um instante que me levantei para falar com alguém, quando voltei, o evento já estava agendado”, relatou.

Para ela, essa iniciativa aparentemente simples trouxe uma mensagem importante. “Quando temos uma ideia, precisamos ter a iniciativa de fazer acontecer. É claro que ajuda quando se ocupa algumas posições, como a presidência da SBPT. No entanto, não é só por meio de posições de destaque que podemos promover mudanças e inovações. Todo tempo é tempo para tirar ideias do papel e ampliar a atuação das mulheres na sociedade”, declarou.

Em seguida, Juliana Ferreira convidou a primeira homenageada do encontro: a Dra. Francesca Poverino, médica italiana, que atualmente lidera o Grupo de Pesquisa Translacional de DPOC na Bayer College of Medicine, em Houston, Texas, que compartilhou sua trajetória inspiradora, marcada por desafios e conquistas. 

Emocionada por estar no Brasil, ela enfatizou a importância de mulheres cientistas se afirmarem e buscarem seus objetivos, mesmo diante de obstáculos. “Eu venho do sul da Itália, onde as mulheres são esperadas em casa, passando ferro e preparando o jantar para seus maridos. Mas eu quis mostrar que sou diferente, que posso construir minha própria carreira, mesmo sendo mulher”, afirmou. E incentivou as participantes a serem confiantes e a não se deixarem limitar por estereótipos de gênero.

Depois foi a vez da Dra. Márcia Pizzichini, editora do Jornal Brasileiro de Pneumologia (JBP), receber a honraria. Na ocasião, compartilhou uma reflexão profunda e sincera sobre a jornada de conciliar a vida profissional com a maternidade. Com emoção, a médica relatou os desafios e dilemas enfrentados ao escolher priorizar sua carreira, e como essa decisão impactou sua relação com os filhos.

“Eu confesso para vocês que em muitas noites, quando voltava para casa, imaginava meus dois filhos sentados no divã, com um psicanalista, conversando sobre a mãe ausente que eles tiveram. Então, um dia, os questionei e eles – de forma bastante surpresa perante a minha abordagem – relataram que se consideravam normais. ‘O que a mãe acha que nós somos? A mãe acha que nós falhamos como pessoas? Nós somos normais. A única coisa que você fez foi terrorismo infantil, quando nos levou na UTI para ver traumatismo craniano e nas enfermarias pra ver os efeitos do tabagismo.”, contou.

Emocionada, a editora do JBP compartilhou que suas escolhas não foram fáceis, no entanto reiterou que é possível sim conciliar maternidade e trabalho se isso trouxer felicidade e contentamento. “Eu adoro o meu trabalho junto ao jornal científico e minha amada pneumologia! É preciso romper com a ideia de que as mulheres precisam escolher entre a carreira e a família. Podemos ter ambas, desde que sejamos felizes com nossas escolhas. Se vocês estiverem felizes, os filhos de vocês vão crescer felizes. Não se sintam culpadas por não seguirem o padrão. Cada uma de nós tem o direito de construir sua própria história. Por favor, nenhum de nós foi feito para andar em rebanho”, arrematou.

Por fim, a diretora de assuntos científicos da SBPT, Dra. Valéria Augusto também recebeu a homenagem. Em seu discurso, traçou um panorama histórico do movimento feminista e celebrou as conquistas já alcançadas. Com emoção, a médica compartilhou sua trajetória profissional e agradeceu às mulheres que a inspiraram ao longo de sua jornada. “A luta das mulheres é uma luta constante. A gente já avançou muito, mas ainda tem muito chão pela frente. Eu me lembro quando eu comecei a trabalhar, as dificuldades que a gente enfrentava eram outras. Hoje, a gente fala em novas questões, como a diversidade de gênero. Mas, no fundo, a luta é a mesma: por igualdade, por respeito e por um mundo mais justo para todas as mulheres”, refletiu. 

Segundo a médica, ela teve a sorte de ter grandes mulheres como referência em sua vida. “A Carmen da Silva, por exemplo, era uma feminista incrível, que escrevia sobre a arte de ser mulher para a revista Cláudia, numa época em que isso não era tão comum. Hoje, temos a oportunidade de sermos essas mentoras para as próximas gerações. É muito gratificante ver tantas jovens médicas aqui hoje, prontas para transformar o mundo.”, concluiu.

Balanço da gestão na Assembleia Geral da SBPT

Na sexta-feira (11/10), a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Dra. Margareth Dalcolmo apresentou um balanço da gestão da diretoria referente ao biênio 2023-2024. A Assembleia, que aconteceu durante o 41º Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia, destacou as conquistas e desafios enfrentados, com ênfase na colaboração e profissionalismo que marcaram o período.

A presidente iniciou sua fala com destaque à harmonia dentro da diretoria, mencionando que não houve conflitos significativos nas decisões coletivas. Ela enfatizou a importância do trabalho em equipe e a presença ativa dos diretores em eventos nacionais e internacionais, independentemente da presença da presidente, o que fortaleceu a posição da pneumologia brasileira na América Latina. Um dos resultados dessa aproximação foi a importante participação de brasileiros no congresso da ALAT 2024 e o aumento no números de sócios da SBPT associados à ALAT. 

“Já temos brasileiros ocupando posições nas comissões científicas da ALAT, de maneira ainda tímida, considerando a força da nossa especialidade no Brasil. No entanto, conseguimos fortalecer ainda mais nossas relações com eles, bem como a ATS e a ERS. A participação nos congressos internacionais nos últimos dois anos foi notável, com um aumento significativo no número de trabalhos apresentados, o que nos trouxe grande satisfação. Neste ano, inclusive, registramos um recorde de 104 trabalhos brasileiros apresentados no Congresso da ERS. Essas conquistas refletem nosso empenho em otimizar nossa presença e influência na comunidade científica global”, relatou.

Segundo Margareth Dalcolmo, sua gestão reorganizou o corpo de funcionários da sede em Brasília, com a contratação de novos profissionais para fortalecer a equipe, bem como uma empresa especializada para produzir conteúdos e divulgações, reconhecendo a importância das redes sociais para alcançar as faixas etárias mais jovens.

“A SBPT acaba de ultrapassar o marco de trinta mil seguidores no Instagram, demonstrando nosso compromisso e trabalho contínuo em nos conectar com as novas gerações. Tudo isso, foi conquistado por meio do engajamento do público em campanhas de saúde e da constante disponibilização de informações científicas de qualidade”, compartilhou.

A gestão também se concentrou em modernizar a comunicação da sociedade, com a atualização do aplicativo da SBPT, que facilita o acesso a informações e serviços para os sócios, permitindo que consultem eventos, documentos e emitam certificados e boletos de forma prática. “Essa inovação, que só foi possível devido à grande insistência e persistência do nosso diretor de comunicação – Dr. Waldo Mattos – é, de fato, um grande passo para modernizar nossa comunicação com os nossos associados”, elogiou a presidente.

Dentre as demais iniciativas implementadas, Margareth Dalcolmo ressaltou o empenho da SBPT na aprovação de medicamentos pela CONITEC e incorporação de novos diagnósticos e tratamentos pelo SUS. Ela também falou sobre as conquistas na área de transplantes de pulmão e a necessidade de diretrizes claras para viagens aéreas seguras para pacientes dependentes de oxigênio. “Elaboramos normas técnicas que esperamos que sejam chanceladas pela ANAC”, afirmou.

A presidente destacou a criação de uma nova comissão dedicada à imunização, que teve como resultado a publicação de um manual em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM). “Esse manual teve uma enorme recepção e é um passo importante para nossa especialidade”, reiterou.

E também mencionou os esforços para manter a regulamentação que proíbe o comércio de cigarros eletrônicos no país, incluindo a manifestação simbólica que iluminou o Corcovado – que repercutiu mundialmente – e as audiências públicas realizadas no Congresso Nacional, junto às autoridades da Câmara dos Deputados, do Senado e do Ministério da Saúde, bem como representantes de diversas organizações da sociedade civil.

“Enfim, é imprescindível que mantenhamos um diálogo constante com cada uma dessas instâncias, pois cada uma possui suas particularidades e visões. A interação contínua permite que a sociedade de especialistas contribua de maneira efetiva para a formulação de políticas públicas que atendam às necessidades da população. Essa abordagem tripartite é essencial para garantir que todos os pontos de vista sejam considerados e que as soluções propostas sejam abrangentes e eficazes”, destacou Margareth Dalcolmo.

Outro ponto importante abordado foi o aumento na ocupação das vagas de residência médica em pneumologia, que agora ultrapassa 90%. “Estamos vendo um crescimento significativo na formação de novos especialistas”, comemorou a presidente da SBPT.

Nesse sentido, foram estabelecidas novas aproximações com ligas universitárias e a realização de mais uma edição do “Acolhe SBPT” em 2024 – uma verdadeira imersão para residentes em pneumologia, com várias estações de hands-on. “Conseguimos aumentar o número de vagas para o Acolhe 2023 e aumentamos mais um pouco na edição de 2024. E já tenho conhecimento do compromisso da próxima gestão em ofertar ainda mais vagas em 2025. Essas ações são essenciais para garantir que continuemos a formar novos profissionais capacitados e comprometidos com a saúde respiratória no Brasil”, pontuou.

Por fim, Margareth Dalcolmo  expressou sua gratidão à equipe e aos colaboradores pela dedicação ao longo do biênio, afirmando que a sociedade está em boas mãos com a nova diretoria liderada pelo professor Ricardo Amorim Corrêa que assumirá em janeiro de 2025.

“Estou muito feliz com o que construímos juntos. Embora não tenha tido filhos, realizei quase tudo a que me propus: escrevi livros e plantei um lindo pé de bougainville, que vejo da minha janela da Fiocruz, no Rio de Janeiro. Concluo esta rápida prestação de contas com algumas fotos significativas e com a certeza de que ninguém nunca saiu de um cargo tão aliviada quanto eu me sinto agora. Contente com os nossos feitos e confiante de que o futuro da nossa sociedade está em boas mãos. Boa sorte, Ricardo!”, concluiu.

Em seguida, Ricardo Amorim Corrêa, presidente eleito da SBPT para o biênio de 2025-2026, compartilhou um pouco de sua trajetória e dedicação à vida associativa e à medicina, começando cedo nessa caminhada.

“Desde 1990, quando iniciei minha trajetória de vida associativa, nunca mais deixei de participar. Com pouco tempo já fui parar como presidente da Sociedade de Minas. E acho que agora é o momento de contar um pouco dessa história. Minha vontade de ser médico veio lá de criança, quando com sete anos já prometi pra minha mãe que seria médico, depois de ver um doutor em ação ao nos visitar em casa. E de lá pra cá, fiz medicina e conheci grandes médicos, cardiologistas, gastroenterologistas, e me envolvi mesmo com a pneumologia por acaso, quando conheci o pessoal do Júlio Kubitschek. Desde então, nunca mais tive dúvida, e é essa paixão pela pneumologia que eu quero levar pra frente, seja no meu trabalho como médico ou como presidente eleito da SBPT”, comemorou.

Ele destacou ainda que os desafios e as metas da sua gestão incluem fortalecer a defesa do ato médico, expandir a telespirometria e reforçar a ligação com a atenção primária à saúde, áreas em que a SBPT já vem atuando. Para ele, essas ações são fundamentais para ampliar o alcance e a qualidade da assistência respiratória no Brasil.

“Nós temos vários desafios pela frente. A defesa do ato médico é uma delas, precisa de vigilância constante, e o nosso assessor de relações institucionais – vaga que pretendo criar para acompanhar toda a articulação da SBPT perante o Ministério da Saúde e demais instituições em defesa das políticas públicas – poderá contribuir bastante nessa área. Outra questão importante é a nossa ligação com a atenção primária, que já está consolidada, especialmente com o projeto de telespirometria. Desde 2022, estamos reunindo esse grupo a cada 15 dias, com representantes do Ministério, e discutimos como viabilizar o programa em mais regiões pelo país, de forma regionalizada e adaptada a cada necessidade”, explicou.

Para o presidente eleito, o compromisso com a educação continuada também é um objetivo: “Já combinamos com o Ministério da Saúde de replicar o curso para atenção primária em todos os eventos da SBPT, levando em consideração as especificidades de cada região. Além de tentar ampliar o número de vagas para o Acolhe, esse projeto tão importante, que ensina os residentes por meio da mão na massa mesmo, as estações de hands-on”, acrescentou.

Ao concluir, Amorim Corrêa recitou Guimarães Rosa, quando disse: “O real não está na saída nem na chegada, ele se dispõe para nós no meio da travessia. É essa travessia que começamos agora e que, daqui a dois anos, vai nos levar a um porto seguro, com grandes realizações. Muito obrigado”.

Definições da Assembleia

Além da prestação de contas apresentada pela presidente, a Assembleia Geral da SBPT anunciou resultados de eleições e definições para o congresso 2028.

A chapa Novo Rumo, coordenada pela Dra. Maria Enedina Scuarcialupi (PB), foi anunciada como a vencedora das eleições da Comissão Científica de Tabagismo para o biênio 2025-2026. A nova comissão também é composta pelo Dr. Luiz Fernando Pereira (MG), como substituto imediato, além dos Drs. Leonardo Pessoa (RJ), Maria Vera de Oliveira Castelhano (SP) e Ramiro Dourado (DF).

O Jornal Brasileiro de Pneumologia (JBP) também ganhou uma nova vice-diretora, a Dra. Denise Rossato, eleita por unanimidade pelos membros da diretoria. 

Na ocasião ainda foi eleita por aclamação dos sócios presentes na Assembleia a diretoria que atuará no biênio 2027-2028. Presidida pelo Dr. Marcelo Fouad Rabahi (GO), a futura diretoria terá como Secretário-Geral: Marcelo Palmeira Rodrigues (DF); como diretora Financeira: Adriana Velozo Gonçalves (PE); como Diretor de Ensino: Frederico Leon A. Fernandes (SP); como Diretor de Defesa Profissional: Gediel Cordeiro Júnior (MG), como Diretora de Assuntos Científicos: Leda Maria Rabelo (PR) e como Diretora de Comunicação: Mônica Flores Rick (RJ).

A Assembleia também definiu a cidade do Rio de Janeiro para sediar o 43º Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia, além do 19º Congresso Brasileiro de Endoscopia Respiratória e do 15º Congresso Luso-Brasileiro de Pneumologia, todos programados para 2028.

O evento contará com a presidência do professor titular de pneumologia e diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Dr. Rogério Lopes Rufino Alves, que trará sua experiência e conhecimento para guiar os debates e as atividades do congresso.

Mensagens para Casa

No sábado (12/10), o Congresso foi finalizado com sessões de “mensagens para casa”, momento em que se destacaram as discussões mais importantes, provenientes das aulas e palestras realizadas sobre temas como Câncer, DPOC, Asma, Tuberculose, entre outros.

O Dr. Frederico Assis Figueiredo Campos foi o abre-alas das despedidas, compartilhando uma visão ampla e informal sobre insights e dados que coletou durante o congresso. Ele destacou que seu objetivo não era fazer uma revisão completa – “até porque seria impossível”, mas dividir o que viu de mais interessante.

“Olha só, uma coisa que achei muito interessante foi uma estatística do Brasil: temos 13 milhões de internações anuais no país, e 122 mil dessas são por DPOC. É muita coisa, né? Cerca de 300 internações por dia. E a mortalidade? Cerca de 4% das mortes por DPOC – é a terceira ou quarta maior causa de mortalidade no mundo”, apontou.

Outro ponto que chamou atenção do pneumologista foi a possibilidade da DPOC começar ainda no útero: “A mãe que fuma, que vive em muita poluição ou tem infecções respiratórias na gravidez – tudo isso interfere. O bebê nasce com o pulmão pequenininho, e quando cresce, se não faz exercício desde cedo, vai ter uma capacidade respiratória mais baixa, porque nosso pulmão já nasce pequeno. Quem já nasce com ele menor, já começa em desvantagem”, compartilhou.

Para fechar, enfatizou que a luta contra o tabagismo é um fator-chave na prevenção da DPOC. “A gente tem que voltar com o conceito do ‘Gold Zero’, sabe? Para tentar reduzir esses fatores de risco e ajudar mais pessoas a evitar a DPOC”, concluiu.

Na sequência, o Dr. Thiago Bartholo compartilhou reflexões importantes sobre a diferença entre os mecanismos inflamatórios da asma e da DPOC, salientando que, apesar de algumas semelhanças, essas condições possuem processos inflamatórios únicos que afetam de forma distinta a fisiologia dos pacientes. Ele destacou, ainda, o impacto preocupante dos cigarros eletrônicos, que liberam substâncias tóxicas, como formaldeído e acroleína, contribuindo para a toxicidade pulmonar e exacerbações em pacientes com asma e DPOC.

“DPOC e asma têm sim mecanismos inflamatórios que, em algumas situações, se sobrepõem, mas são doenças distintas, cada uma com sua cascata inflamatória gerada por códigos genéticos e epigenéticos próprios. E tem um ponto crucial aqui: a febre do cigarro eletrônico. Como discutimos, ele libera solventes que, ao se decompor, geram substâncias tóxicas – formol, acroleína, propileno glicol – que irritam as vias aéreas e causam exacerbações, especialmente em usuários crônicos. Isso só reforça a necessidade de combatermos o uso do cigarro eletrônico”, resumiu.

Por fim, a Dra. Glaucia Heiden trouxe aos congressistas uma reflexão sobre a importância da participação ativa de todos os profissionais de saúde nos debates e avanços relacionados ao câncer de pulmão, que continua sendo uma das principais causas de mortalidade global. Ela enfatizou o papel essencial dos especialistas em saúde pública e pesquisa no enfrentamento a esta enfermidade, ressaltando que este tipo de tumor é o que mais mata e, por isso, precisa de constante atenção e ação coordenada.

“A gente precisa se empoderar desse tema, né? É o tumor que mais mata, é um dos mais prevalentes, então tem muita coisa para fazer ainda, especialmente para nós que somos pneumologistas. Parece meio óbvio, mas está na nossa frente. Precisamos seguir mostrando isso em cada espaço disponível, em cada aula. O rastreamento, por exemplo, foi abordado em uma aula de pré-congresso, se não me engano, mas ainda está mais concentrado em alguns grupos. Ele precisa chegar a todos nós, tem que ter uma base profissional sólida em todas as áreas. Vamos juntos nisso”, arrematou.

 

 

Recordar é viver!

Como recordar é viver, já disponibilizamos todas as fotos do evento, bem como os  certificados para download!

 

 

 

Inscrições abertas para o III Curso Nacional de Cuidados Paliativos em Pneumologia 

Estão abertas as inscrições para o III Curso Nacional de Cuidados Paliativos em Pneumologia, que acontecerá no Centro de Treinamento da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), em Brasília, nos dias 08 e 09 de novembro.

Voltado para estudantes de medicina, pneumologistas, intensivistas, cirurgiões e todos especialistas que desejem aperfeiçoar o cuidado com os pacientes, a oferta educacional tem como objetivo capacitar os profissionais na assistência aos pacientes com doenças pulmonares avançadas e em fim de vida, considerando a individualidade para um atendimento integral e humanizado que proporcione qualidade de vida e dignidade de morte.

A programação inclui palestras, discussões interativas, módulos práticos e debates multidisciplinares sobre temas essenciais na prática de cuidados paliativos. Entre os destaques, está a sessão sobre a Política Nacional de Cuidados Paliativos e sua relação com a pneumologia, conduzida por Andréa Nogueira, Diretora da ANCP-DF. 

Outros temas importantes abordam o uso de opioides para manejo da dispneia, apresentado por Lícia Stanzani, medidas não farmacológicas para controle de sintomas, com foco em reabilitação pulmonar, abordadas por Valéria Augusto, além de antibioticoterapia e cuidados clínicos em processo ativo de morte, discutidos por Tadeu Monteiro e Lícia Stanzani, respectivamente.

O curso também contará com uma palestra sobre os desafios da comunicação com pacientes e suas famílias, com Pedro Medeiros, e uma discussão interativa de casos clínicos sobre Doença Pulmonar Avançada (DPA) e transplante pulmonar, liderada por especialistas como Tadeu Monteiro e Priscila Camargo. 

Para uma reflexão mais aprofundada, será realizada a atividade “Morte no Jantar”, na qual os participantes terão a oportunidade de refletir e debater sobre a morte de forma interativa durante um jantar.

O curso inclui ainda módulos práticos para uma imersão em temas como comunicação com pacientes, deliberação de decisões clínicas e diretivas antecipadas de vontade; e também sessões voltadas para o debate multidisciplinar com a participação de profissionais de diversas áreas, como fisioterapia, nutrição, fonoaudiologia e psicologia. Entre os temas abordados estarão a “Conspiração do Silêncio e Sofrimento da Família”, “Sofrimento Existencial e Perda de Funcionalidade” e reflexões sobre a finitude por meio de narrativas de pacientes.

Participe e aprofunde seus conhecimentos nos cuidados paliativos para doenças respiratórias, promovendo um cuidado mais humanizado e eficaz aos pacientes!

As inscrições podem ser realizadas até o dia 08 de novembro ou até que todas as vagas sejam preenchidas.

Clique aqui para se inscrever e conhecer a programação completa.

Pneumo Conecta em Manaus: Atualização e Práticas Avançadas em Pneumologia

Nos dias 21 e 22 de novembro, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) realizará o “Pneumo Conecta” no Auditório Dr. Zerbini da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em Manaus.

O evento, apoiado pela Associação Amazonense de Pneumologia e Cirurgia Torácica  (AAPCT), tem como objetivo promover o intercâmbio de conhecimento e práticas atualizadas entre os especialistas em pneumologia, para o aprimoramento do diagnóstico e tratamento de doenças respiratórias no Brasil.

Voltado para médicos, profissionais de saúde não médicos e estudantes de medicina, a programação contará com uma ampla gama de atividades, abordando temas como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Asma, Tuberculose, Tabagismo e infecções respiratórias. As sessões incluirão palestras, conferências e discussões interativas, proporcionando uma abordagem abrangente e integrada dos avanços e desafios na área da pneumologia.

Esta é mais uma oportunidade promovida pela SBPT para fortalecer a prática pneumológica no país, incentivando o compartilhamento de experiências e a atualização dos profissionais de saúde envolvidos no cuidado respiratório.

Para inscrições e mais informações, clique aqui.

SBPT 87 Anos: transformando vidas e celebrando os profissionais da medicina

Nesta sexta-feira (18/11), a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) comemora 87 anos de compromisso com a saúde respiratória no Brasil. Ao longo dessa trajetória, a SBPT tem se dedicado à promoção de uma medicina de excelência, transformando vidas e aprimorando a prática médica na especialidade.

Quis o destino que hoje também fosse comemorado o Dia do Médico e, por isso, aproveitamos a ocasião para homenagear todos os profissionais que estão na linha de frente, cuidando e protegendo diariamente a saúde de todos os brasileiros.

Por 87 anos, a SBPT tem apoiado e capacitado aqueles que dedicam suas vidas a proporcionar mais abraços, risos e histórias para seus pacientes. Para marcar esta celebração, lançamos um vídeo especial que destaca a importância dos médicos na devolução do que há de mais precioso: o tempo!

Parabéns, SBPT, por essa jornada quase centenária! E a todos que respiram a medicina todos os dias, expressamos nossa mais profunda gratidão!

Confira o vídeo abaixo e celebre conosco esta data especial!

 

Nota de apoio aos pacientes diagnosticados com HIV após transplantes no RJ

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) expressa sua profunda solidariedade e apoio aos pacientes e famílias afetadas pela recente contaminação de órgãos em transplantes no Rio de Janeiro.

É inaceitável que aqueles que buscavam uma nova chance de vida tenham sido prejudicados por essa trágica situação. Reiteramos nosso repúdio a esse horror e à necessidade urgente de responsabilização dos envolvidos.

Neste momento crítico, reafirmamos nossa confiança no sistema de transplante brasileiro, especialmente no transplante de pulmão, onde estamos investindo significativamente em uma reorganização georreferenciada para que todo o processo aconteça de forma célere, organizada e segura para o paciente.

Estamos comprometidos em fortalecer ainda mais os protocolos de segurança e transparência, para que situações como essa não se repitam.

41º Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia celebra avanços e conexões na especialidade

Na terça-feira, 8 de outubro, a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Dra. Margareth Dalcolmo conduziu a emocionante abertura do 41º Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia, realizado em conjunto com o 17º Congresso Brasileiro de Endoscopia Respiratória e o 13º Congresso Luso-Brasileiro de Pneumologia. A cerimônia, que reuniu cerca de mil participantes, marcou o início de cinco dias de intensa troca de conhecimento e discussões sobre os avanços na pneumologia e na saúde respiratória.

A mesa de abertura contou com a participação do presidente desta edição do congresso, Dr. Alberto Chterpensque; da diretora de Assuntos Científicos da SBPT, Valéria Maria Augusto; do presidente da Associação Catarinense de Pneumologia e Tisiologia (ACAPTI), Dr. Fabiano Luis Schwingel; e do coordenador do departamento de endoscopia respiratória, Dr. Luis Renato Alves.

Em seu discurso, Margareth Dalcolmo enfatizou a importância do congresso como um espaço essencial para a atualização científica e o fortalecimento das colaborações internacionais.

“Estamos entusiasmados com a participação de cerca de 2500 inscritos neste congresso. Isso demonstra o interesse e o comprometimento da nossa comunidade em promover o avanço da ciência e da saúde”, destacou.

A presidente da SBPT também celebrou o crescente protagonismo do Brasil em áreas como asma, DPOC e terapias inovadoras para doenças respiratórias. “É gratificante ver nosso país se destacando e contribuindo para o avanço global na saúde respiratória, tanto por meio de estudos científicos quanto pela construção de políticas públicas”, afirmou.

A cerimônia contou ainda com a participação especial de Renan Dal Zotto, ex-jogador de vôlei e ex-técnico da seleção brasileira, que compartilhou sua experiência de adoecimento e superação da Covid-19 durante a pandemia.

“Enfrentar a Covid-19 foi uma das maiores batalhas da minha vida, tanto física quanto emocionalmente. Como atleta e técnico, sempre lidei com desafios, mas esse foi diferente. Foi uma luta pela minha saúde, pela minha vida. Foram 36 dias de UTI. Depois todo um longo trabalho de fisioterapia. Tive que me reinventar e aprender a respirar novamente”, lembra.

Para ele, a importância da saúde respiratória vai muito além do esporte de alto rendimento, é fundamental para a qualidade de vida de qualquer pessoa. “Se estou aqui hoje, é graças à medicina e à dedicação de profissionais de saúde, como muitos de vocês presentes, que não apenas salvam vidas, mas também oferecem diariamente esperança a milhões de pessoas. Minha recuperação é a prova de que, com determinação e o apoio adequado, é possível superar até os maiores obstáculos”, concluiu.

A vivência de Dal Zotto não apenas ilustra os desafios enfrentados durante a doença, mas também oferece uma visão sobre como essas experiências podem moldar a forma como encaramos a vida e as relações. Ele sugere que essa luta incessante trouxe à tona uma nova apreciação pela vida e pelas conexões humanas.

Após o depoimento do atleta, grandes nomes da especialidade foram homenageados por contribuírem para a formação de centenas de pneumologistas em todo o Brasil.

Os Drs. Giovanni Migliori, Ana Maria Menezes, Márcia Alcântara, José Roberto Lapa e Silva e José Roberto de Brito Jardim foram reconhecidos como membros eméritos da SBPT.

Para encerrar a cerimônia de maneira memorável, a noite foi abrilhantada por uma apresentação especial da banda The Lung Boys, composta por pneumologistas apaixonados por rock n’ roll.

O repertório contagiante animou os participantes, criando um ambiente descontraído e acolhedor, ideal para a confraternização que se seguiu no coquetel.

A programação científica do congresso segue até o dia 12 de outubro, com palestras, mesas-redondas e apresentações de trabalhos científicos. Entre os temas em destaque estão asma, doença pulmonar avançada, função pulmonar e inovações no tratamento da DPOC e outras doenças respiratórias.

Cerca de 300 palestrantes estarão compartilhando experiências e conhecimentos, promovendo um diálogo enriquecedor entre estudantes, médicos, pesquisadores e outros profissionais da saúde.

Inscrições abertas para a terceira turma do Curso de Técnico em Espirometria 2024

Estão abertas as inscrições para a terceira turma do Curso de Técnico em Espirometria 2024. São 40 vagas para auxiliares de médicos pneumologistas, que sejam maiores de idade e que tenham concluído o ensino médio. As inscrições podem ser realizadas até o dia 31 de outubro ou até que todas as vagas sejam preenchidas. 

Ofertado pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), o curso é dividido em duas etapas: teórica on-line e prática presencial. As aulas on-line são liberadas logo após o ato da inscrição.

Importante destacar que o aluno só poderá participar das aulas práticas presenciais, se aprovado na avaliação on-line, após conclusão das aulas teóricas, que devem ser finalizadas até o dia 31 de outubro. 

A etapa prática será realizada no dia 30 de novembro, no Centro de Treinamento da SBPT, em Brasília, no seguinte endereço: SCS, Quadra 1, Bloco K, Sala 203, Edifício Denasa.

Se aprovado na etapa teórica e prática, o candidato poderá requerer certificado de Técnico em Espirometria em até seis meses após o curso, por meio do envio de documentos comprobatórios para a SBPT.

Para isso, além das notas suficientes na avaliação da etapa teórica online e na prova final do curso prático presencial, o candidato precisará comprovar 180 horas/exames realizados (com declaração assinada por um médico pneumologista sócio) e, no mínimo, 60 exames de espirometria realizados.

Para saber mais informações e inscrição, clique aqui.

Florianópolis será palco do maior evento de saúde respiratória do Hemisfério Sul

41º Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia promete reunir especialistas do Brasil e do mundo para discutir os avanços e desafios da Medicina Respiratória

De 8 a 12 de outubro de 2024, Florianópolis receberá o 41º Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia, o maior e mais importante evento de saúde respiratória do Hemisfério Sul. Realizado simultaneamente ao 17º Congresso Brasileiro de Endoscopia Respiratória e ao 13º Congresso Luso-Brasileiro de Pneumologia, o evento da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) reunirá mais de 2 mil especialistas de todo o mundo, entre médicos, acadêmicos e outros profissionais da saúde. Para chegar no evento, o participante contará com transfer disponibilizado pela SBPT nas rotas oficiais.

Com 300 palestrantes confirmados e 769 trabalhos científicos aprovados, entre pôsteres eletrônicos e apresentações orais, o congresso abordará os principais temas da medicina respiratória contemporânea – como Asma, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Função Pulmonar, Infecções Respiratórias, Doença Pulmonar Avançada, Imagem e Tabagismo – atualizando conhecimento e discutindo as melhores práticas clínicas e inovações em desenvolvimento na especialidade.

O evento contará com a participação de renomados especialistas internacionais que irão enriquecer os debates sobre o tratamento e prevenção de doenças respiratórias, fomentando a pesquisa e a troca de experiências entre profissionais do Brasil e do exterior.

No dia 08/10, às 17h, a presidente da SBPT, Dra. Margareth Dalcolmo dará as boas-vindas aos participantes em cerimônia de abertura que contará com apresentações de convidados nacionais e internacionais, incluindo palestra com o ex-voleibolista e treinador de voleibol, Renan Del Zotto. Também haverá a apresentação da banda dos pneumologistas – The Lung Boys – e um coquetel de confraternização.

Além da programação científica, o congresso oferecerá oito cursos pré-congresso, incluindo dois com estações práticas para simulação de cenários reais e um curso intensivo exclusivo para Médicos da Atenção Primária, para aprimorar o manejo de doenças respiratórias comuns.

Segundo Margareth Dalcolmo, a programação do congresso foi elaborada com base nas melhores evidências científicas e, acima de tudo, com um enorme cuidado em atender às necessidades mais urgentes do país no que diz respeito às doenças respiratórias, procedimentos diagnósticos, atualizações terapêuticas e prevenção.

“Pela primeira vez, estamos oferecendo um curso voltado para a atenção primária, focado no diagnóstico oportuno de asma e DPOC para os médicos de família. Isso visa não apenas facilitar esse diagnóstico, mas também celebrar a grande vitória que tivemos com a adoção da terapia tripla destinada aos pacientes com DPOC. Esperamos todos vocês, com o máximo de calor humano, no congresso em Florianópolis”, destacou a presidente da SBPT.

Inovações e Interatividade

Durante o evento, os participantes poderão explorar a área de exposição com estandes atrativos e informativos, espaços instagramáveis para registrar e compartilhar suas experiências no evento – marcando o @pneumosbpt no Instagram – além do painel físico dedicado ao congresso #deixesuamarca em que os participantes poderão escrever sobre suas vivências.

A SBPT também promoverá atividades lúdicas como o PneumoGame, que contará com quizzes e competições interativas sobre diversas temáticas respiratórias com premiações dedicadas, especialmente, aos estudantes de medicina presentes no evento.

Com uma programação robusta e conteúdo de alta qualidade, o congresso também fortalecerá as redes de contato entre os participantes e incentivará a comunicação com a imprensa e o público por meio da rede Wi-Fi disponível no local, patrocinada pela AstraZeneca. 

A saúde respiratória no centro das atenções globais

Em 2020, a saúde respiratória ganhou destaque mundial com a pandemia da COVID-19. Embora tenhamos superado a emergência global causada pela disseminação do SARS-COV-2 com o desenvolvimento de vacinas, outros fatores têm agravado esse cenário, como o aumento da poluição, das queimadas e a retomada de hábitos nocivos como o tabagismo.

No Brasil, cerca de 10% da população ainda faz uso de produtos derivados do tabaco, enquanto o fumo passivo e o crescente uso de cigarros eletrônicos, especialmente entre jovens, têm gerado novas preocupações.

A poluição atmosférica e as queimadas, agravadas pelas mudanças climáticas, também intensificaram doenças respiratórias, resultando em internações e, até mesmo, mortes prematuras. Esses eventos elevam os níveis de partículas finas e gases tóxicos na atmosfera, prejudicando a qualidade do ar e afetando diretamente a saúde da população.

Todos esses fatores não só aumentam os riscos para doenças crônicas, como DPOC e asma, mas também contribuem para o aumento na incidência de câncer de pulmão, que é a principal causa de mortes por câncer no mundo, responsável por mais de 1,76 milhão de óbitos, anualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Cabe destacar que a maioria dos fatores de risco são evitáveis. Portanto, a adoção de políticas públicas eficazes, como a redução do uso de tabaco, o controle da poluição e a prevenção de queimadas, podem salvar milhões de vidas ao reduzir a incidência de doenças respiratórias graves.

No 41º Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia, especialistas debaterão estratégias de prevenção e tratamento dessas condições, propondo soluções práticas e baseadas em evidências para melhorar a saúde respiratória e reduzir a incidência de doenças como o câncer de pulmão e a DPOC.

Convite à Imprensa

Diante do exposto, convidamos a imprensa local e nacional a cobrir esse evento que promete ser um marco na saúde respiratória. Será uma oportunidade única de acompanhar as discussões mais recentes sobre o tratamento de doenças pulmonares, a implementação de novas tecnologias e o impacto das pesquisas realizadas por cientistas brasileiros e internacionais.

Para mais informações, credenciamento de imprensa e programação completa, acesse o site oficial do evento ou entre em contato com nossa assessoria.

Serviço

41°Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia

Data: 8 à 12 de outubro

Local: Centro de Convenções de Florianópolis (Centro-Sul) 

Site do evento: https://sbpt.org.br/sbpt2024/ 

Consulta Pública ANS: Contribua para a atualização das diretrizes de tratamento da Asma Grave

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abriu a Consulta Pública para receber
contribuições relativas à revisão da lista de coberturas dos planos de saúde no que se refere ao tratamento da asma grave não controlada, especificamente as Diretrizes de Utilização (DUT) 65.9, que aborda a asma eosinofílica grave, e a 65.10, relativa a asma alérgica grave, do Anexo II da Resolução Normativa nº 465/2021.

Essas diretrizes estão vinculadas ao procedimento de “Terapia Imunobiológica Endovenosa, Intramuscular ou Subcutânea” e são essenciais para a atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar.

Acreditamos que a consulta pública é um instrumento importante para a democracia, fomentando a participação social e a contribuição científica em propostas de ações governamentais. Por isso, incentivamos fortemente a participação de todos os profissionais de saúde, especialmente os associados à Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

A ANS busca alinhar os critérios de elegibilidade do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde com as diretrizes da saúde suplementar, para assegurar um tratamento mais eficaz e acessível para os pacientes que sofrem com asma grave.

Para isso, os profissionais devem analisar as atuais DUTs e considerar como as mudanças propostas podem impactar a prática clínica. Esta é uma boa oportunidade para propor melhorias que possam beneficiar o manejo da asma grave. Portanto, sugestões que ajudem a compatibilizar os critérios do PCDT com as DUTs são especialmente bem-vindas.

Interessados podem enviar contribuições ou comentários sobre a atualização do documento até 14 de outubro de 2024.

Para mais informações sobre a consulta e orientações sobre como participar, clique aqui.

Após a leitura de todos os documentos, basta preencher o formulário eletrônico disponível neste link e enviar a sua contribuição.

STF reconhece direito das Testemunhas de Jeová recusarem transfusão de sangue

Em decisão unânime e histórica, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu o direito das Testemunhas de Jeová recusarem transfusão de sangue em procedimentos realizados na rede pública de saúde, fundamentando-se nos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da liberdade religiosa. 

Os ministros do STF entenderam que os adultos Testemunhas de Jeová têm o direito de optar por tratamentos alternativos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), seja na mesma localidade de residência ou em outra. Contudo, a decisão estabelece que a recusa não se aplica a menores de 18 anos, onde prevalece o princípio do melhor interesse para a saúde e a vida da criança ou adolescente.

Segundo a corte, a decisão da pessoa deve ser feita de forma livre, informada e explícita; e deve ocorrer antes da realização do procedimento médico (o paciente pode deixar previamente estabelecida a sua decisão). Além disso, a recusa se aplica apenas ao próprio paciente e não pode ser estendida a terceiros (isso inclui os filhos menores de idade de pais que pertencem à mesma religião. Nesses casos, os pais só poderão optar por um tratamento alternativo para seus filhos se este for considerado eficaz após avaliação médica).

O STF também entendeu que todos os custos associados a esses tratamentos alternativos devem ser pagos pelo Estado, garantindo que os pacientes não sejam prejudicados financeiramente por sua escolha.

A Associação Testemunhas de Jeová Brasil saudou a decisão, afirmando que ela dá segurança jurídica a pacientes e médicos. Agora, o Brasil está alinhado com outros países que já reconhecem este direito, como Estados Unidos, Chile e Canadá.

A decisão do STF é um marco importante na proteção dos direitos humanos e religiosos no Brasil. Ela reflete o compromisso do sistema judicial em garantir que as liberdades individuais sejam respeitadas, mesmo em contextos complexos como o da saúde. 

Para a comunidade médica, isso significa que os profissionais de saúde devem estar preparados para oferecer opções de tratamento alternativas que respeitem as crenças religiosas dos pacientes, sempre dentro dos parâmetros éticos e legais.

 

SBPT participa de reunião de emergência do Ministério da Saúde sobre incêndios e saúde pública

À convite da ministra da Saúde, Nísia Trindade, a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Dra. Margareth Dalcolmo, participou de uma reunião de emergência, nesta terça-feira (17/09), para discutir o impacto dos incêndios florestais na saúde pública.

Realizado em formato híbrido, o encontro reuniu representantes de diversas instituições governamentais e de pesquisa, como IBAMA, ICMBio, Fiocruz e Universidade de São Paulo (USP), além de gestores públicos e profissionais de saúde, com o objetivo de avaliar e propor ações para enfrentar os desafios causados pelas queimadas.

O primeiro painel focou na análise das interações entre o setor da saúde e as ações implementadas por órgãos como IBAMA e ICMBio, além do papel de instituições de pesquisa no monitoramento e contenção dos incêndios.

O segundo painel, que contou com a participação da Dra. Margareth Dalcolmo; do professor titular do departamento de Medicina Preventiva da FMUSP e presidente da Sociedade Internacional de Epidemiologia Ambiental, Dr. Nelson Gouveia; do secretário de Atenção Especializada (SAES) do Ministério da Saúde, Dr. Adriano Massuda e do secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Dr. Rivaldo Venâncio, discutiu o impacto dos incêndios na saúde da população, com ênfase no aumento das internações por doenças respiratórias, alergias e outras complicações relacionadas à inalação de fumaça.

Na ocasião, foram apresentadas estratégias para a prevenção e tratamento dessas condições, incluindo recomendações como o uso de máscaras, a redução de atividades ao ar livre em áreas afetadas e o acesso a atendimento médico especializado.

Outro ponto abordado foi a necessidade de campanhas de conscientização sobre os riscos à saúde causados pela exposição à fumaça dos incêndios, assim como a educação da população para medidas de proteção.

Os especialistas também destacaram a urgência em garantir insumos como oxigênio e medicamentos respiratórios, especialmente para as populações mais vulneráveis, como trabalhadores ao ar livre e pessoas em situação de rua.

Ao final, além de uma avaliação coletiva sobre as políticas públicas e as ações implementadas até o momento, também foi sugerido um plano de comunicação de riscos para garantir uma resposta organizada e efetiva que proteja as comunidades que estão em maior vulnerabilidade diante dos desafios que as queimadas continuam a impor à saúde pública do nosso país.

SBPT participa do congresso anual da European Respiratory Society 2024

De 7 a 11 de setembro, representantes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) participaram do Congresso Anual da Sociedade Respiratória Europeia – European Respiratory Society (ERS), em Viena, na Áustria. Realizado em formato híbrido, com participações presenciais e online, o congresso promoveu cinco dias de intensa troca de conhecimentos com milhares de profissionais da saúde respiratória de todo o mundo. 

Na sexta-feira (6/9), a presidente da SBPT, Dra. Margareth Dalcolmo representou a sociedade no Global Allergy and Airways Patient Platform Summit (GAAPP), um evento pré-congresso realizado no Fleming Hotel Wien-Stadthalle que destacou questões globais sobre alergias e vias aéreas, áreas de crescente relevância na saúde pública mundial.

No sábado (7/9), a presidente também participou do “COPD Index”, junto ao diretor de ensino da SBPT, Dr. Clystenes Silva, no qual discutiram os resultados do estudo sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e estratégias para impulsionar mudanças no cenário global.

“É notável a alta qualidade das apresentações, especialmente no que diz respeito ao acesso a novos medicamentos e terapias inovadoras para doenças de grande relevância, como a asma brônquica e a DPOC. Um ponto de destaque foi a aprovação de imunobiológicos para DPOC, com o Brasil sendo um pioneiro ao aprovar o uso do dupilumabe para essa condição, antes mesmo do FDA nos Estados Unidos”, enfatizou Margareth Dalcolmo.

A presidente da SBPT também relatou a atuação da sociedade nas discussões relacionadas ao câncer de pulmão. “Foi encorajador ver que estamos seguindo o caminho certo no Brasil. A criação de uma aliança nacional contra o câncer de pulmão, por exemplo, se alinha ao modelo europeu, focando no diagnóstico precoce e no acesso mais amplo a essas tecnologias, com o objetivo de reduzir a mortalidade. Esse intercâmbio de experiências nos mostra que estamos avançando de forma adequada, e continuaremos a trabalhar para aprimorar o diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento para os brasileiros”, acrescentou.

Ainda no sábado, a Diretora de Assuntos Científicos, Dra. Valéria Augusto e o Diretor de Defesa Profissional da SBPT, Dr. Octávio Messeder coordenaram Sessão de Língua Portuguesa e Espanhola sobre emergências em pneumologia em colaboração com a ERS, a Associação Latinoamericana de Tórax (ALAT), a Sociedade Espanhola de Pneumologia e Cirurgia Torácica (SEPAR) e a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP).

O Brasil se destacou no congresso, com 221 inscritos, 91 resumos aprovados e duas apresentações orais. O Dr. Ricardo Gassmann, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), comentou a alegria em representar a UEFS na ERS 2024. “Trouxemos dois pôsteres: o primeiro abordou lesão pulmonar induzida pelo veneno de cascavel e suas repercussões clínicas, um estudo com grande potencial translacional para a medicina clínica. O segundo foi um pôster colaborativo com o Respira Lab do Equador, focando na disponibilidade e busca de informações sobre transplante pulmonar na América Latina. Acreditamos que esse trabalho pode gerar pressão para o desenvolvimento de centros transplantadores na região”, analisou.

Além disso, dois trabalhos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) receberam reconhecimento, com as doutoras Isabela Leite Aziz e Mariana Costa Rufino contempladas com bolsas do congresso por seus pôsteres sobre fibrose cística e diagnósticos pleurais diferenciais, respectivamente.

Para Margareth Dalcolmo, essa forte presença brasileira reflete a crescente integração dos pesquisadores no cenário global, além de fortalecer as colaborações da SBPT com instituições europeias. 

Ao longo do evento, o estande da SBPT foi frequentado por diversas personalidades, incluindo a presidente da ERS, Dra. Monica Gappa. O congresso também ofereceu oportunidades valiosas de networking, como o “ERS Partner Society Get Together” e o prestigiado jantar de recepção, realizado no icônico Museu de História Natural de Viena.

De acordo com o presidente eleito da SBPT para o biênio 2025-2026, Dr. Ricardo Amorim Corrêa, este é um grande congresso, com muitas inovações e palestras extremamente interessantes e atualizadas, com a participação de mais de 20 mil pessoas. “O evento superou todas as expectativas, especialmente nas discussões sobre o impacto da inteligência artificial na medicina respiratória. Foi uma oportunidade ímpar para compartilhar e absorver conhecimento com especialistas de todo o mundo”, ressaltou.

Para o diretor de Comunicação da SBPT, Dr. Waldo Mattos, participar de um congresso como o ERS é uma oportunidade única. “Para quem faz pesquisa, é um momento de aprender diretamente com quem está desenvolvendo metodologias semelhantes. Para quem não faz pesquisa, é uma chance de compreender melhor os medicamentos que usamos no dia a dia. Nem todas as respostas estão nos manuais e guidelines, e o congresso permite que vejamos como especialistas que se dedicam à farmacodinâmica e farmacologia pensam sobre esses temas. Participar de eventos como este continua sendo uma das melhores formas de atualização médica”, pontuou.

Além das sessões científicas, a diretoria da SBPT realizou diversas reuniões estratégicas durante o congresso, incluindo um encontro com a American Thoracic Society (ATS), que marcou um passo importante para futuras colaborações bilaterais. Participaram da reunião a Dra. Margareth Dalcolmo, o presidente eleito Dr. Ricardo Corrêa e o gerente executivo Erick Serra, fortalecendo os laços entre as duas entidades. Outro destaque foi o almoço com a Sanofi, que reforçou o apoio da indústria farmacêutica à inovação no tratamento de doenças respiratórias.

A SBPT encerrou sua participação no congresso com um jantar especial da diretoria, um momento de confraternização e alinhamento das estratégias futuras da sociedade. No último dia do evento, foram destacados os avanços e os pontos altos do congresso em uma reunião entre a SBPT e a Sanofi no Hotel NH Wien City.

A presença da SBPT no ERS 2024 reafirma seu papel nas discussões globais sobre saúde respiratória e fortalece seu compromisso com a excelência científica e as colaborações internacionais.