Participar da Comissão de Valorização de Novas Lideranças
Para residentes a participação nesta Comissão está condicionada ao envio do Certificado de conclusão da residência médica ou declaração que esteja cursando com data de início e término.
Imunização é tema de nova comissão científica da SBPT
Postado por Ana Cecilia há 04/09/2023
Com o objetivo de promover a educação e a conscientização da comunidade médica e da população sobre a importância da imunização em doenças respiratórias, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) criou uma comissão científica para tratar de ações referentes ao tema.
A vacinação é uma das medidas mais eficazes para prevenir essas doenças, uma vez que estimula o sistema imunológico a produzir defesas contra os patógenos, reduzindo o risco de infecção, doença e morte. Diante das dificuldades enfrentadas durante o pandemia da Covid-19, ações como esta se tornam cada vez mais necessárias.
Coordenada pelo Dr. Clystenes Silva, a comissão de imunização é composta pelos seguintes membros: Dra. Margareth Dalcolmo; Dr. José Tadeu Monteiro; Dra. Rosimeire da Silva; Dr. André Costa; e o Dr. Luiz Vicente Filho.
Dentre as atividades a serem desenvolvidas pela Comissão, cabe destacar o desenvolvimento de materiais educativos – como cartilhas, vídeos e infográficos – sobre a vacinação em doenças respiratórias; a realização de eventos e campanhas de conscientização, como o Dia Mundial da Imunização; e visibilizar o tema de imunização, por meio de uma maior inserção em cursos e congressos.
A SBPT acredita que a educação e a conscientização são essenciais para aumentar a cobertura vacinal em doenças respiratórias. Por isso, a comissão trabalhará continuamente para disseminar informações sobre a importância da vacinação.
SBPT participa de evento do INCA em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Fumo
Postado por Ana Cecilia há
Na terça-feira (29/08), Dia Nacional de Combate ao Fumo, especialistas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e do Ministério da Saúde discutiram estratégias da indústria do tabaco para atrair crianças, adolescentes e jovens e tornar a população dependente da nicotina.
Com o objetivo de conhecer e alinhar estratégias contra o tabagismo, o INCA realiza anualmente este debate no dia 29 de agosto, cujo tema é escolhido conjuntamente com as secretarias estaduais e municipais de saúde e de educação, dos 26 estados e do Distrito Federal, e com outros setores do Ministério da Saúde e do Governo Federal que integram a Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro da OMS para o Controle do Tabaco (CQCT/OMS).
Em razão do crescimento do consumo do cigarro eletrônico em todo o país, o tema escolhido para 2023 foi “Sabores e aromas em produtos derivados de tabaco: uma estratégia para tornar a população dependente de nicotina”. O objetivo é alertar a população sobre como o consumo desses produtos representa um risco por aumentar a experimentação entre crianças, adolescentes e jovens; ser mais um fator agravante na manutenção da dependência; e causar ainda mais prejuízos ao organismo de quem os consome.
Diante disso, o evento abordou duas das principais estratégias da indústria para chamar a atenção deste público e incentivar a iniciação do consumo de produtos de tabaco: o uso de sabores e aromas e os baixos preços destes produtos, especialmente do cigarro.
A primeira apresentação do evento foi realizada pela chefe da Divisão de Programas de Controle do Tabagismo e outros Fatores de Risco de Câncer, do Ministério da Saúde, Maria José Giongo, que destacou a importância de políticas de prevenção, tratamento da dependência e educação pública para informar sobre os riscos associados ao tabaco. “Ações como estas, visam proteger as gerações presentes e futuras das devastadoras consequências sanitárias, sociais, ambientais e econômicas geradas pelo consumo e exposição à fumaça do tabaco”, afirmou Giongo.
Em seguida, a coordenadora de Prevenção e Vigilância do INCA, Márcia Sarpa, alertou que o tabagismo é um grave problema de saúde pública, reconhecida como uma doença epidêmica que causa dependência física, psicológica e comportamental. “A maior parte dos fumantes se torna dependente da nicotina ainda na adolescência, razão pela qual o tabagismo pode ser considerado como uma doença pediátrica”, explicou.
Segundo Sarpa, a epidemia global do tabaco mata 8 milhões de pessoas por ano, sendo 1,3 milhão de pessoas não fumantes que morrem devido ao tabagismo passivo, à fumaça do tabaco nos ambientes. “O tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo mundo. Sendo responsável por mortes de doenças crônicas não transmissíveis e diversos tipos de câncer como câncer de pulmão, de boca, laringe, faringe, esôfago, entre outros”, pontuou.
Em sua apresentação, o coordenador da Comissão Científica de Tabagismo da SBPT, Paulo Corrêa, traçou um histórico, baseado em estudos e documentos secretos da indústria do tabaco, de algumas ações e narrativas construídas para manter e atrair usuários. Saborizar o tabaco, por exemplo, não é uma estratégia tão nova assim. “Documentos secretos da indústria do tabaco mostram que já nos anos 20, as indústrias de tabaco já adicionavam mentol nos cigarros, para diminuir a aspereza da fumaça e para o tornarem mais atraentes, mais toleráveis, para os usuários”, afirmou.
Corrêa explicou ainda que os aditivos são os ingredientes adicionados a produtos de tabaco que servem para modificar o sabor, regular a combustão, umedecer, preservar ou agir como solventes para outros aditivos. “E esses sabores não são só sabores, mas substâncias químicas que promovem sabor”, alertou. “Eles incluem mentol, açúcares e aditivos de gosto (alcaçuz, chocolate, cacau e baunilha), bem como aditivos para ajudar a dobrar e embrulhar o tabaco no papel de cigarro; e até mesmo para aumentar a flexibilidade dos filtros de acetato de celulose; entre outros”, destacou.
Outra estratégia usada pela indústria do tabaco, destacada por Corrêa, é a narrativa de que os cigarros de palha, o tabaco vendido separadamente para o usuário enrolar o próprio cigarro, por exemplo, são naturais e por isso menos nocivos. “No entanto, eles têm mais aditivos que o cigarro industrializado”, alertou.
Uma retórica muito parecida para amenizar os males do tabagismo, é utilizada pela indústria para induzir o uso do cigarro eletrônico: a de que o dispositivo não faz tanto mal assim e ainda pode auxiliar as pessoas que desejam parar de fumar cigarros tradicionais.
Durante o evento, O INCA também divulgou o estudo inédito “The cigarette market in Brazil: new evidence on illicit practices from the 2019 National Health Survey“, apresentado pelo pesquisador da Divisão de Pesquisa Populacional do INCA, André Szklo. Produzido em parceria com a Universidade de Illinois, em Chicago, nos Estados Unidos, o estudo foi publicado na Tobacco Control, uma das principais revistas sobre controle do tabaco no mundo.
“O Brasil tem sido líder mundial no combate à epidemia do tabaco. Apesar disso, os últimos resultados não são animadores. Esse estudo pode apoiar as discussões atuais da reforma tributária no sentido de reforçar a necessidade de o País ter um imposto seletivo para os produtos derivados do tabaco”, destaca o autor do artigo, André Szklo.
Segundo o estudo, cerca de 40% dos cigarros consumidos no território nacional ainda pertencem a marcas que entram ilegalmente no Brasil. Desde 2016, observa-se queda na proporção de consumo desses produtos nos estados brasileiros, mas o percentual ainda é elevado. Além disso, mais de 25% das marcas ilegais que circulam no País são vendidas a um valor igual, ou levemente superior, ao preço mínimo estabelecido em lei, para os cigarros legalizados com valor estagnado, em 5 reais o maço, desde 2016. O preço médio do cigarro adquirido pelos fumantes brasileiros é de R$5,68. Nos estados que fazem fronteira com o Paraguai, por exemplo, o valor é de R$4,96.
“Por isso, o Brasil deve promover aumentos regulares acima da inflação nas alíquotas que incidem sobre o imposto sobre cigarros e no preço mínimo para atingir os objetivos de saúde e de política fiscal. Além disso, é necessário garantir também a implementação do Protocolo para Eliminar o Comércio Ilícito de Produtos de Tabaco, já ratificado pelo Estado Brasileiro”, concluiu Szklo.
SBPT participa de audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir o Programa Nacional de Controle do Tabagismo
Postado por Ana Cecilia há 31/08/2023
Nesta quarta-feira (30/08), a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Dra. Margareth Dalcolmo, participou de audiência pública, na Câmara dos Deputados, para discutir o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT).
Motivada pelo Dia Nacional de Combate ao Fumo, que acontece todo 29 de agosto – a audiência reuniu especialistas, autoridades governamentais e membros da sociedade civil para compreender o cenário brasileiro e discutir estratégias abrangentes para combater o tabagismo e promover a saúde pública no país.
Na abertura, o deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO), que propôs o debate, destacou a necessidade do engajamento de todos os setores da sociedade na luta contra o tabagismo. “É necessário que os governos e instituições de saúde, organizações não governamentais e a população em geral se unam em prol de um objetivo comum: que é a promoção da saúde e o combate ao tabagismo”, afirmou o parlamentar.
Em seguida, a Chefe da Divisão de Programas de Controle do Tabagismo e outros Fatores de Risco de Câncer, do Ministério da Saúde, Maria José Giongo, apresentou o PNCT e enriqueceu o debate com dados e análises sobre os efeitos devastadores do tabagismo na saúde pública, enfatizando a importância de políticas de prevenção, tratamento da dependência e educação pública para informar sobre os riscos associados ao tabaco.
Segundo Giongo, mais de vinte milhões de pessoas no Brasil fazem uso de produtos derivados do tabaco. “Além de ser a porta de entrada para outras drogas, é a segunda droga mais consumida entre os jovens. O tabagismo é ainda fator de risco para doenças cardíacas, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), dentre outras. Assim, mata cerca de 443 pessoas por dia”, advertiu.
No fim, a balança pesa para o Sistema Único de Saúde, uma vez que os custos e os danos produzidos pelo cigarro ultrapassam 125 bilhões. “Hoje, o que arrecadamos com impostos do tabaco só cobre 10% das perdas do país em razão do tabagismo”, apontou.
Diante dos dados apresentados, a presidente da SBPT, Dra. Margareth Dalcolmo, destacou a necessidade de se considerar uma linha de cuidado na integralidade, com a incorporação de novos medicamentos para cessar o tabagismo, o amplo diagnóstico para DPOC e a luta contra o cigarro eletrônico.
Além disso, alertou sobre os perigos da nova estratégia da indústria do tabaco: os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs). “A SBPT tem tido um papel fundamental nesse sentido, por meio da nossa Comissão de Tabagismo que é super atuante e tem participado da Conicq (Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco) o tempo todo”, destacou a presidente da SBPT.
A pneumologista lembrou ainda que embora a venda dos cigarros eletrônicos seja proibida, é possível comprar o produto em qualquer lugar. “E, com isso, temos atendido cada vez mais adolescentes de 12 ou 13 anos com danos nos pulmões similares aos observados em um idoso de 80 anos, fumante de cigarros há muito tempo”, enfatizou.
Apesar de ter havido uma redução de 35% para 9,1% no número de fumantes no país, Margareth Dalcolmo defende que “essa permissividade da venda dos cigarros eletrônicos, sem a menor fiscalização, contribui para criar e alimentar de maneira perversa as novas legiões de dependentes de nicotina, que vão apresentar DPOC em idade muito mais tenra do que aquela que estamos habituados a tratar”, apontou.
Também participaram da audiência pública, a Coordenadora Estadual do Programa Nacional de Controle do Tabagismo de São Paulo e membro da Associação de Crônicos do Dia a Dia (CDD), Sandra Marques; a Diretora-Geral da ONG Aliança de Controle do Tabagismo (ACT Promoção da Saúde), Mônica Andreis; o Oficial Nacional de Controle de Tabaco e Impostos Saudáveis, da Coordenação de Determinantes da Saúde, Doenças Crônicas não Transmissíveis e Saúde Mental (OPAS/OMS) no Brasil, Diogo Alves; a Coordenadora de Determinantes da Saúde, Doenças Crônicas não Transmissíveis e Saúde Mental da OPAS/OMS, Elisa Pietro; e o Diretor-Executivo da Associação de Crônicos do dia-a-dia e Fundador da ONG Amigos Múltiplos pela Esclerose, Gustavo San Martin.
Ao final do evento, o deputado Zacharias Calil agradeceu a participação de todos os presentes e enfatizou a importância de considerar todas as perspectivas na elaboração de políticas que afetam a saúde e o bem-estar da população. “São grandes os desafios para criação de políticas públicas capazes de reduzir esses números. No entanto, acredito que por meio de ações conjuntas e políticas públicas efetivas poderemos reduzir significativamente o consumo de tabaco e seus impactos negativos na saúde da nação”, arrematou.
Em nota, a Academia Nacional de Medicina manifestou apoio à iniciativa da SBPT de apresentar ao Ministério da Saúde, com a anuência de estados e municípios, através de suas representações no CONASS e CONASEMS, a proposta mais lógica de propiciar o acesso a diagnósticos, na rede básica, para doenças de alta prevalência no país, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), e prover os medicamentos de uso contínuo, através das farmácias populares.
A SBPT segue empenhada na luta contra o tabagismo, articulando em todas as instâncias e ocupando todos os espaços possíveis para alertar sobre os perigos da liberação do comércio de cigarro eletrônico no país e, também, garantir o fornecimento de medicamentos para o tratamento do tabagismo pelo SUS.
Fapesp divulga oportunidade de pós doutorado em Pneumologia
Postado por Ana Cecilia há 29/08/2023
Esta é uma oportunidade única de se juntar a um projeto inovador na renomada Disciplina de Pneumologia da Faculdade de Medicina da USP, em parceria com o Hospital das Clínicas (HCFMUSP), para investigar os efeitos tardios da COVID-19 em uma coorte de pacientes sobreviventes.
Neste projeto multidisciplinar, serão avaliados os efeitos físicos, psicológicos e cognitivos em pacientes que sobreviveram à internação por COVID-19 em Hospital Universitário Terciário. Com a análise de 66 indivíduos, divididos entre voluntários saudáveis e pacientes com COVID longa, a abordagem focará em uma avaliação abrangente desses efeitos, em faixas etárias distintas (18-40 anos, 41-60 anos, >60 anos).
A vaga está aberta a brasileiros e estrangeiros. Os candidatos devem ter título de doutor há menos de 7 anos e experiência em medidas funcionais de músculos respiratórios, uma vez que o projeto irá incorporar três novas técnicas de avaliação dos músculos respiratórios: strain diafragmático; Doppler tecidual diafragmático; e pressão de boca pós-estímulo magnético do frênico.
O selecionado receberá Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 9.047,40 mensais. Além disso, será disponibilizada uma reserva técnica equivalente a 10% do valor anual da bolsa, para auxiliar em despesas imprevistas relacionadas à atividade de pesquisa.
As inscrições podem ser realizadas até 15/09/2023.
Para mais informações e instruções de candidatura, clique aqui.
CFM se manifesta sobre pedidos de cópias de prontuários médicos
Postado por Ana Cecilia há 28/08/2023
Diante do elevado número de solicitações de cópias de prontuários médicos, por parte de delegacias de polícia, Defensoria Pública e Ministério Público, o Conselho Federal de Medicina (CFM) se manifestou sobre a legitimidade da requisição e a liberação desses pedidos, por parte das instituições hospitalares.
Em despacho, o CFM defende que, nos termos do Art. 89 do Código de Ética Médica (Resolução CFM no 2.217/2018), prontuários médicos só podem ser compartilhados com a devida autorização judicial, ou do próprio particular interessado.
Academia Nacional de Medicina apoia iniciativa da SBPT sobre o acesso a medicamentos para asma e DPOC
Postado por Ana Cecilia há
Na sexta-feira (25/08), a Academia Nacional de Medicina compartilhou nota de apoio à iniciativa da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) de apresentar ao Ministério da Saúde, com a anuência de estados e municípios, através de suas representações no CONASS e CONASEMS, a proposta mais lógica de propiciar o acesso a diagnósticos, na rede básica, para doenças de alta prevalência no país, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), e prover os medicamentos de uso contínuo, através das farmácias populares.
A instituição reconhece que há na população brasileira cerca de 20 milhões de asmáticos, entre crianças e adolescentes (12%) e adultos (5%), com mortalidade de 2.500 pessoas a cada ano, ou 5 a 7 por dia e que, a esses, se somam 7 milhões de portadores de DPOC de padrão enfisematoso na maioria das vezes causado pelo vício de fumar.
Além dos inúmeros estudos que embasam a necessidade de se diagnosticar precocemente essas doenças e, assim, propiciar o tratamento adequado, há todo um processo para que as medicações sejam incorporadas ao SUS, pela aprovação da CONITEC.
Estudo recente sobre um período de cinco anos no Brasil, desenvolvido pelo sistema FIRJAN/SESI, revela dados que exigem medidas de saúde pública pragmáticas. Apenas 12% dos casos desse conjunto de doenças são diagnosticados e menos de 20% seguem com o tratamento prescrito, por diferentes razões, e as principais são o retardo diagnóstico e a dificuldade de acesso a medicamentos eficazes. Estes, se usados corretamente, teriam imenso impacto sobre a morbidade, absenteísmo ao trabalho e hospitalizações.
De 2017 a 2022, mais de 510 mil pessoas foram hospitalizadas por DPOC, gerando um gasto superior a 500 milhões de reais no período, e uma morte a cada 11 internados. O custo na seguridade social agrava a situação visto que se calcula em mais de 4 bilhões de reais o gasto com afastamentos motivados por DPOC, com 20 mil brasileiros recebendo benefícios previdenciários por essas doenças, representando 9% de taxa de absenteísmo estimada.
Na última sexta-feira (25/08), o coordenador da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Dr. José Tadeu Colares, representou a sociedade na abertura do Pneumoceará 2023, com a palestra Pneumonia Adquirida na Comunidade.
Palestra do Dr. José Tadeu Colares.
O evento aconteceu na universidade Unichristus, em Fortaleza, e reuniu mais de 300 inscritos e 61 profissionais da saúde, entre palestrantes e moderadores, compostos por pneumologistas, pneumopediatras, cirurgiões torácicos, radiologistas, oncologistas, infectologistas, patologistas, radioterapeutas, fisioterapeutas, enfermeiros e terapeutas ocupacionais, além de estudantes de graduação de 4 ligas acadêmicas de pneumologia.
Além das palestras, o evento contou com a apresentação de 76 trabalhos em formato de e-pôsteres sobre os mais variados temas da especialidade.
A SBPT também participou com um estande no congresso.
SBPT defende tributação adicional para tabaco, álcool, agrotóxicos e alimentos ultraprocessados em audiência pública no Senado
Postado por Ana Cecilia há
Representantes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e de diversos movimentos sociais participaram, nesta quarta-feira (23/08), de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, no Senado, para advogar em favor da tributação de tabaco, álcool, agrotóxicos e alimentos ultraprocessados.
Advocacy sobre a reforma tributária no gabinete do Senador Flávio Arns.
Em julho, a Câmara dos Deputados aprovou o texto da reforma tributária (PEC 45/2019) que traz uma tributação adicional com um imposto seletivo para itens classificados como prejudiciais à saúde. Como a lista pode ser revista pelo Senado e, depois, ainda será preciso regulamentar a reforma por meio de uma lei, a comitiva aproveitou o momento para visitar parlamentares e advogar em favor da causa.
“Vivemos o congelamento do preço mínimo dos cigarros no país desde 01/05/2016. E, como as políticas de preços e impostos são fundamentais para desencorajar o consumo, temos uma enorme oportunidade com a reforma tributária para se criar impostos sobre produtos que fazem mal para as pessoas e para o meio ambiente”, destacou o Dr. Paulo Corrêa, coordenador da Comissão de Tabagismo da SBPT.
Além de poder contribuir para diminuição do consumo, o aumento dos impostos também deverá contribuir para minimizar o déficit com os gastos do SUS referente ao tratamento de doenças ocasionadas pelo uso desses produtos. “A dependência química da nicotina só pode ser combatida com um conjunto de ações econômicas, políticas e sociais”, lembrou Corrêa.
Segundo pesquisa Datafolha, encomendada pela ACT Promoção da Saúde, 94%dos brasileiros apoiam o aumento de impostos para produtos nocivos à saúde, como cigarros, bebidas alcoólicas e alimentos ultraprocessados, e ao meio ambiente, tema recorrente nas discussões em torno da reforma tributária.
A maioria da população (57%) também é contrária aos incentivos fiscais a setores que produzem esses produtos. A pesquisa mostra ainda que 73% dos entrevistados é favorável que o valor arrecadado seja designado para o SUS.
Além disso, um importante estudo mostrou que a indústria do tabaco traz prejuízos para a economia brasileira: a arrecadação de impostos seria de R$12,23 bilhões, enquanto os custos diretos e indiretos são da ordem de R$125,15 bilhões. Ou seja, “o valor arrecadado com os impostos que incidem sobre o tabaco representa somente 10% das perdas do país devido ao tabagismo”, enfatizou o coordenador da Comissão de Tabagismo da SBPT.
Promovendo a saúde na reforma tributária
Representantes da SBPT e outros movimentos sociais no Congresso Nacional.
A reforma tributária sobre consumo visa, primordialmente, à unificação e consequente simplificação do sistema de impostos. Ela também define alíquotas distintas para vários setores. E é aqui que entram as reivindicações da comunidade em defesa da promoção da saúde, pois é possível favorecer aquilo que faz bem à saúde e desestimular o que é nocivo.
Nesse sentido, a SBPT, ACTbr e outras organizações defendem, resumidamente, os seguintes pontos no Senado:
1) Manutenção do imposto seletivo, que é um imposto extra sobre produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente, tal qual foi aprovado na Câmara dos Deputados (posteriormente esse imposto deveria incidir sobre tabaco, bebidas alcoólicas e alimentos ultraprocessados).
2) Manutenção da Cesta Básica Nacional de Alimentos com alíquota zero criada pela Câmara dos Deputados.
3) Garantir que somente alimentos essenciais à saúde humana tenham alíquota reduzida em 60% (ultraprocessados não podem estar nesse rol).
4) Vedação de subsídios para os produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente que serão alvo do imposto seletivo.
5) Vinculação dos recursos arrecadados com o imposto seletivo para o SUS.
Fonte:
Instituto de Efetividade Clínica e Sanitária. A importância de aumentar os impostos do tabaco no Brasil. Palacios A et al., 2020. www.iecs.org.ar/tabaco
SBPT lança livro sobre a história da Pneumologia e Tisiologia no Brasil
Postado por Ana Cecilia há 25/08/2023
Durante o Congresso de Asma, DPOC e Tabagismo, realizado em Curitiba, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) lançou o livro“Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia: 85 anos dedicados à saúde respiratória”.
Disponível para download gratuito no site da instituição, o livro documenta os primeiros passos e a consolidação desta especialidade no Brasil, desde 1926, quando Clementino Fraga instituiu pioneiramente no país o ensino de Tisiologia na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, na cadeira de Clínica Médica.
Para reconstituir esta história, foram fundamentais os depoimentos de ex-presidentes, ex-editores do Jornal Brasileiro de Pneumologia, coordenadores de Comissões e Departamentos e colaboradores da SBPT.
Esta é a primeira obra editada pela SBPT para tratar da trajetória da especialidade, dos pontos de vista geral e nacional. Idealizada e iniciada na gestão do biênio 2021-2022, liderada pela Dra. Irma de Godoy, a obra foi finalizada e distribuída pela atual presidente da SBPT, Dra. Margareth Dalcolmo. Não por acaso, a introdução do livro é de autoria da ex-presidente e o desfecho pela presidente em exercício. Escritos que transbordam vivência, respeito e muita dedicação pela temática.
Também participaram do comitê editorial responsável pelo projeto, os médicos José Roberto de Brito Jardim, Laércio Moreira Valença, Marcia Margaret Menezes Pizzichini, e Murilo José de Barros Guimarães.
Segundo Margareth Dalcolmo, “A bela trajetória da SBPT, cuja maturidade vem cuidadosamente contada em momentos seminais neste livro, além de revelar o progresso científico no campo das doenças respiratórias, mostra a participação de figuras brasileiras relevantes que marcaram nossa história“.
Para Irma Godoy, fica claro que a SBPT é muito mais que a congregação de especialistas que cuidam da saúde respiratória da população. É uma entidade consolidada, atuante e preparada para se adequar às realidades impostas pelas transformações políticas, socioculturais, científicas e tecnológicas no país e no mundo de cada momento histórico que atravessou. E a história contada neste livro revela essa busca incessante pela garantia ao ato mais básico da vida: RESPIRAR. “Então, respire fundo, relaxe e leia esta história, que é de muito trabalho, superação de dificuldades, união e realizações”, incentiva.
Centro de Treinamento da SBPT sediou o II Curso Teórico-Prático de Distúrbios do Sono
Postado por Ana Cecilia há
Nos dias 28 e 29 de julho, foi realizada a segunda edição do Curso Teórico-Prático de Distúrbios do Sono, no Centro de Treinamento da SBPT, em Brasília. O evento contou com a participação de 23 congressistas e 5 palestrantes.
Foram dois dias de curso, com duração total de 16hs/aula, incluindo cinco estações práticas com exibição/leitura de exames, manuseio de equipamentos, atenção aos pacientes adulto e infantil, softwares, dentre outros.
O reduzido número de participantes ajudou na dinâmica mais focada e individualizada.
Minas Gerais sediará curso de Leitura Radiológica das Pneumoconioses
Postado por Ana Cecilia há
A Sociedade de Radiologia de Minas Gerais, em parceria com a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho –FUNDACENTRO, realizará curso de Leitura Radiológica das Pneumoconioses, pelo padrão da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Belo Horizonte (MG).
Com duração de 28h, o curso é dividido em três momentos: preleções teóricas, demonstração prática do uso da classificação radiológica e atividades práticas. Para isso, serão fornecidos aos participantes apostila e CD com o material didático. Já as radiografias padrão e de treinamento são propriedade da FUNDACENTRO.
Para participar da formação, os interessados devem:
Ter título de especialista válido, conferido por uma das respectivas sociedades médicas relacionadas ao tema (Radiologia, Pneumologia, Clínica Médica e Medicina do Trabalho) e/ou registro de especialista junto ao respectivo CRM (RQE em alguma das especialidades anteriores);
Ter vivência prévia em radiologia torácica e acesso regular à coleção de radiografias-padrão OIT;
Cabe destacar que interessados que tenham especialidade em Clínica Médica (ou uma das suas especialidades, exceto Pneumologia) ou sejam médicos do Trabalho deverão passar por uma avaliação de proficiência em radiologia torácica para admissão no curso.
São apenas 24 vagas disponíveis!
Inscrições e mais informações pelos telefones: (31) – 32731559 e (31) 985553997 ou pelo e-mail srmg@srmg.org.br
Congresso de Asma, DPOC e Tabagismo da SBPT reúne mais de mil participantes do Brasil e do mundo em sua primeira edição presencial pós-pandemia
De 2 a 5 de agosto, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) realizou o XIII Congresso Brasileiro de Asma e o X Congresso Brasileiro de DPOC e Tabagismo, que ocorreram conjuntamente com o II Congresso Paranaense de Pneumologia e Tisiologia.
O evento aconteceu em Curitiba, no Centro de Convenções Viasoft Experience e reuniu 1029 participantes, entre especialistas, gestores e profissionais da saúde.
Asma, DPOC e tabagismo são doenças muito prevalentes e de grande impacto para a saúde pública, motivo pelo qual a SBPT organiza esses eventos a cada dois anos, o que permite discutir sistematicamente os temas mais relevantes e atuais destas enfermidades com a comunidade médica.
Para brindar o grande retorno do congresso presencial depois do controle da pandemia pelo COVID-19, foram convidados 150 palestrantes, nacionais e internacionais, cuja diversidade de abordagens e qualidade das apresentações e discussões fizeram com que estes eventos resultassem em uma plena atualização sobre os temas. Destaca-se também a rica contribuição da comunidade pneumológica durante o evento com 198 trabalhos, sendo 140 pôsteres e 58 apresentações orais de temas livres.
Na quarta-feira (02/08), os congressistas puderam participar de quatro cursos pré-congresso: Função Pulmonar, Infecções Respiratórias, Doença Pulmonar Avançada e Imagem.
Na quinta-feira (03/08), o Congresso foi aberto oficialmente pela presidente da SBPT, Dra. Margareth Dalcolmo, que destacou alguns avanços e conquistas da SBPT nesses primeiros 6 meses de sua gestão.
A primeira delas trata do início da campanha em favor do descarte consciente de medicamentos, blisters e dispositivos de inalatórios. “Que já usamos e que, certamente, tencionamos usar muito mais, com as negociações que temos feito no sentido de que esses medicamentos saiam da lista de medicamentos de alto custo e passem para a farmácia popular”, iniciou.
A segunda e extremamente impactante conquista foi o resultado de uma intensa articulação política em busca de melhorias no acesso à saúde respiratória do país, a qual viabilizará a oferta de novos tratamentos pela rede pública aos pacientes com fibrose cística. “E esta é a segunda conquista que gostaríamos de compartilhar. Há exatamente duas horas, recebi a informação de que a CONITEC liberou a incorporação da terapia tripla – para o tratamento da fibrose cística em nossos pacientes – à rede do SUS. E essa foi uma iniciativa que a SBPT, capitaneou desde o início deste ano”, se emocionou.
E a terceira informação importante compartilhada por Margareth Dalcolmo foi o resgate de uma nova organização para os transplantes de pulmão no Brasil. “Nós propusemos ao Ministério da Saúde uma regionalização e uma hierarquização geográfica para os transplantes. O Brasil é um país muito grande e complexo. Não é possível que um paciente do norte do país tenha que ir para o sul para fazer isso. É praticamente impossível numa vida cotidiana”, explicou.
Para conseguir apoio político nesta empreitada, a SBPT uniu-se ao CONASS e ao CONASEMS. “E, hoje, fui comunicada pelo secretário de Minas Gerais, que é o presidente do CONASS, que a secretaria de saúde de Minas Gerais trouxe a si a responsabilidade do provimento dos equipamentos de ECMO necessários para a execução dessa nova organização, o restauro e o reinício dos transplantes de pulmão junto a Universidade Federal de Minas Gerais”, finalizou.
Durante a abertura, a presidente da SBPT também ressaltou presenças ilustres no evento, com especial destaque à Dra. Ester Sabino, responsável pelo sequenciamento do genoma da SARS–CoV no Brasil. “Ester é um orgulho para todos nós! Para a comunidade acadêmica, para o grupo de mulheres. É algo que nos estimula muito”, reforçou Margareth Dalcolmo.
Na tarde do mesmo dia, com a presença de muitos dos ex-presidentes da entidade, a SBPT lançou o livro “Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia: 85 anos dedicados à saúde respiratória”, o qual ressalta e ilustra a história da maior sociedade latino-americana de pneumologia.
Na sexta-feira (04/08), todos os residentes presentes no evento foram convidados para um almoço com a palestra do Dr. José Roberto Jardim, que falou sobre carreira e trajetória profissional.
E no sábado (05/08), o Congresso foi finalizado com sessões de “mensagens para casa”, momento em que se destacam as discussões mais importantes, provenientes das aulas de Asma; DPOC; Tabagismo; Interstício; Infecção e Doença Pulmonar Avançada.
Assista aos vídeos destacados abaixo e vários outros disponíveis no site e sinta o clima do Congresso. Com a palavra, nossos especialistas:
Dr. Paulo Corrêa, coordenador da Comissão de Tabagismo
Neste vídeo, o diretor da Comissão de Tabagismo da SBPT, Dr. Paulo Corrêa, ressalta a grade atrativa do Congresso, com destaque às mesas sobre os riscos dos cigarros eletrônicos e tabagismo nas mulheres.
Clique no vídeo para a entrevista completa.
Dr. José Eduardo Cançado
Neste vídeo, o professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Dr. José Eduardo Cançado, fala sobre o avanço no tratamento da asma grave por meio da aprovação de cinco imunobiológicos pela Anvisa, bem como o papel dos biomarcadores e a fenotipagem na escolha do tratamento.
Clique no vídeo para a entrevista completa.
Dr. Luiz Fernando Pereira, coordenador da Comissão de DPOC
Neste vídeo o Dr. Luiz Fernando Pereira comenta o documento lançado pela SBPT em parceria com outras entidades, que consolidou o primeiro consenso brasileiro sobre rastreamento de câncer de pulmão e que contribuirá para a redução da mortalidade.
Clique no vídeo para a entrevista completa.
Dra. Lilian Ballini, coordenadora da Comissão de Asma da SBPT
Neste vídeo, a coordenadora da Comissão de Asma da SBPT, Lilian Ballini, faz um balanço sobre o Congresso, com destaque à ampla discussão de temas, grande procura por parte dos inscritos e o alto nível das palestras.
Clique no vídeo para a entrevista completa.
Dra. Leda Rabelo, Presidente do Congresso de 2023
Neste vídeo, a Dra. Leda Rabelo revela suas impressões sobre o Congresso, com destaque à evolução vivida pela pneumologia, neste momento, em todo o mundo.
Clique no vídeo para a entrevista completa.
Para saber mais sobre os assuntos abordados, acesse todos os trabalhos nosAnais de Congressos, publicados pelo Jornal Brasileiro de Pneumologia.
E, para relembrar este encontro tão importante, confira algumas fotos do evento AQUI