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SBPT participa de seminário para discutir a criação do Memorial da Pandemia de Covid-19

SBPT participa de seminário para discutir a criação do Memorial da Pandemia de Covid-19

Na terça-feira (12/03), a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Margareth Dalcolmo, participou de seminário promovido pelo Ministério da Saúde para discutir a criação do Memorial da Pandemia de Covid-19. 

Com o lema “Todos têm direito à memória. Lembrar para aprender”, o evento reuniu representantes de diversas instituições, sociedade civil e políticos para debater as lições da pandemia e combater a desinformação. 

O Memorial, que funcionará no Centro Cultural do Ministério da Saúde, na Praça XV, na cidade do Rio de Janeiro, pretende ser um museu vivo e em constante evolução, oferecendo acolhimento às pessoas afetadas pela pandemia e servindo como um espaço de reflexão sobre a importância da ciência, do conhecimento e da igualdade social. 

O objetivo é que o Memorial guarde lições para evitar futuras crises, com destaque à importância do SUS – enquanto serviço de garantia do direito à saúde, permitindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população – bem como à necessidade de avanços tecnológicos e industriais, sistemas de informação mais robustos e uma sociedade unida contra desafios comuns.

 

MECOR: últimos dias para inscrições com valor promocional

As inscrições para o MECOR 2024 (Métodos de Pesquisa Epidemiológica, Clínica e Operativa) seguem à todo vapor. Destinado a médicos e profissionais da saúde, o curso intensivo tem como objetivo aumentar a capacitação e liderança em pesquisa epidemiológica, clínica e operacional nas áreas de Pneumologia, Terapia Intensiva e Medicina do Sono.

Este ano, o Brasil sediará o evento, que acontecerá de 19 a 24 de agosto, na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Organizado pela Asociación Latinoamericana de Tórax (ALAT) em parceria com a American Thoracic Society (ATS) e apoio da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), o programa é oferecido há 30 anos na América Latina e já formou mais de 900 profissionais.

Membros da ALAT, ATS e das sociedades nacionais podem se inscrever até 15 de março pelo valor promocional de 200 dólares. Após a data, o preço da inscrição será de 250 dólares até 1 de abril, último dia das inscrições.

O MECOR é uma oportunidade de fomentar habilidades em pesquisa e contribuir para a melhoria da saúde pública.

Não perca esta oportunidade, clique aqui e faça já a sua inscrição!

 

Cristo Redentor é iluminado em campanha da SBPT contra os cigarros eletrônicos

Neste domingo, 10 de março, o icônico monumento ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, recebeu iluminação especial em tons de verde não apenas para cativar os olhos dos espectadores, mas para conscientizar a população quanto aos males associados ao uso de cigarros eletrônicos, destacando a importância de mantê-los proibidos no Brasil.

A iniciativa, que é parte da campanha da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), em parceria com o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, reuniu mais de 50 representantes de sociedades médicas brasileiras, instituições públicas e da sociedade civil.

“O impacto do Brasil ter conseguido reduzir uma população de 40% de fumantes para pouco mais de 10% é inquestionável. Temos aqui, no final deste domingo, um vento puro que é tão simbólico que não podemos deixar de fazer outra coisa senão poesia deste momento.”, destacou a presidente da SBPT, Dra. Margareth Dalcolmo, durante a cerimônia de abertura.

“E, por isso, nos preocupa que, agora, nossos jovens estejam sendo instados e tentados por esses dispositivos, de apresentação um tanto glamourosa, em certo sentido, a ficarem adictos e profundamente adoecidos.”, advertiu.

Desde 2009, o comércio dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) são proibidos pela Anvisa, por meio da Resolução n°46. No entanto, a falta de fiscalização no país permite que qualquer pessoa tenha fácil acesso aos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), sendo crianças e adolescentes, as novas vítimas da dependência de nicotina e pacientes de graves quadros respiratórios, cada vez mais frequentes.

O presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Dr. Mario Moreira, lembrou que sempre que política pública é produzida sem embasamento científico, a sociedade é quem paga e o sistema de saúde é que fica sobrecarregado.

“Então, nós estamos aqui, ombreados com todas essas entidades de saúde para reafirmar que é preciso escutar a ciência. E a ciência tem produzido evidências que demonstram que esses dispositivos eletrônicos fazem mal à saúde dos nossos jovens.”, enfatizou Moreira.

A presidente da SBPT agradeceu o apoio incontestável do santuário, na figura do padre Omar, e de todos os demais parceiros que tem acompanhado de perto, em suas rotinas profissionais, os danos que o uso desses dispositivos tem ocasionado nos pulmões da população mais jovem.

“Nosso desejo é que isso repercuta, não como uma mera visita ao Cristo Redentor, mas como algo de muita força simbólica, especialmente neste momento em que estamos a poucos dias da Anvisa convocar uma nova reunião da diretoria colegiada, que nós esperamos, com muita expectativa e com muita fé, se me permite assim dizer, que ratifique a nossa posição que o Brasil tem de regulamentação desde 2009, que não permite nem a comercialização e nem a distribuição de dispositivos eletrônicos de fumar. Evidentemente que, ao dizer isso, não estamos de acordo com a punição ou exposição de usuários, uma vez que o nosso papel é conscientizá-los.”, complementou Margareth Dalcolmo.

Além dos respectivos líderes das entidades supracitadas à frente desta ação, cabe destacar a participação da presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM), Prfa. Eliete Bouskela; do Dr. Carlos Alberto de Barros Franco; da secretária de Ciência e Tecnologia do município do Rio de Janeiro, Dra. Tatiana Roque; do médico e ativista do Centro de Apoio ao Tabagista (CAT), Dr. Alexandre Milagres; do representante da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Victor Pimentel Diogo; da representante da Aliança contra o Câncer de Pulmão; Dra. Paula Werneck; do presidente da SOPTERJ, Dr. Carlos Leonardo Carvalho Pessoa; do presidente da Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro, Dr. Claudio Hoineff; ​​da representante da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Dra. Andrea Brandão; do presidente eleito da SBPT (Biênio 2025-2026), Dr. Ricardo Amorim Corrêa e dos diretores da atual gestão da SBPT, Dr. Ricardo Luiz de Melo Martins; Dr. Octavio Henrique Coelho Messeder e Dra. Enedina Scuarcialupi.

“É uma coisa triste, a possibilidade de glamourização de algo que faz tão mal à saúde. Todas as instituições e associações médicas precisam se unir nesta luta, pois vimos muito bem o problema que se traz quando trilhamos caminhos contrários à ciência. Então, temos que ter consciência do que estamos falando. A Academia já protocolou documento contra e recomendamos que todas as demais instituições se manifestem da mesma forma. Nós estamos às ordens para discutir esse assunto como qualquer outro assunto que interessa à saúde”, reiterou Eliete Bouskela.

O iluminar do monumento ao Cristo Redentor neste domingo foi mais do que um espetáculo visual: foi um lembrete vívido dos desafios enfrentados pela sociedade na luta contra o tabagismo.

Por isso, atenda você também a este chamado de ação para proteger a juventude brasileira dos perigos associados ao uso desses dispositivos!

 

Cristo Redentor ganha iluminação especial em campanha que alerta para os males dos cigarros eletrônicos

Na noite deste domingo, 10 de março, o monumento ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, receberá, numa cerimônia a partir das 19h, uma iluminação especial em tons de verde não apenas para cativar os olhos dos espectadores, mas para lançar um alerta importante à sociedade.

Esta é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), em parceria com o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, que tem como objetivo conscientizar a população sobre os perigos associados ao uso de cigarros eletrônicos, destacando a importância de mantê-los proibidos no Brasil.

Além da presidente da SBPT, Margareth Dalcolmo, e do reitor do Santuário, Padre Omar, o evento reunirá representantes de diversas instituições públicas, privadas e da sociedade civil.

“Saúde e bem estar de nossa população são realidades inegociáveis e não podem ser relativizadas. Portanto, nosso sagrado monumento ao Redentor adere a esta campanha na certeza de que tal participação influenciará positivamente na conscientização”, destaca o reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar.

A ação faz parte da campanha da SBPT, lançada em outubro do ano passado, em oposição ao projeto de lei 5008/2023, apresentado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que propõe a liberação do comércio do cigarro eletrônico no país.

“A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, em conjunto com outras sociedades médicas como cardiologia, pediatria, adolescentes, a Fiocruz e a Academia Nacional de Medicina, fica profundamente honrada com o acolhimento da Arquidiocese do Rio de Janeiro, na figura emblemática do Padre Omar, que tem sido um aliado na proteção de nossas crianças e adolescentes. Sob as bênçãos do Cristo Redentor, expressamos nossa gratidão pela parceria estabelecida para a execução deste ato luminoso, que representa um marco em nossa luta contra os malefícios dos cigarros eletrônicos e demais dispositivos aquecidos de tabaco. Continuaremos firmes na defesa da regulamentação vigente, enquanto instamos os órgãos fiscalizatórios a intensificar seus esforços para coibir o trânsito, a propaganda e a oferta desses produtos, reconhecidamente tentadores, viciantes e prejudiciais à saúde da nossa juventude. Esta ação reforça nosso compromisso em proteger esta e as futuras gerações”, conclui Margareth Dalcolmo.

O tabagismo é uma das maiores ameaças à saúde pública global, causando a morte de mais de 8 milhões de pessoas anualmente. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), a indústria do tabaco é responsável por 12% dos óbitos no mundo e está relacionada a mais de 60 tipos de doenças. Além disso, impõe enormes custos econômicos à sociedade, com gastos de mais de R$ 125 bilhões para mitigar os problemas de saúde associados ao tabagismo, conforme o relatório do Instituto de Educação e Ciências em Saúde (IECS 2020).

Desde 2009, o comércio dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) são proibidos pela Anvisa, por meio da Resolução n°46. No entanto, a falta de fiscalização no país permite que qualquer pessoa tenha fácil acesso aos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), sendo crianças e adolescentes, as novas vítimas da dependência de nicotina e pacientes de graves quadros respiratórios, cada vez mais frequentes.

Apesar dos esforços para conter o consumo de tabaco, com dados compartilhados pelas instituições competentes, relatos impactantes de ex-fumantes e evidências científicas disponíveis por toda a internet, o hábito de fumar voltou a crescer, especialmente entre os jovens, por meio dos cigarros eletrônicos.

O uso desses dispositivos desencadeou até mesmo o surgimento de uma nova doença, denominada Evali (Doença Pulmonar Associada aos Produtos de Cigarro Eletrônico ou Vaping), que causa fibrose e outras alterações pulmonares, podendo levar o paciente à UTI, ou mesmo à morte, em decorrência de insuficiência respiratória.

Deste modo, a regulamentação para liberar o uso, o comércio e a publicidade desses produtos, coloca em risco a importante redução da proporção de fumantes no Brasil, que passou de 35% para 9% nos últimos 30 anos.

Por isso, iluminar o monumento ao Cristo Redentor neste domingo é mais do que um espetáculo visual: é um lembrete vívido dos desafios enfrentados na luta contra o tabagismo. É um chamado à ação para proteger a juventude brasileira dos perigos associados ao uso desses dispositivos.

SERVIÇO:

DIGA NÃO AO CIGARRO ELETRÔNICO

Data: 10 de março de 2024

Horário: 19h

Local: Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor

Dia Internacional da Mulher: investindo nas mulheres para acelerar o progresso

Neste Dia Internacional da Mulher, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) celebra as conquistas das mulheres e destaca a importância da igualdade de gênero na construção de um futuro mais justo, saudável e sustentável.

Para 2024, o tema escolhido pela Organização das Nações Unidas – “Investindo nas Mulheres: Acelerar o Progresso” – ressoa profundamente no contexto da saúde, onde as mulheres assumem um importante papel como profissionais, cuidadoras e agentes de mudança.

Segundo a Demografia Médica no Brasil 2023, realizada pela Associação Médica Brasileira (AMB), em parceria com a Faculdade de Medicina da USP, a projeção para 2024 é de que 50,2% do total de médicos no país sejam mulheres. Na pneumologia, as mulheres já são maioria há algum tempo e representam 51,8% do quantitativo de profissionais na especialidade.

O estudo também demonstrou desigualdade de renda entre os gêneros. Conforme dados obtidos por meio de declarações junto à Receita Federal referente ao ano-base de 2020, as médicas brasileiras declaram rendimento médio anual 36,3% inferior que os profissionais do sexo masculino.

Já o relatório da Women in Global Health intitulado “A Situação das Mulheres e a Liderança na Saúde Global” aborda o “Paradoxo XX”: apesar das mulheres corresponderem a 70% dos profissionais da linha de frente na área da saúde, elas representam apenas 25% dos cargos de liderança.

Além disso, metade deste quantitativo advém de trabalhos não remunerados, nos quais mais de 6 milhões de mulheres dedicam seu tempo e expertise como profissionais de saúde comunitária, sem receber a devida retribuição financeira.

Nesse sentido, a SBPT se une à comunidade global neste Dia Internacional da Mulher, reconhecendo a força e o impacto das mulheres na área da saúde respiratória e reafirmando seu compromisso com a construção de um futuro onde elas sejam plenamente valorizadas e recompensadas por suas inestimáveis contribuições.

A luta por reconhecimento e igualdade de oportunidades é fundamental para garantir um sistema de saúde mais justo e eficiente.

Referências

Demografia Médica no Brasil 2023

Lançada a Demografia Médica no Brasil 2023

Women in Global Health – “A Situação das Mulheres e a Liderança na Saúde Global”

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SBPT participa do II Fórum sobre Tabagismo e Cigarro Eletrônico

O Conselho Federal de Medicina (CFM) realizou, na terça-feira (27/02), o II Fórum sobre Tabagismo e Cigarro Eletrônico, na sede da instituição, em Brasília, com objetivo de fomentar o debate sobre os impactos do uso do cigarro eletrônico na saúde pública.

O  evento congregou uma série de palestras e discussões que abordaram desde a trajetória histórica do tabaco e do cigarro eletrônico, ministrada pelo médico e ativista, Dr. Alexandre de Milagres, até a Lesão Pulmonar Induzida pelo Cigarro Eletrônico (Evali), apresentada pela Diretora Financeira da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Maria Enedina Scuarcialupi.

Dentre os demais temas abordados, destacaram-se também os variados malefícios à saúde associados ao uso do cigarro eletrônico, bem como as estratégias para combater a crescente utilização desses dispositivos, especialmente entre jovens e crianças.

O evento contou com a presença maciça de representantes governamentais de diferentes esferas, enfatizando a importância de uma abordagem interdisciplinar e integrada para enfrentar essa questão premente.

“A potência desse fórum, em contexto geral, residiu justamente na capacidade de reunir representantes dos diversos setores governamentais para debater este assunto, que é bastante sério: a possível liberação do comércio desses dispositivos. Então, foi muito importante contarmos com a participação da Anvisa, do Ministério Público, enfim, do Judiciário, que permitiu uma abordagem do tema de forma bastante completa”, destacou Enedina Scuarcialupi.

O evento também reiterou o compromisso do Brasil como signatário da Convenção Quadro de Controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde (OMS), enfatizando a importância de políticas públicas robustas e independentes, imunes aos interesses comerciais da indústria do tabaco.

Em um momento em que os cigarros eletrônicos têm sido objeto de intenso debate público e político, este fórum desempenhou papel crucial ao reunir especialistas e autoridades para promover uma discussão informada e abrangente sobre esse tema tão importante para a saúde e bem-estar da população.

 

SBPT reitera posicionamento sobre os Dispositivos Eletrônicos para fumar (DEFs)

Com o fim do período de recebimento das contribuições referentes à Consulta Pública nº 1.222/2023, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) segue em fase de avaliação e elaboração do relatório final que será apresentado pela Diretoria Colegiada para a definição de se manter ou modificar a regulamentação do uso dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) no Brasil, vigente desde 2009.

O tabagismo convencional continua a ser um enorme problema de saúde pública no Brasil: causa 480 mortes por dia no país. Também é sabido que a indústria do tabaco/nicotina traz prejuízos para a economia brasileira: a arrecadação de impostos seria de R$12,23 bilhões enquanto os custos diretos e indiretos são da ordem de R$125,15 bilhões. Ou seja, o valor arrecadado com os impostos que incidem sobre o tabaco cobre somente 10% das perdas causadas, não estando incluídos nessa conta os danos ambientais causados pelo fumo. 

Diante da forte pressão da indústria do tabaco e de uma gama de depoimentos pessoais sem qualquer embasamento científico, enviados à Anvisa e postados em redes sociais, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) reitera seu posicionamento a favor da manutenção da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 46/2009, que proíbe a comercialização, importação e propagandas de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar em território nacional.

Para detalhes, clique aqui e leia o documento na íntegra.

 

Combate ao tabagismo no Brasil: estudo revela disparidades regionais e reforça a necessidade de ações adaptadas às realidades locais

Estudo publicado na mais recente edição da revista científica Public Health revela que o tabagismo causou cerca de 480 mortes por dia, no Brasil, em 2019, entre a população com 35 anos ou mais, totalizando 174.483 óbitos. O número representa 14,5% da mortalidade total nesse grupo etário, evidenciando o impacto significativo do tabagismo na saúde pública do país. 

O estudo, que tem como um de seus autores o Dr. Paulo Corrêa, da Comissão Científica de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), analisou a mortalidade atribuível (ou seja causada especificamente) ao tabagismo nas 27 unidades federativas do Brasil, por sexo.

Os resultados demonstram que a mortalidade varia consideravelmente entre as regiões brasileiras, com o Rio Grande do Sul (248,8/100 mil habitantes) e o Amazonas (106,0/100 mil habitantes) apresentando as maiores e menores taxas, respectivamente. Após ajuste por idade, as disparidades regionais se intensificam, com o Acre (271,1/100 mil) e o Distrito Federal (131,1/100 mil) assumindo os extremos.

Além disso, as mortes atribuíveis ao tabagismo ocorreram mais entre os homens:  109.161 óbitos (62,6%) e teve como principal causa de morte a doença isquêmica do coração. Enquanto entre as mulheres, o consumo do tabaco esteve associado a 65.322 mortes (37,4%) e a principal causa de morte foi a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Evidentemente, esse perfil distinto por sexo tem a ver com as maiores taxas de tabagismo entre os homens há três ou quatro décadas.

Segundo Paulo Corrêa, o estudo enfatiza que as políticas públicas de controle do tabagismo precisam considerar essas disparidades. “Essas informações são importantes para orientar políticas públicas e programas de prevenção e controle do tabagismo no Brasil de forma mais assertiva. Embora a política nacional de controle do tabaco tenha apresentado resultados positivos na redução do consumo, é fundamental que os governos municipal, estadual e federal trabalhem conjuntamente no desenvolvimento de soluções adaptadas às realidades locais, bem como às populações vulneráveis, considerando a equidade na distribuição de recursos e serviços de saúde”, enfatiza.

O estudo também mostra a importância de se ter disponível no SUS programas de tratamento com fornecimento de medicações para apoiar e fazer a jornada do fumante de se tornar um ex-tabagista mais amena. “E, obviamente, reforça a necessidade de manter a proibição dos cigarros eletrônicos e de tabaco aquecido no país”, conclui Corrêa.

 

Consulta Pública sobre atualização do Protocolo da Fibrose Cística recebe contribuições até 28 de fevereiro

Com a incorporação do medicamento Trikafta no SUS, em setembro do ano passado, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Fibrose Cística será atualizado. O novo texto, que está em consulta pública, receberá contribuições até o dia 28 de fevereiro.

O documento contém orientações de uso, reúne evidências e estabelece como deve ser feito o monitoramento do tratamento dos pacientes. Também orienta como o novo medicamento se integra ao tratamento já existente na Rede. Clique aqui para ler a versão preliminar na íntegra.

Acreditamos que a consulta pública é um instrumento importante para a democracia, fomentando a participação social e a contribuição científica em propostas de ações governamentais. Por isso, incentivamos fortemente a participação de todos aqueles que puderem contribuir para subsidiar a consulta e enriquecer ainda mais o material.

Para participar, basta preencher o formulário eletrônico disponível no link: https://www.gov.br/participamaisbrasil/consulta-publica-conitec-sectics-n-04-2023-pcdt-fibrose-cistica1 

Live reunirá especialistas para debater a importância do descarte consciente de embalagens, medicamentos e bombinhas

Na quinta-feira (29/02), a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Dra. Margareth Dalcolmo, a empresária Luiza Helena Trajano, a ex-reitora da Unifesp, Soraya Smaili e a infectologista e ex-secretária de enfrentamento à COVID-19 do Ministério da Saúde, Luana Araújo, realizarão live informativa e educativa sobre a importância de descartar os medicamentos de uso humano, vencidos e não utilizados, de forma responsável e segura. 
 
O Brasil está entre os 10 países que mais consomem medicamentos no mundo e, muitas vezes, esses produtos não são descartados de maneira adequada. O descarte no lixo comum, no vaso sanitário ou no ralo, por exemplo, pode impactar solo e recursos hídricos, comprometendo a vida de animais e vegetais, além de afetar diretamente a qualidade de tudo aquilo que consumimos.
 
Diante disso, além de elucidar o assunto, a ideia é propor um pacto social de descarte consciente de medicamentos no dia 7 de cada mês, como um lembrete para adoção dessa prática em nosso cotidiano.
 
Junte-se a nós e descubra como você pode contribuir para essa causa tão importante!
 
Anote na agenda: 
 
Data: 29 de fevereiro
Horário: 18 horas
Local:  Instagram @ciencianasaudeoficial
 
Sigamos juntos por um mundo mais saudável e sustentável! 

SBPT participa do lançamento do Programa Brasil Saudável – Unir para cuidar

Nesta quarta-feira (07/02) o secretário-geral da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Ricardo Martins participou do lançamento do Programa Brasil Saudável – Unir para Cuidar.

A iniciativa, inédita no mundo, pretende eliminar, até 2030, doenças e infecções como problemas de saúde pública que acometem de forma mais intensa as populações em situação de maior vulnerabilidade social.

A cerimônia aconteceu no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília, e reuniu representantes de diversas pastas e esferas de governo, bem como autoridades internacionais.

Participaram da mesa de abertura, a ministra da Saúde, Nísia Trindade; a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Barbosa de Oliveira Santos; o ministro da Saúde da Indonésia, Budi Gunadi Sadikin; o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde(OMS), Tedros Adhanom; o diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa; o secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Eloy Terena; o presidente da Frente Parlamentar de Luta contra a Tuberculose, deputado Antonio Brito; e a representante da sociedade civil, em prol das doenças negligenciadas, Adjane Oliveira.

A ação é uma resposta a reivindicações históricas de movimentos sociais pela construção de políticas públicas que considerem o impacto dos determinantes em saúde e das desigualdades sociais nos processos de adoecimento e morte.

Segundo o Ministério da Saúde, entre 2017 e 2021, as doenças socialmente determinadas foram responsáveis pela morte de cerca de 60 mil pessoas no Brasil.

Além de influenciadas pela fome, pobreza e demais iniquidades sociais, as doenças socialmente determinadas acabam por perpetuar essas situações. É o caso da Tuberculose, Hanseníase, Malária, Tracoma, Oncocercose, Esquistossomose, Doença de Chagas, Hepatites Virais – além da transmissão vertical da Sífilis, Hepatite B e do HIV.

Programa Brasil Saudável – Unir para Cuidar

Alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil Saudável reúne quatorze ministérios no desenvolvimento e aplicação de estratégias para a eliminação de doenças socialmente determinadas por meio de ações articuladas que, além do cuidado integral, promovam também a inclusão social.

Coordenado pelo Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e de Outras Doenças Determinadas Socialmente – CIEDDS, com a participação dos movimentos sociais e das organizações da sociedade civil, o programa possui as seguintes diretrizes:

  1. O enfrentamento da fome e da pobreza para mitigar vulnerabilidades condicionantes ou decorrentes das doenças ou das infecções determinadas socialmente ou a elas associadas;
  2. A redução das iniquidades e ampliação dos direitos humanos e da proteção social com ênfase nas ações de atenção a grupos populacionais específicos em territórios prioritários;
  3. A intensificação da qualificação e da capacidade de comunicação dos trabalhadores, dos movimentos sociais e das organizações da sociedade civil sobre as vulnerabilidades condicionantes ou decorrentes das doenças e das infecções determinadas socialmente;
  4. O incentivo à ciência, à tecnologia e à inovação;
  5. Ampliação de ações de infraestrutura e de saneamento básico e ambiental.

SBPT e Ministério da Saúde discutem projeto educacional para profissionais da APS

Nesta terça-feira (06/02), a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Dra. Margareth Dalcolmo, o secretário-geral, Ricardo Martins, e o gerente executivo, Erick Serra reuniram-se com o Secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Dr. Nésio Fernandes e respectiva equipe técnica.

O encontro teve como objetivo alavancar projeto voltado para a promoção do diagnóstico correto de Asma e DPOC, por meio do treinamento de técnicos em espirometria, provimento de espirometria e educação continuada para médicos da Atenção Básica.

Na ocasião também foi discutida a importância do acesso aos medicamentos para o tratamento das respectivas enfermidades nas farmácias do SUS.