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Ato solene em alusão ao Dia Mundial da Asma reúne especialistas e pacientes em Brasília

Na terça-feira (7/5), Dia Mundial da Asma, o secretário-geral da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Dr. Ricardo Martins e os membros da Comissão Científica de Asma, Dra. Lilian Ballini e Dr. José Eduardo Cançado, participaram de Ato Solene realizado no Salão Nobre do Congresso Nacional, em Brasília, para discutir avanços e desafios no tratamento desta doença respiratória crônica que afeta cerca de 20 milhões de brasileiros.

O evento, de iniciativa do Deputado Federal Flávio Nogueira, com o apoio da Colabore com o Futuro e da Associação Brasileira de Asmáticos (ABRA-SP), contou com a participação de especialistas que abordaram temas como a atualização dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), as necessidades não atendidas da asma grave, o controle da doença, o descarte correto de dispositivos inalatórios, entre outros.

“Apesar da aprovação de novos medicamentos pela Conitec, muitos desses tratamentos ainda não estão disponíveis para os pacientes do SUS, pois não fazem parte do PCDT desatualizado”, afirmou Carolina Cohen, cofundadora da Colabore com o Futuro. “A atualização desse protocolo é urgente para evitar a morte de crianças que precisam de acesso a esses novos tratamentos”, enfatizou.

Na ocasião, os representantes da SBPT buscaram sensibilizar os congressistas presentes acerca da necessidade de considerar asma como problema de saúde pública e por conseguinte reforçar a assistência à doença na Atenção Básica e facilitar o acesso aos medicamentos inalatórios disponibilizando-os nas farmácias do SUS e no Programa Farmácia Popular.

A solenidade também contou com a participação de pacientes, que tiveram a oportunidade de compartilhar suas experiências e reivindicar melhores condições de cuidado. Cláudio Abrahão do Amaral, vice-presidente da Associação Brasileira de Asmáticos do Brasil, destacou a importância de ampliar a conscientização sobre a asma e seus impactos.

“A asma não apenas afeta a qualidade de vida dos pacientes, mas também representa um ônus econômico substancial para o sistema de saúde e para a sociedade como um todo”, afirmou o Deputado Federal Flávio Nogueira. “Por isso, é essencial que continuemos a promover a pesquisa, a educação e o acesso a cuidados de saúde de qualidade para todos os indivíduos afetados pela asma”, concluiu.

O ato solene contou ainda com a participação de médicos especialistas, como o Dr. Pedro Bianchi, da Faculdade de Medicina da USP, e a Dra. Josélia Cintya Quintão Pena Frade, farmacêutica e assessora da Presidência do Conselho Federal de Farmácia.

O evento encerrou-se com a realização de uma sessão de fotos no hall do Salão Nobre e a oferta de um coffee break aos participantes. 

 

*Com informações da Colabore Com o Futuro

Dia Mundial da Asma: educação como ferramenta de empoderamento

Neste 7 de maio, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) se une a Iniciativa Global para a Asma (GINA) em campanha alusiva ao Dia Mundial da Asma, doença que atinge cerca de 339 milhões de pessoas em todo o mundo e aproximadamente 23,2% da população brasileira, o equivalente a cerca de 20 milhões de brasileiros asmáticos, com variações significativas entre as regiões do país.

Com o tema “A Educação em Asma Empodera”, as entidades reforçam a importância da educação para que os pacientes possam compreender a doença, desconstruindo mitos e superando estigmas que os impedem de buscar ajuda médica e reconhecer urgências.

De acordo com a Comissão Científica de Asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), o empoderamento dos pacientes pode ser estimulado desde o entendimento sobre a doença – compreendendo causas, sintomas e tratamentos disponíveis – até a prevenção de exacerbações, por meio do reconhecimento dos fatores desencadeantes das crises e adoção de medidas preventivas. 

“Compreender a importância do tratamento regular pode ajudar os pacientes a aderirem melhor às prescrições, controlando a asma e evitando crises. Por isso, é tão importante promover a autogestão da asma, capacitando os pacientes no monitoramento dos sintomas, no uso correto dos dispositivos inalatórios e na adoção de medidas adequadas em caso de exacerbações”, explica a coordenadora da Comissão de Asma da SBPT, Lilian Ballini.

Tanto médicos quanto pacientes se beneficiam da educação em asma ao tomar decisões sobre tratamento, medicação e estilo de vida. “O diagnóstico da asma pode ser desafiador, já que a expressão clínica varia muito entre as pessoas. Tosse, chiado no peito, falta de ar e sensação de aperto no peito são sintomas comuns. Exames como a espirometria ajudam os médicos a confirmarem o diagnóstico e entenderem a gravidade da doença”, destaca a pneumologista.

No que se refere ao tratamento, Lilian Ballini destaca que o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza opções altamente eficazes para o controle da asma. “E para casos mais graves, os imunobiológicos representam uma alternativa”, acrescenta. “No entanto, ainda enfrentamos desafios significativos, como os altos índices de óbitos potencialmente evitáveis. A percepção errada de que a asma merece tratamento apenas em momentos de crise é um dos fatores que mais contribui para complicações da doença”, alerta a coordenadora. Por isso, ações educativas direcionadas para a asma são essenciais para melhorar o controle da doença e a qualidade de vida dos pacientes.

Neste Dia Mundial da Asma, a SBPT reafirma o seu compromisso com a educação, o acesso ao tratamento adequado e o cuidado contínuo para todas as pessoas afetadas pela doença. 

Por ocasião desta data tão importante, nesta terça-feira (07/05), às 19h, a SBPT promoverá uma live no Instagram, em parceria com a Associação Brasileira de Asma Grave (ASBAG), para debater a importância da conscientização dos pacientes quanto ao descarte adequado dos dispositivos inalatórios.

Contamos com sua presença! 

Para participar da live, clique aqui.



Dia Mundial da Hipertensão Pulmonar: conscientização e avanços no tratamento

No dia 5 de maio, o mundo volta sua atenção para a Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), uma doença rara, que afeta os vasos arteriais pulmonares, com aumento da espessura das paredes dos vasos e estreitamento da luz vascular, dificultando o fluxo sanguíneo e sobrecarregando o lado direito do coração. Com uma incidência de cerca de 48-55 casos por milhão de pessoas, as mulheres são as mais afetadas pela enfermidade.

“Antes do advento das medicações vasodilatadoras, a sobrevida média era de apenas 2,8 anos, mas, felizmente, nas últimas três décadas, houve uma revolução no tratamento, aumentando a sobrevida para cerca de 80% em três anos, com o uso dessas medicações”, explica a coordenadora da Comissão Científica de Circulação Pulmonar da SBPT, Dra. Verônica Amado.

“Embora ainda não tenhamos acesso a todas as drogas vasodilatadoras disponíveis no mundo, tivemos avanços notáveis no rol de medicações disponibilizadas pelo SUS, com o lançamento do PCDT atualizado em 2023. Inclusive, estamos aguardando a abertura de nova consulta pública, prevista para este ano, para a inclusão de mais uma medicação vasodilatadora no tratamento dos pacientes com HP”, destaca a coordenadora.

Além dos avanços apontados, Amado destacou que nesta trajetória de apoio e cuidado aos pacientes com HAP, não poderia-se deixar de mencionar o trabalho excepcional realizado há 20 anos pela Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas (ABRAF).

Segundo a presidente da associação, Flávia Lima, a Abraf é uma organização sem fins lucrativos de apoio às pessoas com hipertensão pulmonar e doenças correlatas (DPOC, asma grave, fibrose pulmonar, insuficiência cardíaca). “Atuamos em toda a jornada dos pacientes, com ações de conscientização para promover diagnóstico precoce, com ações de advocacy, para que políticas públicas sejam criadas e aprimoradas, com ações de educação para que pacientes, familiares e profissionais de saúde entendam mais sobre a HAP, e com grupos de apoio para acolhimento de pacientes e familiares”, explicou.

Flávia começou o seu trabalho na associação em 2013, como voluntária, assim que sua irmã faleceu em decorrência da doença. “Meu envolvimento com a organização e com a causa da hipertensão pulmonar foi crescendo com o tempo. Fiz especializações em Saúde Coletiva e em Comunicação em Saúde pela Fiocruz Brasília. Assumi a presidência da Abraf em 2021”, relatou.

“De lá para cá, muita coisa mudou, felizmente. O tratamento da HAP avançou muito, temos novas opções terapêuticas, temos um protocolo de tratamento atualizado no SUS, agora com terapia combinada e cinco medicamentos disponíveis no sistema público. Temos novas possibilidades de tratamento sendo desenvolvidas e perspectivas de mais qualidade de vida aos pacientes. Mas ainda precisamos avançar em conscientização, para que mais pessoas conheçam a HAP e compreendam as necessidades dos pacientes”, acrescentou.

“Acredito que juntos temos mais força para lutar pelas pessoas que vivem com hipertensão pulmonar. Nesses anos todos, acompanho o trabalho da SBPT e dos centros de referência em hipertensão pulmonar, e vejo o quão envolvidos são os médicos que cuidam das pessoas com hipertensão pulmonar”, conclui a presidente da Abraf.

A Abraf tem um canal de atendimento gratuito, chamado de Central do Pulmão, em que pacientes e familiares podem buscar orientações e informações sobre direitos, garantias sociais, acesso a centros de referência e a tratamento. Para entrar em contato é por meio do número 0800 042 0070, que funciona com ligações e mensagens de WhatsApp.

Neste Dia Mundial da Hipertensão Pulmonar, a SBPT junto à Abraf reitera seu compromisso em apoiar pacientes, familiares e profissionais de saúde na luta contra esta doença desafiadora. “Por meio da educação, pesquisa e advocacy é possível nos dirigirmos a um futuro onde o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz da HP sejam uma realidade para todos os que são afetados por essa condição”, arremata Verônica Amado.

 

Nota de solidariedade

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) se solidariza com seus associados e demais colegas e profissionais da saúde do Rio Grande do Sul, que neste momento enfrentam as enormes dificuldades decorrentes das inundações.

Nossos pensamentos estão com cada um de vocês, bem como com as vítimas e suas famílias.

Nota de solidariedade

 

 

 

A anuidade da SBPT vence nesta terça-feira, 30/04

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SBPT e Ministério da Saúde discutem projeto educacional para profissionais da APS

Na terça-feira (23/04), a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Dra. Margareth Dalcolmo, o secretário-geral, Ricardo Martins, e o gerente executivo, Erick Serra reuniram-se com o Secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Dr. Felipe Proenço e equipe para discutir um projeto educacional para profissionais da Atenção Primária à Saúde.

Na ocasião, foi apresentado o relatório sobre o curso pré-congresso realizado em Florianópolis, no dia 8 de outubro do ano passado, que teve como objetivo capacitar profissionais da rede básica de saúde no diagnóstico precoce e no manejo adequado da asma e da DPOC.

A partir do relatório, discutiu-se um projeto de capacitação com o mesmo foco para profissionais da APS em todo o território nacional.

Essas iniciativas refletem o compromisso da SBPT e do Ministério da Saúde em ofertar uma uma atenção primária à saúde mais qualificada e eficiente, reduzindo a incidência de complicações associadas à asma e à DPOC em todo o país.

SBPT e Ministério de Portos e Aeroportos discutem medidas para facilitar viagens aéreas de pacientes com doenças respiratórias graves

Na última terça-feira (23/04), a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia (SBPT), Dra. Margareth Dalcolmo e o secretário-geral da entidade, Ricardo Martins reuniram-se com técnicos do Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR) para discutir medidas que facilitem as viagens aéreas de pacientes com doenças respiratórias graves.

A reunião contou com a presença do diretor do Departamento de Investimentos da Secretaria Nacional de Aviação Civil (DINV/SAC/MPOR); da coordenadora-geral de Gestão da Aviação Civil da Secretaria Nacional de Aviação Civil (DINV/SAC/MPOR), Karla Andrea Rodrigues dos Santos; o coordenador (DINV/SAC/MPOR), Carlos Eduardo Gomes Souza; e da analista (DINV/SAC/MPOR), Joana Grosskopf. 

Na ocasião, a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Dra. Margareth Dalcolmo expressou preocupação com as queixas recebidas de médicos pneumologistas associados à SBPT. “Muitos têm relatado diferentes padrões de exigências, por parte das companhias aéreas, em viagens de pacientes com doenças respiratórias graves, inclusive daqueles em busca de tratamentos que melhorem sua condição de vida, como é o caso dos transplantes de pulmão”, compartilhou a presidente.

Para enfrentar esse desafio, a SBPT propôs um trabalho conjunto para minimizar os transtornos enfrentados por esses pacientes e garantir sua segurança e conforto durante suas viagens aéreas.

“Acreditamos que uma colaboração com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) pode fornecer respostas valiosas para garantir a segurança e o conforto desses pacientes durante suas jornadas aéreas”, destacou Margareth Dalcolmo. “Por isso, o nosso interesse em discutir possíveis iniciativas de conscientização e treinamento para o pessoal aeroportuário sobre como lidar adequadamente com passageiros que possuem necessidades específicas devido a condições respiratórias graves”, concluiu a presidente da SBPT.

O Ministério de Portos e Aeroportos se mostrou receptivo às propostas e destacou a importância de uma abordagem colaborativa para garantir viagens seguras e confortáveis para todos os passageiros, incluindo aqueles com condições médicas especiais.

Essa iniciativa reflete o compromisso das autoridades de saúde e da aviação civil em garantir que as viagens aéreas sejam acessíveis e seguras para todos.

CNAP e CNPED reúnem 869 especialistas em São Paulo

Entre 18 e 20 de abril, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) realizou o XXIII Curso Nacional de Atualização em Pneumologia (CNAP) e o V Curso Nacional de Atualização em Pneumopediatria (CNPED) no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo.

Com programação diversificada e ambiente propício para o aprendizado e a interação, os cursos bateram recorde de inscrições e alcançaram o objetivo de promover a excelência na prática da Pneumologia e Pneumopediatria, por meio da atualização de conhecimentos e troca de experiências que enriqueceram veteranos e iniciantes na especialidade.

A cerimônia de abertura contou com a participação da presidente da SBPT, Dra. Margareth Dalcolmo; o diretor de comunicação, Waldo Mattos e a diretora de assuntos científicos, Valéria Maria Augusto e o presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), William Salibe Filho.

Na ocasião, Margareth Dalcolmo ressaltou a importância desses cursos para aprimorar a prática clínica e oferecer um melhor cuidado aos pacientes, enquanto Waldo Mattos destacou o papel da SBPT na promoção desses eventos que contribuem para o desenvolvimento profissional dos associados.

O CNAP abordou temáticas como Tuberculose, Distúrbios Respiratórios do Sono, Fibrose Cística, Asma, Tabagismo, DPOC, Doenças Intersticiais, Doenças Raras, Oncologia, entre outras, enquanto o CNPED focou em temas específicos da pneumopediatria, com apresentação de casos clínicos e discussões sobre asma no lactente e pré-escolar, métodos de avaliação da função pulmonar, infecções respiratórias, fibrose cística e pneumonias na comunidade.

Ambos os cursos contaram com palestrantes de diferentes regiões do Brasil, incluindo novos talentos, promovendo assim uma diversidade de perspectivas e experiências. É o caso da Dra. Gabrielle Souza, que se sentiu lisonjeada com a inclusão do seu trabalho sobre interpretação de diretrizes de evidências na programação do CNAP.

O mesmo sentimento foi compartilhado pela Dra. Lívia Bissoli, que se disse muito honrada em estar entre os palestrantes do CNPED 2024. “Foi muito bom compartilhar conhecimento no módulo de oncologia e endoscopia respiratória com uma plateia tão diversificada e ainda dividir a mesa com pessoas que admiro e respeito tanto!”, declarou.

Para a Dra. Lídia Torres, de Ribeirão Preto, “a edição deste ano tem sido uma experiência extremamente enriquecedora, tanto para nós palestrantes quanto para a audiência. “Fomos realmente muito felizes com essa programação. Os palestrantes têm se dedicado ao máximo para trazer as maiores e melhores informações para quem está fazendo o curso.”, enfatizou.

Segundo o Dr. Mauro Gomes, o CNAP é o segundo maior evento da SBPT, ficando atrás apenas do Congresso Brasileiro. “Nesta edição do curso, os participantes tiveram a oportunidade de se atualizar sobre as novas vacinas que serão lançadas no Brasil, como a vacina pneumocócica conjugada de 15 serotipos (PCV15) e a vacina contra o vírus sincicial respiratório. Além disso, houve discussões sobre estratégias para o tratamento de infecções respiratórias, considerando a crescente resistência dos patógenos aos antibióticos. O foco está em melhorar a imunidade do indivíduo para combater essas infecções de forma mais eficaz”, compartilhou. Para ele, o fato do evento se concentrar em uma única sala permite que nenhum assunto relevante seja perdido, garantindo uma imersão completa dos tópicos abordados.

O coordenador da Comissão Científica de Tabagismo da SBPT, Dr. Paulo Corrêa também apreciou a oportunidade de palestrar no módulo de Tabagismo do CNAP. “Minha aula foi motivada por uma pesquisa realizada com 900 estudantes da UFOP em julho do ano passado, onde perguntamos sobre os hábitos de uso de produtos relacionados ao tabaco e o interesse em deixá-los. Embora pesquisas oficiais não tenham reconhecido o cigarro de tabaco aquecido como um problema, a pesquisa da UFOP reforçou a questão do poliúso de tabaco, com quase 10% dos entrevistados querendo parar de usá-lo”, explicou. 

Além de Paulo, o mesa também contou com a exposição das Dras. Stella Martins e Ana Carla Araújo, que aprofundaram os temas relacionados à anamnese do usuário de vapes, proposta de tratamento farmacológico e os problemas de saúde relacionados ao uso de cigarro de tabaco aquecido.

Para a diretora financeira da SBPT, Dra. Enedina Scuarcialupi, os cursos foram um sucesso. “Inscrições esgotadas nas duas salas, muito feedback positivo, aulas muito prestigiadas e de alto nível científico”, destacou. 

Diversos participantes também compartilharam suas impressões sobre os eventos. Para o baiano Lucas Ferreira, o CNAP é uma excelente oportunidade para se manter atualizado. “A medicina está em constante evolução e é importante que o pneumologista se mantenha atualizado para oferecer o melhor cuidado aos pacientes  e, no meu caso, também replicar o conhecimento para meus alunos”, compartilhou.

A Dra. Julianny Sales destacou o debate sobre a importância da tecnologia de Inteligência Artificial (IA) na prática clínica, ressaltando que a IA deve ser vista como um aliado e não como um substituto dos pneumologistas. “A IA pode trazer impactos positivos na prática clínica quando utilizada de forma consciente e responsável, auxiliando os profissionais na tomada de decisões e no cuidado dos pacientes”, refletiu.

Para a Dra. Sthefânia Margotto, o curso marcou o seu retorno da licença maternidade. “Depois de uma pausa necessária e responsável em prol dos meus filhos gêmeos, estou de volta, agora pela necessidade e responsabilidade com meus pacientes”, comemorou.

Fernanda Miranda, pneumologista de Goiás, compartilhou sua experiência no 23º Curso Nacional de Atualização em Pneumologia, lembrando que participou da primeira edição do curso e que já atua na área há 26 anos. “O CNAP só cresce a cada ano, é praticamente um congresso de uma sala que proporciona uma imersão profunda em todos os temas relevantes da pneumologia. Eu convido você a fazer parte, se não veio ainda, venha no ano que vem!”, incentivou. 

Além das palestras, os participantes também elogiaram a organização do evento, destacando a eficiência dos totens, a qualidade dos simpósios e até mesmo o café servido durante os intervalos.

O paulista Leonardo Neves expressou máxima satisfação com o evento, com destaque à toda a equipe da SBPT. “Em todas as mesas haviam profissionais excelentes, tudo muito proveitoso nesses três dias aqui! Dos serviços de atendimento e alimentação, a equipe da SBPT foi impecável. Já quero estar no próximo evento com certeza”, celebrou.

No último dia do evento, ainda foi possível celebrar a vitória da saúde respiratória brasileira com a decisão da Anvisa de manter a proibição da comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar no país. “Nós ganhamos uma batalha que foi muito dura na qual a sociedade de pneumologia teve um papel muito presente, nós mandamos pareceres muito robustos para a Anvisa, atuamos em conjunto com as demais entidades de saúde para contribuir não apenas com a consulta pública, mas também com a devida informação para toda a sociedade brasileira”, anunciou Margareth Dalcolmo.

Após três dias intensos, Dr. Waldo Mattos encerrou o curso e lembrou que os conteúdos serão disponibilizados na plataforma de EaD e no app da SBPT. 

“Concluímos com sucesso mais um Curso Nacional de Atualização em Epidemiologia, que neste ano registrou recorde de inscrições, com quase 900 participantes, representando a maior taxa de inscrições na história do evento”, destacou o pneumologista. “A partir de agora, todos os associados poderão acessar todo o conteúdo educacional por meio do site ou do aplicativo móvel. Agradecemos a participação de todos e esperamos que essa nova plataforma EaD contribua significativamente para a sua constante atualização e crescimento profissional até nos encontrarmos novamente no ano que vem”, finalizou.

O XXIII CNAP e o V CNPED promoveram momentos de aprendizado e troca de experiências que fortaleceram a comunidade de especialistas em Pneumologia e Pneumopediatria no Brasil.

Para garantir que todos os participantes tenham acesso ao conteúdo, as aulas gravadas serão disponibilizadas aos inscritos 30 dias após os eventos, permitindo flexibilidade e acesso contínuo ao conhecimento. Além disso, participantes do CNAP terão acesso ao conteúdo online do CNPED, ampliando ainda mais a atualização profissional.

Os certificados de ambos os eventos já estão disponíveis na central:

 

SBPT manifesta-se contra o decreto que promove mudanças na CNRM

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) vem a público manifestar-se contrariamente ao Decreto Lei 11.999 de 17 de abril de 2024, o qual promove mudanças na Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) que põem sérias dificuldades para o bom exercício de suas funções de regulação, supervisão e avaliação dos programas de residência médica vigentes no Brasil.

A Residência Médica é reconhecida pelos estudiosos em educação médica como a melhor modalidade de treinamento para a formação de médicos especialistas no Brasil, motivo pelo qual eventuais mudanças em sua legislação devem ser fruto de estudos criteriosos e amplamente debatidos por todos os interessados no assunto.

Pelo exposto, a SBPT fica na expectativa de que vigore o bom senso no sentido da pronta revogação do citado Decreto Lei.

 

SBPT celebra decisão da Anvisa de manter a regulamentação vigente dos cigarros eletrônicos

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) congratula a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de manter a regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil, vigente desde 2009, anunciada após a conclusão da consulta pública e reunião da DICOL sobre o tema.

Inúmeros estudos têm demonstrado que os cigarros eletrônicos não são uma alternativa segura ao tabagismo convencional e apresentam riscos significativos para a saúde pulmonar, como o desenvolvimento de doenças respiratórias agudas e crônicas, bem como de câncer do pulmão. 

Países onde dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) já foram legalizados, estão revendo suas normativas diante da escalada de doenças relacionadas ao uso desses produtos. É o caso da Bélgica, que deliberou pela proibição da venda de cigarros eletrônicos a partir de 1º de janeiro de 2025, e da Inglaterra, que está revisando sua política de fornecimento de cigarros eletrônicos como redutor de danos, uma vez que pesquisas recentes têm reiterado que este vício não é eficaz para cessação do tabagismo.

Portanto, a decisão da Anvisa está alinhada com as evidências científicas e contribui para proteger a população brasileira, especialmente os mais jovens, dos danos causados por esses produtos.

A SBPT reitera seu apoio à proibição dos cigarros eletrônicos no Brasil e destaca a importância de uma fiscalização efetiva e políticas públicas fortes para coibir o uso desses produtos e promover a cessação do tabagismo.

 

Concurso público em Batatais/SP oferece vaga para pneumologista 

A prefeitura de Batatais anunciou a abertura de inscrições para o Concurso Público 01/2024, oferecendo oportunidades em 64 cargos diversos, incluindo uma vaga para pneumologista (opção 331 na tabela do edital) com remuneração inicial de R$ 6.236,69 por 20 horas semanais.

Interessados devem se inscrever no site da banca Nosso Rumo entre os dias 22 de abril e 20 de maio. As provas estão programadas para o dia 16 de junho do corrente ano.

Clique aqui para ler o edital na íntegra. 

CFM define medicina do sono como atividade exclusiva de médicos

Na última sexta-feira (12/4), o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a Resolução CFM nº 2.379/2024, que define a medicina do sono como atividade exclusiva de médicos e estabelece as normas para esta prática em todo o território brasileiro, incluindo a formação dos médicos, a realização de exames complementares e a indicação e prescrição de tratamentos.

O diagnóstico nosológico das doenças do sono, por exemplo, é ato exclusivo do médico e compreende a anamnese e o exame físico do paciente, bem como a solicitação e a interpretação de exames complementares.

Nas equipes multiprofissionais, cada profissional atua conforme suas competências e sob a coordenação médica. A interpretação e a emissão de laudos de polissonografia, oximetria de noite inteira, teste domiciliar para apneia do sono, actigrafia, teste das múltiplas latências do sono, teste de manutenção de vigília, sonoendoscopia, entre outras tecnologias da medicina do sono, devem ser realizadas por médico, preferencialmente aquele que tem área de atuação em medicina do sono, considerando a multiplicidade de causas e a necessidade de diagnóstico diferencial.

Também cabe exclusivamente ao médico indicar o tratamento clínico e/ou cirúrgico adequado de forma personalizada para as doenças do sono. Por isso, a normativa também estabelece que diretores técnicos e clínicos dos estabelecimentos de saúde públicos e privados só podem disponibilizar equipamentos de pressão positiva para os pacientes para uso domiciliar ou hospitalar mediante prescrição médica.

Para garantir a qualidade e a segurança dos serviços prestados aos pacientes, a resolução CFM nº 2.379/2024 destaca a relevância de uma formação específica em medicina do sono que requer residência médica com a obtenção de título de especialista em pneumologia, neurologia, otorrinolaringologia, psiquiatria, pediatria ou clínica médica, seguido da residência em medicina do sono ou título concedido pela Associação Médica Brasileira (AMB).

Clique aqui para ler o documento na íntegra.

A resolução entrou em vigor na data de sua publicação.