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Consulta Pública ANS: Contribua para a atualização das diretrizes de tratamento da Asma Grave

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abriu a Consulta Pública para receber
contribuições relativas à revisão da lista de coberturas dos planos de saúde no que se refere ao tratamento da asma grave não controlada, especificamente as Diretrizes de Utilização (DUT) 65.9, que aborda a asma eosinofílica grave, e a 65.10, relativa a asma alérgica grave, do Anexo II da Resolução Normativa nº 465/2021.

Essas diretrizes estão vinculadas ao procedimento de “Terapia Imunobiológica Endovenosa, Intramuscular ou Subcutânea” e são essenciais para a atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar.

Acreditamos que a consulta pública é um instrumento importante para a democracia, fomentando a participação social e a contribuição científica em propostas de ações governamentais. Por isso, incentivamos fortemente a participação de todos os profissionais de saúde, especialmente os associados à Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

A ANS busca alinhar os critérios de elegibilidade do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde com as diretrizes da saúde suplementar, para assegurar um tratamento mais eficaz e acessível para os pacientes que sofrem com asma grave.

Para isso, os profissionais devem analisar as atuais DUTs e considerar como as mudanças propostas podem impactar a prática clínica. Esta é uma boa oportunidade para propor melhorias que possam beneficiar o manejo da asma grave. Portanto, sugestões que ajudem a compatibilizar os critérios do PCDT com as DUTs são especialmente bem-vindas.

Interessados podem enviar contribuições ou comentários sobre a atualização do documento até 14 de outubro de 2024.

Para mais informações sobre a consulta e orientações sobre como participar, clique aqui.

Após a leitura de todos os documentos, basta preencher o formulário eletrônico disponível neste link e enviar a sua contribuição.

STF reconhece direito das Testemunhas de Jeová recusarem transfusão de sangue

Em decisão unânime e histórica, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu o direito das Testemunhas de Jeová recusarem transfusão de sangue em procedimentos realizados na rede pública de saúde, fundamentando-se nos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da liberdade religiosa. 

Os ministros do STF entenderam que os adultos Testemunhas de Jeová têm o direito de optar por tratamentos alternativos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), seja na mesma localidade de residência ou em outra. Contudo, a decisão estabelece que a recusa não se aplica a menores de 18 anos, onde prevalece o princípio do melhor interesse para a saúde e a vida da criança ou adolescente.

Segundo a corte, a decisão da pessoa deve ser feita de forma livre, informada e explícita; e deve ocorrer antes da realização do procedimento médico (o paciente pode deixar previamente estabelecida a sua decisão). Além disso, a recusa se aplica apenas ao próprio paciente e não pode ser estendida a terceiros (isso inclui os filhos menores de idade de pais que pertencem à mesma religião. Nesses casos, os pais só poderão optar por um tratamento alternativo para seus filhos se este for considerado eficaz após avaliação médica).

O STF também entendeu que todos os custos associados a esses tratamentos alternativos devem ser pagos pelo Estado, garantindo que os pacientes não sejam prejudicados financeiramente por sua escolha.

A Associação Testemunhas de Jeová Brasil saudou a decisão, afirmando que ela dá segurança jurídica a pacientes e médicos. Agora, o Brasil está alinhado com outros países que já reconhecem este direito, como Estados Unidos, Chile e Canadá.

A decisão do STF é um marco importante na proteção dos direitos humanos e religiosos no Brasil. Ela reflete o compromisso do sistema judicial em garantir que as liberdades individuais sejam respeitadas, mesmo em contextos complexos como o da saúde. 

Para a comunidade médica, isso significa que os profissionais de saúde devem estar preparados para oferecer opções de tratamento alternativas que respeitem as crenças religiosas dos pacientes, sempre dentro dos parâmetros éticos e legais.

 

SBPT participa de reunião de emergência do Ministério da Saúde sobre incêndios e saúde pública

À convite da ministra da Saúde, Nísia Trindade, a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Dra. Margareth Dalcolmo, participou de uma reunião de emergência, nesta terça-feira (17/09), para discutir o impacto dos incêndios florestais na saúde pública.

Realizado em formato híbrido, o encontro reuniu representantes de diversas instituições governamentais e de pesquisa, como IBAMA, ICMBio, Fiocruz e Universidade de São Paulo (USP), além de gestores públicos e profissionais de saúde, com o objetivo de avaliar e propor ações para enfrentar os desafios causados pelas queimadas.

O primeiro painel focou na análise das interações entre o setor da saúde e as ações implementadas por órgãos como IBAMA e ICMBio, além do papel de instituições de pesquisa no monitoramento e contenção dos incêndios.

O segundo painel, que contou com a participação da Dra. Margareth Dalcolmo; do professor titular do departamento de Medicina Preventiva da FMUSP e presidente da Sociedade Internacional de Epidemiologia Ambiental, Dr. Nelson Gouveia; do secretário de Atenção Especializada (SAES) do Ministério da Saúde, Dr. Adriano Massuda e do secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Dr. Rivaldo Venâncio, discutiu o impacto dos incêndios na saúde da população, com ênfase no aumento das internações por doenças respiratórias, alergias e outras complicações relacionadas à inalação de fumaça.

Na ocasião, foram apresentadas estratégias para a prevenção e tratamento dessas condições, incluindo recomendações como o uso de máscaras, a redução de atividades ao ar livre em áreas afetadas e o acesso a atendimento médico especializado.

Outro ponto abordado foi a necessidade de campanhas de conscientização sobre os riscos à saúde causados pela exposição à fumaça dos incêndios, assim como a educação da população para medidas de proteção.

Os especialistas também destacaram a urgência em garantir insumos como oxigênio e medicamentos respiratórios, especialmente para as populações mais vulneráveis, como trabalhadores ao ar livre e pessoas em situação de rua.

Ao final, além de uma avaliação coletiva sobre as políticas públicas e as ações implementadas até o momento, também foi sugerido um plano de comunicação de riscos para garantir uma resposta organizada e efetiva que proteja as comunidades que estão em maior vulnerabilidade diante dos desafios que as queimadas continuam a impor à saúde pública do nosso país.

SBPT participa do congresso anual da European Respiratory Society 2024

De 7 a 11 de setembro, representantes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) participaram do Congresso Anual da Sociedade Respiratória Europeia – European Respiratory Society (ERS), em Viena, na Áustria. Realizado em formato híbrido, com participações presenciais e online, o congresso promoveu cinco dias de intensa troca de conhecimentos com milhares de profissionais da saúde respiratória de todo o mundo. 

Na sexta-feira (6/9), a presidente da SBPT, Dra. Margareth Dalcolmo representou a sociedade no Global Allergy and Airways Patient Platform Summit (GAAPP), um evento pré-congresso realizado no Fleming Hotel Wien-Stadthalle que destacou questões globais sobre alergias e vias aéreas, áreas de crescente relevância na saúde pública mundial.

No sábado (7/9), a presidente também participou do “COPD Index”, junto ao diretor de ensino da SBPT, Dr. Clystenes Silva, no qual discutiram os resultados do estudo sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e estratégias para impulsionar mudanças no cenário global.

“É notável a alta qualidade das apresentações, especialmente no que diz respeito ao acesso a novos medicamentos e terapias inovadoras para doenças de grande relevância, como a asma brônquica e a DPOC. Um ponto de destaque foi a aprovação de imunobiológicos para DPOC, com o Brasil sendo um pioneiro ao aprovar o uso do dupilumabe para essa condição, antes mesmo do FDA nos Estados Unidos”, enfatizou Margareth Dalcolmo.

A presidente da SBPT também relatou a atuação da sociedade nas discussões relacionadas ao câncer de pulmão. “Foi encorajador ver que estamos seguindo o caminho certo no Brasil. A criação de uma aliança nacional contra o câncer de pulmão, por exemplo, se alinha ao modelo europeu, focando no diagnóstico precoce e no acesso mais amplo a essas tecnologias, com o objetivo de reduzir a mortalidade. Esse intercâmbio de experiências nos mostra que estamos avançando de forma adequada, e continuaremos a trabalhar para aprimorar o diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento para os brasileiros”, acrescentou.

Ainda no sábado, a Diretora de Assuntos Científicos, Dra. Valéria Augusto e o Diretor de Defesa Profissional da SBPT, Dr. Octávio Messeder coordenaram Sessão de Língua Portuguesa e Espanhola sobre emergências em pneumologia em colaboração com a ERS, a Associação Latinoamericana de Tórax (ALAT), a Sociedade Espanhola de Pneumologia e Cirurgia Torácica (SEPAR) e a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP).

O Brasil se destacou no congresso, com 221 inscritos, 91 resumos aprovados e duas apresentações orais. O Dr. Ricardo Gassmann, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), comentou a alegria em representar a UEFS na ERS 2024. “Trouxemos dois pôsteres: o primeiro abordou lesão pulmonar induzida pelo veneno de cascavel e suas repercussões clínicas, um estudo com grande potencial translacional para a medicina clínica. O segundo foi um pôster colaborativo com o Respira Lab do Equador, focando na disponibilidade e busca de informações sobre transplante pulmonar na América Latina. Acreditamos que esse trabalho pode gerar pressão para o desenvolvimento de centros transplantadores na região”, analisou.

Além disso, dois trabalhos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) receberam reconhecimento, com as doutoras Isabela Leite Aziz e Mariana Costa Rufino contempladas com bolsas do congresso por seus pôsteres sobre fibrose cística e diagnósticos pleurais diferenciais, respectivamente.

Para Margareth Dalcolmo, essa forte presença brasileira reflete a crescente integração dos pesquisadores no cenário global, além de fortalecer as colaborações da SBPT com instituições europeias. 

Ao longo do evento, o estande da SBPT foi frequentado por diversas personalidades, incluindo a presidente da ERS, Dra. Monica Gappa. O congresso também ofereceu oportunidades valiosas de networking, como o “ERS Partner Society Get Together” e o prestigiado jantar de recepção, realizado no icônico Museu de História Natural de Viena.

De acordo com o presidente eleito da SBPT para o biênio 2025-2026, Dr. Ricardo Amorim Corrêa, este é um grande congresso, com muitas inovações e palestras extremamente interessantes e atualizadas, com a participação de mais de 20 mil pessoas. “O evento superou todas as expectativas, especialmente nas discussões sobre o impacto da inteligência artificial na medicina respiratória. Foi uma oportunidade ímpar para compartilhar e absorver conhecimento com especialistas de todo o mundo”, ressaltou.

Para o diretor de Comunicação da SBPT, Dr. Waldo Mattos, participar de um congresso como o ERS é uma oportunidade única. “Para quem faz pesquisa, é um momento de aprender diretamente com quem está desenvolvendo metodologias semelhantes. Para quem não faz pesquisa, é uma chance de compreender melhor os medicamentos que usamos no dia a dia. Nem todas as respostas estão nos manuais e guidelines, e o congresso permite que vejamos como especialistas que se dedicam à farmacodinâmica e farmacologia pensam sobre esses temas. Participar de eventos como este continua sendo uma das melhores formas de atualização médica”, pontuou.

Além das sessões científicas, a diretoria da SBPT realizou diversas reuniões estratégicas durante o congresso, incluindo um encontro com a American Thoracic Society (ATS), que marcou um passo importante para futuras colaborações bilaterais. Participaram da reunião a Dra. Margareth Dalcolmo, o presidente eleito Dr. Ricardo Corrêa e o gerente executivo Erick Serra, fortalecendo os laços entre as duas entidades. Outro destaque foi o almoço com a Sanofi, que reforçou o apoio da indústria farmacêutica à inovação no tratamento de doenças respiratórias.

A SBPT encerrou sua participação no congresso com um jantar especial da diretoria, um momento de confraternização e alinhamento das estratégias futuras da sociedade. No último dia do evento, foram destacados os avanços e os pontos altos do congresso em uma reunião entre a SBPT e a Sanofi no Hotel NH Wien City.

A presença da SBPT no ERS 2024 reafirma seu papel nas discussões globais sobre saúde respiratória e fortalece seu compromisso com a excelência científica e as colaborações internacionais.

Presidente da SBPT é convocada para reunião de emergência no Ministério da Saúde

Nesta terça-feira (17/09), o Ministério da Saúde realizará reunião de emergência para discutir e definir medidas preventivas contra os danos respiratórios causados pela fumaça, problema agravado pelas queimadas neste período de estiagem e pela poluição atmosférica.

A presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Dra. Margareth Dalcolmo, participará da reunião e contribuirá para a formulação das diretrizes que serão divulgadas pelo Ministério da Saúde.

A reunião acontece em um momento crítico, em que a colaboração entre especialistas e autoridades da saúde é fundamental para a proteção da saúde pública.

SBPT divulga orientações complementares para minimizar o impacto da seca, das queimadas e das altas temperaturas em todo o país

Dadas as condições atuais de seca, queimadas, poluentes sólidos e altas temperaturas em todo o país, a Comissão de Doenças Respiratórias Ambientais e Ocupacionais (DRAO) da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) elaborou um texto complementar ao documento da Associação Amazonense de Pneumologia e Cirurgia Torácica, publicado no site da SBPT há duas semanas.

Segue abaixo o texto complementar da Comissão na íntegra:

Recomendações sobre o aumento das concentrações de poluentes no ar que está ocorrendo em vários estados

Nos últimos meses têm sido registradas concentrações muito elevadas de poluentes em centenas de cidades na região Norte – principalmente nos estados do Amazonas, Rondônia, Acre e Mato Grosso. Nos últimos 30 dias queimadas e elevação abrupta dos poluentes atingiram todo Centro-Oeste, o Sudeste e o Sul do país. Entre os dias 9 e 12 de Setembro amostradores da CETESB em São Paulo revelaram valores de 200 micrograma/m³ na cidade de São Paulo, superando 300 microgramas/m³ de material particulado (MP10) na cidade de Cubatão. A OMS recomenda não ultrapassar 45 microgramas/m³ 3-4 dias no ano.

Além da poluição decorrente do amplo predomínio do uso de combustíveis fósseis na frota veicular brasileira e em industrias já ser elevada, e somando-se à prolongada seca e queimadas florestais nas Regiões Centro-Oeste e Amazônica, incluindo extensas áreas de cerrado e mesmo caatinga, nestes últimos meses assistimos um elevado número de focos de incêndio em canaviais e áreas de mata em São Paulo.

Sem entrar no mérito das origens dos focos – se criminosos de todo tipo, se decorrente do emprego inadequado da queima para uso da terra, se da queima de resíduos sólidos urbanos – em investigação por autoridades policiais e pelo Ministério Público, os níveis alarmantes de poluentes observados, com previsão que se estendam por todo o mês de setembro impõem a adoção de medidas drásticas e imediatas.

As concentrações de poluentes sólidos observadas aumentam o risco de adoecimento e de óbitos, especialmente de idosos, de pessoas com doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas, com diabetes, doenças autoimunes, bebês e crianças (embora não poupe também pessoas hígidas). Com as altas temperaturas fora de época e a seca, enfrentamos dias sucessivos de baixa umidade relativa do ar.

A combinação de elevadas concentrações de poluentes, altas temperaturas e baixa umidade do ar aumentam o risco de danos à saúde.

Medidas de Mitigação Necessárias

Na esfera pública

1.1 Todos os esforços e recursos devem ser mobilizados pelas várias esferas de governos e pelos donos de terras para conter, apagar e evitar novos incêndios.
1.2 Estabelecer canais de comunicação adequados com a população sobre os indicadores de poluição e medidas de mitigação dos efeitos
1.3 As Prefeituras devem implantar, de imediato, bebedouros públicos de água potável, à semelhança do que existem em muitas cidades em outros países, e como ocorreu em algumas cidades durante a pandemia da COVID- 19. Importante para ajudar a manter as pessoas bem hidratadas, inclusive as que vivem em situação de rua.

2. Para grupos de risco

Pessoas portadoras de doenças crônicas metabólicas, cardiovasculares e respiratórias e imunocomprometidas (por doença ou pelo uso de medicamentos), crianças até 2 anos e adultos com 65 anos ou mais. Nestes grupos há um aumento do risco de infecções respiratórias.
2.1. Manter-se hidratadas evitando a sobrecarga hídrica nos pacientes com insuficiência cardíaca;
2.2. Devem permanecer o maior tempo possível no interior dos domicílios e com janelas fechadas, mas não imobilizadas para evitar riscos de eventos tromboembólicos;
2.3. Devem evitar a realização de exercícios físicos, neste período, pois durante o exercício aumenta a inalação de poluentes e os efeitos dos mesmos;
2.4. É recomendável o uso de máscaras, se possível N95 ou PFF 1, 2 ou 3 (a mais eficaz), apesar de caras e menos disponíveis. Máscaras cirúrgicas e máscaras de outros tecidos protegem bem menos nestes níveis de poluentes e têm poucas horas de duração, mas melhor do que não usar;
2.5. No caso de portadores de doenças, manter o tratamento habitual. Caso haja sinais de descompensação, procure orientação médica rapidamente.

3. Pessoas hígidas

3.1 Devem evitar a realização de exercícios ao ar livre e o tempo de exercício não deve exceder a 30 minutos/dia;
3.2. Devem manterem-se hidratadas;
3.3. Devem usar máscaras em ambientes externos;

4. Medidas especiais devem ser adotadas para os que trabalham em ambientes externos, como entregadores, operadores de tráfego, policiais, motoristas profissionais em geral, trabalhadores rurais, na construção civil. São recomendáveis a redução de jornadas de trabalho diária e semanal e a utilização de máscaras.

5. Assim como ocorreu na pandemia da COVID-19 estímulo ao trabalho em casa, aulas remotas onde não houver prejuízo aos alunos, durante setembro.

6. Medidas para melhorar o interior das residências

6.1 Manter a residência fechada (portas externas, janelas, frestas), quando possível
6.2 Umidificar o ambiente com tinas d’água, toalhas molhadas ou umidificadores. Quando possível utilizar um instrumento medidor de umidade relativa do ambiente para melhor controle. Idealmente, a umidade relativa deve ficar entre 40 e 60%.
6.3 Utilizar aparelhos purificadores de ar (sem produtos químicos), quando possível.
6.4 Manter a residência limpa. O material particulado se deposita na residência e pode ser ressuspendido durante o movimento de pessoas. Sempre utilizar panos úmidos ou aspirador para limpeza e não vassouras.

Comissão DRAO- SBPT
São Paulo 13/09/2024

 

AMIB e SBPT lançam edição atualizada das Orientações Práticas em Ventilação Mecânica

A Associação Brasileira de Medicina Intensiva (AMIB), em parceria com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), tem a satisfação de anunciar o lançamento da edição revisada e unificada das Orientações Práticas em Ventilação Mecânica 2024. Essa nova versão, cuidadosamente atualizada, reflete o esforço conjunto de 75 especialistas das áreas de medicina intensiva, pneumologia e multiprofissional, que se dedicaram a compilar as melhores práticas e evidências científicas dos últimos 20 anos.

A ventilação mecânica, tanto invasiva quanto não invasiva, é uma ferramenta essencial no tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda. Por isso, o uso adequado deste suporte vital requer o conhecimento aprofundado de sua aplicação, indicações, contraindicações e cuidados. Com esse objetivo em mente, a AMIB e a SBPT uniram forças, em 2013, para criar as Recomendações Brasileiras de Ventilação Mecânica, e agora apresentam uma nova edição revisada, com nova metodologia e novos temas, para apoiar ainda mais os profissionais da saúde.

A Importância do Documento

Este documento é um recurso para consulta e uso prático para médicos e toda a equipe multiprofissional que lida diretamente com pacientes críticos. Sua estrutura foi desenvolvida para ser aplicada diretamente à beira do leito, com orientações práticas baseadas nas melhores evidências disponíveis e publicações científicas de impacto.

A edição 2024 aborda 38 temas relacionados ao suporte ventilatório, cada um revisado e elaborado por uma dupla de especialistas. Essas duplas realizaram uma extensa busca nas principais bases de dados internacionais, como Medline e Cochrane, além de revisarem artigos das principais revistas científicas, incluindo a Critical Care Science (antiga Revista Brasileira de Medicina Intensiva) e o Jornal Brasileiro de Pneumologia (JBP).

Um Trabalho colaborativo e atualizado

A elaboração deste manual envolveu uma série de etapas, culminando com a Reunião Plenária, realizada durante o XXVIII Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva, ocorrido em Florianópolis em novembro de 2023. Cada dupla apresentou seu conteúdo que foi debatido e votado, a fim de se chegar a um consenso. A Comissão Organizadora reuniu todo material e montou o documento final. Ele reflete o consenso das duas sociedades médicas representadas pelos seus autores.

Agora, as Orientações Práticas em Ventilação Mecânica 2024 estão disponíveis para todos os profissionais de saúde interessados, com o intuito de servir como uma ferramenta valiosa para o cuidado seguro e eficiente de pacientes com insuficiência respiratória.

Onde Acessar

Você pode acessar o documento pelo navegador de seu celular https://adobe.ly/3BdovF2 e, se preferir, pode acessar o documento em formato PDF na íntegra pelo seguinte link https://bit.ly/3zspgto .

A AMIB e a SBPT agradecem a todos os envolvidos neste projeto e esperam que o manual seja um importante aliado no trabalho daqueles que estão na linha de frente, salvando vidas nas UTIs de todo o Brasil.

Últimas horas para se inscrever para os exames de Título de Especialista 2024

Nesta segunda-feira (09/09), se encerram as inscrições para exames de suficiência para concessão de títulos nas seguintes categorias: Especialista em Pneumologia e Tisiologia; Área de Atuação em Pneumologia Pediátrica 2024; Área de Atuação em Endoscopia Respiratória; e Especialista em Cirurgia Torácica.

Interessados tem até as 17h para se inscrever, por isso, não perca tempo e faça a sua inscrição!

Para sócios quites (SBPT/AMB) a taxa de inscrição é de R$ 900. Já para não sócio ou sócios inadimplentes o valor é de: R$ 1.404.

As provas serão realizadas no dia 08 de outubro de 2024, em Florianópolis. A prova teórica será aplicada pela manhã, das 8h às 12h, e a prova prática na parte da tarde, das 14h às 18h.

Para acessar os editais, clique aqui.

Nota de pesar

É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do Sr. Geraldo Tomaz de Aquino, pai da nossa estimada colega, Dra. Maria Enedina Scuarcialupi, Diretora Financeira da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Neste momento de dor, manifestamos nossos mais sinceros sentimentos e nos solidarizamos com toda a família, desejando-lhes força e conforto.

Margareth Dalcolmo e Diretoria da SBPT

SBPT realizará live para compartilhar os highlights do Congresso da ERS 2024

Não poderá participar presencialmente do Congresso Anual da ERS? Nós temos a solução!

Na quinta-feira (19/09), a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Dra. Margareth Dalcolmo realizará uma live para compartilhar os principais insights e destaques do Congresso, que elegeu como tema desta edição “Humanos e máquinas: encontrando o equilíbrio certo”.

O Congresso, que acontecerá em Viena, na Austria, terá início neste sábado (7/9) e seguirá até o dia 11 de setembro.

Anote na sua agenda para ficar por dentro de tudo o que aconteceu!

Serviço

Data: 19/09
Horário: 19h

Apoio: SANOFI

Assista ao vivo pelo link: https://us02web.zoom.us/webinar/register/WN_5S-nqurfQWOkd4DVwMZu9A

MECOR completa 30 anos com edição em Belo Horizonte

De 19 a 24 de agosto, Belo Horizonte foi o cenário do MECOR 2024, um programa intensivo voltado para médicos e profissionais da saúde, focado em capacitação e liderança em pesquisa epidemiológica, clínica e operacional nas áreas de doenças respiratórias, cuidados intensivos e medicina do sono. Celebrando sua 30ª edição, o evento reforçou sua importância na formação de profissionais ao longo de três décadas.

Organizado pela Asociación Latinoamericana de Tórax (ALAT), em parceria com a American Thoracic Society (ATS) e com o apoio da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a edição deste ano foi bastante significativa, marcando o retorno do evento ao Brasil após uma pausa desde 2017.

De acordo com a diretora do programa na América Latina, Dra. Juliana Ferreira, o MECOR é um programa extremamente importante para a capacitação de profissionais de saúde em países de baixa e média renda. “Criado pela ATS há 30 anos, o MECOR é um curso de capacitação que funciona em parceria com sociedades de seis regiões: América Latina, África, China, Turquia, Sudeste Asiático e Índia”, explicou. 

“O MECOR é como uma bula, te situa no mapa da pesquisa científica. Durante a experiência pude redesenhar minhas linhas de investigação e traçar novos caminhos. Sinto que com os aprendizados posso ir a diante com melhor direcionamento e, ainda, que as relações construídas permitirão colaborações”, Dr. Jaber, estudante do MECOR.

Durante esse tempo, mais de 1.300 profissionais já foram treinados na América Latina. “O Brasil é um dos países que mais envia alunos ao MECOR, e foi uma alegria enorme realizar o curso aqui novamente, com o apoio incrível da Universidade Federal de Minas Gerais e da SBPT. O evento foi um grande sucesso, tanto para os brasileiros quanto para os participantes de outros países que, além do conhecimento adquirido, ficaram muito felizes em conhecer as cidades brasileiras”, compartilhou a diretora.

Segundo a Dra. Suzana Tanni, que ministrou aulas no evento, o curso apresentou resultados além do esperado, com excelentes perguntas e desenvolvimento dentro da área respiratória, trazendo novos conhecimentos e impactos na medicina. “O número e a qualidade dos alunos foram impressionantes, além de ter sido uma atividade valiosa de networking, ampliando redes de pesquisa na América Latina”, afirmou.

A Dra. Flávia Fonseca, professora e membro da SBPT, também aproveitou muito desta edição do MECOR, que a marcou de forma única e especial, tanto profissional quanto pessoalmente. “Foi meu segundo MECOR no Brasil. Participei do evento em Goiânia, em 2017, como estudante, e este ano foi minha primeira vez como docente. Foi muito importante e emocionante para mim, pois também foi a primeira vez que participei ao lado do meu pai, que era estudante do nível 1. Ele pôde vivenciar comigo um pouco da beleza desse curso”, relatou. 

A professora enfatizou ainda como o MECOR oportuniza uma pausa necessária à rotina de pneumologistas, permitindo que se afastem temporariamente de suas práticas clínicas para se dedicarem à pesquisa. “É a chance de aprofundar nossas linhas de pesquisa, responder às questões que surgem em nossa rotina e que precisam ser abordadas com mais profundidade. Além disso, é uma oportunidade incrível de compartilhar conhecimento com colegas de toda a América Latina, criar redes de pesquisa e estudar mais sobre metodologia, epidemiologia e estatística – áreas que não fazem parte do dia a dia de muitos de nós”, acrescentou. 

Por fim, recomendou: “Aconselho que qualquer pneumologista ou profissional da saúde interessado em pesquisa, mesmo que ainda não atue ativamente na área, aproveite a oportunidade de participar do MECOR sempre que possível. É uma experiência que pode ajudar a elevar os estudos e os serviços de saúde em nossos países a um novo patamar”, concluiu.

Para a diretora científica da SBPT, Dra. Valéria Augusto, a escolha de Belo Horizonte como sede do evento foi bastante acertada.

“Foi um evento agradabilíssimo, riquíssimo. A Faculdade de Medicina da UFMG ficou muito honrada com a presença dos alunos. Como diretora científica da SBPT, achei excelente a valorização da capital mineira para este evento. O clima e até os ipês amarelos contribuíram para o sucesso, e a comida mineira obviamente agradou a todos. O MECOR é sempre um evento muito rico em aprendizado, pesquisa e networking. Tínhamos um grande número de alunos brasileiros e latino-americanos, e o apoio da UFMG foi fundamental. Juliana Ferreira, nossa coordenadora, fez um trabalho incrível, e estamos muito felizes com o resultado. Belo Horizonte certamente se torna uma opção para futuras edições do MECOR no Brasil,” concluiu.

O MECOR 2024 reforça a relevância da capacitação e da colaboração internacional na área da saúde, fortalecendo as redes de pesquisa e promovendo avanços significativos na medicina respiratória em toda a América Latina.

Não fique de fora do próximo!



Incorporação da Terapia Tripla – uma grande vitória

A DPOC é uma doença prevalente, subdiagnosticada, subtratada e com alta morbimortalidade. A maioria dos pacientes com DPOC são tratados com LABA ou LAMA ou com LABA + LAMA. Os pacientes mais sintomáticos e/ou exacerbadores sem controle adequado com terapia de dupla broncodilatação se beneficiarão do uso da terapia tripla.

A terapia tripla bem indicada reduz sintomas, melhora a qualidade de vida, reduz exacerbações e reduz a mortalidade, especialmente dos pacientes com inflamação eosinofilica. O PCDT de 2021 disponibiliza a terapia tripla com dois ou três dispositivos. O uso demais de um tipo de dispositivo reduz a adesão e o uso correto dos inaladores.

A diretoria da SBPT e a comissão de DPOC trabalharam muito nos últimos meses para a incorporação da terapia tripla com apenas um tipo de dispositivo.

Nesta quinta-feira (5/9), após longa reunião com participação do coordenador da comissão de DPOC da SBPT, Luiz Pereira, a CONITEC aprovou a incorporação do Trelegy (dispositivo de pó) e do Trimbow (dispositivo pressurizado) com custo muito reduzido em relação ao preço das farmácias. Além do ganho para os pacientes haverá economia para o sistema de a saúde com a troca de terapia tripla com dois dispositivos para apenas um dispositivo.

Agora nós poderemos escolher de forma personalizada o tipo de dispositivo inalatório mais adequado aos nossos pacientes e com isso melhorar a adesão e o uso correto dos inaladores.

Vamos celebrar essa grande vitória.

Por: Luiz Fernando F. Pereira – Comissão de DPOC da SBPT