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SBPT participa de reunião de emergência do Ministério da Saúde sobre incêndios e saúde pública

À convite da ministra da Saúde, Nísia Trindade, a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Dra. Margareth Dalcolmo, participou de uma reunião de emergência, nesta terça-feira (17/09), para discutir o impacto dos incêndios florestais na saúde pública.

Realizado em formato híbrido, o encontro reuniu representantes de diversas instituições governamentais e de pesquisa, como IBAMA, ICMBio, Fiocruz e Universidade de São Paulo (USP), além de gestores públicos e profissionais de saúde, com o objetivo de avaliar e propor ações para enfrentar os desafios causados pelas queimadas.

O primeiro painel focou na análise das interações entre o setor da saúde e as ações implementadas por órgãos como IBAMA e ICMBio, além do papel de instituições de pesquisa no monitoramento e contenção dos incêndios.

O segundo painel, que contou com a participação da Dra. Margareth Dalcolmo; do professor titular do departamento de Medicina Preventiva da FMUSP e presidente da Sociedade Internacional de Epidemiologia Ambiental, Dr. Nelson Gouveia; do secretário de Atenção Especializada (SAES) do Ministério da Saúde, Dr. Adriano Massuda e do secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Dr. Rivaldo Venâncio, discutiu o impacto dos incêndios na saúde da população, com ênfase no aumento das internações por doenças respiratórias, alergias e outras complicações relacionadas à inalação de fumaça.

Na ocasião, foram apresentadas estratégias para a prevenção e tratamento dessas condições, incluindo recomendações como o uso de máscaras, a redução de atividades ao ar livre em áreas afetadas e o acesso a atendimento médico especializado.

Outro ponto abordado foi a necessidade de campanhas de conscientização sobre os riscos à saúde causados pela exposição à fumaça dos incêndios, assim como a educação da população para medidas de proteção.

Os especialistas também destacaram a urgência em garantir insumos como oxigênio e medicamentos respiratórios, especialmente para as populações mais vulneráveis, como trabalhadores ao ar livre e pessoas em situação de rua.

Ao final, além de uma avaliação coletiva sobre as políticas públicas e as ações implementadas até o momento, também foi sugerido um plano de comunicação de riscos para garantir uma resposta organizada e efetiva que proteja as comunidades que estão em maior vulnerabilidade diante dos desafios que as queimadas continuam a impor à saúde pública do nosso país.