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Interstício 2022: curso realizado em 11 e 12/03 ficará disponível para todos os inscritos

O XV Curso Nacional de Doenças Intersticiais e VI Jornada Paulista de DPIs foi realizado em 11 e 12/03, no Centro de Convenções Rebouças (SP) e na versão on-line ao vivo.

Todos os inscritos poderão rever o conteúdo do curso no período de um ano. Os inscritos a partir de 13/03 têm acesso às aulas, mas não têm direito ao certificado.

O evento contou com cerca de 182 participantes no modelo presencial e 428 interagindo on-line.

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Clique aqui para retirar seu certificado.

Entre os destaques do curso estão as conferências com as últimas atualizações sobre DPIs e o encontro entre pneumologistas, patologistas, radiologistas e demais especialistas.

As mesas redondas multidisciplinares de discussão de casos clínicos e a participação de diversos especialistas ajuda a analisar integralmente cada tema. Os debates envolveram pneumologia, radiologia, patologia, reumatologia, cirurgia torácica, oncologia, gastroenterologia, etc.

Confira os recortes de alguns momentos do evento (para acessar o programa completo, clique aqui):

Pneumonite de Hipersensibilidade

O diagnóstico da pneumonite de hipersensibilidade geralmente leva mais de três anos para ser definido.

Na primeira conferência nacional, o Dr. Carlos Alberto Pereira e a Dra. Karin Storrer falaram sobre as controvérsias no diagnóstico da PH e responderam a perguntas sobre tomografia atípica, doença inflamatória, linfocitose, lavado broncoalveolar, biomarcadores e uso de corticoide.

“Exposição e PH: como investigar?”, na aula da Dra. Regina Célia Tibana, a pneumologista falou sobre a grande variedade de antígenos, o que dificulta a padronização das condutas. Uma das dicas da especialista é consultar o site HPLung, que apresenta os casos documentados na literatura.
Após a apresentação dos casos clínicos, os médicos da mesa sobre preditores de mortalidade na PH responderam às perguntas sobre autoimunidade no prognóstico da PH, presença de linfocitose no lavado broncoalveolar, a troca gasosa na PH, entre outras. Na foto, Dra. Regina Tibana, Dr. Carlos Alberto Pereira e Dr. Fábio Arimura.
Na sequência, a discussão de controvérsias, com a Dra. Mariana Lima e Dr. Paulo Miranda Neto (foto), tratou do uso de antifibróticos e imunossupressores no tratamento da PH.

Acesse o programa completo.

Sarcoidose

Mais de 95% dos pacientes com sarcoidose tem acometimento pulmonar. Como reconhecê-la e tratar precocemente?

Na aula “Diagnóstico da sarcoidose”, a Dra. Cláudia Henrique da Costa abordou os testes sorológicos e seu fator confundidor, a sarcoidose cardíaca e oftálmica e quais exames solicitar em pacientes assintomáticos, por exemplo. “A apresentação clínica da sarcoidose é muito ampla, tem que pensar nesse diagnóstico, se não, vai passar. Também deve-se considerar a tuberculose como diagnóstico alternativo”, orientou a pneumologista.

As apresentações sobre a sarcoidose incluíram a discussão de casos clínicos e a mesa de controvérsias sobre a relevância do diagnóstico de DPI não fibrótica.

Mesa de discussão de caso clínico: sarcoidose avançada. Palestrantes: Dra. Milenna Galdino, Dra. Cláudia Henrique da Costa, Dra. Sílvia Carla Sousa e Dra. Isabela Holz.
Depoimento
A Dra. Claudia Dias, pneumologista formada pela FMUSP, desembarcou do Equador para participar do Interstício presencial. “Até agora, estou muito satisfeita com o evento. A PH é uma doença que a gente vê muito no Brasil e no Equador. As aulas são muito completas e ajudam a avançar no tratamento e no diagnóstico”.

Faça a sua inscrição para conferir as atividades completas.

Sábado (12/03)

No segundo dia de Interstício 2022, os temas foram as doenças do tecido conjuntivo, as pneumonias intersticiais com aspectos autoimunes, como esclerose sistêmica, artrite reumatoide, etc., as anormalidades intersticiais pulmonares, DPI não classificada e as DPIs e neoplasias de pulmão.

No sábado, o curso contou com aulas e discussões de casos com os pneumologistas argentinos, Dra. Laura Alberti (foto) e Dr. Fabian Caro, ambos do Departamento de Doenças Intersticiais da Asociación Latinoamericana de Tórax (ALAT).
Um destaque importante deste curso é a interdisciplinaridade. O reumatologista Dr. Percival Sampaio Barros contribuiu com o tema esclerodermia sine scleroderma. “Pacientes com muita pele, tem muita inflamação e, muitas vezes, respondem aos imunossupressores. Se a pele estabiliza e o pulmão continua progredindo, por que esse imunossupressor, às vezes, não melhora o pulmão? Nestes pacientes, a gente pensaria em usar um antifibrótico”.
O tabagismo é o principal fator de risco das anormalidades intersticiais pulmonares. A quais fatores o pneumologista deve se atentar? A visão do radiologista na aula “ILA: como conduzir?“, com o Dr. Dante Luíz Escuissato.
Dra. Maria Raquel Soares: “DPI não classificada fibrótica”.
A Dra. Eliane Mancuzo encerrou a aula e discussão de caso, chamando a atenção para a importância da comunicação com o paciente.
Na aula de Fibrose Pós-Covid, o Dr. Carlos Carvalho apresentou o estudo do HC FMUSP que realizou uma predição das alterações na tomografia de seis a 12 meses após a Covid-19 de 749 pacientes, levando em consideração fatores clínicos, sociodemográficos e ambientais. Na mesa de discussão estão os professores do módulo, Dr. Guilherme Bridi, Dr. Carlos Carvalho, Dra. Ana Carolina Resende, Dra. Eliane Mancuzo, Dr. José Roberto Jardim e Dra. Karin Storrer.

O último módulo de sábado (12/03) tratou do uso de imunoterápicos e tratamento de câncer de pulmão e doença intersticial: reações adversas, fatores de risco, manejo de acordo com a gravidade e padrões da tomografia. “Deve-se sempre valorizar os sintomas, especialmente se for nos primeiros quatro meses de uso da medicação”, explicou o pneumologista Dr. Alexandre Kawassaki.

Depoimentos
Wagner Moneda Telini, pneumologista em Votuporanga (SP), exaltou a conveniência do evento em formato híbrido. “Foi extremamente viável e me facilitou bastante a participação no curso. No meu período de plantão, eu consegui acompanhar integralmente as atividades remotas e agora tenho a oportunidade de concluir o curso no último dia presencialmente”.
“É um prazer estar aqui no Curso de Doenças Intersticiais de 2022. É uma honra voltar às atividades presenciais. O curso está excelente, com excelentes aulas e discussões de casos. Parabenizo a Diretoria da SBPT” , José Eduardo Cançado, pneumologista em Piracicaba (SP) e membro da Comissão de Asma da SBPT.
As pneumologistas Amanda Carla Tosta Vieira (SP), Carolina Maciel Narvaes (MT), Laryssa Fernandes Biazim (SP) e Lethicia Domingos Paulo (RO). A Dra. Laryssa sentiu falta do cafezinho (que, inicialmente, não foi oferecido, devido ao protocolo de redução dos riscos da Covid-19). A Dra. Amanda comentou que os temas são recorrentes do dia a dia e, frequentemente, polêmicos.