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OMS reconhece avanços do Brasil no combate ao fumo

Segundo informe da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil se tornou o segundo país, depois da Turquia, a implementar integralmente todas as medidas MPOWER no seu mais alto nível de consecução.

O MPOWER, previsto na Convenção-Quadro para Controle do Tabaco (CQCT), da OMS, é um plano para reverter a epidemia do tabagismo. O relatório reúne iniciativas para reduzir o consumo de tabaco e, consequentemente, as despesas com cuidados de saúde.

As políticas de prevenção incluem proibição do consumo de tabaco em espaços públicos fechados, locais de trabalho e transportes públicos; advertências sobre os perigos do tabaco; apoio para que as pessoas possam parar de fumar; medidas de proibição de publicidade, promoção e patrocínio de cigarro e aumento dos impostos sobre o produto.

Segundo a OMS, 36 países introduziram uma ou mais medidas MPOWER em seu mais alto nível de consecução. Além disso, cerca de 5 bilhões de pessoas no mundo são protegidas por, pelo menos, uma política MPOWER. Fonte: Relatório MPOWER 2019 (WHO).

De acordo com Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, ainda faltam serviços de cessação do tabagismo como parte dos esforços para garantir a cobertura universal aos seus cidadãos. Esta é a medida mais sub-implementada atualmente.

Entre esses serviços pode-se citar as linhas telefônicas e aplicativos gratuitos de cessação, aconselhamento na atenção primária à saúde e terapias gratuitas de substituição da nicotina.

Segundo Michael R. Bloomberg, embaixador mundial da OMS para Doenças Não Transmissíveis e Lesões e fundador da Bloomberg Philanthropies, o relatório revela que os esforços dos governos para ajudar as pessoas a deixarem de fumar funcionam quando devidamente implementados.

Números do relatório

Em relação ao último registro, de 2016, 14 países implementaram legislações sobre embalagens com imagens chocantes de advertências sanitárias ao nível das melhores práticas, fazendo desta a política MPOWER com maior crescimento em termos de receptividade.

O maior crescimento em termos de quantidade de pessoas beneficiadas foi na área de aumento de impostos do tabaco. A cobertura populacional desta política quase duplicou: de 8% em 2016 para 14% em 2018. No entanto, embora seja considerado o meio mais eficaz de reduzir o consumo do tabaco, o aumento de impostos continua a ser a política MPOWER com a menor cobertura populacional.

O Brasil foi uma das dez nações que aumentaram impostos para incidir sobre, pelo menos, 75% dos preços de varejo.

Atualmente, estima-se que existam 1,1 bilhão de fumantes. Aproximadamente 80% vivem em países de baixa e média renda.

Fonte: Nações Unidas Brasil.