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Dia Mundial Sem Tabaco: JBP publica artigo especial sobre tabagismo e doenças respiratórias

Todos os anos, no dia 31 de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e os parceiros globais celebram o Dia Mundial Sem Tabaco¹, uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre os efeitos nocivos e mortais do uso do tabaco e da exposição ao fumo passivo, e para desencorajar o uso de qualquer forma ou tipo de tabaco.

O foco da campanha de 2019 é o “tabaco e a saúde dos pulmões”. Na ocasião, o Jornal Brasileiro de Pneumologia² publicou um artigo especial para alertar sobre os riscos do tabagismo ativo e passivo na ocorrência de doenças respiratórias, como asma, DPOC, entre outras.

O texto visa orientar os profissionais da saúde para priorizar a oferta do tratamento do tabagismo aos pacientes. “A terapia é custo-efetiva e dobra a chance de sucesso de parar de fumar”.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o cigarro contém mais de sete mil substâncias e pelo menos 69 dessas são cancerígenas. Além disso, o tabagismo é uma das maiores causas de doenças crônicas não infecciosas e de mortes evitáveis. Fumar reduz a expectativa de vida em 10 a 12 anos.

O Brasil reduziu acentuadamente as suas taxas tabagismo nos últimos 35 anos. No entanto, segundo o estudo VIGITEL de 2017, publicado em 2018³, aproximadamente 10,1% dos brasileiros adultos ainda fumam.

A exposição ao tabaco afeta a saúde respiratória de diversas formas, incluindo:

• Aumento do risco de câncer dos pulmões – o tabaco é a maior causa.
• Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC – bronquite e enfisema) – o tabaco é a maior causa.
• Redução do crescimento dos pulmões e redução da função pulmonar das crianças expostas ao tabaco no útero da mãe.
• Aumento de infecções respiratórias e da necessidade de consultas de emergência por problemas respiratórios em crianças que convivem com fumantes.
• Aumento do adoecimento devido à tuberculose.

 

Parar de fumar melhora a autoestima, reduz o risco de diversas doenças, aumenta e expectativa de vida e melhora a saúde respiratória:

• Reduz ou cessa a tosse crônica devido à bronquite do tabaco.
• Reduz a queda progressiva da capacidade respiratória dos pacientes com DPOC.
• Reduz as crises de asma e de DPOC.
• Reduz complicações cardiorrespiratórias nos pós-operatórios.

Se for considerado o gasto anual do Brasil para tratar a DPOC (R$ 16 bilhões) e o câncer de pulmão (R$ 2,3 bilhões), apenas, o valor já supera em mais de R$ 5 bilhões a arrecadação de impostos com a venda de cigarros, estimada em R$ 13 bilhões.

Atenção!

• Todos os tipos de uso do tabaco fazem mal à saúde.
• Mesmo os chamados cigarros eletrônicos, com ou sem nicotina, não liberam apenas vapor de água, mas também material particulado, cancerígenos, irritantes e outras substâncias que podem prejudicar a saúde respiratória. Por esses motivos a comercialização dos cigarros eletrônicos continua proibida no Brasil.

Como e onde tratar o tabagismo

• O tratamento do tabagismo é baseado no apoio comportamental combinado com o uso de medicamentos orais ou de adesivos de nicotina e pode ser feito gratuitamente na rede SUS (centros municipais de saúde) e em diversos convênios médicos.

Se dê uma chance para viver melhor: pare de fumar!

Referências:

¹World No Tobacco Day – World Health Organization.

²Sales MPU, Araújo AJ, Chatkin JM, Godoy I, Pereira LFF, Castellano MVCO et al. Update on the approach to smoking in patients with respiratory diseases. J Bras Pneumol. No prelo 2019.

³Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Vigitel Brasil 2017: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico.