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Uso de cigarro eletrônico e narguilé no Brasil: um cenário novo e emergente. O estudo Covitel, 2022

Em artigo original publicado no Jornal Brasileiro de Pneumologia vol. 49, n. 1 / 2023, cientistas detectaram que há um possível aumento de experimentação e uso atual de cigarros eletrônicos e narguilé no Brasil.

Os pesquisadores analisaram os dados do inquérito telefônico Covitel 2022, cuja amostra é composta de 1.800 indivíduos maiores de 18 anos de idade, provenientes das cinco macrorregiões brasileiras.

Segundo a análise, as prevalências de história de uso de cigarro eletrônico e narguilé foram idênticas (7,3%), enquanto a prevalência de consumo atual de cigarros industrializados foi de 12,2%.

Adultos jovens (18-24 anos) apresentaram as maiores prevalências de experimentação de cigarro eletrônico (19,7%) e de narguilé (17%).

Na discussão do estudo, os cientistas demonstraram preocupação com “um novo caminho em direção à dependência de nicotina”, já que a indústria criou esses dispositivos especificamente para essa faixa etária.

Além disso, o uso foi maior entre moradores da região Centro-Oeste do país e com maior escolaridade.

“Vigilância e políticas públicas são essenciais para o monitoramento e prevenção do uso da nicotina sob forma de cigarro eletrônico”, destacou a Dra. Ana Maria Baptista Menezes, primeira autora do artigo.