![\"\"](\"https:\/\/d1xe7tfg0uwul9.cloudfront.net\/sbpt-portal\/wp-content\/uploads\/2025\/05\/15194603\/WhatsApp-Image-2025-05-13-at-16.00.33-1.jpeg\")
<\/a>Na ocasi\u00e3o, o presidente da SBPT, Dr. Ricardo de Amorim Corr\u00eaa, destacou em sua apresenta\u00e7\u00e3o as necessidades ainda n\u00e3o atendidas da asma grave na sa\u00fade p\u00fablica brasileira. \u201cA asma ainda \u00e9 subdiagnosticada e subtratada no Brasil. Apesar dos avan\u00e7os, muitos pacientes continuam enfrentando crises recorrentes e hospitaliza\u00e7\u00f5es por falta de acesso adequado ao tratamento\u201d, afirmou.<\/p>\nCorr\u00eaa tamb\u00e9m destacou a import\u00e2ncia de fortalecer a aten\u00e7\u00e3o prim\u00e1ria e a gest\u00e3o municipal para reduzir interna\u00e7\u00f5es desnecess\u00e1rias, ampliar o acesso a medicamentos adequados e humanizar o atendimento. \u201cPacientes enfrentam longas jornadas para conseguir medicamentos simples. Propomos que a combina\u00e7\u00e3o de corticosteroide inalat\u00f3rio e broncodilatador de longa a\u00e7\u00e3o seja o tratamento base, desde os est\u00e1gios iniciais, como recomendado pelas evid\u00eancias internacionais. Essa abordagem reduz exacerba\u00e7\u00f5es e melhora o controle da doen\u00e7a\u201d, sugeriu.<\/p>\n
E chamou aten\u00e7\u00e3o para o uso indiscriminado de corticosteroides orais no pa\u00eds. \u201cApesar da exig\u00eancia legal de prescri\u00e7\u00e3o, muitos pacientes ainda conseguem comprar corticosteroides sem receita, o que representa um risco grave \u00e0 sa\u00fade p\u00fablica. O uso inadequado pode causar perda de massa muscular, osteoporose, hipertens\u00e3o e at\u00e9 infarto. \u00c9 fundamental resgatar o rigor na exig\u00eancia da receita m\u00e9dica para evitar essas complica\u00e7\u00f5es\u201d, advertiu.<\/p>\n
Encerrando sua participa\u00e7\u00e3o, Ricardo Corr\u00eaa alertou que a burocracia ainda dificulta a oferta de medicamentos j\u00e1 incorporados ao SUS e refor\u00e7ou que o controle da asma exige pol\u00edticas p\u00fablicas eficazes, investimento na capacita\u00e7\u00e3o de profissionais e uma articula\u00e7\u00e3o integrada entre os diferentes n\u00edveis de governo. \u201cPrecisamos de uma resposta coordenada entre governo federal, estados e munic\u00edpios, com escuta ativa aos pacientes e uso inteligente dos recursos. O compromisso com a sa\u00fade p\u00fablica inclui n\u00e3o apenas garantir tratamento, mas tamb\u00e9m dignidade para quem vive com essa condi\u00e7\u00e3o\u201d, concluiu.<\/p>\n \u201cEu nasci com asma. Meu irm\u00e3o, minha irm\u00e3, meu filho, meu sobrinho \u2014 todos t\u00eam asma. A diferen\u00e7a \u00e9 que tive diagn\u00f3stico precoce. A asma sumiu na inf\u00e2ncia, como acontece em alguns meninos, mas voltou aos 61 anos. Eu mesmo fiz o diagn\u00f3stico no meu consult\u00f3rio, com espirometria. Desde ent\u00e3o, comecei o tratamento com a combina\u00e7\u00e3o adequada de corticoide inalat\u00f3rio e broncodilatador de longa a\u00e7\u00e3o. Estou h\u00e1 cinco anos sem uma \u00fanica crise.\u201d, relatou.<\/p>\n Segundo Pizzichini, a maioria das pessoas com asma tem a forma leve da doen\u00e7a, que pode ser bem controlada com a combina\u00e7\u00e3o terap\u00eautica correta. No entanto, muitos pacientes seguem utilizando apenas corticoides isolados, o que gera riscos e maior morbidade. \u201cO Minist\u00e9rio da Sa\u00fade fez algo importante h\u00e1 anos ao introduzir o corticoide inalat\u00f3rio, o que reduziu as hospitaliza\u00e7\u00f5es por asma em 67%. Mas ainda falta oferecer a combina\u00e7\u00e3o que eu uso, dispon\u00edvel com uma dose di\u00e1ria. Assim, evitar\u00edamos interna\u00e7\u00f5es e melhorar\u00edamos a qualidade de vida dos pacientes\u201d, reiterou.<\/p>\n Ele tamb\u00e9m criticou a necessidade de consultas frequentes apenas para renovar receitas, defendendo um modelo mais racional como o praticado no Canad\u00e1, cuja receita \u00e9 renovada anualmente.<\/p>\n O Dr. Herberto Schong, representando a Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Alergia e Imunologia, foi enf\u00e1tico ao afirmar que o tratamento ideal pode ser simples e acess\u00edvel \u2014 desde que devidamente pactuado e financiado pelos entes p\u00fablicos. \u201cCom uma associa\u00e7\u00e3o terap\u00eautica de baixo custo, conseguimos controlar a maioria dos casos. Mas \u00e9 fundamental garantir que esses medicamentos estejam dispon\u00edveis na aten\u00e7\u00e3o b\u00e1sica e que o financiamento esteja pactuado com os estados. S\u00f3 assim teremos uma pol\u00edtica de sa\u00fade p\u00fablica eficaz\u201d, ressaltou.<\/p>\n<\/a>O presidente da SBPT apontou ainda a necessidade de revisar os formatos de apresenta\u00e7\u00e3o dos medicamentos dispon\u00edveis no SUS, que muitas vezes n\u00e3o atendem \u00e0 complexidade dos casos enfrentados na rede p\u00fablica. Tamb\u00e9m falou sobre o acesso aos imunobiol\u00f3gicos, indicados para casos graves de asma. \u201cOs protocolos est\u00e3o bem estabelecidos no PCDT, mas a chegada desses medicamentos aos pacientes precisa ser agilizada. Eles representam uma alternativa eficaz para quem n\u00e3o responde aos tratamentos convencionais\u201d, explicou.<\/p>\n<\/a>Em conson\u00e2ncia com o exposto acima, o Dr. Emilio Pizzichini, coordenador da Comiss\u00e3o de Asma da SBPT, compartilhou sua experi\u00eancia pessoal como paciente asm\u00e1tico desde a inf\u00e2ncia e chamou aten\u00e7\u00e3o para a necessidade de acesso a tratamentos modernos e cont\u00ednuos.<\/p>\n<\/a>Al\u00e9m dos representantes da SBPT, o evento reuniu parlamentares, profissionais da sa\u00fade, representantes da sociedade civil e associa\u00e7\u00f5es de pacientes. Durante as falas, ficou evidente o consenso sobre a urg\u00eancia de medidas estruturantes para garantir acesso a tratamentos eficazes e ampliar a resolutividade da aten\u00e7\u00e3o b\u00e1sica.<\/p>\n