{"id":22166,"date":"2021-11-16T19:00:41","date_gmt":"2021-11-16T19:00:41","guid":{"rendered":"https:\/\/sbpt.org.br\/portal\/?p=22166"},"modified":"2021-11-17T12:37:39","modified_gmt":"2021-11-17T12:37:39","slug":"dia-mundial-dpoc-2021","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/sbpt.org.br\/portal\/dia-mundial-dpoc-2021\/","title":{"rendered":"M\u00eas de aten\u00e7\u00e3o \u00e0 DPOC: uma das doen\u00e7as pulmonares mais prevalentes em adultos"},"content":{"rendered":"
A Doen\u00e7a Pulmonar Obstrutiva Cr\u00f4nica (DPOC) \u00e9 caracterizada por enfisema pulmonar e bronquite cr\u00f4nica e est\u00e1 presente em cerca de 10,1% da popula\u00e7\u00e3o\u00b9 e aproximadamente 15,8% dos adultos com mais de 40 anos de idade da cidade de S\u00e3o Paulo\u00b2.<\/p>\n
A doen\u00e7a \u00e9 mais comum em pessoas com mais de 50 anos de idade e est\u00e1 associada, principalmente, \u00e0 exposi\u00e7\u00e3o ao fumo, polui\u00e7\u00e3o, poeira e produtos qu\u00edmicos.<\/p>\n
\u201cA prematuridade e a baixa fun\u00e7\u00e3o pulmonar no in\u00edcio da vida adulta tamb\u00e9m s\u00e3o fatores de risco para DPOC. Assim, temos que prevenir a doen\u00e7a evitando as exposi\u00e7\u00f5es intra\u00fatero, na inf\u00e2ncia e adolesc\u00eancia\u201d, orienta a pneumologista dra. Marli Knorst, coordenadora da Comiss\u00e3o Cient\u00edfica de DPOC da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).<\/p>\n
Os sintomas mais comuns da DPOC s\u00e3o dispneia (falta de ar), tosse cr\u00f4nica e produ\u00e7\u00e3o de muco (expectora\u00e7\u00e3o). Se tiver algum desses sintomas, \u00e9 recomendado procurar um pneumologista e fazer o exame de espirometria para confirmar o diagn\u00f3stico, especialmente se for fumante ou ex-fumante. A doen\u00e7a \u00e9 progressiva e pode ser incapacitante, levando \u00e0 falta de ar e cansa\u00e7o ao realizar atividades simples do dia a dia.<\/p>\n
Com o objetivo de chamar a aten\u00e7\u00e3o para a complexidade da DPOC, alta preval\u00eancia e subdiagn\u00f3stico da doen\u00e7a, em novembro (17\/11), a Global Initiative For Chronic Obstructive Pulmonary Disease (GOLD) realiza uma campanha para disseminar informa\u00e7\u00f5es sobre a DPOC.<\/p>\n
O tema de 2021, \u201cPulm\u00f5es saud\u00e1veis: mais importante do que nunca\u201d, chama a aten\u00e7\u00e3o para cuidar da sa\u00fade pulmonar, principalmente diante da COVID-19. Uma meta-an\u00e1lise mostrou que pacientes com DPOC tem um risco mais alto de ter COVID-19 grave que indiv\u00edduos sem DPOC e podem ter um desfecho mais desfavor\u00e1vel, associado a maior mortalidade (60%)\u00b3.<\/p>\n
\u201cUma das medidas mais importantes \u00e9 cessar a exposi\u00e7\u00e3o que est\u00e1 causando a DPOC. Na maioria dos casos \u00e9 o tabagismo. Se parar de fumar, o portador de DPOC vai viver mais tempo. Tamb\u00e9m \u00e9 importante tomar as vacinas recomendadas para quem tem DPOC, como a vacina da Influenza (gripe), contra pneumococo (pneumonia), contra COVID-19 e, recentemente, est\u00e1 sendo recomendada a vacina contra coqueluche (DTP)\u201d, explica a dra. Marli.<\/p>\n
A doen\u00e7a n\u00e3o tem cura, mas pode ser controlada. O tratamento prescrito pelo m\u00e9dico geralmente prev\u00ea o uso de um dispositivo inalat\u00f3rio (spray, equipamento de n\u00e9voa ou p\u00f3 seco). \u00c9 muito importante utilizar a t\u00e9cnica adequada para cada dispositivo para garantir um melhor aproveitamento da medica\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Al\u00e9m de manter o tratamento com o broncodilatador prescrito, os pacientes com DPOC devem participar de programas de reabilita\u00e7\u00e3o com fisioterapia respirat\u00f3ria e praticar atividade f\u00edsica para melhorar a qualidade de vida.<\/p>\n \u201cSe permanecer muito tempo sentado ou deitado, o portador de DPOC pode come\u00e7ar a sentir falta de ar com atividades cada vez menos intensas. \u00c9 importante romper esse ciclo e tentar ficar o mais ativo poss\u00edvel\u201d, recomenda a pneumologista.<\/p>\n Em setembro de 2021, a DPOC causou 5.010 interna\u00e7\u00f5es nos hospitais do SUS (DATASUS<\/a>), em todo o Brasil. Por isso, \u00e9 importante conscientizar a popula\u00e7\u00e3o e capacitar as equipes da aten\u00e7\u00e3o b\u00e1sica de sa\u00fade, a fim de evitar exacerba\u00e7\u00f5es pela doen\u00e7a (piora da tosse, expectora\u00e7\u00e3o ou falta de ar). Essas crises podem acelerar o decl\u00ednio da fun\u00e7\u00e3o pulmonar e est\u00e3o associadas com aumento de mortalidade.<\/p>\n Atualmente, a DPOC \u00e9 quarta causa de \u00f3bitos, globalmente. De acordo com a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS), mais de 90% dessas mortes acontecem em pa\u00edses de renda m\u00e9dia a baixa, porque as estrat\u00e9gias de preven\u00e7\u00e3o n\u00e3o s\u00e3o eficazes e os tratamentos n\u00e3o est\u00e3o dispon\u00edveis ou n\u00e3o s\u00e3o acess\u00edveis para todos.<\/p>\n No Brasil, um dos desafios \u00e9 aumentar a conscientiza\u00e7\u00e3o sobre a import\u00e2ncia da reabilita\u00e7\u00e3o e oferecer programas de recupera\u00e7\u00e3o bem consolidados para os pacientes. Um avan\u00e7o importante no pa\u00eds foi a incorpora\u00e7\u00e3o de Broncodilatadores Antagonistas Muscar\u00ednicos de Longa A\u00e7\u00e3o (LAMA) associados a Agonistas Beta2-Adren\u00e9rgicos de Longa A\u00e7\u00e3o (LABA) para pacientes com DPOC grave, muito grave e com alto risco. “A disponibilidade de dois broncodilatadores de classes diferentes, tendo efeito de a\u00e7\u00e3o potencializado e sendo administrados no mesmo dispositivo, amplia as possibilidades terap\u00eauticas e aumenta o conforto para o paciente”, salienta a dra. Marli.<\/p>\n Veja mais<\/strong><\/p>\n Refer\u00eancias<\/strong><\/p>\n \u00b9 Lamprecht B, et al. COPD in never smokers: Results from the population-based burden of obstructive lung disease study<\/a>. Chest 2011.<\/p>\n \u00b2 Menezes AMB, et al. Chronic obstructive pulmonary disease in five latin american cities (the PLATINO study): a prevalence study<\/a>. Lancet 2005; 366:1875-81.<\/p>\n<\/a><\/p>\n
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