{"id":11075,"date":"2018-11-06T21:48:38","date_gmt":"2018-11-06T21:48:38","guid":{"rendered":"https:\/\/sbpt.org.br\/portal\/?p=11075"},"modified":"2018-11-06T21:52:27","modified_gmt":"2018-11-06T21:52:27","slug":"manejo-pac-atualizacao-2018","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/sbpt.org.br\/portal\/manejo-pac-atualizacao-2018\/","title":{"rendered":"SBPT divulga atualiza\u00e7\u00e3o das recomenda\u00e7\u00f5es de manejo da pneumonia adquirida na comunidade (PAC)"},"content":{"rendered":"

Em artigo publicado no Jornal Brasileiro de Pneumologia\u00b9, 13 membros da Comiss\u00e3o Cient\u00edfica de Infec\u00e7\u00f5es Respirat\u00f3rias da SBPT prop\u00f5em uma atualiza\u00e7\u00e3o dos t\u00f3picos das diretrizes de manejo da PAC publicadas em 2009\u00b2.<\/p>\n

O documento discute, dentre outros t\u00f3picos, os \u00faltimos avan\u00e7os em imagem, o uso de testes moleculares e biomarcadores no manejo da doen\u00e7a e orienta\u00e7\u00f5es sobre diagn\u00f3stico e tratamento.<\/p>\n

Leia aqui: Recomenda\u00e7\u00f5es para o manejo da pneumonia adquirida na comunidade 2018<\/a>.<\/p>\n

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12\/11 – Dia Mundial da Pneumonia<\/strong><\/p>\n

A pneumonia \u00e9 uma infec\u00e7\u00e3o nos pulm\u00f5es provocada por bact\u00e9rias, v\u00edrus ou fungos. O Streptococcus pneumoniae <\/em>\u00e9 o agente causador em 60% dos casos. A pneumonia adquirida em comunidade (PAC) \u00e9 aquela contra\u00edda no conv\u00edvio social, fora do ambiente hospitalar, ou que se manifesta em at\u00e9 48 horas ap\u00f3s a interna\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

A taxa de mortalidade da PAC est\u00e1 em queda, e vem reduzindo cerca de 25,5% entre 1990 e 2015. Por\u00e9m, a quantidade de interna\u00e7\u00f5es e o alto custo do tratamento ainda s\u00e3o desafios para a sa\u00fade p\u00fablica e a sociedade como um todo.<\/p>\n

Entre janeiro e agosto deste ano, 417.924 pacientes foram hospitalizados por causa de pneumonia no Brasil\u00b3, totalizando gastos totais de mais de R$ 378 milh\u00f5es com servi\u00e7os hospitalares. No mesmo per\u00edodo do ano passado, foram 430.077 interna\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

Recomenda\u00e7\u00f5es de manejo da PAC<\/strong><\/p>\n

Aplica\u00e7\u00e3o dos exames de imagem<\/strong><\/p>\n

A radiografia de t\u00f3rax, aliada \u00e0 anamnese e ao exame f\u00edsico, \u00e9 o exame mais indicado para confirmar a suspeita e avaliar a extens\u00e3o das les\u00f5es causadas pela pneumonia. De acordo com o Dr. Ricardo Corr\u00eaa, pneumologista da Comiss\u00e3o de Infec\u00e7\u00f5es Respirat\u00f3rias da SBPT, na assist\u00eancia m\u00e9dica geral, menos de 40% dos m\u00e9dicos conseguem diagnosticar a doen\u00e7a apenas com o exame f\u00edsico.<\/p>\n

A ultrassonografia de t\u00f3rax (UST) tem maior acur\u00e1cia do que a radiografia, mas \u00e9, ainda, restrita a poucos hospitais na emerg\u00eancia. Dados internacionais mostram que, no contexto dos servi\u00e7os de emerg\u00eancia m\u00e9dica, o exame apresenta uma sensibilidade de 95% contra 60% da radiografia de t\u00f3rax.<\/p>\n

J\u00e1 a tomografia de t\u00f3rax (TC) \u00e9 a alternativa de escolha nos casos em que a radiografia de t\u00f3rax tem menor acur\u00e1cia, como em pacientes obesos, imunossuprimidos ou com altera\u00e7\u00f5es radiol\u00f3gicas pr\u00e9vias.<\/p>\n

Diagn<\/strong>\u00f3<\/strong>stico laboratorial<\/strong><\/p>\n

Os testes de cultura de escarro, hemocultura e para detec\u00e7\u00e3o de ant\u00edgenos urin\u00e1rios podem ser solicitados se houver suspeita de germes at\u00edpicos, em caso de PAC grave, para pacientes que n\u00e3o respondam ao tratamento inicial ou que estejam internados em UTI.<\/p>\n

Os testes moleculares, como o PCR (rea\u00e7\u00e3o em cadeia da polimerase), representam um grande avan\u00e7o no diagn\u00f3stico das pneumonias virais, notadamente nos casos de PAC grave.<\/p>\n

Gravidade<\/strong><\/p>\n

A classifica\u00e7\u00e3o do risco do paciente com PAC \u00e9 primordial para a escolha do antibi\u00f3tico e a via de administra\u00e7\u00e3o mais adequados e o local do tratamento.<\/p>\n

O artigo rev\u00ea os crit\u00e9rios mais utilizados para avaliar se a PAC tem risco baixo ou se h\u00e1 possibilidade de um desfecho mais grave, como a necessidade de admiss\u00e3o \u00e0 UTI, o risco de fal\u00eancia terap\u00eautica e a necessidade de suporte ventilat\u00f3rio e circulat\u00f3rio.<\/p>\n

Os principais crit\u00e9rios de escalonamento s\u00e3o:<\/p>\n