Participar da Comissão de Valorização de Novas Lideranças
Para residentes a participação nesta Comissão está condicionada ao envio do Certificado de conclusão da residência médica ou declaração que esteja cursando com data de início e término.
De acordo com relatório publicado esta semana pelo IQAir, a poluição do ar ultrapassou os limites de concentração recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em todos os países do mundo em 2021.
Apenas 3,4% das mais de 6 mil cidades pesquisadas atenderam aos critérios dos índices de qualidade do ar recomendados pela entidade que buscam salvaguardar a saúde humana.
O órgão já havia apontado, em 2018, que 95% da população mundial está exposta à má qualidade do ar.
Como resultado, o ar tóxico é o maior malefício ambiental da contemporaneidade com repercussões à saúde, perdendo apenas para a Covid-19 durante estes dois anos de pandemia. Ele é responsável por 11% da mortalidade global anual, sendo 51 mil no Brasil, afetando, em especial, os grupos populacionais mais vulneráveis, as crianças, os idosos, as gestantes e as populações de baixa renda. Por essas razões a OMS elencou a poluição do ar como frente de combate prioritária na agenda das emergências em saúde.
Devido à gravidade do quadro, reconhecemos a extrema relevância da Ação Direta de Inconstitucionalidade n° 6148/DF movida pela Procuradoria-Geral da República e que será julgada pelo Supremo Tribunal Federal no próximo dia 30 de março.
A Adin tem como objeto a Resolução CONAMA 491/2018, que dispõe sobre os padrões de qualidade do ar definidos no Brasil. A motivação da ação reside na ineficiência da norma para a proteção da saúde da população por diversas razões.
Embora o Brasil adote os limites sugeridos pela OMS, a norma prevê que eles sejam alcançados após a passagem por três níveis intermediários. No entanto não determina prazos para atingi-los, tornando-a ineficiente. Assim sendo, seguimos com níveis de concentração de poluentes na atmosfera extremamente elevados.
Se permitidos níveis altos de toxicidade no ar, haverá mais sofrimento, adoecimento e mortes da população. Mas não apenas isso, há o prejuízo da gestão e do controle de emissões de poluentes, já que não determina um cronograma para que o país disponha de regras mais restritivas para as emissões de poluentes.
Um impacto concreto da ausência de prazos e da permanência de padrões de qualidade do ar altamente permissíveis para poluir reside na ineficiência da atuação dos órgãos públicos para concessão de licenças ambientais. Ademais, a desatualização dos níveis de concentração está na contramão da informação clara sobre a qualidade do ar e eventuais malefícios à saúde da população. Prejudica o direito à informação adequada dos cidadãos e o alcance de medidas de proteção quanto aos direitos coletivos, além de ser permissivo a episódios críticos da poluição do ar.
Para agravar a condição de ausência de protetividade da norma brasileira, a OMS, em setembro de 2021, estabeleceu novas diretrizes globais de qualidade do ar a partir de valores de concentração de poluentes considerados seguros para a saúde humana. Portanto, a normativa vigente, que já está defasada, representa agora a expressão plena do atraso e da desconsideração ao direito humano à vida.
Finalmente, a sociedade médica, representada pelos profissionais, associações e sociedades de especialidade abaixo-assinadas, conta com a Suprema Corte para garantir a efetiva defesa da saúde e do meio ambiente ecologicamente equilibrado destas e das futuras gerações.
Subscrevem esta carta:
Academia Brasileira de Neurologia, ABN
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, ASBAI
Associação Médica Brasileira, AMB
Associação Médica Brasileira Homeopática, AMHB
Associação Paulista de Medicina, APM
Associação Paulista de Neurologia, APAN
Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, SINDHOSP
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP)
Sociedade Brasileira de Clínica Médica, SBCM
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, SBGG
Sociedade Brasileira de Pediatria, SBP
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, SBPT
A International Union Against Tuberculosis and Lung Disease (The Union) e a Campaign For Tobacco Free Kids vai apoiar projetos de redução do tabagismo de organizações governamentais ou não governamentais de países de baixa e média renda.
As inscrições estão abertas até 4 de fevereiro de 2022. Para participar, as instituições devem preencher o formulário disponível no site Tobacco Control Grants Program.
Os projetos serão pontuados conforme: o potencial de redução do tabagismo (20%); o impacto na população (20%); as possibilidades políticas de atingir os objetivos propostos (20%); o design (20%); a capacidade organizacional de tornar o projeto relevante (10%) e as colaborações e parcerias multissetoriais (10%).
O período de desenvolvimento do projeto pode variar entre 6 e 24 meses.
Quanto aos valores da bolsa, as instituições podem ganhar de US$ 50.000 a US$ 250.000 por ano.
O ERS Satellites oferecerá atualizações clínicas e científicas gratuitas sobre asma, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Doença Intersticial Pulmonar, meio ambiente e mudanças climáticas.
O evento será realizado on-line no dia 24/02/2022, das 13h às 23h (BRT), com a participação de especialistas em Pneumologia do Reino Unido, Bélgica, Turquia, Austrália, Finlândia, Dinamarca, França, Grécia, Estados Unidos, Holanda e Suécia.
Cada tópico tratará da compreensão dos mecanismos de cada doença; o estado da arte e tratamento, com base na literatura recente; aplicação do conhecimento e perspectiva clínica com discussão de casos; previsão dos riscos e próximos passos, com espaço para o debate entre os participantes.
O CNAP acontecerá de 21 a 23/04/2022. Já o CNPED será nos dias 22 e 23/04/2022, ambos no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo (SP).
As inscrições estão abertas com valores promocionais até 21/03/2022. Inscreva-se aqui.
Os cursos de atualização da SBPT – CNAP e CNPED – são reconhecidos pela abrangência dos temas, qualidade e diversidade de professores e imersão no que há de mais novo em cada assunto da Pneumologia, abordados em sala única.
A programação completa será divulgada em breve. As aulas ficarão gravadas e serão disponibilizadas para os inscritos após os eventos.
“Seguindo a tradição, daremos destaque às atualizações sobre as doenças respiratórias de maior repercussão em nossa prática clínica, novos métodos de investigação e avaliação da saúde respiratória e sobre os efeitos de longo prazo da COVID-19”, informa a Dra. Irma de Godoy, Presidente da SBPT (2021-2022).
“As aulas serão ministradas por especialistas de diferentes estados, incluindo novos talentos, com equidade de gênero e reconhecimento da capacidade técnica e experiência em suas áreas de atuação”, completa a pneumologista.
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é caracterizada por enfisema pulmonar e bronquite crônica e está presente em cerca de 10,1% da população¹ e aproximadamente 15,8% dos adultos com mais de 40 anos de idade da cidade de São Paulo².
A doença é mais comum em pessoas com mais de 50 anos de idade e está associada, principalmente, à exposição ao fumo, poluição, poeira e produtos químicos.
“A prematuridade e a baixa função pulmonar no início da vida adulta também são fatores de risco para DPOC. Assim, temos que prevenir a doença evitando as exposições intraútero, na infância e adolescência”, orienta a pneumologista dra. Marli Knorst, coordenadora da Comissão Científica de DPOC da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
Os sintomas mais comuns da DPOC são dispneia (falta de ar), tosse crônica e produção de muco (expectoração). Se tiver algum desses sintomas, é recomendado procurar um pneumologista e fazer o exame de espirometria para confirmar o diagnóstico, especialmente se for fumante ou ex-fumante. A doença é progressiva e pode ser incapacitante, levando à falta de ar e cansaço ao realizar atividades simples do dia a dia.
Com o objetivo de chamar a atenção para a complexidade da DPOC, alta prevalência e subdiagnóstico da doença, em novembro (17/11), a Global Initiative For Chronic Obstructive Pulmonary Disease (GOLD) realiza uma campanha para disseminar informações sobre a DPOC.
O tema de 2021, “Pulmões saudáveis: mais importante do que nunca”, chama a atenção para cuidar da saúde pulmonar, principalmente diante da COVID-19. Uma meta-análise mostrou que pacientes com DPOC tem um risco mais alto de ter COVID-19 grave que indivíduos sem DPOC e podem ter um desfecho mais desfavorável, associado a maior mortalidade (60%)³.
“Uma das medidas mais importantes é cessar a exposição que está causando a DPOC. Na maioria dos casos é o tabagismo. Se parar de fumar, o portador de DPOC vai viver mais tempo. Também é importante tomar as vacinas recomendadas para quem tem DPOC, como a vacina da Influenza (gripe), contra pneumococo (pneumonia), contra COVID-19 e, recentemente, está sendo recomendada a vacina contra coqueluche (DTP)”, explica a dra. Marli.
A doença não tem cura, mas pode ser controlada. O tratamento prescrito pelo médico geralmente prevê o uso de um dispositivo inalatório (spray, equipamento de névoa ou pó seco). É muito importante utilizar a técnica adequada para cada dispositivo para garantir um melhor aproveitamento da medicação.
Além de manter o tratamento com o broncodilatador prescrito, os pacientes com DPOC devem participar de programas de reabilitação com fisioterapia respiratória e praticar atividade física para melhorar a qualidade de vida.
“Se permanecer muito tempo sentado ou deitado, o portador de DPOC pode começar a sentir falta de ar com atividades cada vez menos intensas. É importante romper esse ciclo e tentar ficar o mais ativo possível”, recomenda a pneumologista.
Em setembro de 2021, a DPOC causou 5.010 internações nos hospitais do SUS (DATASUS), em todo o Brasil. Por isso, é importante conscientizar a população e capacitar as equipes da atenção básica de saúde, a fim de evitar exacerbações pela doença (piora da tosse, expectoração ou falta de ar). Essas crises podem acelerar o declínio da função pulmonar e estão associadas com aumento de mortalidade.
Atualmente, a DPOC é quarta causa de óbitos, globalmente. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 90% dessas mortes acontecem em países de renda média a baixa, porque as estratégias de prevenção não são eficazes e os tratamentos não estão disponíveis ou não são acessíveis para todos.
No Brasil, um dos desafios é aumentar a conscientização sobre a importância da reabilitação e oferecer programas de recuperação bem consolidados para os pacientes. Um avanço importante no país foi a incorporação de Broncodilatadores Antagonistas Muscarínicos de Longa Ação (LAMA) associados a Agonistas Beta2-Adrenérgicos de Longa Ação (LABA) para pacientes com DPOC grave, muito grave e com alto risco. “A disponibilidade de dois broncodilatadores de classes diferentes, tendo efeito de ação potencializado e sendo administrados no mesmo dispositivo, amplia as possibilidades terapêuticas e aumenta o conforto para o paciente”, salienta a dra. Marli.
O II Congresso SBPT Virtual – Asma, DPOC e Tabagismo 2021 foi totalmente migrado para a plataforma de ensino a distância da Sociedade (EAD SBPT).
Os palestrantes e congressistas já inscritos podem acessar às aulas no EAD SBPT.
O Congresso permanece aberto para novas inscrições. No entanto, os novos inscritos não têm direito ao certificado ou à pontuação no Programa AtualizAR.
O associado em dia com as anuidades tem direito à inscrição gratuita. Os estudantes também podem se associar à SBPT gratuitamente e se inscrever no Congresso sem custos.
O evento foi realizado ao vivo de 20 a 22 de agosto de 2021. Todo o conteúdo está disponível para acesso on-line, incluindo 59 sessões e 43 mesas redondas, discussões de casos clínicos e sessões interativas sobre asma, DPOC, tabagismo e inovações. Além de conferências, simpósios da indústria e apresentações de temas livres.
A plataforma onde o curso foi transmitido on-line será desativada. Todo o acesso deve ser feito por meio do EAD SBPT.
O II Congresso SBPT Virtual de Asma, DPOC e Tabagismo aconteceu ao vivo entre 20 e 22 de agosto de 2021. As inscrições permanecem abertas.
A inscrição é gratuita para o sócio SBPT (quite 2020-2021). Os estudantes também podem se associar à SBPT gratuitamente e se inscrever no Congresso sem custos.
Para ter direito a certificado, o congressista deve assistir as aulas até 20/09/2021. O evento ficará disponível por um ano para se inscrever e acessar quantas vezes quiser.
Programa científico
O evento teve 59 sessões com programação ao vivo, divididas em quatro salas on-line.
As atividades incluíram 43 mesas redondas, discussões de casos clínicos e sessões interativas sobre asma, DPOC, tabagismo e inovações.
Além disso, o evento ofereceu 3 sessões de networking; 16 conferências gravadas; simpósios da indústria; área de exposição; exibição de 118 trabalhos científicos e apresentação de temas livres.
A abertura contou com a aula da Presidente da American Thoracic Society (ATS), dra. Lynn Schnapp, sobre mentoria, financiamento e conexões para a carreira acadêmica.
Nos dias 21 e 22/08, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) apresentou uma programação focada em oferecer atualização e diálogo aberto sobre as doenças respiratórias de maior prevalência.
Todo o conteúdo está disponível na plataforma para os novos inscritos. Depois, os materiais passarão para o ambiente EAD SBPT.
O conteúdo é relevante para estudantes, residentes, pneumologistas, cirurgiões, generalistas, alergistas, patologistas, radiologistas, generalistas, enfermeiros, fisioterapeutas e demais profissionais da saúde.
Além disso, a SBPT fomentou o debate sobre a carreira e a trajetória do especialista da saúde nos tempos atuais.
Asma
“A programação está voltada para uma discussão ampla de diferentes aspectos da asma e focada na prática clínica. Há mesas redondas; prós e contras; ano em revisão, tanto para a área pediátrica como adulta, e sessões de casos clínicos, apresentados por residentes”, explica a coordenadora da Comissão Científica de Asma da SBPT, dra. Regina Carvalho.
Entre as atividades, a pneumologista destaca:
A sessão de prós e contras sobre o Uso de Beta 2 Agonista de Curta Ação de Resgate nas Etapas I e II, tema em evidência na prática clínica.
A conferência internacional sobre a Interação da COVID-19 com a Asma e DPOC, disponível no acervo de aulas gravadas.
A mesa redonda sobre Recomendações do Manejo da Asma Grave, que abordará os principais pontos referentes ao documento submetido ao Jornal Brasileiro de Pneumologia, com a participação de pneumologistas que tratam crianças, adolescentes e adultos.
DPOC
“Como identificar e tratar a DPOC com refluxo? Qual é a importância da avaliação de distúrbios do sono na DPOC? Quais são as diferenças da apresentação da DPOC no homem e na mulher? E no tabagista e não tabagista? Essas são algumas das discussões que promovemos”, explica a dra. Marli Knorst, coordenadora da Comissão Científica de DPOC da SBPT.
A especialista também destaca a importância da mesa de controvérsias, sobre o uso de anticorpos monoclonais na DPOC, e dos temas livres, que abordam a questão de fenótipos, as fragilidades e o desafio de tratar a Tromboembolia Pulmonar (TEP) na DPOC.
A pneumologista destaca como highlights do Congresso: a mesa sobre as Diretrizes para o Tratamento de DPOC, e a mesa redonda da ATS – Combinação de Fibrose Pulmonar e Enfisema.
“Estamos vivendo mudanças importantes em como se fazer Medicina e como se relacionar com o paciente. Portanto, o Congresso nos proporciona atualização com uma perspectiva diferente. É como dar um pequeno passo que representa um salto para seguir adiante”, opina a dra. Marli.
Tabagismo
Segundo o Dr. Paulo Corrêa, coordenador da Comissão Científica de Tabagismo da SBPT, o congressista tem a oportunidade de se atualizar sobre o manejo de situações difíceis, desafiadoras e frequentes do tratamento do tabagismo e visualizar os caminhos para resolvê-las.
“Cerca de 40% dos pacientes com DPOC continuam fumando. Discutimos, então, como podemos otimizar as taxas de cessação do ponto de vista prático: quando aumentar a dosagem da medicação, como lidar com a questão do uso de múltiplas substâncias, qual é o papel da atividade física no tratamento, uso de inteligência artificial entre outras questões”, pontua o pneumologista.
“Exploramos, ainda, a íntima relação entre Tuberculose e Tabagismo, tema pouco ventilado em eventos prévios”, recomenda o dr. Paulo.
Inovações
Na tentativa de suprir um pouco da falta dos eventos presenciais, a organização das atividades foi direcionada para o contato e a troca de ideias.
A área de networking do evento permitiu utilizar o microfone e o vídeo para interagir.
As mesas dedicadas ao jovem pneumologista também ajudaram a amparar o estudante e o profissional no início da carreira para trabalhar com mais segurança.
Área de exposições
O espaço simula o ambiente real e permite conhecer os principais projetos da área da saúde respiratória para 2022 nos estandes da SBPT, das sociedades internacionais e da indústria.
No estande da SBPT, os sócios puderam interagir em uma sala virtual.
Os participantes que mais visitaram estandes e navegaram pelas salas ganharam prêmios.
Estandes institucionais: SBPT; Asociación Latinoamericana de Tórax (ALAT); American Thoracic Society (ATS); American College of Chest Physicians (CHEST) e European Respiratory Society (ERS).
Acompanhe as atualizações no nosso Instagram. Participe!
Com a palavra, o congressista:
“Na mesa Asma e Tabagismo, me chamou a atenção a associação entre os processos de inflamação entre as duas doenças, do tabagismo com a asma e a asma enquanto doença de base que pode se agravar com o tabagismo”, conta a dra. Raisa Ulaf Subtil, imunologista e alergista de Lages (SC), docente da Universidade do Planalto Catarinense e médica da UTI geral do Hospital Tereza Ramos.
Segundo ela, os pontos positivos do Congresso são a abordagem atualizada dos assuntos propostos, os profissionais com muita experiência acadêmica envolvidos no debate e o conforto de um evento on-line, que também proporciona economia de recursos. “As conferências estão muito bem organizadas, não tive dificuldades de acesso”, elogia a congressista.
Para a dra. Renata Viana, pneumologista e professora da Universidade do Vale do Itajaí (SC), os assuntos que despertaram mais curiosidade no sábado (21/08) foram: a questão dos problemas a longo prazo com corticóide inalatório de dose moderada e a alta na asma, principalmente entre as crianças.
“Como professora universitária, um assunto que vai me ajudar na abordagem com os alunos é o uso associado de tabaco e cannabis“, destaca a dra. Cássia Feitosa, professora da Faculdade de Ciências Médicas da PUC Campinas. “Também fiquei muito feliz pela interação com os palestrantes sobre asma grave e uso de imunobiológicos, me ajudou muito em algumas decisões práticas!”, exclama a médica, que também atua como pneumologista em Campinas (SP).
“O uso racional de imunobiológicos na asma grave é um tema de extrema relevância. Em quais casos o paciente tem benefícios com essas medicações, quando prescrever e quais prescrever foram assuntos muito bem elucidados”, opina o dr. Fábio Souza, pneumologista em Criciúma (SC).
Para a dra. Carolina Severo, pneumologista em Curitiba (PR), incluir as doenças intersticiais na programação foi interessante. A especialista também elogiou o excelente nível das mesas.
Já o dr. Jorge Ardila, pneumologista do Hospital São Rafael e Santa Izabel, em Salvador (BA), aproveitou mais as discussões sobre cessação do tabagismo na prática. “As maneiras diferentes de abordar esse tema são muito importantes e os palestrantes são de alto nível”, recomenda o médico.
“É difícil selecionar um tema, achei todos muito relevantes para a nossa prática diária no consultório”, opina a dra. Cristina Bueno, pneumologista em Itatiba (SP).
“Eu indico o Congresso para quem quer ver coisas novas, se atualizar e trocar informações com pessoas de outros estados, sair um pouco da teoria e focar na prática. Para mim, que sou residente e tenho pouco tempo para estudar o que quero, o Congresso é uma oportunidade de pegar dicas e informações sobre assuntos que, muitas vezes, a gente não consegue se aprofundar durante a nossa vida clínica na residência”, disse a dra. Bianca dos Santos, residente do Hospital Osvaldo Cruz, em Recife (PE).
De acordo com ela, a integração entre médicos, estudantes e profissionais de outros nichos da saúde foi um ponto forte do evento. Além disso, ela elogiou as aulas relacionadas à Covid-19. “Os professores abordaram assuntos que não estamos acostumados a tratar, como aumento do tabagismo durante a pandemia, saindo do ‘lugar comum’ e agregando outros temas à Covid-19″, destaca a médica.
O II Congresso SBPT Virtual já tem mais de 2 mil inscritos até agora. Junte-se a nós!
De 5 a 13/06, a Sociedad Mexicana de Neumología y Cirugía de Torax promoverá o evento e-Zoommit Respiratorio Covid-19 y la Neumología.
O evento terá simpósios sobre Covid-19, asma, DPOC, transplante, Pediatria, SAOS, câncer de pulmão, TEP, entre outros assuntos.
Haverá, ainda, a presença de pneumologistas e cirurgiões brasileiros entre os palestrantes, como a Presidente da SBPT, dra. Irma de Godoy; dr. Carlos Jardim; dr. Emilio Pizzichini; dr. Octavio Cintra e dr. Ricardo Terra.
A dra. Irma participará da mesa on-line sobre “Mortalidade em DPOC: como podemos modificá-la?”, no dia 07/06 (segunda-feira), às 20h (BRT).
Além do México e do Brasil, outros doze países estarão representados por professores de diferentes nacionalidades e realidades distintas.
Veja as atrações e clique na imagem para se inscrever no site oficial:
Em 08/04 iniciamos o Curso Nacional de Atualização em Pneumologia (CNAP 2021) e em 09/04 começa o Curso de Atualização em Pneumologia Pediátrica (CNPED 2021).
A plataforma dos cursos já estão disponíveis para os inscritos.
O Curso Nacional de Atualização em Pneumologia (CNAP) tem aulas ao vivo nos dias 8, 9 e 10 de abril e na semana seguinte, em 15, 16 e 17 de abril de 2021.
Já o Curso Nacional de Atualização em Pneumologia Pediátrica (CNPED) terá programação ao vivo nos dias 9 e 10 de abril e, na sequência, em 16 e 17 de abril.
É possível se inscrever em ambos os cursos e assistir às aulas posteriormente. As inscrições com direito a certificado ficarão abertas até 17/05/2021, enquanto a plataforma dos cursos estiver ativa. Depois, as aulas serão migradas para o EAD SBPT e não darão direito ao documento.
Os certificados e as aulas ao vivo serão liberados a partir de 20/04/2021. Para retirar seu certificado, acesse o totem disponível no saguão de entrada da plataforma.
Os eventos científicos são tradicionais da SBPT e reúnem mais de 600 profissionais todos os anos para acompanhar os conteúdos mais relevantes da ciência e prática da Pneumologia e da Pneumopediatria.
Este ano, o enfrentamento da COVID-19 trouxe novas perspectivas e conteúdos para os cursos, que estão sendo realizados online, com interatividade entre as aulas.
Além disso, atualizamos o aplicativo da SBPT para transmitir os eventos também pelo celular.
No dia 31/03, a Dra. Ana Maria Baptista Menezes, pneumologista e epidemiologista, recebeu uma premiação de reconhecimento pelas contribuições à comunidade.
A Dra. Menezes é pneumologista sócia da SBPT, membro da Comissão Científica de Epidemiologia da Sociedade e pesquisadora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Ela recebeu o prêmio Brazilian Women Making a Difference (Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença) de 2021 pelas transformações estruturais que seus trabalhos promovem no país.
A pesquisadora está no ranking dos cem primeiros autores mais citados sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) na literatura científica mundial, publicado pelo International Journal of Chronic Obstrutive Pulmonary Disease.
À frente do estudo Platino, coordenou o primeiro levantamento populacional sobre a prevalência de bronquite crônica e enfisema na América Latina, mostrando que proporção dessas doenças, diretamente associadas ao fumo, era quase duas vezes maior do que projeções anteriores ao estudo.
Suas pesquisas ajudaram a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês), da Organização Mundial de Saúde (OMS), a estabelecer a relação entre tabagismo e câncer, especialmente tumores de cabeça e pescoço, e doenças pulmonares.
As evidências mais recentes de seu trabalho no Estudo de Prevalência da Infecção por Covid-19 no Brasil (Epicovid19-BR) revelaram a alta frequência de alterações de olfato e paladar em infecções pelo Sars-Cov-2, o que aponta esse sintoma como importante auxiliar no diagnóstico de casos de infecção por coronavírus.
“É uma honra ter sido uma das escolhidas. A maior gratificação é ver o quanto a ciência pode contribuir para mudar a cultura, os hábitos de uma sociedade, proporcionando benefícios concretos para a população”, diz a epidemiologista.
“Queremos reconhecer as importantes contribuições destas sete mulheres excepcionais, cujas ideias, trabalho duro e inovações estão fazendo a diferença em todo o Brasil. Cada uma delas tem enfrentado desafios, seja pesquisando a COVID-19, trabalhando para tornar as comunidades mais seguras, combatendo a violência de gênero, ou protegendo os direitos dos indígenas. Mas, apesar de tudo isso, elas perseveraram, superaram seus desafios, e agora servem de inspiração para todos nós”, ressalta o embaixador dos EUA para o Brasil, Todd Chapmann, em comunicado da premiação.
Natural de Pelotas, no Rio Grande do Sul, Ana Menezes é professora titular aposentada na área da Pneumologia e Clínica Médica e professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia na mesma universidade.
Ao lado dos projetos nacionais e internacionais em pneumologia e saúde pública, Menezes coordena o estudo de Coorte de Nascimentos de 1993 em Pelotas, que acompanha a saúde de todas as crianças nascidas na cidade no ano de 1993, tendo contribuído para demonstrar a importância de fatores presentes durante a gestação e os primeiros anos de vida sobre a saúde respiratória a longo prazo.
Atualmente, integra a coordenação do estudo EPICOVID19-RS, conduzido pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da UFPel. A pesquisa realiza inquéritos sorológicos em série em 133 cidades brasileiras para conhecer a proporção de casos de coronavírus na população dos principais centros urbanos do país. Além de estimar o percentual de brasileiros infectados com o SARS-CoV-2, o estudo fornece evidências sobre o percentual de infecções assintomáticas, os sintomas mais comumente relatados pelos infectados e a velocidade de disseminação do contágio ao longo do tempo.
Entre as vencedoras do prêmio, estão também Cristina Castro, professora de Empreendedorismo e Inovação da Universidade de Brasília; Telma Marques da Silva, Coordenadora Geral da União das Mulheres Indígenas da Amazônia e Secretária de Assuntos da Mulher no Conselho Indígena de Roraima; Elza Paulina de Souza, Secretária de Segurança Urbana da Cidade de São Paulo; Jaqueline Goes de Jesus, pesquisadora pós-doutoranda pelo Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo; Regina Célia Almeida, Vice-Presidente do Instituto Maria da Penha e Ana Paula Salles Moura Fernandes, pesquisadora do Centro de Tecnologia em Vacinas e Diagnóstico da Universidade Federal de Minas Gerais.
Informações: Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFPel.
Assessora de imprensa: Silvia Pinto
Leia no Jornal Brasileiro de Pneumologia (JBP) vol. 47, nº 1 (jan/fev), o artigo original “Características clínicas, laboratoriais e funcionais da sobreposição asma-DPOC em pacientes previamente diagnosticados com DPOC”.
Pesquisadoras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizaram um estudo observacional e transversal sobre a frequência de ACO (asthma-COPD overlap ou sobreposição asma-DPOC) em pacientes participantes do Follow-COPD Cohort Study.
Os participantes foram submetidos à avaliação com pneumologista, espirometria e exame sanguíneo, sendo orientados a manter o registro do PFE duas vezes ao dia.
Para o diagnóstico de ACO, foram utilizados três critérios: o primeiro, definido pelo Projeto Latino-Americano de Investigação em Obstrução Pulmonar (PLATINO); o segundo, estabelecido na Conferência da American Thoracic Society (ATS) round table e o terceiro, estabelecido por Cosio et al. e nomeado de critério Espanhol.
De acordo com as autoras, dentre os critérios avaliados, o mais rigoroso foi o ATS round table. Os critérios PLATINO e Espanhol foram os que apresentaram maior concordância entre si.
Os achados demonstram que a prevalência de ACO em um grupo de pacientes previamente diagnosticados com DPOC variou de 12,2 a 40%, dependendo do critério diagnóstico utilizado.
Os indivíduos com ACO apresentaram pior CVF pré e pós-broncodilatador, e pior VEF1 pré-broncodilatador, quando comparados com aqueles com DPOC.
Além disso, os níveis de IgE foram significativamente mais altos no grupo com ACO, bem como o histórico prévio de asma brônquica.
Na terceira quarta-feira do mês de novembro, a GOLD COPD e a Organização Mundial de Saúde propõem ações de prevenção e alerta para o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
Cerca de 300 milhões de pessoas têm DPOC atualmente. A doença ainda é 3ª causa de morte globalmente e muito prevalente, sobretudo em países de baixa e média renda.
A exposição ao tabaco, à poluição, gases e substâncias tóxicas são os principais fatores de risco da DPOC. A prematuridade também aumenta a predisposição à doença em idades mais avançadas.
Assista e baixe o vídeo educativo da SBPT sobre a DPOC:
Este ano, o slogan “Viver bem com a DPOC: é possível para todos e em qualquer lugar” chama a atenção para o acesso ao diagnóstico, por meio da espirometria, ao tratamento, com medicações e reabilitação pulmonar, e à pesquisa na área.
A ciência contribui para os avanços e melhorias na qualidade de vida dos pacientes. Por isso, o Jornal Brasileiro de Pneumologia vol. 46 n. 6 (nov/dez) traz uma série especial de artigos originais, artigos de revisão e cartas ao editor sobre a DPOC.
Prados1 VO, Lima1 T, Silva1 LT, Matos1 IC, Maya1 ACL, Júnior1 JLRS, et al. Avaliação do ventrículo esquerdo em pacientes com DPOC e hipoxemia noturna. J Bras Pneumol. 2020;46(6):e20190136.
Tino1 VYK, Morita1 AA, 2 , Bisca1 GW, 2 , Guzzi1 G, et al. Qual o melhor protocolo e ponto de corte no teste 4-metre gait speed para discriminar capacidade de exercício na DPOC?. J Bras Pneumol. 2020;46(6):e20190232.
Júnior1 IB, Costa2 CC, Souza2 RM, Santos1 ÁH, Teixeira3 PJZ, 4 . Influência da reabilitação pulmonar no paciente com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica fenótipo exacerbador. J Bras Pneumol. 2020;46(6):e20190309.
Cardoso1 RF, 2 , Ruta3 D, Oliveira1 TM, Costa1 MCB, Fonseca1 AA, et al. Tradução para a língua portuguesa e análise das propriedades psicométricas do instrumento Patient Generated Index para pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica: avaliação individualizada de qualidade de vida. J Bras Pneumol. 2020;46(6):e20190272.
Marcondes1 VK, Kuwazuru2 TS, Silva2 LPCe, Cezare1 TJ, Franco1 EAT, Prudente1 R, et al. Avaliação da associação da aderência à oxigenoterapia domiciliar prolongada e marcadores clínicos e mortalidade em cinco anos em pacientes com a doença pulmonar obstrutiva crônica. J Bras Pneumol. 2020;46(6):e20190158.
Karagiannis1a C, Savva1a C, Mamais1a I, Adamide2a T, Georgiou2a A, Xanthos3a T. Treinamento de membros superiores e atividades da vida diária em pacientes com DPOC: revisão sistemática de ensaios controlados randomizados. J Bras Pneumol. 2020;46(6):e20190370.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento e com nossa Política de Privacidade Mais informações