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Carta pública pelo estabelecimento de prazos para o Brasil atingir os padrões de qualidade do ar da OMS

De acordo com relatório publicado esta semana pelo IQAir, a poluição do ar ultrapassou os limites de concentração recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em todos os países do mundo em 2021.

Apenas 3,4% das mais de 6 mil cidades pesquisadas atenderam aos critérios dos índices de qualidade do ar recomendados pela entidade que buscam salvaguardar a saúde humana.

O órgão já havia apontado, em 2018, que 95% da população mundial está exposta à má qualidade do ar.

Como resultado, o ar tóxico é o maior malefício ambiental da contemporaneidade com repercussões à saúde, perdendo apenas para a Covid-19 durante estes dois anos de pandemia. Ele é responsável por 11% da mortalidade global anual, sendo 51 mil no Brasil, afetando, em especial, os grupos populacionais mais vulneráveis, as crianças, os idosos, as gestantes e as populações de baixa renda. Por essas razões a OMS elencou a poluição do ar como frente de combate prioritária na agenda das emergências em saúde.

Devido à gravidade do quadro, reconhecemos a extrema relevância da Ação Direta de Inconstitucionalidade n° 6148/DF movida pela Procuradoria-Geral da República e que será julgada pelo Supremo Tribunal Federal no próximo dia 30 de março.

A Adin tem como objeto a Resolução CONAMA 491/2018, que dispõe sobre os padrões de qualidade do ar definidos no Brasil. A motivação da ação reside na ineficiência da norma para a proteção da saúde da população por diversas razões.

Embora o Brasil adote os limites sugeridos pela OMS, a norma prevê que eles sejam alcançados após a passagem por três níveis intermediários. No entanto não determina prazos para atingi-los, tornando-a ineficiente. Assim sendo, seguimos com níveis de concentração de poluentes na atmosfera extremamente elevados.

Se permitidos níveis altos de toxicidade no ar, haverá mais sofrimento, adoecimento e mortes da população. Mas não apenas isso, há o prejuízo da gestão e do controle de emissões de poluentes, já que não determina um cronograma para que o país disponha de regras mais restritivas para as emissões de poluentes.

Um impacto concreto da ausência de prazos e da permanência de padrões de qualidade do ar altamente permissíveis para poluir reside na ineficiência da atuação dos órgãos públicos para concessão de licenças ambientais. Ademais, a desatualização dos níveis de concentração está na contramão da informação clara sobre a qualidade do ar e eventuais malefícios à saúde da população. Prejudica o direito à informação adequada dos cidadãos e o alcance de medidas de proteção quanto aos direitos coletivos, além de ser permissivo a episódios críticos da poluição do ar.

Para agravar a condição de ausência de protetividade da norma brasileira, a OMS, em setembro de 2021, estabeleceu novas diretrizes globais de qualidade do ar a partir de valores de concentração de poluentes considerados seguros para a saúde humana. Portanto, a normativa vigente, que já está defasada, representa agora a expressão plena do atraso e da desconsideração ao direito humano à vida.

Finalmente, a sociedade médica, representada pelos profissionais, associações e sociedades de especialidade abaixo-assinadas, conta com a Suprema Corte para garantir a efetiva defesa da saúde e do meio ambiente ecologicamente equilibrado destas e das futuras gerações.

Subscrevem esta carta:

Academia Brasileira de Neurologia, ABN
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, ASBAI
Associação Médica Brasileira, AMB
Associação Médica Brasileira Homeopática, AMHB
Associação Paulista de Medicina, APM
Associação Paulista de Neurologia, APAN
Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, SINDHOSP
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP)
Sociedade Brasileira de Clínica Médica, SBCM
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, SBGG
Sociedade Brasileira de Pediatria, SBP
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, SBPT

The Union vai conceder bolsas para projetos de controle do tabagismo

A International Union Against Tuberculosis and Lung Disease (The Union) e a Campaign For Tobacco Free Kids vai apoiar projetos de redução do tabagismo de organizações governamentais ou não governamentais de países de baixa e média renda.

As inscrições estão abertas até 4 de fevereiro de 2022. Para participar, as instituições devem preencher o formulário disponível no site Tobacco Control Grants Program.

Os projetos serão pontuados conforme: o potencial de redução do tabagismo (20%); o impacto na população (20%); as possibilidades políticas de atingir os objetivos propostos (20%); o design (20%); a capacidade organizacional de tornar o projeto relevante (10%) e as colaborações e parcerias multissetoriais (10%).

O período de desenvolvimento do projeto pode variar entre 6 e 24 meses.

Quanto aos valores da bolsa, as instituições podem ganhar de US$ 50.000 a US$ 250.000 por ano.

Acesse as regras (em inglês).

Acesse o formulário de inscrições on-line.

European Respiratory Society (ERS) apresenta a 5ª edição do ERS Satellites

O ERS Satellites oferecerá atualizações clínicas e científicas gratuitas sobre asma, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Doença Intersticial Pulmonar, meio ambiente e mudanças climáticas.

O evento será realizado on-line no dia 24/02/2022, das 13h às 23h (BRT), com a participação de especialistas em Pneumologia do Reino Unido, Bélgica, Turquia, Austrália, Finlândia, Dinamarca, França, Grécia, Estados Unidos, Holanda e Suécia.

Cada tópico tratará da compreensão dos mecanismos de cada doença; o estado da arte e tratamento, com base na literatura recente; aplicação do conhecimento e perspectiva clínica com discussão de casos; previsão dos riscos e próximos passos, com espaço para o debate entre os participantes.

Veja a programação completa.

Faça a sua inscrição.

SBPT abre inscrições para os Cursos de Atualização em Pneumologia e Pneumologia Pediátrica – CNAP e CNPED

Em abril de 2022, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) apresentará o XXI Curso Nacional de Atualização em Pneumologia (CNAP) e III Curso de Atualização em Pneumopediatria (CNPED).

O CNAP acontecerá de 21 a 23/04/2022. Já o CNPED será nos dias 22 e 23/04/2022, ambos no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo (SP).

As inscrições estão abertas com valores promocionais até 21/03/2022. Inscreva-se aqui.

Os cursos de atualização da SBPT – CNAP e CNPED – são reconhecidos pela abrangência dos temas, qualidade e diversidade de professores e imersão no que há de mais novo em cada assunto da Pneumologia, abordados em sala única.

A programação completa será divulgada em breve. As aulas ficarão gravadas e serão disponibilizadas para os inscritos após os eventos.

“Seguindo a tradição, daremos destaque às atualizações sobre as doenças respiratórias de maior repercussão em nossa prática clínica, novos métodos de investigação e avaliação da saúde respiratória e sobre os efeitos de longo prazo da COVID-19”, informa a Dra. Irma de Godoy, Presidente da SBPT (2021-2022).

“As aulas serão ministradas por especialistas de diferentes estados, incluindo novos talentos, com equidade de gênero e reconhecimento da capacidade técnica e experiência em suas áreas de atuação”, completa a pneumologista.

Os valores de inscrição (até 21/03/2022) são:

Médico sócio SBPT / não sócio: R$ 620 / R$ 1.040.

Residente (aspirante) sócio SBPT / não sócio: R$ 400 / R$ 610.

Não médico sócio SBPT / não sócio: R$ 500 / R$ 710.

Veja os benefícios de se associar à SBPT.

Mês de atenção à DPOC: uma das doenças pulmonares mais prevalentes em adultos

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é caracterizada por enfisema pulmonar e bronquite crônica e está presente em cerca de 10,1% da população¹ e aproximadamente 15,8% dos adultos com mais de 40 anos de idade da cidade de São Paulo².

A doença é mais comum em pessoas com mais de 50 anos de idade e está associada, principalmente, à exposição ao fumo, poluição, poeira e produtos químicos.

“A prematuridade e a baixa função pulmonar no início da vida adulta também são fatores de risco para DPOC. Assim, temos que prevenir a doença evitando as exposições intraútero, na infância e adolescência”, orienta a pneumologista dra. Marli Knorst, coordenadora da Comissão Científica de DPOC da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Os sintomas mais comuns da DPOC são dispneia (falta de ar), tosse crônica e produção de muco (expectoração). Se tiver algum desses sintomas, é recomendado procurar um pneumologista e fazer o exame de espirometria para confirmar o diagnóstico, especialmente se for fumante ou ex-fumante. A doença é progressiva e pode ser incapacitante, levando à falta de ar e cansaço ao realizar atividades simples do dia a dia.

Com o objetivo de chamar a atenção para a complexidade da DPOC, alta prevalência e subdiagnóstico da doença, em novembro (17/11), a Global Initiative For Chronic Obstructive Pulmonary Disease (GOLD) realiza uma campanha para disseminar informações sobre a DPOC.

O tema de 2021, “Pulmões saudáveis: mais importante do que nunca”, chama a atenção para cuidar da saúde pulmonar, principalmente diante da COVID-19. Uma meta-análise mostrou que pacientes com DPOC tem um risco mais alto de ter COVID-19 grave que indivíduos sem DPOC e podem ter um desfecho mais desfavorável, associado a maior mortalidade (60%)³.

“Uma das medidas mais importantes é cessar a exposição que está causando a DPOC. Na maioria dos casos é o tabagismo. Se parar de fumar, o portador de DPOC vai viver mais tempo. Também é importante tomar as vacinas recomendadas para quem tem DPOC, como a vacina da Influenza (gripe), contra pneumococo (pneumonia), contra COVID-19 e, recentemente, está sendo recomendada a vacina contra coqueluche (DTP)”, explica a dra. Marli.

A doença não tem cura, mas pode ser controlada. O tratamento prescrito pelo médico geralmente prevê o uso de um dispositivo inalatório (spray, equipamento de névoa ou pó seco). É muito importante utilizar a técnica adequada para cada dispositivo para garantir um melhor aproveitamento da medicação.

Além de manter o tratamento com o broncodilatador prescrito, os pacientes com DPOC devem participar de programas de reabilitação com fisioterapia respiratória e praticar atividade física para melhorar a qualidade de vida.

“Se permanecer muito tempo sentado ou deitado, o portador de DPOC pode começar a sentir falta de ar com atividades cada vez menos intensas. É importante romper esse ciclo e tentar ficar o mais ativo possível”, recomenda a pneumologista.

DPOC – Prevenção de exacerbações. Fonte: II Congresso SBPT Virtual – Asma, DPOC e Tabagismo

Em setembro de 2021, a DPOC causou 5.010 internações nos hospitais do SUS (DATASUS), em todo o Brasil. Por isso, é importante conscientizar a população e capacitar as equipes da atenção básica de saúde, a fim de evitar exacerbações pela doença (piora da tosse, expectoração ou falta de ar). Essas crises podem acelerar o declínio da função pulmonar e estão associadas com aumento de mortalidade.

Atualmente, a DPOC é quarta causa de óbitos, globalmente. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 90% dessas mortes acontecem em países de renda média a baixa, porque as estratégias de prevenção não são eficazes e os tratamentos não estão disponíveis ou não são acessíveis para todos.

No Brasil, um dos desafios é aumentar a conscientização sobre a importância da reabilitação e oferecer programas de recuperação bem consolidados para os pacientes. Um avanço importante no país foi a incorporação de Broncodilatadores Antagonistas Muscarínicos de Longa Ação (LAMA) associados a Agonistas Beta2-Adrenérgicos de Longa Ação (LABA) para pacientes com DPOC grave, muito grave e com alto risco. “A disponibilidade de dois broncodilatadores de classes diferentes, tendo efeito de ação potencializado e sendo administrados no mesmo dispositivo, amplia as possibilidades terapêuticas e aumenta o conforto para o paciente”, salienta a dra. Marli.

Veja mais

Referências

¹ Lamprecht B, et al. COPD in never smokers: Results from the population-based burden of obstructive lung disease study. Chest 2011.

² Menezes AMB, et al. Chronic obstructive pulmonary disease in five latin american cities (the PLATINO study): a prevalence study. Lancet 2005; 366:1875-81.

³ Alqahtani JS, Oyelade T, Aldhahir AM, Alghamdi SM, Almehmadi M, Alqahtani AS, Quaderi S, Mandal S, Hurst JR. Prevalence, Severity and Mortality associated with COPD and Smoking in patients with COVID-19: A Rapid Systematic Review and Meta-Analysis. PLoS One. 2020 May 11;15(5):e0233147. doi: 10.1371/journal.pone.0233147. eCollection 2020.

II Congresso SBPT Virtual 2021 está disponível no EAD SBPT

O II Congresso SBPT Virtual – Asma, DPOC e Tabagismo 2021 foi totalmente migrado para a plataforma de ensino a distância da Sociedade (EAD SBPT).

Acesse aqui

Os palestrantes e congressistas já inscritos podem acessar às aulas no EAD SBPT.

O Congresso permanece aberto para novas inscrições. No entanto, os novos inscritos não têm direito ao certificado ou à pontuação no Programa AtualizAR.

O associado em dia com as anuidades tem direito à inscrição gratuita. Os estudantes também podem se associar à SBPT gratuitamente e se inscrever no Congresso sem custos.

O evento foi realizado ao vivo de 20 a 22 de agosto de 2021. Todo o conteúdo está disponível para acesso on-line, incluindo 59 sessões e 43 mesas redondas, discussões de casos clínicos e sessões interativas sobre asma, DPOC, tabagismo e inovações. Além de conferências, simpósios da indústria e apresentações de temas livres.

A plataforma onde o curso foi transmitido on-line será desativada. Todo o acesso deve ser feito por meio do EAD SBPT.

Aproveite as atualizações!


Saiba mais sobre o II SBPT Virtual – Asma, DPOC e Tabagismo 2021.

II Congresso SBPT Virtual – Asma, DPOC e Tabagismo

O II Congresso SBPT Virtual de Asma, DPOC e Tabagismo aconteceu ao vivo entre 20 e 22 de agosto de 2021. As inscrições permanecem abertas.

A inscrição é gratuita para o sócio SBPT (quite 2020-2021). Os estudantes também podem se associar à SBPT gratuitamente e se inscrever no Congresso sem custos.

Para ter direito a certificado, o congressista deve assistir as aulas até 20/09/2021. O evento ficará disponível por um ano para se inscrever e acessar quantas vezes quiser.

Programa científico

O evento teve 59 sessões com programação ao vivo, divididas em quatro salas on-line.

As atividades incluíram 43 mesas redondas, discussões de casos clínicos e sessões interativas sobre asma, DPOC, tabagismo e inovações.

De acordo com a dra. Irma de Godoy, Presidente da SBPT, vale a pena acessar as sessões para o Jovem Pneumologista, uma inovação deste Congresso.

Além disso, o evento ofereceu 3 sessões de networking; 16 conferências gravadas; simpósios da indústria; área de exposição; exibição de 118 trabalhos científicos e apresentação de temas livres.

A abertura contou com a aula da Presidente da American Thoracic Society (ATS), dra. Lynn Schnapp, sobre mentoria, financiamento e conexões para a carreira acadêmica.

O tema da aula inaugural é relevante para os jovens e também para aqueles que estão envolvidos com a formação de alunos, residentes e pós-graduandos.

Nos dias 21 e 22/08, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) apresentou uma programação focada em oferecer atualização e diálogo aberto sobre as doenças respiratórias de maior prevalência.

Todo o conteúdo está disponível na plataforma para os novos inscritos. Depois, os materiais passarão para o ambiente EAD SBPT.

O conteúdo é relevante para estudantes, residentes, pneumologistas, cirurgiões, generalistas, alergistas, patologistas, radiologistas, generalistas, enfermeiros, fisioterapeutas e demais profissionais da saúde.

“Na pandemia da COVID-19, ficou notória a necessidade de formar profissionais com capacidade de análise crítica e também pesquisadores para geração de conhecimento, sobretudo no nosso país. O conhecimento na Medicina evolui de forma exponencial, precisamos de profissionais para fazer o diagnóstico de problemas e gerar conhecimento que tragam soluções”, pontua a Diretora Científica da SBPT, dra. Jaquelina Ota Arakaki.

Além disso, a SBPT fomentou o debate sobre a carreira e a trajetória do especialista da saúde nos tempos atuais.

Asma

“A programação está voltada para uma discussão ampla de diferentes aspectos da asma e focada na prática clínica. Há mesas redondas; prós e contras; ano em revisão, tanto para a área pediátrica como adulta, e sessões de casos clínicos, apresentados por residentes”, explica a coordenadora da Comissão Científica de Asma da SBPT, dra. Regina Carvalho.

Você encontra a dra. Regina Carvalho na mesa de Recomendações de Manejo da Asma Grave e no debate de casos clínicos do Jovem Pneumologista.

Entre as atividades, a pneumologista destaca:

      • A sessão de prós e contras sobre o Uso de Beta 2 Agonista de Curta Ação de Resgate nas Etapas I e II, tema em evidência na prática clínica.
      • A conferência internacional sobre a Interação da COVID-19 com a Asma e DPOC, disponível no acervo de aulas gravadas.
    • A mesa redonda sobre Recomendações do Manejo da Asma Grave, que abordará os principais pontos referentes ao documento submetido ao Jornal Brasileiro de Pneumologia, com a participação de pneumologistas que tratam crianças, adolescentes e adultos.
DPOC

“Como identificar e tratar a DPOC com refluxo? Qual é a importância da avaliação de distúrbios do sono na DPOC? Quais são as diferenças da apresentação da DPOC no homem e na mulher? E no tabagista e não tabagista? Essas são algumas das discussões que promovemos”, explica a dra. Marli Knorst, coordenadora da Comissão Científica de DPOC da SBPT.

A especialista também destaca a importância da mesa de controvérsias, sobre o uso de anticorpos monoclonais na DPOC, e dos temas livres, que abordam a questão de fenótipos, as fragilidades e o desafio de tratar a Tromboembolia Pulmonar (TEP) na DPOC.

Você encontra a dra. Marli Knorst na conferência “Poluição atmosférica e exacerbações na DPOC”.

A pneumologista destaca como highlights do Congresso: a mesa sobre as Diretrizes para o Tratamento de DPOC, e a mesa redonda da ATS – Combinação de Fibrose Pulmonar e Enfisema.

“Estamos vivendo mudanças importantes em como se fazer Medicina e como se relacionar com o paciente. Portanto, o Congresso nos proporciona atualização com uma perspectiva diferente. É como dar um pequeno passo que representa um salto para seguir adiante”, opina a dra. Marli.

Tabagismo

Segundo o Dr. Paulo Corrêa, coordenador da Comissão Científica de Tabagismo da SBPT, o congressista tem a oportunidade de se atualizar sobre o manejo de situações difíceis, desafiadoras e frequentes do tratamento do tabagismo e visualizar os caminhos para resolvê-las.

“Cerca de 40% dos pacientes com DPOC continuam fumando. Discutimos, então, como podemos otimizar as taxas de cessação do ponto de vista prático: quando aumentar a dosagem da medicação, como lidar com a questão do uso de múltiplas substâncias, qual é o papel da atividade física no tratamento, uso de inteligência artificial entre outras questões”, pontua o pneumologista.

O dr. Paulo Corrêa está na sessão de networking sobre tabagismo durante a pandemia e na apresentação de temas livres.

“Exploramos, ainda, a íntima relação entre Tuberculose e Tabagismo, tema pouco ventilado em eventos prévios”, recomenda o dr. Paulo.

Inovações

Na tentativa de suprir um pouco da falta dos eventos presenciais, a organização das atividades foi direcionada para o contato e a troca de ideias.

A área de networking do evento permitiu utilizar o microfone e o vídeo para interagir.

As mesas dedicadas ao jovem pneumologista também ajudaram a amparar o estudante e o profissional no início da carreira para trabalhar com mais segurança.

Área de exposições

O espaço simula o ambiente real e permite conhecer os principais projetos da área da saúde respiratória para 2022 nos estandes da SBPT, das sociedades internacionais e da indústria.

No estande da SBPT, os sócios puderam interagir em uma sala virtual.

Os participantes que mais visitaram estandes e navegaram pelas salas ganharam prêmios.

Estandes institucionais: SBPT; Asociación Latinoamericana de Tórax (ALAT); American Thoracic Society (ATS); American College of Chest Physicians (CHEST) e European Respiratory Society (ERS).

Estandes comerciais: Aché; Astrazeneca; Boehringer Ingelheim; GSK; Glenmark; Sanofi e Vertex.

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Acesse a plataforma do II Congresso SBPT Virtual.
Com a palavra, o congressista:

“Na mesa Asma e Tabagismo, me chamou a atenção a associação entre os processos de inflamação entre as duas doenças, do tabagismo com a asma e a asma enquanto doença de base que pode se agravar com o tabagismo”, conta a dra. Raisa Ulaf Subtil, imunologista e alergista de Lages (SC), docente da Universidade do Planalto Catarinense e médica da UTI geral do Hospital Tereza Ramos.

Segundo ela, os pontos positivos do Congresso são a abordagem atualizada dos assuntos propostos, os profissionais com muita experiência acadêmica envolvidos no debate e o conforto de um evento on-line, que também proporciona economia de recursos. “As conferências estão muito bem organizadas, não tive dificuldades de acesso”, elogia a congressista.

Para a dra. Renata Viana, pneumologista e professora da Universidade do Vale do Itajaí (SC), os assuntos que despertaram mais curiosidade no sábado (21/08) foram: a questão dos problemas a longo prazo com corticóide inalatório de dose moderada e a alta na asma, principalmente entre as crianças.

“Como professora universitária, um assunto que vai me ajudar na abordagem com os alunos é o uso associado de tabaco e cannabis“, destaca a dra. Cássia Feitosa, professora da Faculdade de Ciências Médicas da PUC Campinas. “Também fiquei muito feliz pela interação com os palestrantes sobre asma grave e uso de imunobiológicos, me ajudou muito em algumas decisões práticas!”, exclama a médica, que também atua como pneumologista em Campinas (SP).

“O uso racional de imunobiológicos na asma grave é um tema de extrema relevância. Em quais casos o paciente tem benefícios com essas medicações, quando prescrever e quais prescrever foram assuntos muito bem elucidados”, opina o dr. Fábio Souza, pneumologista em Criciúma (SC).

Para a dra. Carolina Severo, pneumologista em Curitiba (PR), incluir as doenças intersticiais na programação foi interessante. A especialista também elogiou o excelente nível das mesas.

Já o dr. Jorge Ardila, pneumologista do Hospital São Rafael e Santa Izabel, em Salvador (BA), aproveitou mais as discussões sobre cessação do tabagismo na prática. “As maneiras diferentes de abordar esse tema são muito importantes e os palestrantes são de alto nível”, recomenda o médico.

“É difícil selecionar um tema, achei todos muito relevantes para a nossa prática diária no consultório”, opina a dra. Cristina Bueno, pneumologista em Itatiba (SP).

“Eu indico o Congresso para quem quer ver coisas novas, se atualizar e trocar informações com pessoas de outros estados, sair um pouco da teoria e focar na prática.  Para mim, que sou residente e tenho pouco tempo para estudar o que quero, o Congresso é uma oportunidade de pegar dicas e informações sobre assuntos que, muitas vezes, a gente não consegue se aprofundar durante a nossa vida clínica na residência”, disse a dra. Bianca dos Santos, residente do Hospital Osvaldo Cruz, em Recife (PE).

De acordo com ela, a integração entre médicos, estudantes e profissionais de outros nichos da saúde foi um ponto forte do evento. Além disso, ela elogiou as aulas relacionadas à Covid-19. “Os professores abordaram assuntos que não estamos acostumados a tratar, como aumento do tabagismo durante a pandemia, saindo do ‘lugar comum’ e agregando outros temas à Covid-19″, destaca a médica.

O II Congresso SBPT Virtual já tem mais de 2 mil inscritos até agora. Junte-se a nós!

Sociedade Mexicana promove evento sobre COVID-19 e Pneumologia

De 5 a 13/06, a Sociedad Mexicana de Neumología y Cirugía de Torax promoverá o evento e-Zoommit Respiratorio Covid-19 y la Neumología.

O evento terá simpósios sobre Covid-19, asma, DPOC, transplante, Pediatria, SAOS, câncer de pulmão, TEP, entre outros assuntos.

Haverá, ainda, a presença de pneumologistas e cirurgiões brasileiros entre os palestrantes, como a Presidente da SBPT, dra. Irma de Godoy; dr. Carlos Jardim; dr. Emilio Pizzichini; dr. Octavio Cintra e dr. Ricardo Terra.

A dra. Irma participará da mesa on-line sobre “Mortalidade em DPOC: como podemos modificá-la?”, no dia 07/06 (segunda-feira), às 20h (BRT).

Além do México e do Brasil, outros doze países estarão representados por professores de diferentes nacionalidades e realidades distintas.

Veja as atrações e clique na imagem para se inscrever no site oficial:

Cursos de Atualização da SBPT – CNAP e CNPED 2021

Em 08/04 iniciamos o Curso Nacional de Atualização em Pneumologia (CNAP 2021) e em 09/04 começa o Curso de Atualização em Pneumologia Pediátrica (CNPED 2021).

A plataforma dos cursos já estão disponíveis para os inscritos.

O Curso Nacional de Atualização em Pneumologia (CNAP) tem aulas ao vivo nos dias 8, 9 e 10 de abril e na semana seguinte, em 15, 16 e 17 de abril de 2021.

Já o Curso Nacional de Atualização em Pneumologia Pediátrica (CNPED) terá programação ao vivo nos dias 9 e 10 de abril e, na sequência, em 16 e 17 de abril.

É possível se inscrever em ambos os cursos e assistir às aulas posteriormente. As inscrições com direito a certificado ficarão abertas até 17/05/2021, enquanto a plataforma dos cursos estiver ativa. Depois, as aulas serão migradas para o EAD SBPT e não darão direito ao documento.

Os certificados e as aulas ao vivo serão liberados a partir de 20/04/2021. Para retirar seu certificado, acesse o totem disponível no saguão de entrada da plataforma.

Os eventos científicos são tradicionais da SBPT e reúnem mais de 600 profissionais todos os anos para acompanhar os conteúdos mais relevantes da ciência e prática da Pneumologia e da Pneumopediatria.

Este ano, o enfrentamento da COVID-19 trouxe novas perspectivas e conteúdos para os cursos, que estão sendo realizados online, com interatividade entre as aulas.

Além disso, atualizamos o aplicativo da SBPT para transmitir os eventos também pelo celular.

Confira as programações completas aqui.


Pneumologista recebe prêmio da embaixada dos EUA

No dia 31/03, a Dra. Ana Maria Baptista Menezes, pneumologista e epidemiologista, recebeu uma premiação de reconhecimento pelas contribuições à comunidade.

A Dra. Menezes é pneumologista sócia da SBPT, membro da Comissão Científica de Epidemiologia da Sociedade e pesquisadora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Ela recebeu o prêmio Brazilian Women Making a Difference (Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença) de 2021 pelas transformações estruturais que seus trabalhos promovem no país.

A pesquisadora está no ranking dos cem primeiros autores mais citados sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) na literatura científica mundial, publicado pelo International Journal of Chronic Obstrutive Pulmonary Disease.

À frente do estudo Platino, coordenou o primeiro levantamento populacional sobre a prevalência de bronquite crônica e enfisema na América Latina, mostrando que proporção dessas doenças, diretamente associadas ao fumo, era quase duas vezes maior do que projeções anteriores ao estudo.

Suas pesquisas ajudaram a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês), da Organização Mundial de Saúde (OMS), a estabelecer a relação entre tabagismo e câncer, especialmente tumores de cabeça e pescoço, e doenças pulmonares.

As evidências mais recentes de seu trabalho no Estudo de Prevalência da Infecção por Covid-19 no Brasil (Epicovid19-BR) revelaram a alta frequência de alterações de olfato e paladar em infecções pelo Sars-Cov-2, o que aponta esse sintoma como importante auxiliar no diagnóstico de casos de infecção por coronavírus.

“É uma honra ter sido uma das escolhidas. A maior gratificação é ver o quanto a ciência pode contribuir para mudar a cultura, os hábitos de uma sociedade, proporcionando benefícios concretos para a população”, diz a epidemiologista.

“Queremos reconhecer as importantes contribuições destas sete mulheres excepcionais, cujas ideias, trabalho duro e inovações estão fazendo a diferença em todo o Brasil. Cada uma delas tem enfrentado desafios, seja pesquisando a COVID-19, trabalhando para tornar as comunidades mais seguras, combatendo a violência de gênero, ou protegendo os direitos dos indígenas. Mas, apesar de tudo isso, elas perseveraram, superaram seus desafios, e agora servem de inspiração para todos nós”, ressalta o embaixador dos EUA para o Brasil, Todd Chapmann, em comunicado da premiação.

Natural de Pelotas, no Rio Grande do Sul, Ana Menezes é professora titular aposentada na área da Pneumologia e Clínica Médica e professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia na mesma universidade.

Ao lado dos projetos nacionais e internacionais em pneumologia e saúde pública, Menezes coordena o estudo de Coorte de Nascimentos de 1993 em Pelotas, que acompanha a saúde de todas as crianças nascidas na cidade no ano de 1993, tendo contribuído para demonstrar a importância de fatores presentes durante a gestação e os primeiros anos de vida sobre a saúde respiratória a longo prazo.

Atualmente, integra a coordenação do estudo EPICOVID19-RS, conduzido pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da UFPel. A pesquisa realiza inquéritos sorológicos em série em 133 cidades brasileiras para conhecer a proporção de casos de coronavírus na população dos principais centros urbanos do país. Além de estimar o percentual de brasileiros infectados com o SARS-CoV-2, o estudo fornece evidências sobre o percentual de infecções assintomáticas, os sintomas mais comumente relatados pelos infectados e a velocidade de disseminação do contágio ao longo do tempo.

Entre as vencedoras do prêmio, estão também Cristina Castro, professora de Empreendedorismo e Inovação da Universidade de Brasília; Telma Marques da Silva, Coordenadora Geral da União das Mulheres Indígenas da Amazônia e Secretária de Assuntos da Mulher no Conselho Indígena de Roraima; Elza Paulina de Souza, Secretária de Segurança Urbana da Cidade de São Paulo; Jaqueline Goes de Jesus,  pesquisadora pós-doutoranda pelo Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo; Regina Célia Almeida, Vice-Presidente do Instituto Maria da Penha e Ana Paula Salles Moura Fernandes, pesquisadora do Centro de Tecnologia em Vacinas e Diagnóstico da Universidade Federal de Minas Gerais.

Informações: Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFPel.
Assessora de imprensa: Silvia Pinto

Pesquisa avalia a frequência da sobreposição asma-DPOC (ACO) em pacientes com DPOC

Leia no Jornal Brasileiro de Pneumologia (JBP) vol. 47, nº 1 (jan/fev), o artigo original “Características clínicas, laboratoriais e funcionais da sobreposição asma-DPOC em pacientes previamente diagnosticados com DPOC”.

Pesquisadoras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizaram um estudo observacional e transversal sobre a frequência de ACO (asthma-COPD overlap ou sobreposição asma-DPOC) em pacientes participantes do Follow-COPD Cohort Study.

Os participantes foram submetidos à avaliação com pneumologista, espirometria e exame sanguíneo, sendo orientados a manter o registro do PFE duas vezes ao dia.

Para o diagnóstico de ACO, foram utilizados três critérios: o primeiro, definido pelo Projeto Latino-Americano de Investigação em Obstrução Pulmonar (PLATINO); o segundo, estabelecido na Conferência da American Thoracic Society (ATS) round table e o terceiro, estabelecido por Cosio et al. e nomeado de critério Espanhol.

De acordo com as autoras, dentre os critérios avaliados, o mais rigoroso foi o ATS round table. Os critérios PLATINO e Espanhol foram os que apresentaram maior concordância entre si.

Os achados demonstram que a prevalência de ACO em um grupo de pacientes previamente diagnosticados com DPOC variou de 12,2 a 40%, dependendo do critério diagnóstico utilizado.

Os indivíduos com ACO apresentaram pior CVF pré e pós-broncodilatador, e pior VEF1 pré-broncodilatador, quando comparados com aqueles com DPOC.

Além disso, os níveis de IgE foram significativamente mais altos no grupo com ACO, bem como o histórico prévio de asma brônquica.

Saiba mais:

Queiroz1 APA, 2a , Fonseca1 FR, 2a , Rê1 A, 2a , et al. Características clínicas, laboratoriais e funcionais da sobreposição asma-DPOC em pacientes previamente diagnosticados com DPOC. J Bras Pneumol. 2021;47(1):e20200033.

18/11 – Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

Na terceira quarta-feira do mês de novembro, a GOLD COPD e a Organização Mundial de Saúde propõem ações de prevenção e alerta para o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).

Cerca de 300 milhões de pessoas têm DPOC atualmente. A doença ainda é 3ª causa de morte globalmente e muito prevalente, sobretudo em países de baixa e média renda.

A exposição ao tabaco, à poluição, gases e substâncias tóxicas são os principais fatores de risco da DPOC. A prematuridade também aumenta a predisposição à doença em idades mais avançadas.

Assista e baixe o vídeo educativo da SBPT sobre a DPOC:

Faça o download aqui.

Este ano, o slogan “Viver bem com a DPOC: é possível para todos e em qualquer lugar” chama a atenção para o acesso ao diagnóstico, por meio da espirometria, ao tratamento, com medicações e reabilitação pulmonar, e à pesquisa na área.

A ciência contribui para os avanços e melhorias na qualidade de vida dos pacientes. Por isso, o Jornal Brasileiro de Pneumologia vol. 46 n. 6 (nov/dez) traz uma série especial de artigos originais, artigos de revisão e cartas ao editor sobre a DPOC.

Confira:

Acesse as principais mudanças no manejo da DPOC no Relatório da Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOPD COPD):

2021 GOLD Reports


Referências do JBP:

Prados1 VO, Lima1 T, Silva1 LT, Matos1 IC, Maya1 ACL, Júnior1 JLRS, et al. Avaliação do ventrículo esquerdo em pacientes com DPOC e hipoxemia noturna. J Bras Pneumol. 2020;46(6):e20190136.

Tino1 VYK, Morita1 AA, 2 , Bisca1 GW, 2 , Guzzi1 G, et al. Qual o melhor protocolo e ponto de corte no teste 4-metre gait speed para discriminar capacidade de exercício na DPOC?. J Bras Pneumol. 2020;46(6):e20190232.

Júnior1 IB, Costa2 CC, Souza2 RM, Santos1 ÁH, Teixeira3 PJZ, 4 . Influência da reabilitação pulmonar no paciente com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica fenótipo exacerbador. J Bras Pneumol. 2020;46(6):e20190309.

Cardoso1 RF, 2 , Ruta3 D, Oliveira1 TM, Costa1 MCB, Fonseca1 AA, et al. Tradução para a língua portuguesa e análise das propriedades psicométricas do instrumento Patient Generated Index para pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica: avaliação individualizada de qualidade de vida. J Bras Pneumol. 2020;46(6):e20190272.

Marcondes1 VK, Kuwazuru2 TS, Silva2 LPCe, Cezare1 TJ, Franco1 EAT, Prudente1 R, et al. Avaliação da associação da aderência à oxigenoterapia domiciliar prolongada e marcadores clínicos e mortalidade em cinco anos em pacientes com a doença pulmonar obstrutiva crônica. J Bras Pneumol. 2020;46(6):e20190158.

Karagiannis1a C, Savva1a C, Mamais1a I, Adamide2a T, Georgiou2a A, Xanthos3a T. Treinamento de membros superiores e atividades da vida diária em pacientes com DPOC: revisão sistemática de ensaios controlados randomizados. J Bras Pneumol. 2020;46(6):e20190370.